'Final Fantasy VII Remake' chega hoje (16) nos PCs
Port para computadores é competente, mas preço cobrado será um grande empecilho para que muitos tenham acesso ao game; acompanhe a resenha
Após uma espera de mais de um ano, os jogadores de PC finalmente vão poder experimentar “Final Fantasy VII Remake”, a reimaginação do RPG clássico de 1997, lançado para o primeiro Playstation. Mas, nem tudo são flores e algumas decisões da Square Enix dificultam o acesso ao game para muitos usuários.
Antes de falar dos fatores externos, é importante destacar que o port para PC de “Final Fantasy VII Remake” é competente. Quem jogou o título na versão base do Playstation 4 sentirá um salto gráfico expressivo, principalmente em relação a algumas texturas, como por exemplo, os detalhes presentes nas roupas dos personagens.
A taxa de quadros por segundos pode ser ajustada em 30, 60, 90 e 120, o que dependerá das configurações de hardware de cada jogador. O game consegue segurar essas configurações na maior parte do tempo, com exceção de algumas eventuais quedas, que ocorrem em alguns momentos de transições de cenários.
Porém, comparado com outros títulos de PC, “Final Fantasy VII Remake” não apresenta muitas alternativas de configurações gráficas, limitado apenas algumas opções, como resolução, FPS, brilho e luz. Não há opções de ajuste de Ray Tracing, algo que já é padrão em muitos games.
Assim como no Playstation 4, “Final Fantasy VII Remake” compõe apenas uma parte da história original. A Square Enix optou por lançar o game em capítulos, mas isso não significa pouco conteúdo, pois todo esse primeiro bloco do jogo está muito mais aprofundado, quando comparado a versão de Playstation 1, com muitas missões secundárias, diálogos extras e conteúdos que tornam a narrativa ainda mais completa.
O sistema de batalha pode parecer diferente à primeira vista, mas a maneira como se gerenciam os ataques, magias e itens é muito similar ao clássico. Não se engane, esse não é um jogo de esmagar botões e ver quem bate mais, já que para derrotar todos os inimigos, o jogador precisará traçar estratégias, reconhecer os pontos fracos dos inimigos, saber o momento certo de atacar e de se defender.
O jogador assume o comando do mercenário Cloud Strife, ex-soldado da organização Shinra, que agora está envolvido em um trabalho com o misterioso grupo Avalanche, liderado pelo ativista Barret Wallace. A missão do grupo é destruir os reatores de mako da Shinra, responsáveis por sugar toda a vida do planeta Terra. Nem tudo sairá como planejado, e no decorrer da narrativa, alguns acontecimentos desencadearam uma série de eventos que tornará a história ainda mais complexa.
O problema não é o jogo e sim o preço
O primeiro ponto negativo está ligado ao preço de R$349,90 do jogo, valor que excede o preço comum dos games no PC. Ao que tudo indica, esse será o novo padrão de preços para jogos da Square Enix, que já confirmou aumento de US$60 para US$70 em seus títulos.
Se antes já estava difícil para os brasileiros acompanharem os lançamentos, os novos preços agravam ainda mais a situação. Para muitos, resta esperar uma possível promoção do game nos próximos meses.
Outro fator que pode ser encarado negativamente por muitos é que “Final Fantasy VII Remake” está à venda exclusivamente na loja da Epic Games e não se sabe ao certo quando o título ficará disponível em outros serviços, como Steam (favorita de muitos jogadores de PC).
Embora fosse muito aguardado, a verdade é que a chegada de “Final Fantasy VII Remake” veio acompanhada de limitações impostas tanto por parte do preço, como pela plataforma escolhida para comercializar o jogo. A realidade é que após aguardarem por quase dois anos para jogar, muitos precisarão esperar ainda mais.