Advogado quer proibir Pokémon Go na Índia

De acordo a queixa, o game tem uma suposta ofensa aos vegetarianos

qua, 07/09/2016 - 13:31
INDRANIL MUKHERJEE                  (Arquivo) Um homem joga Pokémon Go em Mumbai, no dia 28 de julho de 2016 INDRANIL MUKHERJEE

Um advogado indiano solicitou, nesta quarta-feira (7), a um tribunal do estado de Gujarat da Índia, a proibição do jogo Pokémon Go, porque poderia, segundo ele, ofender os vegetarianos ao oferecer ovos virtuais como recompensa. O popular aplicativo de realidade aumentada atenta contra as convicções hinduístas e jainistas, alguns dos quais não consumem carne nem produtos de origem animal, defendeu o advogado Nichiket Dave em um tribunal de Ahmedabad.

Os ovos, que são obtidos em alguns portais chamados "pokéstops", contém pokémons em seu interior, que explodem quando o jogador caminha um certo número de quilômetros. Os pokéstops aparecem no mapa do mundo real, no qual estão espalhados por todas as partes. A localização dos portais, às vezes incongruente, provocou várias polêmicas. Uma recente atualização os eliminou dos memoriais de Hiroshima e do Holocausto em Berlim.

Na Índia, onde ainda não se pode baixar o aplicativo oficialmente, vários pokéstops estão situados em templos. Contudo, qualquer alimentação não vegetaria é proibida nos recintos sagrados. "Oferecer ovos nos templos, inclusive no mundo virtual, é altamente discutível e equivale a uma blasfêmia", declarou Dave à AFP após uma breve audiência.

A Justiça indiana solicitará agora aos governo dos estado de Gujarat e da Índia, assim como aos criadores do jogo, que respondam a estas acusações.

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