Linguagens: dicas para não errar concordância no Enem
Professor dá exemplos de erros de concordância comuns, mas que não devem ser cometidos pelos candidatos do Enem
A pouco mais de um mês para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), errar em assuntos básicos não se torna uma opção. Um desses assuntos é o tema de concordância. Seja ela nominal ou verbal, a concordância tem a ver com a forma que o verbo se alinha em gênero, número e grau com o sujeito.
Se a ordem das frases fosse sempre composta por “sujeito + verbo + complemento + adjunto adverbial”, seria muito mais fácil identificar problemas de concordância. Entretanto, muitas orações são escritas de forma inversa e podem confundir os estudantes. “Nessa ordem fica muito fácil perceber se há erro de concordância. O problema é quando o sujeito é jogado lá para o final”, explicou o professor de Linguagens Tiago Xavier.
Na concordância verbal, a única coisa a ser analisada é a forma que o sujeito e o verbo se alinham. Já na concordância nominal, é necessário avaliar outros aspectos como artigos, adjetivos, pronomes, numerais, substantivos, e como essas palavras estão relacionadas e adequadas umas às outras. Nesse caso, o verbo é deixado em segundo plano.
“É importante que os estudantes leiam bastante, afinal o tema de concordância é muito longo. Apenas concordância verbal é composta de mais de 30 assuntos”, aconselha Xavier. Para ajudar quem ainda tem dúvidas sobre o assunto, o Vai Cair no Enem, em parceria com o LeiaJá, trouxe alguns exemplos do professor Tiago Xavier sobre os erros mais comuns no tema concordância.
Aluga-se salas
Alugar é um verbo transitivo direto, acompanhado de uma partícula apassivadora, o “se”. “O ‘se’ transforma a palavra ‘salas’ em sujeito. Então, o verbo ‘alugar’ deve concordar com o sujeito ‘salas’”, indica o professor. Dessa forma, a frase correta seria “Alugam-se salas”.
Precisam-se de operários
Diferentemente do exemplo anterior, o verbo “precisar” é transitivo indireto. O “se” que o acompanha, desta forma, é chamado de índice de indeterminação do sujeito. O termo “de operários” é objeto indireto. “Nesse caso, o verbo, de forma alguma, pode ser levado ao plural”, explica Tiago Xavier. A frase correta seria “Precisa-se de operários”.
Agora é meio-dia e meio
Segundo o professor de Linguagens Tiago Xavier, o termo “meio” é um numeral, por se tratar de metade de um dia. “Implícita na frase está a palavra “hora”. Dessa forma, a frase correta é “meio-dia e meia”, diz. A frase correta seria “Agora é meio-dia e meia”.
Reuniu-se, na empresa responsável pelo evento, os sócios do projeto
O sujeito da frase é “os sócios do projeto”, cujo núcleo é a palavra “sócios”. Então, o verbo “reunir” deve concordar com “sócios” e seguir no plural. “Reuniram-se, na empresa responsável pelo evento, os sócios do projeto”.
Dicas para não errar mais
O professor salienta que existem dois passos fundamentais para ter bons resultados em Linguagens. “A leitura ajuda bastante, o aluno que não lê também vai ter dificuldade com gramática. Sem leitura, não tem como conseguir ser eficiente em língua portuguesa, leitura é fundamental. Já o segundo passo é fazer muito exercício. Quanto mais exercício você fizer, mais você vai entender como funciona o assunto”, finaliza.
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