Estudantes representam o Brasil em torneio internacional
Etapa final da competição é realizada em Montevidéu, no Uruguai
Ao longo do dia de hoje (1º), oito equipes brasileiras participam da etapa final do torneio internacional de robótica First Lego League (FLL), em Montevidéu. Além das últimas rodadas de apresentações, haverá a premiação dos vencedores no fim da tarde.
Os estudantes brasileiros, de Alagoas, São Paulo e do Rio Grande do Sul, têm entre 9 e 16 anos e garantiram vagas para a disputa durante o Festival Sesi de Robótica, em março, no Rio de Janeiro.
“Estamos focados no treinamento até porque o nível aumenta. Nós vamos competir com equipes muito fortes e isso vai ser um desafio para todos nós, algo surpreendente. Agora é controlar a ansiedade e mostrar o lugar do Brasil nos campeonatos de robótica”, disse o estudante José Rubens Henrique Vieira Ferreira, 16 anos, da equipe Robocamb, do Serviço Social da Indústria (Sesi) de Alagoas.
Além da equipe alagoana, participam mais sete times: X-Force (Bauru), Biotech (Barra Bonita) e Big Bang (Birigui), de São Paulo; a Legofield, do Sesi de Brasília; e a Galilegos (Porto Alegre), Tecnoway (Caxias do Sul) e Just4Fun (Novo Hamburgo), do Rio Grande do Sul.
“Bate ansiedade de competir fora do país, representando minha escola. E ainda aprendendo mais, conhecendo pessoas de outros lugares e vendo como eles trabalham com o robô e a pesquisa”, afirmou a estudante Ana Helena Menezes, da Galilegos.
O evento, que começou quinta (30) e termina hoje (1º), recebe 700 estudantes de 66 equipes competidoras. Participarão representantes da Alemanha, Argentina, Austrália, Bolívia, do Brasil, Chile, da Colômbia, Coreia, Costa Rica, Espanha, dos Estados Unidos, da Estônia, França, Grécia, Guatemala, de Honduras, Israel, da Itália, do México, da Nigéria, do Paraguai, Peru, da Romênia, Rússia, África do Sul, Turquia e do Uruguai.
Em órbita
No torneio, os times encaram o desafio Into Orbit (em órbita) e precisam pesquisar sobre como viver e viajar no espaço. Devem ainda identificar dificuldades e propor soluções para um problema físico ou social enfrentado durante as viagens de exploração espacial.
Na arena de competição, os robôs feitos pelos alunos com peças de Lego ainda precisam cumprir missões como se locomover em áreas com crateras, ajudar um astronauta a voltar em segurança para a base espacial e até mover satélites para a órbita.
Cada equipe deve superar 15 desafios, nos quais o desempenho do robô é pontuado. O design do robô, o projeto e os valores dos equipamentos também são avaliados.
O júri do torneio é composto por representantes de seis países, além do Uruguai. Entre os membros está Todd Ensign, diretor de Educação da agência espacial norte-americana, a Nasa (West Virginia).
“Trabalhamos muito para este momento e queremos representar bem o Brasil, junto com as outras equipes. Esperamos trocar experiências com outros times, conhecer novas culturas, fazer novas amizades e colocar em prática tudo aquilo que preparamos durante a temporada”, afirmou a estudante Marina Sversut Bócca, 14 anos, da equipe Big Bang.
O Brasil participou e recebeu reconhecimento no principal campeonato do gênero, realizado entre os dias 17 e 20 de abril em Houston, nos Estados Unidos. No mundial, que reuniu mais de 15 mil estudantes de 74 países, os alunos brasileiros levaram para casa vários prêmios: 1º lugar na categoria Design do Robô, com a equipe Red Rabbit, da escola Sesi de Americana (SP), e Gracious Professionalism (Profissionalismo Gracioso), conquistado pela equipe Techmaker, do Sesi de Blumenau (SC). A Jedi’s, do Sesi de Jundiaí (SP), ficou em 2º lugar na categoria Estratégia e Inovação.