Facebook, Google e Twitter acusados de permitir terrorismo
Pai de vítima do Estado Islâmico diz que empresas permitirem expansão do grupo
Um homem cuja filha foi morta nos ataques terroristas de Paris em novembro entrou com uma ação em um tribunal federal da Califórnia (EUA), nesta terça-feira (14), contra o Facebook, Twitter e Google, acusando as empresas de tecnologia de fornecer apoio material ao Estado Islâmico (EI). Segundo a Associated Press, Reynaldo Gonzalez alega que as companhias de internet permitem ao grupo extremista arrecadar dinheiro, espalhar propaganda e recrutar militantes em suas plataformas conscientemente.
A filha de 23 anos de Gonzalez, Nohemi, estava entre as 130 pessoas que foram mortas em ataques coordenados pelo grupo em Paris. Nos termos das leis federais dos EUA, as empresas normalmente não são responsabilizadas pelo conteúdo os usuários publicam em suas plataformas.
"Isso é sobre Google, Twitter e Facebook permitindo que o EI use suas redes sociais para recrutamento e operações", argumenta o jurista responsável pelo caso. A queixa também alega que o YouTube, pertencente ao Google, compartilha receitas de publicidade em vídeos postados pelo grupo terrorista.
Em resposta à Associated Press, o Facebook e o Twitter disseram que o caso não possui mérito, enquanto o Google se recusou a comentar litígios pendentes. Em suas declarações, todas as três empresas citaram suas próprias políticas que proíbem a publicação de material extremista.
Como EI continua a usar a mídias sociais para recrutar membros e inspirar ataques, as empresas de internet estão sob pressão constante na Europa e nos EUA. Esta semana, o diretor do FBI James Comey disse que o cidadão americano Omar Mateen, o homem que matou 49 pessoas em uma boate gay em Orlando, no último domingo (12), provavelmente foi recrutado por material de extremistas publicado online.