Funcionários do Google marcham contra assédio sexual

Organizadores da passeata disseram que mais de 1,5 mil trabalhadores, a maioria mulheres, planejam participar do ato

por Nathália Guimarães qui, 01/11/2018 - 11:58
Tolga Akmen/AFP Tolga Akmen/AFP

Funcionários do Google em todo mundo estão deixando seus escritórios nesta quinta-feira (1º) para participar de um protesto contra os casos de assédio sexual registrados dentro da empresa. Os organizadores da passeata disseram que mais de 1,5 mil trabalhadores, a maioria mulheres, planejam participar do ato.

As manifestações foram organizadas após o jornal New York Times divulgar um relatório detalhando como alguns executivos acusados de má conduta sexual foram blindados pela companhia. Por exemplo, o Google supostamente pagou ao líder do Android, Andy Rubin, uma rescisão de US$ 90 milhões, apesar de ele ter renunciado ao cargo após ter recebido uma acusação de assédio.

Através de um porta-voz, Rubin negou qualquer má conduta. Os funcionários do Google agora exigem mais transparência da empresa em relação ao tratamento do assédio sexual e à desigualdade de salários e oportunidades.

Os manifestantes foram vistos em Cingapura, Tóquio, Londres, Berlim e Zurique em diversos posts no Twitter compartilhados pelos organizadores, acompanhados da hashtag #GoogleWalkout.

O CEO do Google, Sundar Pichai, enviou um memorando aos funcionários na semana passada dizendo que a empresa adotou uma linha cada vez mais rígida sobre conduta inadequada no trabalho e demitiu 48 pessoas, incluindo 13 gerentes seniores, nos últimos dois anos. Um dos executivos acusados ​​de comportamento inadequado, Richard DeVaul, renunciou na terça-feira (30).

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