Pesquisa mostra impactos do Programa Mais Médicos

O levantamento tem como foco a primeira geração de profissionais formados pela iniciativa, que teve início em 2013 durante o governo de Dilma Rousseff

sex, 04/08/2023 - 10:34
Divulgação Estudantes do Programa Mais Médicos Divulgação

Um estudo revela os impactos do Programa Mais Médicos. O levantamento, realizado pela Afya em parceria com o Instituto REDS, tem como foco a primeira geração de profissionais formados pela iniciativa. O programa teve início em 2013, durante o governo de Dilma Rousseff (PT).

Entre os principais pontos apurados na pesquisa, mostra que 80% dos alunos do internato perceberam a expansão na oferta de ambulatórios nas cidades. 68% dos respondentes apontaram melhorias na infraestrutura básica da rede de saúde local, como hospitais, postos de saúde, UBS e UPAs.

Além disso, 56% dos entrevistados afirmaram que perceberam maior fluxo de médicos nos postos e 64% desses estudantes alegaram que têm intenção em permanecer na região onde fizeram a graduação em medicina, seja de forma permanente ou temporária.

Foco de atuação na rede pública de saúde

O levantamento mostra também que mais de 70% dos alunos têm como foco de carreira a atuação na rede pública de saúde. Ainda sobre a esfera profissional, 66% dos estudantes pretendem iniciar um trabalho, mesmo que seja concomitante com a realização de uma especialização. Já 99% querem fazer especialização após se formarem. A pesquisa aponta que as áreas mais procuradas são cirurgia geral, obstetrícia e clínica médica.

“Com essa pesquisa conseguimos trazer um retrato socioeconômico do Programa Mais Médicos e mostrar sua importância como política pública para o Brasil, na medida que o fator determinante é a oferta de cursos nas regiões onde há carência, como cidades de médio porte, afastada dos grandes centros. Constatamos impactos de curto prazo, com avanços nas atividades produtivas da região; de médio prazo, com aumento em marcadores sociais importantes das redes de saúde da região; e de longo prazo, como a fixação de parte dos médicos nas regiões dos cursos. A interiorização dos cursos de medicina é fundamental para levarmos médicos e mais acesso à saúde para aqueles que mais precisam”, afirma Virgilio Gibbon, CEO da Afya.

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