CFM quer mudanças na avaliação dos cursos de medicina

Para o presidente do conselho, Roberto d'Ávila, as instituições de ensino também devem ser avaliadas

por Nathan Santos ter, 11/12/2012 - 16:49
Elza Fiuza/ABr Presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto d'Ávila, fez críticas a atual forma de avaliação dos alunos e dos cursos Elza Fiuza/ABr

Avaliar de forma contínua os cursos de graduação de medicina, e não somente ao final do curso, como acontece atualmente. Foi que defendeu o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto d'Ávila, nesta terça-feira (11), em Brasília. De acordo com informações da Agência Brasil, o presidente defendeu que a avaliação não deve ser tão teórica, mas sim, muito mais prática. Segundo ele, devem ser realizadas provas de habilidade e não apenas de múltipla escolha.



Para d'Ávila, é necessário que, além dos alunos, as instituições de ensino também sejam avaliadas, ao comentar os resultados da prova realizada pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp). “O exame deve ser mais bem elaborado, deve acontecer ao longo do curso e deve avaliar a escola também”, opinou d'Ávila, em depoimento à Agência Brasil.



Prova do Cremesp

O Cremesp, na semana passada, divulgou que mais da metade dos alunos formados recentemente no estado de São Paulo foram reprovados em seu exame. A prova, que é obrigatória a todos os formados de São Paulo, foi realizada no mês de novembro deste ano.



Composta por 120 quesitos, a prova do Cremesp abrange problemas comuns da prática médica, entre outras atividades. Segundo a Agência Brasil, dos 2.411 participantes da prova, 54,5% acertaram menos de 60%, ou seja, menos de 71 das 120 questões. A avaliação teve a presença de 2.525 estudantes das 28 escolas médicas paulistas que funcionam há mais de seis anos. “Esse exame é o retrato da realidade. É uma inferência de que alguma coisa vai mal”, destacou o presidente do CFM. “Defendemos um teste de progresso e uma avaliação da escola, como pré-requisito para exercer a profissão”, finalizou d'Ávila, de acordo com a Agência Brasil.



Com informações da Agência Brasil.

COMENTÁRIOS dos leitores