Professores não irão desocupar Assembleia Legislativa

Categoria decidiu resistir pacificamente e Polícia Militar irá solicitar que o grupo deixe o prédio

por sex, 20/07/2012 - 16:18

Por Diogo de Oliveira

Cem dias de greve significaram aos professores estaduais da Bahia um calendário letivo irreversível, como afirmaram o Ministério Público (MP) e o Tribunal de Justiça (TJ) em nota no último dia 16. O que não significou foi o término da greve na rede estadual de ensino. Na assembleia promovida nesta sexta-feira (20), os professores decidiram resistir contra a ordem de desocupação da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) onde estiveram nos últimos 101 dias. Os professores vão resistir pacificamente.

A ordem, deliberada na 6ª Vara da Fazenda Pública do TJ pelo juiz Ruy Brito, veio logo em seguida da inspeção aplicada no prédio nessa quinta-feira (19), feito sob a ordem de reintegração de posse do presidente da Casa, Marcelo Nilo. Não foi verificado qualquer dano ao edifício público e todo o processo foi acompanhado pelo representante do sindicato dos professores (APLB), Ruy Oliveira.

A assembleia desta manhã resultou em dois posicionamentos: manter a greve e que a classe resistiria segurando canetas, lápis, cadernos e livros, que são as “armas” de qualquer educador. Nesse caso, como os professores decidiram ficar na ALBA, serão solicitados a deixar o prédio pela Polícia Militar. Os professores já estavam sem água, luz, telefone e acesso aos banheiros fora do expediente normal no edifício. Na assembleia, a vice-presidente da APLB, Marilene Betros, foi vaiada ao pensar o fim do movimento grevista. Em seguida, ela afirmou: "A categoria já é vitoriosa e continua de cabeça erguida. Independente do resultado da greve, os docentes já conquistaram muitas vitórias"

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