Mercado de celulares encolhe 5,2% em 2016, diz estudo
Ainda que as vendas tenham diminuído, o Brasil se manteve como o quarto maior mercado nesse segmento
Pelo segundo ano consecutivo, o mercado brasileiro de celulares registrou queda. Segundo relatório divulgado nesta sexta-feira (24) pela consultoria IDC, durante todo o ano de 2016, foram comercializados 48,4 milhões de aparelhos, o que representa 5,2% a menos do que em 2015, quando foram vendidos 51,1 milhões de dispositivos.
Ainda que as vendas tenham diminuído, o Brasil se manteve como o quarto maior mercado nesse segmento. Do total de aparelhos comercializados em 2016, 43,5 milhões foram smartphones e 4,9 milhões feature phones, aqueles celulares mais simples.
De acordo com a IDC, as vendas de celulares foram afetadas diretamente pela crise econômica pela qual passa o país. Nos três primeiros meses do ano passado, por exemplo, os fabricantes chegaram a pausar a produção por falta de peças devido às incertezas do mercado, avalia o analista da IDC, Leonardo Munin.
"Já no segundo semestre, com a oferta de dispositivos estabilizada e com o consumidor um pouco mais confiante, houve uma melhora, principalmente no último trimestre", avalia Munin. O estudo também revela uma mudança de comportamento do consumidor. As preferências por grandes fabricantes diminuiu, e marcas menores ganharam uma importante fatia do mercado.
Se em 2014 cerca de 94% dos aparelhos vendidos pertenciam a seis marcas globais. Em 2016, o número passou para 80%. O consumidor brasileiro também passou a investir mais na compra do seu smartphone, tanto que gasto médio do consumidor passou de R$ 882, em 2015, para R$ 1.050, em 2016.
Para 2017, a IDC espera que o mercado cresça, ainda que de forma tímida, 1,6% a mais do que em 2016 e chegue aos 49,2 milhões de celulares vendidos. Deste total, quase 45 milhões serão smartphones. "Depois de dois anos seguidos de queda, esse resultado será muito satisfatório. Podemos dizer que o pior para o mercado de smartphones já passou", considera o analista.
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