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Ainda sem poder mandar jogos em São Januário, o Vasco confirmou nesta terça-feira que vai disputar o clássico com o Fluminense no Engenhão, no Rio de Janeiro. O time cruzmaltino não poderá usar o Maracanã porque o principal estádio da cidade está fechado para melhorias no gramado, de olho nas finais da Copa do Brasil.

"Considerando que o Maracanã encontra-se fechado e São Januário segue interditado por decisão judicial, impedido de receber partidas com público, o Vasco da Gama informa que o clássico contra o Fluminense será realizado no Estádio Nilton Santos", anunciou o clube cruzmaltino, nesta terça, pelas redes sociais.

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A partida está marcada para o dia 16, às 16 horas. De acordo com o Vasco, o duelo, válido pela 23ª rodada do Brasileirão, vai repetir a mesma regra do primeiro turno, com 90% dos ingressos para o clube mandante (Vasco) e 10% para os visitantes (Fluminense).

O Engenhão é administrado pelo Botafogo, que manda seus jogos no estádio. "O Vasco da Gama agradece ao Botafogo a cessão do Estádio Nilton Santos", disse o clube cruzmaltino.

O Vasco reiterou que continua tentando liberar seu estádio para suas futuras partidas no Brasileirão. "Confiamos na Justiça e no Ministério Público e temos confiança que essa questão, que tem trazido prejuízos incalculáveis para o clube e para a Barreira do Vasco (comunicada próximo ao estádio), será resolvida em breve", informou a direção do clube carioca.

O estádio de São Januário foi interditado pela Justiça desde o fim de junho, em razão de uma confusão envolvendo torcedores do time e a polícia na derrota para o Goiás por 1 a 0.

Cenas de violência marcaram as horas que antecedem o jogo entre Flamengo e Botafogo, no Rio de Janeiro, pelo Brasileirão. Neste sábado, antes do clássico marcado para ser disputado no Engenhão, torcedores das duas equipes brigaram nas ruas do bairro da Penha, na capital. A Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros foram chamados após o começo da confusão e conseguiram dispersar os torcedores.

De acordo com testemunhas, o confronto entre os torcedores de Flamengo e Botafogo começou perto das 14h20. Durante a briga, um jovem de 19 anos, identificado como Geovani Reis, precisou de atendimento médico. Após a chegada da polícia e dos bombeiros, ele foi levado para o hospital. Não há informação sobre possíveis detidos.

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Vídeos das redes sociais mostram que a briga foi entre integrantes das torcidas organizadas Fúria Jovem, do Botafogo, e Torcida Jovem, do Flamengo. Elas são rivais. Durante o confronto, foram ouvidos tiros e bombas oriundas dos dois lados. Teve correria.

O clássico carioca entre as equipes está marcado para as 21h, no Engenhão, e fecha o dia de partidas pelo Brasileirão. O Botafogo é o líder do campeonato, mas vem de eliminação nas quartas de final da Copa Sul-Americana diante do Defensa y Justicia.

Já o Flamengo tenta diminuir a diferença para o líder e se prepara para a decisão da Copa do Brasil, contra o São Paulo, nos dias 17 e 24 de setembro. A torcida rubro-negra ainda não aceitou a eliminação na Copa Libertadores diante do Olimpia.

O Botafogo renovou, nesta segunda-feira (20), a concessão do Engenhão até 2051. O clube chegou a um acordo com a Prefeitura do Rio após vários meses de negociação e uma cerimônia está prevista para quarta-feira (23), às 12h30, no próprio estádio.

O Botafogo, que havia renovado a concessão até 2031 em setembro de 2019, apresentou à prefeitura projetos comerciais a longo prazo no estádio e com isso solicitou um aumento do tempo da mesma.

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Em 2020, durante a pandemia, o Nilton Santos deu prejuízo de R$ 7 milhões. O clube pretende usar o estádio para outros eventos, além das partidas de futebol, e para isso até iniciou conversas com a WTorre, mesma empresa que administra o Allianz Parque, estádio do Palmeiras.

A concessão do estádio foi feita em 2007 e deu à Companhia Botafogo, empresa concessionária, o direito a explorar o local por 20 anos. A manutenção, o custo das operações e a segurança do Engenhão são responsabilidades da concessionária.

Neymar voltou a criticar o gramado do Engenhão nesta segunda-feira. Será no estádio carioca que a seleção brasileira jogará sua próxima partida na Copa América, contra Chile ou Uruguai, na sexta-feira, pelas quartas de final. Se vencer, jogará novamente no campo mais criticado da competição.

Nas redes sociais, o atacante abriu uma enquete em que pergunta: "Onde será o próximo jogo da seleção?". Abaixo ele publicou a foto de dois gramados, sendo que o primeiro era apenas um terrão com as linhas brancas e o segundo era uma foto do tradicional estádio de Wembley, de Londres.

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Neymar já havia criticado o campo do Engenhão após o primeiro jogo do Brasil no estádio, a goleada sobre o Peru por 4 a 0, na segunda rodada. "Comemorando o gol de ontem no 'belo' gramado do Engenhão #porfavorarrumaocampo", ironizou Neymar em suas redes sociais um dia depois da vitória.

