Funase retoma aulas presenciais para reeducandos

Cerca de 750 estudantes voltam às salas de aula nesta segunda (3)

seg, 03/05/2021 - 09:55
Funase/divulgação De acordo com o governo do Estado, a medida considera os protocolos de convivência com a Covid-19 em vigor. Funase/divulgação

 Nesta segunda (3), são retomadas as aulas presenciais da rede estadual de ensino para jovens e crianças privados de liberdade nas unidades da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), em todo o estado de Pernambuco. De acordo com o governo do Estado, a medida considera os protocolos de convivência com a Covid-19 em vigor e possui um documento específico, elaborado pela Secretaria de Educação e Esportes (SEE), com orientações para o acolhimento de professores e alunos. Assim, cerca de 750 estudantes em internação ou internação provisória poderão voltar às aulas de forma escalonada, obedecendo a rodízios de turmas.

Por meio de sua assessoria, a Funase informou que a SEE realizou formações com professores e coordenadores educacionais das escolas que funcionam nas unidades socioeducativas, na tentativa de garantir uma melhor aplicabilidade das orientações. As instalações receberam totens de álcool em gel e demarcações relativas ao distanciamento social. O processo de retomada é acompanhado pela Superintendência da Política de Atendimento e pelo Eixo Educação da instituição.

“Em algumas unidades de internação, como Petrolina, Garanhuns e Santa Luzia, no Recife, os professores da Secretaria de Educação e nossos profissionais técnicos já vinham trabalhando esse acolhimento desde a semana passada, em sala de aula. Mas na maior parte das unidades da Funase, as aulas presenciais serão retomadas, de forma propriamente dita, neste início de maio. É um momento muito esperado pelos estudantes e por todos nós. A escola é um espaço de trocas e diálogo por excelência, algo tão necessário no caminho desses adolescentes no sistema socioeducativo”, destaca a presidente da Funase, Nadja Alencar.

Já a gestora da Gerência de Direitos Humanos e Educação Inclusiva (GEIDH) da SEE, Vera Braga,  frisa a importância da escuta ativa dos estudantes. “A nossa proposta é que se faça uma roda de diálogo com as turmas, com orientações, com escuta qualificada. Estamos em outro cenário, lidando com jovens privados de liberdade que não tinham acesso à educação remota por cumprimento ao protocolo de medidas socioeducativas. São indivíduos isolados da sociedade e da escola, um espaço fundamental na construção de laços afetivos”, comenta.

COMENTÁRIOS dos leitores