Tópicos | costureiras

Mais de 300 costureiras foram demitidas, e mais 100 foram colocados de férias, em uma empresa de 600 funcionários, no bairro de Campo Grande, zona oeste do Recife. A informação foi repassada pelo Sindicato das Costureiras de Pernambuco (SindCostura), ao LeiaJáEmpresas de confecções para o varejo estão encarando dificuldades para se manter funcionando após diversas lojas fecharem pelo Brasil.

Aurora Flora Duarte, presidenta do SindCostura, explica que a crise da Marisa e de outras empresas tem afetado diretamente as costureiras, as fornecedoras e o próprio sindicato. “Uma empresa com mais de 100 mil funcionários fechou, ela trabalhava com a Marisa. Eu estou sentindo muito na manutenção do sindicato. Ele é mantido pelo trabalhador, com o desligamento, eles não têm como colaborar”, explica.

##RECOMENDA##

Uma fonte, que prefere se manter anônima, contou ao LeiaJá que sua mãe foi uma das costureiras afetas nestas demissões em massa. A mesma afirma que as grandes empresas do varejo da moda estão devendo para fornecedores.

O entrevistado explica que a Babilônia Confecções, uma das empresas que teve desligamento de funcionários, ainda sofreu cortes como o transporte das costureiras. “Babilônia disponibilizava ônibus para funcionários de outras cidades, mas isso foi cortado por causa das demissões”, declara.

Flora confirma a denúncia da fonte, os ônibus não rodam mais. O SindCostura acompanha as demissões de perto, inclusive organizaram um acordo coletivo nos últimos desligamentos junto com as empresas. “Eu estou indo até lá, fizemos uma assembleia coletiva e nenhum deles sai sem seus direitos. Estão com Seguro-Desemprego, Fundo de Garantia, tudo isso”, destaca a presidenta.

Nesta sexta-feira (20), a Prefeitura do Recife divulgou uma relação com 300 costureiras e costureiros, além de microempresas e cooperativas selecionados para confeccionar 300 mil máscaras de tecido. Os objetos serão distribuídos para pessoas carentes com o objetivo de ajudar a combater a Covid-19. 

A Prefeitura comprará cada máscara pelo preço de R$ 2,20. Os interessados se inscreveram, passaram por um processo seletivo e os escolhidos receberão as encomendas. Nos próximos dias, as máscaras serão distribuídas em Estações Itinerantes por meio de trabalho porta a porta de equipes da Secretaria de Saúde. As entregas de produtos devem ser agendadas pelo e-mail agendamento.mascaras3@gmail.com, marcando horário para evitar aglomerações.

##RECOMENDA##

"Nos editais anteriores, o resultado foi a venda de 700 mil máscaras. Com as 300 mil que serão compradas no terceiro edital, garantimos a entrega de 1 milhão de máscaras para os recifenses. Além de proteger a população contra o coronavírus, estimulamos a economia local e a geração de renda”, afirma o secretário de Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo, Antônio Júnior, responsável pela ação juntamente com o Gabinete de Projetos Especiais (GABPE).

Com informações da assessoria de comunicação da PCR

Até 13 de novembro, a Prefeitura do Recife (PCR) recebe inscrições para a seleção de costureiras e costureiros, por meio de um chamamento público direcionado a pessoas físicas, microempreendedores individuais, microempresas e cooperativas. O objetivo é produzir máscaras que serão distribuídas à população como forma de combate ao novo coronavírus.

De acordo com a PCR, neste novo edital seletivo, deverão ser compradas pela gestão municipal 300 mil máscaras de tecido, ao preço de R$ 2,20 cada. Nas duas seletivas anteriores, mais de 700 mil máscaras foram adquiridas pela Prefeitura.

##RECOMENDA##

Entre os critérios para produzir as máscaras estão ter idade mínima de 18 anos e possuir conta bancária em seu nome. “Já os microempreendedores e as Cooperativas precisam estar inscritos no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) e ter Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) voltada à área de confecção. Todos precisam ter residência e sede no Recife. As instruções sobre prazos de entrega e outras orientações após o resultado serão dadas pela STQE”, informou a PCR.

