Varejistas demitem mais de 300 funcionárias por crise

Sindicato das costureiras acompanham o caso

por Mariana Ramos sex, 05/05/2023 - 18:27
Tony Oliveira/ Agência Brasília Sindicato das costureiras organizam acordo coletivo para as demissões Tony Oliveira/ Agência Brasília

Mais de 300 costureiras foram demitidas, e mais 100 foram colocados de férias, em uma empresa de 600 funcionários, no bairro de Campo Grande, zona oeste do Recife. A informação foi repassada pelo Sindicato das Costureiras de Pernambuco (SindCostura), ao LeiaJáEmpresas de confecções para o varejo estão encarando dificuldades para se manter funcionando após diversas lojas fecharem pelo Brasil.

Aurora Flora Duarte, presidenta do SindCostura, explica que a crise da Marisa e de outras empresas tem afetado diretamente as costureiras, as fornecedoras e o próprio sindicato. “Uma empresa com mais de 100 mil funcionários fechou, ela trabalhava com a Marisa. Eu estou sentindo muito na manutenção do sindicato. Ele é mantido pelo trabalhador, com o desligamento, eles não têm como colaborar”, explica.

Uma fonte, que prefere se manter anônima, contou ao LeiaJá que sua mãe foi uma das costureiras afetas nestas demissões em massa. A mesma afirma que as grandes empresas do varejo da moda estão devendo para fornecedores.

O entrevistado explica que a Babilônia Confecções, uma das empresas que teve desligamento de funcionários, ainda sofreu cortes como o transporte das costureiras. “Babilônia disponibilizava ônibus para funcionários de outras cidades, mas isso foi cortado por causa das demissões”, declara.

Flora confirma a denúncia da fonte, os ônibus não rodam mais. O SindCostura acompanha as demissões de perto, inclusive organizaram um acordo coletivo nos últimos desligamentos junto com as empresas. “Eu estou indo até lá, fizemos uma assembleia coletiva e nenhum deles sai sem seus direitos. Estão com Seguro-Desemprego, Fundo de Garantia, tudo isso”, destaca a presidenta.

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