UFPE negocia liberação de funcionários terceirizados

Em nota ao LeiaJá, a Universidade declarou que notificou as empresas com contratos sobre as medidas de prevenção adotadas

por Lara Tôrres qui, 26/03/2020 - 16:05
Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo . Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo

Nessa quarta-feira (26), o LeiaJá apurou a informação de que membros da comunidade acadêmica da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) elaboraram um requerimento e um abaixo-assinado virtual intercedendo ao reitor, professor Alfredo Gomes, pela liberação de trabalhadores terceirizados que seguem exercendo atividades não consideradas essenciais, como serviços de jardinagem e limpeza de espaços vazios, durante a suspensão das aulas e atividades acadêmicas em decorrência da pandemia de COVID-19.

Questionada pela nossa reportagem, a Universidade Federal de Pernambuco afirmou que o requerimento elaborado por membros da comunidade acadêmica ainda não foi recebido pela instituição. A UFPE alegou fazer “esforços nas tratativas junto a empresas e contratos, mantendo diálogo com as prestadoras de serviço para medidas que visem a preservação da saúde e dos salários dos trabalhadores frente à situação de emergência sanitária, econômica e social do país”.

Também foi dito que “desde o dia 16 de março, após a suspensão das atividades acadêmicas de forma conjunta pelo Consórcio PE Universitas, entre as primeiras medidas adotadas pela UFPE, encontra-se que gestores de contratos devem notificar as empresas quanto às recomendações adotadas pela Instituição, referenciando o quadro de risco aumentado e vulnerabilidades conforme recomendações das autoridades sanitárias”. O anúncio dessa medida foi feito por meio de comunicado oficial da Universidade sobre medidas adotadas para prevenção ao coronavírus no dia 13 de março. 

O LeiaJá voltou a questionar a universidade sobre o motivo de, mesmo havendo negociações junto às empresas prestadoras de serviços há muitos dias, persistir o problema e ainda haver trabalhadores terceirizados exercendo funções que, durante uma pandemia, não são necessárias. Também perguntamos qual tem sido a postura de tais empresas nas tratativas com a UFPE e aguardamos resposta para atualização desta reportagem.

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