Equipes de e-Sports do Pará se organizam e ganham espaço

Na Universidade Federal do Pará (UFPA), a Atlética Mustang possui times dedicados aos jogos League Of Legends, Counter-Strike e FIFA

sex, 11/12/2020 - 11:49

O cenário competitivo de e-Sports tem dominado o Brasil com premiações cada vez maiores. Na Universidade Federal do Pará (UFPA), a Atlética Mustang possui times dedicados aos jogos League Of Legends, Counter-Strike e FIFA para participar de campeonatos ou disputar contra outras atléticas do Pará. Pesquisas sobre jogos eletrônicos e realidade virtual mostram que, em 2019, os games e mídias interativas movimentaram U$ 120 bilhões.

A presidente da Atlética Mustang, Andressa Moraes, disse que a ideia surgiu recentemente e que enxergava que alguns alunos já disputavam dentro do cenário de games. “Logo após a criação da diretoria, realizamos nossos primeiros campeonatos de LoL e FIFA e fizemos nossa seleção dos times que então inscrevemos no TUES, um torneio nacional de esportes eletrônicos universitário”, contou a presidente.

Além disso, ela relatou que, mesmo com os torneios, o esporte necessita de mais visibilidade. “Aqui no Pará o e-Sports ainda é complicado, tanto no trabalho das universidades e faculdades quanto no plano de trabalho das atléticas. Em alguns Estados o e-Sports com certeza é algo muito mais sólido e bem estruturado do que aqui, com incentivos maiores das universidades e até de empresas privadas para fomentação do meio”, manifestou.

Para entrar nos times de e-Sports da Mustang é necessário participar de uma seletiva elaborada em formatos de campeonatos. “Quando são realizados os campeonatos de seletiva, são escolhidos os jogadores que se destacaram mais, no FIFA normalmente é o campeão e no CS e no LoL são escolhidos aqueles que se destacam individualmente. Há um diretor responsável por cada time que vai sempre tentar auxiliar eles a organizar treino e conseguir participar dos campeonatos”, afirmou Andressa.

Andressa ressalta que tem planos de incluir outros tipos de jogos para abranger mais alunos. “Nós queremos sempre incluir mais jogos, como os mobile, entre eles o Clash Royale e  Free Fire. Com isso teremos sempre mais gente participando da Atlética, só que não podemos fazer isso de forma desorganizada e sem alguém que conheça as regras do jogo e de como funcionam os torneios”, finalizou.

O atleta Arthur Mendes, 20, compõe o time de FIFA da Mustang. Ele disse que foi por hobby que entrou no cenário competitivo. “Comecei a jogar entre 2016 e 2017 valendo um Playstation 4. Sempre joguei mais pela diversão e meu treinamento era o tempo de distração que eu tinha que eu tinha, sendo de duas a três horas por dia aos finais de semana”, disse.

O jogador reitera a importância que o projeto da Mustang representa. “É um cenário muito legal, proporciona uma chance para muitas pessoas participarem de torneios em esportes que sempre quiseram jogar, mas não tinham muitas oportunidades.”

Por Saul Anjos.

 

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