No site da Prefeitura do Recife, os interessados podem encontrar todos os detalhes a respeito do processo seletivo. A documentação exigida deve ser enviada para o e-mail cadastramento.mascaras3@recife.pe.gov.br.

Apenas o barulho de uma máquina de costura quebra o silêncio em um prédio aparentemente abandonado, onde fica uma precária oficina têxtil. Na cidade inglesa de Leicester, um surto de coronavírus que forçou a população ao reconfinamento faz ressurgir acusações de escravidão moderna.

Alguns funcionários carregam dezenas de caixas em um caminhão em frente a este imponente edifício, localizado em um dos bairros industriais desta cidade no centro da Inglaterra, com 1.500 oficinas têxteis.

"A maioria das fábricas de Leicester são pequenas oficinas, muitas vezes localizadas em prédios em ruínas", denunciou a ONG Labour Behind the Label em um relatório do final de junho.

Alguns funcionários até trabalham em casa, como faz pensar uma mulher que sai de uma casa com sacolas transparentes cheias de tecidos multicoloridos e que um homem carrega no porta-malas de um carro.

- Costureira com Covid-19 são obrigadas a trabalhar -

Entre 75% e 80% da produção têxtil de Leicester vai para o grupo Boohoo, especializado em "fast fashion" ("moda rápida") e economicamente acessível, afirma a Labour behind the Label.

Muitas empresas baixaram as cortinas com o confinamento e as férias de verão (inverno no Brasil), embora no início da crise da saúde depoimentos tenham denunciado oficinas cheias de funcionários, com um evidente risco de contágio.

"Alguns trabalhadores deram positivo para o coronavírus e foram convidados a continuar trabalhando com seus colegas", disse à AFP Meg Lewis, gerente de campanha desta ONG.

"Não há qualquer prova epidemiológica de que as fábricas tenham sido um fator importante" na circulação do vírus, defendeu, porém, o vereador Adam Clarke, que se referiu à densidade populacional, à pobreza e ao elevado percentual de estrangeiros como possíveis razões do novo surto.

Um "coquetel ruim" que forçou o governo central a decretar um novo confinamento no final de junho nesta cidade de 355.000 habitantes e em suas localidades periféricas.

Os salários nessas oficinas variam de £ 2 a £ 3 por hora, claramente abaixo do salário mínimo de £ 8,72 (US$ 11,41), de acordo com vários depoimentos obtidos pela ONG.

Atingida pelo escândalo, a marca Boohoo disse estar "horrorizada" com os fatos relatados e prometeu abrir uma investigação. Meg Lewis considera essa medida insuficiente, porém, e pede ao grupo que reflita sobre seu modelo de negócios que permite vender alguns vestidos por menos de 5 euros em seu site.

- "Há apenas trabalhadores ilegais" -

Os baixos salários são um tabu, e o medo predomina entre os funcionários.

"Não falo inglês", desculpa-se uma jovem asiática, que acelera os passos para evitar responder às perguntas de um jornalista da AFP.

"Não posso falar", diz um jovem ao lado de um contêiner que, depois de discutir com um colega em um idioma estrangeiro, responde: "10 libras por hora".

De acordo com Ali (nome fictício), porém, um motorista de Uber que trabalhou como gerente em uma dessas oficinas, é comum que os funcionários recebam £ 3, ou £ 4 por hora.

"Agora há apenas trabalhadores ilegais" entre os cerca de 30 funcionários hoje na empresa em que ele trabalhou, lamenta Ali, na conversa com a AFP.

São "indianos, bengalis", acrescenta.

Muitos deles são migrantes que geralmente não têm visto de residência e que representam populações vulneráveis, das quais os empresários se aproveitam, lembra Meg Lewis.

É difícil saber o número exato de vítimas dessa "escravidão moderna".

Um deputado conservador local garantiu, em meados de julho, que até 10.000 pessoas, o grupo de trabalhadores têxteis em Leicester, podem estar sendo sujeitos a estas condições precárias. Ele denunciou a responsabilidade das autoridades trabalhistas municipais, que consideram o fenômeno muito minoritário.

