Trabalhador é resgatado de serviço precário

Alojamento da vítima tinha falta de higiene e aluguel não era pago pela empresa responsável, informa MTE

por Nathan Santos sex, 01/03/2013 - 16:57

Um trabalhador, que preferiu não ser identificado, em outubro do ano passado, aceitou uma proposta de emprego feita pela empresa Gesso Brasil, em Petrolina. Sua tarefa era de rebocar apartamentos da Construtora Rio Forte. Todavia, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) recebeu denúncias de que as condições de trabalho desrespeitavam os direitos trabalhistas, e, no dia 21 do mês passado, o trabalhador foi resgatado.

De acordo com informações do Ministério Público do Trabalho em Pernambuco, em uma audiência pública realizada no último dia 15, a vítima recebeu de volta sua Carteira de Trabalho, devidamente assinada, garantindo também o pagamento das verbas rescisórias. Além disso, segundo o órgão pernambucano, houve a emissão de guias de seguro desemprego e o MPT ainda aguarda a finalização do relatório de fiscalização para abrir inquérito civil contra a empresa contratante e contra a construtora responsável pela obra.

Informações divulgadas pelos ministérios, apontam que o trabalhador chegou em Petrolina com outros sete profissionais, e que ele receberia R$ 500 por apartamento rebocado de gesso. Porém, ele não recebeu equipamentos de proteção individual e a jornada de trabalho era de 7h às 17h. Nos meses de novembro e dezembro do ano passado, o trabalhado ainda recebeu pagamento por quinzena, todavia, segundo os ministérios, a Gesso Brasil parou de dar a remuneração. 

Depois das negligências, o trabalhador solicitou a devolução da empresa, uma vez que ele queria buscar emprego em outros lugares. Por não achar serviço, o homem retornou a Petrolina, e chegando ao alojamento disponibilizado pela Gesso Brasil, recebeu a informação da dona do local que o aluguel nunca foi pago e que o encarregado da empresa tinha retirado tudo o que havia na casa.

Ainda sim, o trabalhador se comprometeu em pagar o aluguel, quando recebesse o dinheiro que lhe era devido. Nessa fase, ele arranjou alguns serviços, mas, ainda por falta de condições, tinha que dormir sobre tábuas no chão e as condições de higiene no local eram precárias.

Até o fechamento desta matéria, a reportagem não conseguiu falar com representantes da empresa Gesso Brasil.

































  

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