Na sequência, Tite fez coro com o jogador. "Um campo que não vou chamar de horrível, mas muito ruim para se jogar futebol, prejudica todo o espetáculo. Quem quer criar, não consegue. É inadmissível que duas equipes de alto nível, que jogadores que jogam na Europa, virem jogar num campo nessas condições", criticou o técnico da seleção, após a vitória sobre a Colômbia, na quarta.

Diante da insatisfação de Tite e dos jogadores, a CBF até tentou junto à Conmebol mudar o local da partida de sexta-feira. Mas a entidade que organiza a Copa América não permitiu a alteração.

Se confirmar a boa fase e alcançar a semifinal, a seleção jogará mais uma vez no Engenhão, no dia 5 de julho. A final será disputada no Maracanã, também no Rio, no dia 10 de julho.

Apesar das críticas de Neymar e Tite, a seleção brasileira poderá jogar mais duas vezes no Engenhão nesta Copa América. Ao garantir a primeira colocação do Grupo B, ao vencer a Colômbia na noite de quarta-feira, a equipe nacional voltará ao criticado gramado se avançar até a semifinal.

O Brasil já está classificado para as quartas de final, mas ainda vai cumprir tabela na fase de grupos. Sua participação nesta fase será encerrada no domingo, quando enfrentará o Equador no estádio Olímpico de Goiânia. Depois desta partida, todas as partidas que a seleção fizer nesta Copa América será no Rio de Janeiro.

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"Um campo que não vou chamar de horrível, mas muito ruim para se jogar futebol, prejudica todo o espetáculo. Quem quer criar, não consegue. É inadmissível que duas equipes de alto nível, que jogadores que jogam na Europa, virem jogar num campo nessas condições", criticou Tite na quarta.

Mesmo assim, o treinador terá que reencontrar o surrado gramado na sexta-feira da próxima semana, dia 2 de julho, pelas quartas de final. O adversário ainda não foi definido. Mas será o quarto colocado do Grupo A. Uruguai e Paraguai são os mais cotados.

Se confirmar a boa fase e alcançar a semifinal, a embalada seleção brasileira jogará mais uma vez no Engenhão, no dia 5 de julho. Um triunfo levará o time à decisão e também ao Maracanã, palco da final da competição, no dia 10 de julho. Se perder, jogará no Mané Garrincha, em Brasília, na disputa do terceiro lugar.

As reclamações do Brasil quanto ao Engenhão começaram após o primeiro jogo no estádio, a goleada sobre o Peru por 4 a 0, na segunda rodada. "Comemorando o gol de ontem no 'belo' gramado do Engenhão #porfavorarrumaocampo", ironizou Neymar em suas redes sociais um dia depois da vitória.

Antes de Neymar, Lionel Scaloni, técnico da seleção argentina, e o craque Lionel Messi também já haviam reclamado das condições do gramado. Os argentinos empataram com os Chilenos por 1 a 1 no local. O técnico Ricardo Gareca, do Peru, engrossou o coro contra o campo, depois da derrota para o Brasil.

Após demonstrar preocupação com o gramado do Engenhão na véspera do jogo, Tite classificou de "inadmissível" a qualidade do campo em que a seleção brasileira sofreu para vencer a Colômbia, por 2 a 1, na noite desta quarta-feira, pela fase de grupos da Copa América. O treinador fez coro com Neymar, que há havia criticado o gramado, assim como Lionel Messi e o técnico da Argentina, Lionel Scaloni.

"Temos que entender o jogo dentro de um contexto", disse Tite, ao iniciar sua avaliação do jogo. "Um campo que não vou chamar de horrível, mas muito ruim para se jogar futebol, prejudica todo o espetáculo. Quem quer criar, não consegue. É inadmissível que duas equipes de alto nível, que jogadores que jogam na Europa, virem jogar num campo nessas condições."

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Para o treinador, a qualidade do futebol apresentado pelas duas seleções foi afetada diretamente pelo estado do gramado. "As jogadas ficam picotada, a bola fica nervosa. A fluência das jogadas fica toda prejudicada. Em vez de dar um tempo, dá dois, três. Se pegar todo os atletas do Brasil, vão falar quase que a mesma coisa. Temos que dar condições para se ter um grande espetáculo. Ficou muito prejudicado."

Tite minimizou o clima quente que dominou quase toda a partida disputada no Engenhão. Jogadas mais ríspidas, faltas duras, bate-bocas se tornaram frequentes no segundo tempo, principalmente depois que o Brasil empatou o placar aos 32 minutos, com Roberto Firmino. Os colombianos pediram que o lance fosse anulado porque a bola acertou o árbitro argentino Nestor Pitana e voltou ao ataque brasileiro, que aproveitou a desatenção do rival para marcar.