Entre 1º de maio e 20 de junho, foram feitas 51 inspeções pelo Departamento de Saúde e Segurança, que detectou nove infrações, mas nenhuma delas "grave o suficiente" para levar a uma investigação judicial.

A Prefeitura do Recife abriu chamada pública para contratação de 300 costureiras e sociedades cooperativas de consumo registrados como Microempreendedores Individuais (MEI) para confeccionar um milhão de máscaras de proteção, que serão destinadas a doação. As inscrições seguem até 15 de maio, através do e-mail: chamadapublicagpe@recife.pe.gov.br .

As produções das máscaras serão distribuídas da seguinte forma: costureiras autônomas, pessoa física, poderão fabricar até 1.600 máscaras. Já para sociedades cooperativas e microempresas, o fornecimento do adereço poderá ser até 20.800 unidades. Para cada item confeccionado será pago R$ 1, podendo chegar a R$ 1.600, para pessoas jurídicas, ou R$ 20.800, para MEIs. 

##RECOMENDA##

É cobrado como requisito, para as costureiras autônomas, ter idade igual ou maior a 18 anos e residir na cidade do Recife. Tantos as microempresas quanto as cooperativas terão que apresentar a inscrição regularizada no Cadastro Nacional das Pessoas Jurídicas.

Profissionais autônomo devem anexar de forma digitalizada as cópias da Carteira de Identidade (RG) e do Cadastro de Pessoa Física (CPF). Além do RG e CPF, os microempreendedores individuais e microempresas deverão anexar cópia do cadastro de pessoa jurídica; cópia digital do comprovante de inscrição do administrador ou responsável legal pela pessoa jurídica no CPF; cópia digital do comprovante de endereço recente, em nome próprio, com no máximo 90 dias de emissão; registro comercial ou contrato social em vigor;  além de dados Bancários da pessoa Jurídica ou da pessoa física do responsável da pessoa jurídica.

Para concluir o cadastro ainda é necessário que o microempreendedor individual ou a microempresa prove a inexistência de débitos perante a Justiça do Trabalho, além de apresentar uma declaração de que não emprega menor.  Especificamente para sociedades cooperativas de consumo é dispensada a comprovação do Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE).

Mais informações sobre o processo seletivo podem ser conferidas no edital de abertura da chamada pública.

Para auxiliar na produção e comercialização de máscaras artesanais, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) apresentou projeto que estabelece incentivos às costureiras de máscaras artesanais para proteção da população contra o novo coronavírus.

O PL 2.081/2020 acrescenta dispositivo na lei sobre as medidas para enfrentamento do coronavírus (Lei 13.979, de 2020) para que o poder público federal, estadual e municipal, em conjunto com associações produtoras ou artesãs, se esforce para identificar e estimular costureiras, individuais, autônomas, associadas ou cooperadas, para que trabalhem na confecção de máscaras artesanais para proteção da população brasileira contra a Covid-19.

##RECOMENDA##

De acordo com o texto, serão estabelecidas parcerias para cessão de moldes e materiais para as produtoras artesanais, com o compromisso de adquirir o produto final do processo produtivo, mantendo remuneração justa e compatível pela mão de obra e pelos serviços prestados pelas produtoras, descontados o custo dos moldes e materiais fornecidos. As máscaras produzidas na forma da parceria serão preferencialmente disponibilizadas aos profissionais da saúde pública, da segurança pública, da educação pública e para pessoas de baixa renda, assim entendidas aquelas que recebem os auxílios ou benefícios do governo.

Doações e impostos

A proposta estabelece ainda a criação de mecanismos eficientes para administrar e distribuir eventual recebimento de doações de pessoas, físicas ou jurídicas, que queiram colaborar de alguma forma com as profissionais costureiras, seja com materiais para a produção ou com recursos financeiros. A produção e comercialização de máscaras artesanais, inclusive a compra de insumos, ficará isenta de quaisquer impostos e taxas federais, durante o estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo 6, de 2020.

