Feras de vestibular revelam desafios nos estudos remotos

Neste domingo (13), candidatos participam do vestibular de medicina da UNINASSAU

por Victor Gouveia dom, 13/12/2020 - 12:37

Neste domingo (13), o sonho de se qualificar para salvar vidas e promover saúde à população reúne candidatos no vestibular de medicina da UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau. Com todas as medidas sanitárias adotadas, as provas iniciam às 13h, nos blocos C e E da instituição, no bairro das Graças, Zona Oeste do Recife.

O papel do profissional da saúde ganhou destaque diante da crise mundial da Covid-19, com a atuação de enfermeiros, fisioterapeutas, médicos, entre outros trabalhadores. Com o desejo de seguir a carreira da irmã, médica, o engenheiro civil Cícero Pereira, de 24 anos, relata que, de certa forma, a pandemia o ajudou no preparo. "Para mim foi um facilitador. A pandemia fez com que eu eliminasse aquele tempo que não era produtivo. Eu não perdia mais tanto tempo nas atividades e as aulas foram bem condensadas", explicou o estudante.

Em seu segundo ano de tentativa, Sônia Crespo, de 19, tem outra percepção sobre os estudos na quarentena e entende que "a maior dificuldade foi que tudo fechou", comentou em relação às aulas presenciais. "A gente não teve acesso aos cursinhos vestibulares. Houve esse desencontro dos alunos com os estudos. O que levou a desmotivação", avaliou.

Sônia Crespo busca aprovação em medicina. Foto: Victor Gouveia/LeiaJáImagens

Embora tenha lhe atrapalhado, a vestibulanda enxerga pontos positivos na crise. "Trouxe muitos aprendizados. A questão da resiliência e se adequar, por que tudo está sempre mudando", frisou, ao exemplificar os aprimoramentos e descobertas da própria medicina.

Para Cícero, a condição imposta aos profissionais da linha de frente durante a  pandemia deixa indicativos de que o sistema de saúde precisa ser aprimorado.  "Eu acredito que algumas lições vão ser aprendidas. A atenção para o nosso sistema de saúde como tava, a gente se deparou com uma situação que não conseguiu dar conta. O remédio é a prevenção", concluiu.

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