"Prefiro olhar sob o prisma de que não comprou briga com ninguém. Temos adversários do outro lado. A Colômbia, ao longo da história, tem tido qualidade grande, um dos mais difíceis que temos enfrentado. O golaço da Colômbia mostra a qualidade que têm, um voleio que o Bebeto vai olhar e achar parecido", comentou Tite.

Sem citar as faltas duras dos colombianos, o treinador afirmou que a seleção soube jogar sem jogadas desleais. "Não estivemos comprando briga com ninguém, isso é jogo de futebol. Se pegar os 95 minutos e me mostrar uma falta desleal do Brasil... Eu desafio que alguém me mostre uma jogada desleal. Competimos de forma leal para buscar o resultado, botar volume com as adversidades que temos, o campo, entrando os jogadores. Quando comemoramos, comemoramos juntos."

Para se lembrar da última vez em que o Sport ganhou fora de casa é necessário voltar três meses no tempo. Na 13ª rodada, contra o Bahia em Salvador, o Leão venceu no dia 4 de abril por 2x1, com gols de Hernane e Marcão. Desde então, o time rubro-negro vive um jejum de triunfos longe da Ilha. Neste sábado (16), no Rio de Janeiro, os comandados de Jair Ventura entram em campo para tentar interromper essa sequência contra o Fluminense. 

São seis jogos de lá para cá. O time, neste período, somou apenas dois dos 18 pontos disputados longe do Recife. Derrotas para Bragantino, Santos, São Paulo e Goiás e empate com Atlético-MG e Ceará. Mas o Sport precisa deixar esse cenário de lado para aproveitar o momento ruim do Fluminense para conquistar mais três importantes pontos na luta pela permanência. 

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O Tricolor das Laranjeiras levou uma sonora goleada do Corinthians (5x0) na quarta-feira e vem mordido, mas com a moral em baixa para o confronto. No primeiro turno, a visita ao Recife foi com derrota. Agora a chance de dar uma resposta depois de uma das maiores goleadas sofridas vem justamente contra o Sport.

O atacante rubro-negro Marquinhos fez uma avaliação do que espera do adversário de sábado. "Resultado significativo do Corinthians, acho que torna nosso jogo mais difícil ainda. Manter focado e fazer essas últimas sessões de treinos para chegar bem no Rio e fazer um ótimo resultado", afirmou.

Na noite desta segunda-feira (17), Botafogo e Sport encerraram a 14ª rodada da Série A em uma partida que valia uma melhor colocação no G6 para o Leão e a entrada da Estrela Solitária no grupo. No Engenhão, era esperado um jogo duro dos alvinegros que já haviam eliminado os pernambucanos da Copa do Brasil. Em uma partida na qual o Rubro-negro foi incostante, o contra-ataque decidiu em favor dos cariocas mais uma vez. Até o placar se repetiu; 2x1.

Foram precisos apenas segundos para os donos da casa mostrarem que não pretendiam ser a quinta equipe vencida pelo Leão em sequência. Roger, em posição irregular, escorou falta cruzada na área e Rodrigo Lindoso chegou livre para completar e abrir o placar ainda no primeiro minuto de jogo; 1x0. Dava a impressão de que seria um jogo de apenas uma equipe, quando Pimpão recebeu na entrada da área aos seis e bateu forte, raspando o travessão de Agenor. Mas foi o Sport quem marcou na sequência. Também em falta cruzada na área, a bola sobrou em Mena. O chileno bateu e Jefferson queimou para o meio da área, onde Rithely esperou para completar o lance; 1x1.

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Passado a explosão inicial de jogo, a partida passou a ser melhor para os visitantes. Como a equipe de Jair Ventura costuma jogar sem a bola, era o Leão quem estava propondo o jogo. E quase marcou o segundo aos 29 em lance que Diego Souza deixou André na cara do gol, mas ao tentar colocar no canto, o centroavante mandou para fora. Daí em diante, a marcação alvinegra passou a pressionar mais a saída do adversário, diminuindo os espaços para lances claros de gol. E conseguiu, aos poucos, chegar melhor em duas oportunidades com Pimpão, que parou em Agenor, e Marcos Vinícius, mandando por cima da barra.

Leão perde intensidade e a partida

O segundo tempo começou em um ritmo mais lento, com o Botafogo tentando quebrar o bom posicionamento do Sport. A oocupação da equipe de Luxemburgo no campo era eficiente para evitar a chegada com bola dos alvinegros. Aos nove surgiu a primeira chancee em bola parada. João Paulo cobrou falta frontal e o desvio quase derrotou Agenor, mas a bola passou ao lado da trave direita. Pouco depois, ficou claro que a bola aérea seria o melhor caminho para o alvinegro. O camisa 10 pegou uma chance de mais longe e cruzou no segundo poste, encontrando Igor Rabello para escorar, dessa vez, não apareceu alguém para desviar na direção do gol.

