Engenhão passará por obras e só reabrirá em 18 meses
Para consertar o problema, ocasionado por um erro de projeto, toda a estrutura terá que ser escorada novamente
O Engenhão vai ficar fechado por pelo menos mais 18 meses, anunciou a prefeitura do Rio nesta sexta-feira (7). Uma comissão formada por três engenheiros, criada pela prefeitura para avaliar a situação do estádio interditado no dia 26 de março constatou gravíssimos problemas na estrutura que dá sustentação à cobertura e apontou que é necessário fazer um reforço urgente.
Os engenheiros Carlos Dantas, da prefeitura, Nelson Szilard, da Universidade Federal Fluminense, e Sebastião Andrade, da PUC-RJ, apontaram o risco iminente de colapso da cobertura. Para consertar o problema, ocasionado por um erro de projeto, toda a estrutura terá que ser escorada novamente e os quatro grande arcos do Engenhão vão receber um grande reforço de sustentação.
Ainda há muitos detalhes a serem resolvidos no projeto de reforma e novos estudos precisarão ser feitos pra determinar exatamente o que precisa ser feito. A prefeitura vai notificar os dois consórcios responsáveis pela construção do estádio e promete que nenhum recurso público será utilizado no reparo. "É uma verdadeira tragédia que um estádio inaugurado em 2007 apresente um problema desse", disse o secretário municipal de obras Alexandre Pinto.
O erro de projeto foi causado pela pressa em finalizar o Engenhão há tempo de realizar os Jogos Pan-Americanos de 2007 e a conta está sendo pago agora. O estádio começou a ser erguido pelo consórcio formado pelas construtoras Delta, Recoma e Nacional, que o abandonaram pouco depois. A Odebrecht e a OAS assumiram a construção em seguida sob a condição de que eventuais erros no projeto não seriam de sua responsabilidade.
"Quando assumimos a obra não havia tempo para refazer toda a verificação do projeto inicial. Estávamos espremidos pelo tempo para a inauguração do estádio", disse o engenheiro Marcos Vidigal, representante da Odebrecht.
A prefeitura informou que vai notificar os consórcios para tentar evitar o uso de dinheiro público na reforma. O representante da Odebrecht disse que vai aguardar a notificação da prefeitura para se manifestar.