Reino Unido planeja testar robôs em lugares públicos
Estratégia envolve testes em laboratórios e em zonas públicas
O Technology Strategy Board (TSB), agência de inovação tecnológica britânica, divulgou nesta terça-feira (1º) a primeira estratégia oficial para o uso de robôs no Reino Unido. Ela envolve testes feitos em ambientes públicos pelos próxios cinco anos onde, sistemas robóticos e autônomos, ou Robotic and Autonomous Systems (RAS), poderão ser melhor avaliados, resultando num desenvolvimento mais rápido.
O documento detalhando tudo pode ser visto em sua totalidade online, e foca em aplicações automotivas, aeroespaciais, medicinais e militares. Os testes vão ocorrer em laboratórios dedicados e em zonas de teste denonimadas "real-world test zones", onde as máquinas vão operar em locais públicos controlados e predefinidos. "O Reino Unido pode iniciar o RAS tomando a liderança e abrindo regulamentações que permitam a operação em espaços predefinidas e controladas. Seria um paço proativo e atrairia investimento, ganho valiável de estudo e atrairia os melhores na área de robótica para o Reino Unido", explica o documento. "A intenção é expor a tecnologia RAS a rigorosos ambientes reais; para identificar pontos fortes e fraquezas técnicas, e explorar oportunidades comerciais."
As áreas onde podem haver testes e desenvolvimento para RAS no documento incluem sistemas de aviação não-tripulados, robôs submarinos que podem realizar inspeções marítimas, ferramentas e processos para operações nucleares, carros sem motorista e uso de fertilizantes e pesticidas para melhorar colheitas e áreas rurais.
O documento do TSB também toca nas preocupações que existem contra o uso de robôs, especialmente em público. "Nós vemos a chegada das tecnologias RAS como a extensão inevitável da internet. Enquanto isso é um lado positivo, as tecnologias RAS vão trazer preocupações - algumas legítimas e outras forçadas. Naturalmente, filmes e romances exploraram alguns destes aspectos, e existe o potencial para tecnologia RAS ser usada para o bem e para o mal. A história mostra que, a médio e longo prazo, novas ferramentas usadas por pessoas criativas trouxeram um padrão de vida mais alto".