Apple suspende negócios por violação de lei trabalhista
A Pegatron, empresa terceirizada de Taiwan importante para a produção do iPhone, é acusada de violações dos direitos trabalhistas em seu programa de estudantes
O gigante tecnológico Apple suspendeu, nesta segunda-feira (9), sua atividade comercial com a Pegatron, uma empresa terceirizada de Taiwan importante para a produção de seu iPhone, por violações dos direitos trabalhistas em seu programa de estudantes e pelas tentativas de acobertar as irregularidades - informou a agência de notícias Bloomberg.
"A Pegatron omitiu, indevidamente, os estudantes em seu programa e falsificou documentos para encobrir violações do nosso Código de Conduta", inclusive mediante a emissão de permissões de trabalho noturnas, ou de horas extras falsas, disse a Bloomberg, citando um comunicado da Apple.
Consultada pela AFP, a empresa Pegatron, que cota em Taipei, admitiu em um e-mail que alguns trabalhadores estudantes nas fábricas das cidades de Xangai e Kunshan, no sudeste da China, haviam sido obrigados a trabalhar em condições que não atendiam aos parâmetros estabelecidos pela Apple.
O trabalho dos estudantes é autorizado, mas desde que sob estrita supervisão, afirmou a Apple, que disse não ter descoberto evidências de trabalho forçado durante a investigação feita há duas semanas.
A Pegatron admitiu para a AFP que "alguns estudantes foram reconhecidos como trabalhadores noturnos, fazendo horas extras e ocupando postos não relacionados com sua especialidade, ou de acordo com as normas e as regulações locais".
A empresa taiwanesa é um parceiro importante na produção do iPhone e ajuda a fornecer peças para o último modelo da Apple, o iPhone 12.