Trilha do jogo FIFA 19 conta com o maracatu do Ladama

'Porro Maracatu', do grupo formado por mulheres latinas, entre elas, a pernambucana Lara Klaus, foi uma das canções escolhidas para integrar o novo jogo da FIFA

por Paula Brasileiro ter, 04/09/2018 - 19:23
Reprodução/Facebook Lara (na ponta esquerda), falou ao LeiaJá sobre a importância de ter uma música no FIFA 19 Reprodução/Facebook

A FIFA anunciou, na última sexta (31), a trilha sonora do seu novo jogo, FIFA 19. Nesta playlist, ao lado de grandes nomes da música como Gorillaz e Childish Gambino, estará o grupo Ladama, formado por quatro mulheres, entre elas, a percussionista pernambucana Lara Klaus. A faixa escolhida para compor a trilha do game foi a 'Porro Maracatu'. 

No jogo, os players poderão ouvir uma versão da música que conta com o featuring do DJ e produtor musical mexicano, Toy Selectah, que já trabalhou com nomes como Manu Chao, Diplo e Eminem. Em entrevista exclusiva ao LeiaJá, a percussionista Lara Klaus falou sobre a novidade: "Há dois meses, mais ou menos, a gente ficou sabendo dessa possibilidade da música entrar no jogo. A gente conversou com o pessoal da FIFA, nossa equipe; e o selo que trabalha com a gente intermediou isso e a gente acabou entrando. Ficamos muito felizes e super emocionados por ter esse alcance". A conquista animou a pernambucana até a pensar em voltar ao mundo dos games: "Eu jogava quando era criança, acho que vou voltar depois disso", brincou. 



Além de representar a música latina numa lista de 43 canções de artistas de 16 diferentes países, o Ladama, formado por quatro mulheres de diferentes nacionalidades - Daniela Serna (Colômbia), Mafer Bandola (Venezuela), Sara Lucas (Estados Unidos) e Lara (Brasil) -, estará também representando a força feminina na produção musical. "É muito importante a gente levar essa mensagem, de que somos mulheres atuantes no mercado da música. Nas nossas viagens a gente tem ainda enfrentado e se deparado com preconceito. Então, nosso objetivo é quebrar isso e levar essa possibilidade de uma alternativa de trabalho para as mulheres. As mulheres não têm que ter um certo tipo de trabalho por que são mulheres. A gente pode fazer o que quiser. A gente sempre fala sobre isso nos workshops, sobre usar a música como ferramenta de transformação e empoderamento", disse Lara.   

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