Randolfe argumenta que o Brasil não tem capacidade produtiva para a confecção de máscaras industriais profissionais em quantidade suficiente para a cobertura de toda a população nacional. Ele ressalta que o país sofre com tentativas frustradas de importação de matéria prima para produção de mascaras profissionais, mas aponta que as costureiras artesanais estão ajudando a contornar os efeitos da crise.

“Recentemente, temos visto inúmeras iniciativas de costura de máscaras de proteção em escala, para venda e/ou distribuição gratuita aos mais necessitados. É claro que as máscaras artesanais não têm a mesma eficiência técnica e científica do que as laboratorialmente testadas e detalhadamente analisadas, mas servem como um importante meio para contenção de danos, desde que tomados os devidos cuidados de trocas e lavagens mais constantes”, declarou.

Para ele, o incentivo às costureiras artesanais é indispensável, pois o Estado estará ajudando a fomentar a microeconomia local, dando renda complementar a um setor econômico, além de estar complementando eventuais lacunas e deficiências no suprimento da demanda dos insumos de saúde.

“Então, partindo desse quadro da realidade, nada mais justo do que o Estado tentar incentivar essas produtoras artesanais, com benefícios fiscais, compromissos de compra e busca ativa de pessoas interessadas em participar do ciclo virtuoso” disse.

Recomendações

O uso de máscaras de proteção facial já vinha sendo apontado como uma medida importante de proteção para evitar a infecção do novo coronavírus pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Inicialmente o uso de mascaras foi recomendado apenas para pessoas com sintomas respiratórios e profissionais de saúde. Com a ampliação da pandemia, o uso de máscara passou a ser tratada como políticas públicas de prefeituras e governos estaduais, com regras recomendando e mesmo tornando obrigatória a adoção deste recurso de prevenção contra a doença.

Duas camadas

De acordo com o Ministério da Saúde, para ser eficiente como uma barreira física, é preciso que as máscaras artesanais tenham pelo menos duas camadas de pano, ou seja dupla face, devem ser usadas por um período de poucas horas e não devem ser compartilhadas. Além disso, não devem ser manipuladas enquanto a pessoa estiver na rua e, antes de serem retiradas, deve-se lavar as mãos.

As máscaras artesanais podem ser feitas em tecido de algodão, tricoline, TNT ou outros tecidos, desde que desenhadas e higienizadas corretamente. As máscaras devem ser feitas nas medidas corretas cobrindo totalmente a boca e nariz e que estejam bem ajustadas ao rosto, sem deixar espaços nas laterais.

*Da Agência Senado

[@#galeria#@] 

A crise do novo coronavírus tem afetado milhões de pessoas ao redor do mundo, causando contaminação, mortes, isolamento e prejuízos à economia. Devido ao isolamento social imposto pelos governantes, algumas pessoas perderam sua fonte de renda e estão tendo que buscar uma alternativa em meio à crise para garantir o próprio sustento.

##RECOMENDA##

Uma das estratégias para driblar a crise é a produção de máscaras de pano para vendas. O objetivo pode proteger a face de gotículas que podem transportar o vírus. A costureira recifense Belize Ribeiro é uma dessas pessoas que está, neste período de isolamento social, produzindo máscaras para vender. Ela, que fabrica produto com material de algodão, começou fabricação a partir de uma de uma solicitação.

A pessoa que solicitou dá o material - tecidos e elásticos para Belizete e paga o valor de R$ 1 por cada máscara. Após essa encomenda, a costureira passou a produzir para sua própria venda, cobrando o valor de R$ 5 por cada máscara. Belizete, que antes da pandemia trabalhava com vendas de jóias, conta, ainda, que produz cerca de 150 máscaras diariamente. “A minha expectativa é atender a necessidade da população", conta ela, que espera faturar R$ 200 por mês com o comércio.

