Professores terminam greve em 16 universidades federais
A paralisação ultrapassou os cem dias
Professores de 16 universidades federais decidiram encerrar o movimento de greve. A paralisação ultrapassou os cem dias. De acordo com informações do Ministério da Educação (MEC), oito delas já estão retomando as atividades normais, assim como campus isolados de outras três. Uma optou, nessa terça-feira (4), pela suspensão da greve; e quatro apresentarão o indicativo de fim da paralisação ao sindicato representativo na próxima semana.
Retomaram as atividades as universidades federais do Rio de Janeiro (UFRJ); do Ceará (UFC); de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA); do Rio Grande do Sul (UFRGS); de Santa Catarina (UFSC); de São Carlos (UFSCar); da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) e a Universidade de Brasília (UnB). Também voltaram às aulas os professores dos campus de Araguaína, da Universidade Federal do Tocantins (UFT); de Guarulhos, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp); e de Alegrete, da Universidade Federal do Pampa (Unipampa).
A universidade da Fronteira Sul (UFFS) decidiu suspender a greve. Na semana que vem, apresentarão o indicativo de término do movimento as de Juiz de Fora (UFJF), Grande Dourados (UFGD), do Recôncavo Baiano (UFRB) e de Alfenas (Unifal).
O MEC aguarda a volta total das atividades acadêmicas e está analisando o planejamento das instituições com relação à reposição dos dias parados.
Carreira
Na proposta de carreira dos docentes das instituições federais de ensino encaminhada ao Congresso Nacional, o governo federal busca a valorização da dedicação exclusiva e da titulação. O aumento proposto prevê o mínimo de 25% e o máximo de 40%, a serem aplicados nos meses de março de 2013 (50%), de 2014 (30%) e de 2015 (20%). Fica assegurado, portanto, reajuste mínimo de 13% a partir de março do próximo ano.
Dessa forma, um profissional com doutorado, recém-ingressado na carreira, passaria a receber salário de R$ 8.439,77 durante o estágio probatório. Concluído esse período, chegará a R$ 10.007,24. Para o topo da carreira — professores titulares com dedicação exclusiva —, o aumento proposto é de 40%, o que significa salários superiores a R$ 17 mil. Para a concessão do reajuste, o governo liberou, no orçamento, recursos de R$ 4,2 bilhões.
Com informações do MEC.