Mais cinco minutos, e novamente a bola por cima ameaçou os rubro-negros em cruzamento de João Paulo para Pimpão cabecear. Agenor pulou bem para praticar uma bela defesa. Entretanto, o goleiro nada pôde fazer aos 24, quando Roger fez um ótimo pivô e deixou Guilherme invadir a área livre para bater cruzado, colocando a Estrela Solitária na frente outra vez; 2x1. Pouco depois, João Paulo fez boa troca de passes na entrada da área e bateu de primeira com a perna esquerda, que não é a boa. Para alívio do arqueiro leonino, a bola explodiu no travessão. O cansaço parecia afetar os pernambucanos, o Sport não conseguia pressionar pelo empate e via a bola nos pés do Botafogo, chegando com perigo.

Acabou se confirmando o resultado que refletiu a queda de rendimento dos visitantes na segunda etapa. Agora, com 22 pontos, é o Bota quem está entre os seis primeiros colocados, justamente na sexta posição. Tendo 21, o Sport caiu para a oitava posição, mas segue colado no pelotão de frente. Na próxima rodada, os alvinegros visitam o Atlético Paranaense, enquanto que o rubro-negro recebe o lanterna, Atlético-GO.

FICHA DE JOGO

Campeonato Brasileiro - 14ª rodada

Local: Estádio Nilton Santos 'Engenhão', no Rio de Janeiro-RJ

Botafogo: Jefferson; Arnaldo (Luis Ricardo), Joel Carli, Igor Rabello e Gilson; Rodrigo Lindoso, M.Fernandes, João Paulo e Marcos Vinícius (Guilherme); Rodrigo Pimpão e Roger (Leandrinho). Técnico: Jair Ventura.

Sport: Agenor; Samuel Xavier, Henriquez, Durval e Sander; Patrick (Thallyson), Rithely, Diego Souza, Everton Felipe (Juninho) e Mena (Reinaldo Lenis); André. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

Arbitragem: Ricardo Marques Ribeiro - MG

Assistentes: Guilherme Dias Camilo - MG / Pablo Almeida da Costa - MG

Gols: Rodrigo Lindoso e Guilherme (BOT) / Rithely (SPT)

Cartões amarelos: Rodrigo Pimpão e Roger (BOT) / Mena, Samuel Xavier e Sander (SPT)

Público: 17.313 torcedores

Renda: R$ 381.865,00

O Campeonato Carioca mal começou e uma coisa já está clara: jogar no Engenhão é sinônimo de prejuízo. O estádio da zona Norte do Rio recebeu duas partidas na primeira rodada da Taça Guanabara, sendo uma delas um clássico, e, juntas, elas geraram um déficit de mais de meio milhão de reais. Exatamente R$ 528.427,16.

No sábado (28), o Botafogo recebeu o Nova Iguaçu para um público de 6.689 torcedores, dos quais apenas 818 entraram sem pagar. A renda líquida da partida foi R$ 106 mil, mas as despesas bateram em R$ 424 mil. Assim, o jogo teve um prejuízo de R$ 317,8 mil.

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Já o clássico entre Vasco e Fluminense, para 11.711 torcedores, teve uma renda de R$ 353 mil. Só as despesas, porém, passaram de R$ 560 mil, incluindo aí uma taxa de R$ 200 mil como aluguel do estádio. No fim, um prejuízo de R$ 210,5 mil, dividido por igual entre Vasco e Fluminense.

O Engenhão foi reaberto este ano com o duelo entre a seleção brasileira e a Colômbia, na quarta-feira da semana passada. O jogo, cuja renda foi revertida para a Chapecoense, também foi um fracasso de público: pouco mais de 18 mil pagantes.

Após bater o Bahia fora de casa, concretizando sua terceira vitória consecutiva, o Santa Cruz volta a jogar neste sábado (14), às 16h30 (horário do Recife), quando encara o líder Botafogo. A partida decisiva será no Engenhão, no Rio de Janeiro, e surge como possível rendenção coral, em caso de resultado positivo. Abrindo a zona de acesso à Série B, com 58 pontos, o Tricolor só depende de si mesmo para garantir vaga na elite.

O duelo marca o encontro entre as equipes que mais marcaram gols na competição. O Botafogo é o líder no quesito, com 58 tentos assinalados. Já o Santa Cruz aparece na sequência, com 54, ao lado do América-MG. Em meio à torcida coral, o clima é de euforia, enquanto na delegação coral o técnico Marcelo Martelotte tenta conter os ânimos para que não haja ansiedade excessiva nas busca pelos três pontos.

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Na preparação para o confronto, o técnico Marcelo Martelotte tenta usar o que está ao seu alcance para não dar munição ao Botafogo. Tanto que ele preferiu manter a escalação da equipe em segredo, apesar de já tê-la definida. Duas mudanças em relação à rodada passada, no entando, parecem evidentes: os retornos de Vitor e João Paulo, que cumpriram suspensão, ao time titular.

Quase 23 meses após ser fechado por problemas na cobertura, o estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão, foi reaberto parcialmente neste sábado (7) para receber a partida entre Botafogo e Bonsucesso - vencida pelo time alvinegro com goleada por 4 a 0. Mas o estádio que irá receber as provas de atletismo nos Jogos Olímpicos de 2016 ainda está longe de ficar pronto.

