WhatsApp pode se tornar ilegal no Reino Unido em breve

O País tem um projeto de lei que tenta proibir a “criptografia de ponta a ponta”

sab, 11/03/2023 - 12:19
Pixabay Ícone do WhatsApp no smartphone Pixabay

O aplicativo de mensagens WhatsApp pode se tornar ilegal no Reino Unido, de acordo com alerta do chefe do aplicativo da Meta, Will Cathcart. O aplicativo informou que se recusa a cumprir os requisitos de um projeto de lei de segurança online do Reino Unido que tenta proibir a “criptografia de ponta a ponta” do sistema de segurança do WhatsApp.

A declaração foi dada à imprensa britânica como o The Guardian e The Independent na quinta-feira (9). 

Cathcart está no País para se reunir com alguns políticos e discutir o projeto de lei, descrito por ele como “a legislação mais preocupante atualmente em discussão no mundo ocidental”. O chefe do WhatsApp afirma que a proposta afetaria negativamente todos os outros usuários ao redor do mundo, não apenas do Reino Unido.

“É uma coisa notável para se pensar. Recentemente, fomos bloqueados no Irã, por exemplo. Mas nunca vimos uma democracia liberal fazer isso. A realidade é que nossos usuários em todo o mundo querem segurança. Noventa e oito por cento dos nossos usuários estão fora do Reino Unido, eles não querem que reduzamos a segurança do produto. Seria uma escolha estranha para nós reduzirmos a segurança do produto de uma forma que afetaria 98% dos usuários”, disse. 

 

Criptografia de ponta a ponta

A criptografia de ponta a ponta é o sistema de segurança utilizado em serviços de mensagens online com o objetivo de impedir que qualquer pessoa, exceto o destinatário da mensagem, consiga descriptografá-la. Ou seja, tenha acesso ao conteúdo. 

Desta forma, o WhatsApp não pode ler as mensagens enviadas dentro do próprio aplicativo, o que significa que ele também não pode controlar o que é veiculado na rede. 

Se aprovada a lei, o governo britânico pode exigir que o WhatsApp aplique políticas de moderação de conteúdo e, se a empresa se recusar a fazer, pode enfrentar multas de até 4% do faturamento anual da Meta, a menos que ela saia totalmente do mercado no País. 

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