A costureira Maria Cristina da Silva, moradora do Recife, também viu no momento de crise uma oportunidade para empreender. Ela, que, assim como Belizete, vende cada máscara por R$ 5, conta como e por que decidiu produzir máscaras em meio à pandemia do novo coronavírus: “Eu sou uma costureira dinâmica. Assim, todos os dias eu tenho o que fazer. Então nesse momento em que a gente teve que ficar trancado, não tinha mais nada para eu fazer. Não tinha costura. As que tinha, eu fiz logo no início e depois fiquei sem nada para fazer e isso me deixou muito ansiosa e prostrada. Daí começou a acontecer essa história de máscara, então, eu recolhi os retalhos que tinha e comecei a produzir e começou a ter procura. E aí foi bom porque eu pude ocupar a minha mente novamente e não ficar tão dispersa”.

Ela, que é uma costureira autônoma, conta que trabalha com roupas sob medida. “Quando passar (a pandemia), eu voltar a fabricar o que eu fabrico, o que eu confecciono, que são roupas por medida. Então assim, geralmente eu trabalho com fardamento. Pego uma quantidade do mesmo modelo e faço por encomenda”, acrescenta.

Em relação à quantidade de máscaras produzidas por dia, Cristina conta que não tem um volume definido. “Eu não tenho uma quantidade de máscaras para produzir por dia, porque eu não tenho encomenda certa. Então, eu faço e aguardo alguém procurar. Divulgo-as e espero alguém vir procurar", conta.

Maria Cristina também descreve o que ela usa na produção das máscaras. “Eu uso tecido. Consegui comprar uns pedaços de tecido, mas no início eu comecei a fazer com retalhos, resto de retalhos. Eu uso tecido, elástico, linha, overlock. Esses são os materiais que eu estou utilizando no momento”, detalha.

A costureira fala que gostou de produzir as máscaras, porém a sua expectativa em relação a venda não é grande. “Para mim, está sendo uma experiência boa. Estou ganhando um pouco que dá para suprir a necessidade. Mas, assim, queria que tivessem mais pedidos. Se os pedidos fossem grandes, aí eu teria uma expectativa melhor", diz. A trabalhadora revela que ainda está fazendo o levantamento de quanto lucrará com as fabricações.

O Ministério da Saúde elencou uma lista com orientações para que as pessoas pudessem produzir suas máscaras em casa e ainda afirmou que, “além de eficiente, é um equipamento simples, que não exige grande complexidade na sua produção e pode ser um grande aliado no combate à propagação do coronavírus no Brasil, protegendo você e outras pessoas ao seu redor”.

De acordo com a pasta, a máscara é de uso individual e para ter eficácia, é necessário que a ela tenha no mínimo duas camadas de tecido e as máscaras caseiras podem ser confeccionadas em tecido de algodão, tricoline, TNT ou outros tecidos, contanto que sejam elaboradas e higienizadas de forma correta.

“O importante é que a máscara seja feita nas medidas corretas cobrindo totalmente a boca e nariz e que estejam bem ajustadas ao rosto, sem deixar espaços nas laterais”, orienta o Ministério da Saúde. “Você pode fazer uma máscara ‘barreira’ usando um tecido grosso, com duas faces. Não precisa de especificações técnicas. Ela faz uma barreira tão boa quanto as outras máscaras. A diferença é que ela tem que ser lavada pelo próprio indivíduo para que se possa manter o autocuidado. Se ficar úmida, tem que ser trocada. Pode lavar com sabão ou água sanitária, deixando de molho por cerca de 30 minutos. E nunca compartilhar, porque o uso é individual”, disse o, à época, ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta. “Máscaras de pano para uso comunitário funcionam muito bem e não são caras de fazer”, acrescentou o ex-ministro.