Para o jogo deste sábado, apenas o anel inferior foi liberado. A intenção da prefeitura do Rio e do próprio Botafogo é que o Engenhão - o qual o clube carioca tenta rebatizar de Nilton Santos - esteja funcionando por completo em abril. Algo bastante improvável dado o estágio atual do estádio.

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As torres de sustentação instaladas para a reforma da cobertura permanecem ao longo de todo o anel superior. Parte dele, aliás, está sem cadeiras - e as que existem estão praticamente todas sujas. Os telões do estádio não estiveram em funcionamento. O sinal de telefone e internet foi caótico e não funcionou durante boa parte do jogo.

O acesso ao Engenhão, porém, foi tranquilo. Os pouco mais de 11 mil torcedores que foram ao estádio não enfrentaram filas nos portões de acesso e foram recebidos com cordialidade por todos os funcionários. O trânsito também fluiu dentro da normalidade.

A cobertura do Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão, na zona norte do Rio, sofreu um princípio de incêndio em sua cobertura no início da tarde desta quinta-feira. Por meio de nota, o Consórcio Engenhão, responsável pelas obras no local, afirmou que as chamas foram controladas pela brigada de bombeiros da empresa 15 minutos após o início do acidente, e nenhum operário ficou ferido.

O incêndio possivelmente teve início a partir de uma fagulha de solda, informou o consórcio, e foi propagado pelo calor associado a fortes ventos sobre o telhado. As causas do acidente ainda serão investigadas. O consórcio garantiu que não haverá alteração na data de reabertura do estádio, prevista para o fim deste mês.

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Inicialmente, o estádio vai ser reaberto de forma parcial. Os técnicos do Consórcio Engenhão decidiram liberar para o início do Campeonato Carioca somente o anel inferior do estádio, que comporta 20 mil torcedores, os 1.200 camarotes e as cabines de rádio e tevê. A abertura do anel superior deverá ser realizada gradativamente a partir de março.

A nova diretoria do Botafogo acredita que pode convencer a prefeitura do Rio, proprietária do Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão, a mudar o nome do local para "Estádio Nilton Santos", em uma forma de homenagear um dos maiores ídolos do clube. Enquanto a decisão não sai oficialmente, porém, o Botafogo quer que seus torcedores adotem o nome.

"Recuperamos nossa autoestima com a volta do Engenhão, em reuniões com o prefeito Eduardo Paes. E temos certeza que o estádio passará a ser conhecido pelo nome do nosso maior jogador: Nilton Santos. Todos os botafoguenses, aconteça o que acontecer em termos de burocracia, precisam tratar o Engenhão como Estádio Nilton Santos", cobrou Carlos Eduardo Pereira, que assumiu a presidência do clube na noite de segunda-feira.

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Até o estádio ser interditado, em março de 2013, o Botafogo só se referia ao Engenhão como "Stadium Rio", em uma tentativa de criar um nome que permitiria a introdução de uma marca, caso os administradores conseguissem vender o chamado namming Rights. Agora, porém, a página do "Stadium Rio" no site do Botafogo foi desativada e o estádio só é chamado de "Nilton Santos".

O jogo de reabertura do estádio deve ocorrer no dia 1º de fevereiro, um domingo, entre Botafogo e Boavista, pela primeira rodada da competição. Inicialmente, o estádio vai ser reaberto de forma parcial.

Os técnicos do Consórcio Engenhão, responsável pelas obras, decidiram liberar para o início do Campeonato Carioca somente o anel inferior do estádio, que comporta 20 mil torcedores, os 1.200 camarotes e as cabines de rádio e tevê. A abertura do anel superior deverá ser realizada gradativamente a partir de março.

Operários que trabalham na recuperação do Estádio Olímpico João Havelange, mais conhecido como Engenhão, no Rio, tomaram um susto neste sábado (6), após ouvirem um estalo durante a instalação de uma barra metálica. Segundo a assessoria de imprensa da Riourbe, órgão da prefeitura que é responsável pela obra, o estalo foi normal, apesar do susto dos trabalhadores. O prefeito da cidade, Eduardo Paes, negou que haja qualquer problemas nas obras.

"É uma questão de engenharia", disse Eduardo Paes, em evento público neste sábado. Segundo o prefeito, um operário se assustou com uma acomodação da estrutura metálica, mas "está tudo dentro do programado".

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A Riourbe informou que o estalo ocorreu quando começou a instalação de uma barra metálica de quatro metros. Com o atrito, uma estrutura cedeu e fez barulho. Um operário que não quis se identificar afirmou que vários trabalhadores saíram correndo. Ainda segundo a Riourbe, engenheiros verificaram o ocorrido e não encontraram problemas.

O estalo aconteceu na manhã deste sábado. Diante do ocorrido, as atividades na obra pararam. Segundo a prefeitura, o turno já iria terminar mesmo às 14 horas. O trabalho volta ao normal na segunda-feira, pois não há turno de trabalho no domingo.

