Enem: veja 5 temas de atualidades que podem cair na prova

Reforma da Previdência é um dos assuntos apontados por professores

por Nathan Santos seg, 15/07/2019 - 18:56
Rafael Bandeira/LeiaJáImagens/Arquivo Reforma da Previdência divide opiniões no Brasil Rafael Bandeira/LeiaJáImagens/Arquivo

Conflitos, relações políticas, economia e crises humanitárias. Esses e outros acontecimentos atuais podem virar assuntos da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no âmbito da disciplina de atualidades. Além de estar atento às notícias nacionais e internacionais, o candidato precisa interpretar de que maneira esses fatos podem ser cobrados na prova.

Segundo o professor de atualidades do Curso Poliedro, situado em São Paulo, Daniel Simões, o Enem exige que o estudante entenda, ao menos, o contexto em que se dá um determinado tema atual. “Nenhuma prova vai testar se o aluno tem as informações mais recentes, mas vai verificar se existe domínio das circunstâncias, como causas, implicações e protagonistas envolvidos”, explica Simões, conforme informações da assessoria de comunicação do Curso Poliedro.

O educador aponta procedimentos necessários para quem pretende manter-se atualizado. Ler revistas semanais, acompanhar sites internacionais, filmes e documentários devem integrar a programação dos candidatos. O professor também selecionou temas de atualidades que podem aparecer no processo seletivo. Confira:

1 - Guerra Comercial EUA x China

A guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo tem potencial de impactar diretamente o desempenho da economia global. A escalada protecionista entre os dois países pode levar a um rearranjo dos acordos comerciais vigentes ou a uma redução considerável do comércio mundial, arrastando o mundo para um quadro recessivo. O conflito também expõe a crescente rivalidade entre a potência hegemônica e a potência que emerge com grande dinamismo, por isso os atritos têm ido muito além da área comercial e atingido temas como armas e tecnologia (questão internet 5G).

2 - Acordo de livre comércio União Europeia-Mercosul

Negociado há mais de 20 anos, o acordo tende a turbinar as relações comerciais entre os dois blocos, no mesmo compasso em que medidas protecionistas ameaçam outras alianças comerciais. Pela primeira vez na Era da Globalização, o Brasil terá acesso facilitado ao mercado agrícola da União Europeia, se forem mantidos os termos atuais do acordo, fato que tende a favorecer o já consolidado agronegócio brasileiro. Por outro lado, o Mercosul vai enfrentar a concorrência industrial europeia, mais dinâmica e produtiva se comparada à combalida indústria do Brasil e da Argentina.

3 - Crise Venezuelana

A crise envolvendo a ditadura Nicolás Maduro e os grupos de oposição não apresenta perspectivas de solução no curto prazo. Ambos os grupos permanecem irredutíveis em suas posições, a crise se agrava e os protestos se tornam cada vez mais violentos. A imensa migração de refugiados tende a crescer afetando países vizinhos. Além disso, as extensas reservar de petróleo colocam a Venezuela no radar dos interesses de grandes potências como EUA, China e Rússia.

4 - Brexit e incertezas na relação União Europeia

A aprovação do Brexit criou um enorme desafio ao parlamento britânico, dividido entre os defensores da saída brusca (Brexit hard) e um saída parcial (Brexit light). O impasse entre essas posições levou à queda da 1ª ministra Teresa May, após três tentativas frustradas de acordo. Agora o país busca nomear um novo 1º ministro que retomará negociações que selarão o futuro do Reino Unido perante o comércio europeu.

5 - Reforma da Previdência

A Reforma da Previdência tornou-se um debate fundamental no Brasil e no mundo a partir da perspectiva de uma nova conjuntura demográfica, resultante da chamada "transição demográfica". Diante do crescente número de idosos frente à proporção reduzida de jovens, os gastos previdenciários vem crescendo sem contrapartida de arrecadação. Tal situação ameaça o equilíbrio das contas públicas e põe os Estados em risco de exaustão total de recursos com pensões e aposentadorias. Entretanto, reformar a previdência leva necessariamente a algum tipo de retrocesso em direitos vigentes, fato que mobiliza muitos grupos da sociedade contra o que concebem como perda de direitos adquiridos.

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