Festival Osga premia curtas produzidos por universitários
Um dos mais importantes eventos da área na Amazônia, o festival de vídeos da Unama apresenta neste sábado (21) os vencedores em três categorias. Curtas serão exibidos no centenário Cine Olympia, em Belém.
Uma brincadeira entre alunos do curso de Comunicação Social da Universidade da Amazônia (Unama) deu origem a um dos maiores festivais de vídeos da região Norte: o Osga. O evento, que carrega no nome um trocadilho alusivo à cerimônia do Oscar, chega à 12ª edição. Em mais de uma década, tornou-se referência para o mercado. E neste sábado (21), os vencedores serão anunciados novamente no centenário Cinema Olympia, no centro de Belém.
Neste ano, o festival recebeu produções nas categorias ficção, com o tema obrigatório “Osga 2015, uma homenagem aos anos 90”; vídeo arte e vídeo minuto, com tema de livre escolha. Estudantes de diversas instituições de nível superior do Pará também participaram de palestras e oficinas preparatórias com profissionais renomados nas áreas de artes visuais, cinema e comunicação e audiovisual.
Os vídeos finalistas na categoria ficção, a mais importante do evento, são: - "22", "Casa Velha", "Escolhas", "Lady Murphy", "Limbo", "Lis", "Mimimi", "Pandora", "Pôr-da-Terra" e "Rosa dos Ventos". Todas as produções das demais categorias serão apresentados no Cine Olympia, de acordo com a coordenação do Osga. Na próxima quarta-feira (25), o Olympia fará uma sessão especial gratuita às 18h30 para exibir novamente os curtas finalistas.
Em 2012, foram inscritos 16 curtas no festival. Em 2013, este número subiu para 21 – e se manteve em 2014. De 2013 a 2015, alunos de todas as instituições de ensino superior da capital quem têm o curso de Comunicação Social participaram do Osga. Na noite de premiação, cerca de 400 pessoas devem comparecer ao Cine Olympia.
“O festival é aberto a estudantes universitários. Alunos de qualquer graduação podem se inscrever e participar do evento”, diz a coordenadora do Osga, professora Marina Chiari. Nos últimos anos, acrescenta, mais de 200 estudantes estiveram envolvidos na produção de vídeos inscritos.
Até 2011, o evento era realizado na própria Unama. De 2012 em diante, a importância que o Osga ganhou no cenário audiovisual da Amazônia exigiu a exibição dos vídeos, cada vez mais qualificados, em um espaço adequado. A parceria com o Cine Olympia, a casa mais antiga do país em funcionamento, coroou o crescimento e profissionalização do festival.
“O resultado imediatamente perceptível é a produção anual de pelo menos dez curtas totalmente produzidos e realizados por alunos da graduação, influenciando na profissionalização de mão de obra na área do audiovisual e gerando tradição de produção audiovisual deste a formação destes jovens”, afirma Marina Chiari.
Resultados - Este conjunto de ações tem gerado resultados positivos. O curta de ficção vencedor da 10ª edição do Osga, “Espátula e Bisturi” (assista ao vídeo abaixo) levou o trabalho dos estudantes paraenses para fora do Estado. A produção ganhou destaque na página do Facebook da revista Piauí e foi premiada na categoria melhor roteiro, no Festival Cinemato, em Cuiabá. O curta vencedor de 2012, “Tecnicolor” foi selecionado para exibição no Festival de Curtas da Bahia daquele ano, além de ter recebido milhares de curtidas e compartilhamentos no Facebook e Youtube.
O objetivo do Osga, segundo o coordenador do Curso de Comunicação Social da Unama, professor Mário Camarão, é ensinar e incentivar a produção audiovisual universitária no Pará, por meio da linguagem cinematográfica. Ele afirma que a participação dos estudantes paraenses no festival é bem efetiva, com grande empenho e interesse.
A estudante de jornalismo Ariela Motizuki, roteirista de um dos curtas finalistas diz, que o sentimento maior neste momento é de felicidade após três meses de trabalho: “Vou falar por todos do meu coletivo, porque sei que o sentimento é o mesmo. Ver nosso trabalho ser reconhecido é algo incrível”.
Com informações de Ana Laura Carvalho, Raiany Pinheiro e Graça Alves.