O Engenhão, que será o principal estádio dos Jogos Olímpicos de 2016, foi interditado em março de 2013, por causa de problemas estruturais na cobertura. Em julho, começaram as obras de recuperação, a cargo de consórcio formado pelas construtoras Odebrecht e OAS.

A cobertura que deu problemas foi projetada pelo consórcio que começou a construção do Engenhão, inaugurado para os Jogos Pan-americanos do Rio, em 2007. O consórcio original era formado pelas construtoras Delta, Racional e Recoma, que no andamento das obras admitiram não ter capacidade técnica para concluí-la. Diante disso, um consórcio formado por Odebrecht e OAS foi contratado para concluir a construção.

Diante dos problemas estruturais de 2013, Odebrecht e OAS decidiram assumir a conta da reforma. Além da recuperação da cobertura, o Engenhão passará por obras para a instalação de 15 mil assentos temporários, exigência do Comitê Olímpico Internacional (COI) para a Olimpíada.

Enquanto o Engenhão passa por reformas, o Maracanã será a casa do Botafogo. O clube alvinegro, que está desalojado do seu estádio, anunciou nesta terça-feira que assinou contrato com o Consórcio Maracanã S/A, que administra o maior templo do futebol brasileiro, para mandar seus jogos lá já a partir da próxima semana. A estreia será contra o Inter, quinta, pela 14ª rodada do Brasileirão.

"O acordo estabelece prazo de 35 anos e, quando da reabertura do Estádio Olímpico João Havelange (Engenhão), há flexibilidade para sentar e conversar sobre melhor mecanismo", explicou o presidente do Botafogo, Mauricio Assumpção, em entrevista coletiva.

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O tempo do contrato é o mesmo assinado pelo Fluminense e também vai até o fim do período de concessão do Maracanã pelo Governo do Rio. O Flamengo também já havia assinado acordo para utilizar o estádio, mas com validade até o fim do ano, apenas, para ter tempo de observar melhor o funcionamento das cláusulas.

Pelo que divulgou o Botafogo, o acordo segue a mesma linha do fechado pelo Fluminense, tendo direito a comercializar os 43 mil ingressos dos setores que ficam atrás dos gols. Os restantes ficam com o Consórcio. A previsão é de realização de no mínimo 10 jogos este ano e 15 em 2014. O jogo de sábado, contra o Goiás, por exemplo, será no Mané Garrincha, em Brasília.

"O Botafogo terá direito a um vestiário customizado e a uma loja móvel para venda de artigos oficiais. O clube está muito satisfeito com o contrato firmado. Tanto o Botafogo quanto o consórcio estavam achando o modelo ideal para fechar. Financeiramente, se for comparar contrato avulso com o Maracanã e deste modelo, teríamos nossa receita aumentada em cerca de 120%", explicou Assumpção.

Quatro vezes campeão mundial pela seleção brasileira - duas como jogador, uma como técnico e outra como coordenador técnico -, Mário Jorge Lobo Zagallo foi homenageado nesta terça-feira. Às vésperas de completar 82 anos de vida, o ex-jogador e treinador ganhou uma estátua em que aparece com o uniforme da seleção e que foi colocada no setor oeste do Engenhão, ao lado das esculturas de Nilton Santos, Jairzinho e Garrincha.

O tributo foi organizado pela CBF e pelo Botafogo, clube pelo qual se destacou como jogador entre o fim da década de 50 e o meio da de 60. Cerca de cem pessoas compareceram à homenagem, incluindo o presidente da CBF, José Maria Marin, e do Botafogo, Maurício Assumpção, além do artista plástico Edgar Duvivier, autor da obra, e do coordenador técnico da seleção, Carlos Alberto Parreira, com quem Zagallo trabalhou em duas Copas do Mundo (nas conquistas de 1970 e 1994).

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"Sabia que essa homenagem aconteceria. Só pedi a Deus para que estivesse vivo quando acontecesse. Minha esposa faleceu com 81 anos e não teve a oportunidade de ver", disse Zagallo, emocionado. Ele lembrou ainda que já possui outras três homenagens parecidas - um busto em Maceió, um em Duque de Caxias e um no estádio do Maracanã.

Marin fez questão de exaltar Zagallo ao comentar sobre a homenagem. "Essa homenagem é um ato de justiça a um grande jogador, mas também a alguém que é um exemplo de ser humano para várias gerações. Uma pessoa da qual nós, brasileiros, temos motivos de sobras para nos orgulhar."

Além do Botafogo, Zagallo vestiu as camisas de América-RJ e Flamengo como jogador. Na seleção brasileira, foi titular nas conquistas das Copas do Mundo de 1958 e 1962. Já como técnico, comandou o inesquecível time de 1970 no tri. Em 1994, esteve nos Estados Unidos como coordenador técnico de Carlos Alberto Parreira no tetracampeonato.

Mesmo sem ter sido apontado pela Prefeitura do Rio como o culpado pela interdição, o consórcio Engenhão, formado pelas construtoras Odebrecht e OAS, aceitou pagar a conta das obras de reforço na cobertura do Estádio Olímpico João Havelange. O grupo informou que vai procurar ser indenizado pelas empresas que, segundo a prefeitura, erraram no projeto da cobertura. A reforma começou nesta segunda-feira com a instalação do canteiro de obras - o estádio ficará fechado pelo menos até novembro de 2014.

A cobertura foi projetada pela Alpha Engenharia, na época em que o consórcio responsável pela construção do estádio - que consumiu R$ 380 milhões de dinheiro público - era outro, formado por Delta, Racional e Recoma. Com o atraso da obra e depois do próprio grupo admitir que não tinha capacidade técnica para a instalação da cobertura, a Prefeitura do Rio assinou contrato emergencial com a dupla Odebrecht e OAS, o consórcio Engenhão.

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Quando anunciou que o Engenhão estava interditado, em 26 de março, o prefeito Eduardo Paes chegou a dizer que o custo da nova reforma poderia cair para o poder público. Nesta segunda, o consórcio Engenhão tomou para si a conta. "Apesar de não sermos os responsáveis, tomamos a decisão para que cessem os prejuízos que estão sendo verificados", disse o representante do grupo, engenheiro Marcos Vidigal. "Fica claro que vamos tomar medidas judiciais cabíveis para sermos ressarcidos por esses custos na medida em que não somos os responsáveis".

A prefeitura, por meio do procurador-geral Fernando Dionísio, informou que deve entrar com duas ações contra os responsáveis pelo problema na cobertura: uma pelos prejuízos e outras por danos morais causados à imagem da cidade que, às vésperas dos Jogos Olímpicos, teve de interditar o estádio que vai receber o atletismo em 2016. "Ainda vamos apurar os prejuízos", disse. Dionísio afirmou que a prefeitura deu prazo de 45 dias para o outro consórcio e a Alpha apresentarem suas defesas, e então vai decidir se entra com a ação judicial.

O Botafogo também estuda se vai entrar na Justiça por conta dos prejuízos. Antes da interdição, o clube estava prestes a assinar um contrato de naming rights no valor de R$ 25 milhões por ano.

Além do reforço da estrutura, o Engenhão precisará passar por novas obras para colocação de 15 mil cadeiras temporárias, exigência do Comitê Olímpico Internacional para os Jogos de 2016. O secretário municipal de Obras, Alexandre Pinto, não confirmou se a prefeitura vai aproveitar o período de interdição do estádio para fazer as intervenções. Disse apenas que, se elas ocorrerem depois da reabertura, não impedirão a realização de jogos.

O técnico Oswaldo de Oliveira lamentou nesta sexta-feira a ampliação do fechamento do Engenhão, administrado pelo Botafogo. O clube ficará sem local para mandar seus jogos no Brasileirão e terá que recorrer às cidades vizinhas ao Rio de Janeiro para sediar suas partidas.

"É lamentável. É o que posso dizer. Um estádio com cinco anos de idade já ter de passar esse tempo de obras. Interfere muito no nosso planejamento, mas, mais uma vez, vamos ter de nos adaptar. Temos que fazer com que a equipe siga jogando bem e consiga vitórias fora do nosso habitat", disse o técnico.

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O Engenhão vai permanecer fechado por pelo menos mais 18 meses, segundo anúncio da Prefeitura do Rio de Janeiro, nesta sexta. O estádio seguirá interditado por este longo prazo para que sejam realizadas reformas na estrutura do local, inaugurado em junho de 2007.

O novo prazo foi definido por uma comissão formada por três engenheiros, que constatou gravíssimos problemas na estrutura que dá sustentação à cobertura e apontou que é necessário fazer um reforço urgente. O estádio estava interditado desde o dia 26 de março.

RODADA - Para o jogo contra a Ponte Preta, neste sábado, Oswaldo de Oliveira seguirá sem Jefferson e Lodeiro, convocados para as seleções do Brasil e Uruguai. Dória também continuará ausente, defendendo a seleção sub-20, em preparação para o Mundial da categoria.

Assim, o treinador deve repetir neste fim de semana a mesma escalação da rodada passada, com Renan; Lucas, Antônio Carlos, Bolívar e Julio Cesar; Marcelo Mattos, Gabriel, Fellype Gabriel, Seedorf e Vitinho; Rafael Marques.

O Engenhão vai ficar fechado por pelo menos mais 18 meses, anunciou a prefeitura do Rio nesta sexta-feira (7). Uma comissão formada por três engenheiros, criada pela prefeitura para avaliar a situação do estádio interditado no dia 26 de março constatou gravíssimos problemas na estrutura que dá sustentação à cobertura e apontou que é necessário fazer um reforço urgente.

Os engenheiros Carlos Dantas, da prefeitura, Nelson Szilard, da Universidade Federal Fluminense, e Sebastião Andrade, da PUC-RJ, apontaram o risco iminente de colapso da cobertura. Para consertar o problema, ocasionado por um erro de projeto, toda a estrutura terá que ser escorada novamente e os quatro grande arcos do Engenhão vão receber um grande reforço de sustentação.

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Ainda há muitos detalhes a serem resolvidos no projeto de reforma e novos estudos precisarão ser feitos pra determinar exatamente o que precisa ser feito. A prefeitura vai notificar os dois consórcios responsáveis pela construção do estádio e promete que nenhum recurso público será utilizado no reparo. "É uma verdadeira tragédia que um estádio inaugurado em 2007 apresente um problema desse", disse o secretário municipal de obras Alexandre Pinto.

O erro de projeto foi causado pela pressa em finalizar o Engenhão há tempo de realizar os Jogos Pan-Americanos de 2007 e a conta está sendo pago agora. O estádio começou a ser erguido pelo consórcio formado pelas construtoras Delta, Recoma e Nacional, que o abandonaram pouco depois. A Odebrecht e a OAS assumiram a construção em seguida sob a condição de que eventuais erros no projeto não seriam de sua responsabilidade.

"Quando assumimos a obra não havia tempo para refazer toda a verificação do projeto inicial. Estávamos espremidos pelo tempo para a inauguração do estádio", disse o engenheiro Marcos Vidigal, representante da Odebrecht.

A prefeitura informou que vai notificar os consórcios para tentar evitar o uso de dinheiro público na reforma. O representante da Odebrecht disse que vai aguardar a notificação da prefeitura para se manifestar.

Terminaria nesta quarta-feira o prazo estipulado pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes, para que saísse uma definição a respeito do que fazer com o Engenhão, interditado desde 26 de março por problemas na cobertura, que estaria ameaçada de desabar. Há 15 dias, Paes criou a Comissão Especial de Avaliação do Engenhão para que três engenheiros avaliassem "todos os laudos" sobre o estádio e apresentassem soluções para o reparo na estrutura. Mas o prazo para o relatório final dos engenheiros foi estendido por mais 15 dias.

O resultado era aguardado com expectativa pelo Botafogo e por outra comissão, a da Câmara dos Deputados, presidida pelo deputado Alessandro Molon (PT-RJ), para avaliar o legado da Copa 2014 e da Olimpíada 2016.

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A prorrogação para a divulgação do relatório só faz aumentar a descrença do Botafogo e dos deputados. A desconfiança está no fato de a prefeitura do Rio ter mantido no escuro tanto o clube quanto a comissão da Câmara, que aguardam por informações mais detalhadas sobre o que precisa ser feito e o tempo necessário para a reabertura do Engenhão.

A prefeitura ignorou até o momento um ofício enviado por Molon a Paes, no dia 10 de abril, solicitando todos os laudos e projetos referentes ao Engenhão, desde sua construção até o momento de sua interdição. O deputado enviou novo ofício na segunda-feira ao prefeito carioca, reforçando o pedido. E descobriu que a primeira solicitação havia se perdido na secretaria municipal de obras (Riourbe).

A reportagem entrou em contato a Riourbe, que disse não saber de qualquer ofício, que nenhum documento enviado pelo presidente da Comissão do Legado da Copa e da Olimpíada havia chegado à secretaria.

"É muito estranho que a prefeitura não tenha nos enviado nenhum documento, que são públicos. Não houve nenhuma resposta", reclamou Molon. "Essa atitude começa a levantar suspeitas. Será que há algo grave que não podemos saber", questionou.

De acordo com o deputado, sua comissão pode recorrer à Lei de Acesso à Informação para obter os laudos que deseja, caso não tenha retorno até a quarta-feira da semana que vem. "Vamos tomar as medidas cabíveis."

No dia 26 de março, há mais de dois meses portanto, o prefeito do Rio anunciou o fechamento do Engenhão depois que um laudo de uma empresa alemã indicou risco de colapso da cobertura em caso de ventos superiores a 63 km/h.

Desde então, poucas informações foram divulgadas pela prefeitura tanto ao Botafogo, concessionário do estádio, quanto à comitiva de deputados federais que visitou o Engenhão no dia 8 de abril para conhecer detalhes do laudo da empresa alemã.

Paes e os dirigentes botafoguenses se desentendiam fortemente, à medida que crescia a pressão para que mais informações fossem repassadas ao clube, que amarga enormes prejuízos, técnicos e financeiros, com a interdição de sua arena.

O Botafogo tomou a decisão de se silenciar para não acirrar os ânimos, mas nos bastidores o descontentamento é grande, pois a prefeitura continua a sonegar dados do andamento do trabalho da Comissão Especial de Avaliação. O clube não vai se pronunciar até que o relatório da comissão seja divulgado.

A pressão para que o Engenhão seja reaberto, que já motivou manifestações dos torcedores alvinegros nas redes sociais - com um abraço ao estádio marcado para o dia 8 de junho -, aumentou no início deste mês, depois que uma tempestade com ventos de quase 100 km/h atingiu o Rio, sem danos ao estádio. O que motivou que Paes viesse a público, com declarações contundentes, de que o fechamento era necessário.

"Tenho o laudo de uma empresa alemã séria e não de um escritoriozinho qualquer", esbravejou o prefeito, no dia 9 deste mês, e chegou a dizer que o Engenhão "foi feito nas coxas, correndo, em cima da hora".

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