Windows Phone foi revelado pela primeira vez em 2010 Wikimedia Commons

Quando o Windows Phone foi revelado pela primeira vez, em 2010, suas ambições eram elevadas. Mas, para o azar da Microsoft, o sistema operacional móvel foi introduzido em um momento em que a adoção do iOS e do Android estava aumentando. Foram necessários muitos anos para a empresa, enfim, admitir que está desistindo da plataforma. O momento de lucidez ocorreu neste último domingo (8).

Em uma série de tuítes, Joe Belfiore, vice-presidente de sistemas operacionais da Microsoft, revelou que a empresa não está mais desenvolvendo novos recursos ou hardware para o Windows 10 Mobile. A plataforma agora foi colocada no chamado modo de manutenção, em que apenas correções de bugs e atualizações de segurança serão liberadas para os usuários existentes.

É certo que a plataforma não está nos planos principais da Microsoft há mais de um ano, mas a empresa nunca admitiu oficialmente isso antes. Em 2016, a gigante da tecnologia esvaziou seu negócio de telefones, o que resultou em milhares de cortes de empregos.

O próprio Joe Belfiore também admite que agora usa um smartphone com Android, assim como Bill Gates, e informa que a Microsoft apoiará os clientes do Windows 10 que desejam usar o Android e o iOS em seus telefones.

Segundo o executivo, uma das grandes razões pela qual a Microsoft está desistindo no Windows Phone é porque os desenvolvedores nunca apoiaram a plataforma. Ele informou que alguns deles chegaram a receber dinheiro para criar aplicativos para o sistema, mas a quantidade de usuários do sistema era baixa demais.

Agora está claro que a Microsoft enfrentou a realidade de que as pessoas simplesmente não precisam do Windows em seus telefones. A fabricante de software tem focado seus esforços em aplicativos e experiências para  iOS e Android nos últimos dois anos, com o seu navegador Microsoft Edge sendo lançado recentemente para estes sistemas.

LeiaJá também

--> A Apple torna seu iPhone mais lento propositalmente?

--> Bill Gates diz que se arrepende de criar o 'Ctrl+Alt+Del'