Veja, abaixo, as orientações feitas pelo Ministério da Saúde para que as pessoas possam produzir máscaras caseiras:

• Em primeiro lugar, é preciso dizer que a máscara é individual. Não pode ser dividida com ninguém, nem com mãe, filho, irmão, marido, esposa etc. Então se a sua família é grande, saiba que cada um tem que ter a sua máscara, ou máscaras;

• A máscara pode ser usada até ficar úmida. Depois desse tempo, é preciso trocar. Então, o ideal é que cada pessoa tenha pelo menos duas máscaras de pano;

• Mas atenção: a máscara serve de barreira física ao vírus. Por isso, é preciso que ela tenha pelo menos duas camadas de pano, ou seja, dupla face;

• Também é importante ter elásticos ou tiras para amarrar acima das orelhas e abaixo da nuca. Desse jeito, o pano estará sempre protegendo a boca e o nariz e não restarão espaços no rosto;

• Use a máscara sempre que precisar sair de casa. Saia sempre com pelo menos uma reserva e leve uma sacola para guardar a máscara suja, quando precisar trocar;

• Chegando em casa, lave as máscaras usadas com água sanitária. Deixe de molho por cerca de 30 minutos;

• Para cumprir essa missão de proteção contra o coronavírus, serve qualquer pedaço de tecido, vale desmanchar aquela camisa velha, calça antiga, cueca, cortina, o que for.

A Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR), anunciou, nesta segunda-feira (13), que firmou parceria com costureiras do município para a produção de máscaras de tecido que serão doadas, inicialmente, aos comerciantes de mercados públicos do município, taxistas, motoristas e cobradores de ônibus. A gestão municipal participa com maquinário, instalações do Espaço Mulher Empreendedora e material. As 21 costureiras voluntárias entram com a mão de obra.

Essa parceria faz parte das ações desenvolvidas pela Prefeitura do Jaboatão para proteger a população contra o novo coronavírus (Covid-19). A maioria das costureiras fará esse trabalho de segunda a sexta-feira, das 8h ao 12h, no Espaço Mulher Empreendedora, revezando os horários para evitar aglomeração. Aquelas que precisam cumprir o isolamento social trabalharão em casa. A distribuição das máscaras será realizada pela prefeitura e a expectativa é que sejam produzidas cerca de cinco mil unidades por mês.

##RECOMENDA##

Nesta segunda-feira (13), o prefeito Anderson Ferreira agradeceu a participação das costureiras “nesse momento em que poder público e a população precisam se unir para enfrentar a pandemia”. “Todas compreenderam a situação que estamos vivendo. Estão aqui para doar parte do seu tempo e prestar solidariedade às demais pessoas. Essa é mais uma iniciativa da nossa gestão no sentido de proteger a população. Nosso objetivo é um só: salvar vidas”, ressaltou.

Luciana Maria da Silva é cozinheira e concluiu, no mês de fevereiro, o curso de Corte e Costura gratuito, promovido pelo Espaço Mulher Empreendedora. Agora, é voluntária na produção das máscaras. “Cheguei aqui sem saber costurar. Quero agora poder retribuir o que aprendi. Estou fazendo essas máscaras que serão importantes para proteger quem tem que sair de casa para trabalhar”, disse a costureira.

Comerciante no Mercado da Mangueiras, José Nilton já recebeu uma máscara produzida pela parceria e classificou a iniciativa como importante. “A gente trabalha todo dia aqui no mercado e convive com muita gente. Por isso, precisamos dessa proteção. Essa doação de máscaras chega em boa hora, até porque a renda diminuiu e ficou difícil comprar”, explicou o feirante.

*Da assessoria de imprensa

A Secretaria Especial da Mulher do Recife realiza uma campanha para arrecadar banners, faixas e toldos, que serão entregues a mulheres do programa "Tecendo a Economia Popular e Solidária". Os materiais serão transformados em peças do vestuário e outros itens e devem ser entregues no 8º andar do edifício-sede da Prefeitura do Recife, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, até o dia 3 de outubro.

A campanha conta com a participação das 23 secretarias municipais e das sete diretorias dos órgãos indiretos. Ao término da arrecadação haverá uma exposição, agendada para o mês de novembro, na qual serão sorteados vários produtos confeccionados pelas participantes da campanha, na Rua Vigário João Batista, 8, no centro do Cabo de Santo Agostinho.

##RECOMENDA##

Serviço:

Campanha de Arrecadação 

Entrega: Prefeitura do Recife - Avenida Cais do Apolo, 925, Bairro do Recife

Outras informações: (81) 3521-9933

Com informações da assessoria.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando