Festival Osga premia curtas produzidos por universitários

Um dos mais importantes eventos da área na Amazônia, o festival de vídeos da Unama apresenta neste sábado (21) os vencedores em três categorias. Curtas serão exibidos no centenário Cine Olympia, em Belém.

sab, 21/11/2015 - 09:32
Divulgação/Festival Osga Vídeos finalistas serão exibidos no Cine Olympia na premiação e em sessão especial Divulgação/Festival Osga

Uma brincadeira entre alunos do curso de Comunicação Social da Universidade da Amazônia (Unama) deu origem a um dos maiores festivais de vídeos da região Norte: o Osga. O evento, que carrega no nome um trocadilho alusivo à cerimônia do Oscar, chega à 12ª edição. Em mais de uma década, tornou-se referência para o mercado. E neste sábado (21), os vencedores serão anunciados novamente no centenário Cinema Olympia, no centro de Belém.

Neste ano, o festival recebeu produções nas categorias ficção, com o tema obrigatório “Osga 2015, uma homenagem aos anos 90”; vídeo arte e vídeo minuto, com tema de livre escolha. Estudantes de diversas instituições de nível superior do Pará também participaram de palestras e oficinas preparatórias com profissionais renomados nas áreas de artes visuais, cinema e comunicação e audiovisual.

Os vídeos finalistas na categoria ficção, a mais importante do evento, são: - "22", "Casa Velha", "Escolhas", "Lady Murphy", "Limbo", "Lis", "Mimimi", "Pandora", "Pôr-da-Terra" e "Rosa dos Ventos". Todas as produções das demais categorias serão apresentados no Cine Olympia, de acordo com a coordenação do Osga. Na próxima quarta-feira (25), o Olympia fará uma sessão especial gratuita às 18h30 para exibir novamente os curtas finalistas.

Em 2012, foram inscritos 16 curtas no festival. Em 2013, este número subiu para 21 – e se manteve em 2014. De 2013 a 2015, alunos de todas as instituições de ensino superior da capital quem têm o curso de Comunicação Social participaram do Osga. Na noite de premiação, cerca de 400 pessoas devem comparecer ao Cine Olympia.

“O festival é aberto a estudantes universitários. Alunos de qualquer graduação podem se inscrever e participar do evento”, diz a coordenadora do Osga, professora Marina Chiari. Nos últimos anos, acrescenta, mais de 200 estudantes estiveram envolvidos na produção de vídeos inscritos.

Até 2011, o evento era realizado na própria Unama. De 2012 em diante, a importância que o Osga ganhou no cenário audiovisual da Amazônia exigiu a exibição dos vídeos, cada vez mais qualificados, em um espaço adequado. A parceria com o Cine Olympia, a casa mais antiga do país em funcionamento, coroou o crescimento e profissionalização do festival.

“O resultado imediatamente perceptível é a produção anual de pelo menos dez curtas totalmente produzidos e realizados por alunos da graduação, influenciando na profissionalização de mão de obra na área do audiovisual e gerando tradição de produção audiovisual deste a formação destes jovens”, afirma Marina Chiari.

Resultados - Este conjunto de ações tem gerado resultados positivos. O curta de ficção vencedor da 10ª edição do Osga, “Espátula e Bisturi” (assista ao vídeo abaixo) levou o trabalho dos estudantes paraenses para fora do Estado. A produção ganhou destaque na página do Facebook da revista Piauí e foi premiada na categoria melhor roteiro, no Festival Cinemato, em Cuiabá. O curta vencedor de 2012, “Tecnicolor” foi selecionado para exibição no Festival de Curtas da Bahia daquele ano, além de ter recebido milhares de curtidas e compartilhamentos no Facebook e Youtube.

O objetivo do Osga, segundo o coordenador do Curso de Comunicação Social da Unama, professor Mário Camarão, é ensinar e incentivar a produção audiovisual universitária no Pará, por meio da linguagem cinematográfica. Ele afirma que a participação dos estudantes paraenses no festival é bem efetiva, com grande empenho e interesse. 

A estudante de jornalismo Ariela Motizuki, roteirista de um dos curtas finalistas diz, que o sentimento maior neste momento é de felicidade após três meses de trabalho: “Vou falar por todos do meu coletivo, porque sei que o sentimento é o mesmo. Ver nosso trabalho ser reconhecido é algo incrível”. 

Com informações de Ana Laura Carvalho, Raiany Pinheiro e Graça Alves.

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