Melo vai à final de duplas em Wimbledon e faz história
Com essa vitória, Melo superou a sua melhor campanha em Wimbledon, alcançada em 2007, quando parou nas semifinais
O brasileiro Marcelo Melo fez história nesta quinta-feira ao se classificar para a decisão da chave de duplas de Wimbledon, o terceiro Grand Slam da temporada, disputado em quadras de grama. O tenista mineiro e o croata Ivan Dodig se classificaram para a decisão com a vitória sobre o indiano Leander Paes e o checo Radek Stepanek por 3 sets a 2, com parciais de 3/6, 6/4, 6/1, 3/6 e 6/3, em 2 horas e 55 minutos.
Com essa vitória, Melo superou a sua melhor campanha em Wimbledon, alcançada em 2007, quando parou nas semifinais com o também brasileiro André Sá. Na decisão, ele e Dodig vão enfrentar os irmãos norte-americanos Bob e Mike Bryan, que têm dominado os torneios de duplas nos últimos anos e venceram o indiano Rohan Bopanna e o francês Edouard Roger-Vasselin também em cinco sets (6/7, 6/4, 6/3, 5/7 e 6/3).
Nunca um tenista brasileiro havia se classificado para a final da chave de duplas masculina de um Grand Slam. Além de Melo e Sá, outros quatro brasileiros haviam chegado perto e parado nas semifinais: Bruno Soares (Roland Garros de 2008 e 2013), Jaime Oncins (Roland Garros de 2000), Cássio Motta (Roland Garros de 1982 e 1992) e Thomas Koch (Wimbledon de 1971).
Esta, porém, não será a primeira final de Grand Slam de Melo, pois ele foi vice-campeão, ao lado da norte-americana Vania King, do torneio de duplas mistas de Roland Garros de 2009. Agora, ele tentará igualar os feitos de Maria Esther Bueno, Thomaz Koch, Gustavo Kuerten e Bruno Soares, únicos tenistas do País que já conquistaram títulos dos torneios do Grand Slam.
Na partida desta quinta, Melo e Dodig se destacaram pelo potente saque - foram 21 aces contra apenas cinco dos adversários. Além disso, eles somaram 36 winners e três erros não-forçados, enquanto os campeões da chave de duplas do Aberto da Austrália de 2011 tiveram 10 bolas vencedoras e quatro equívocos. O brasileiro e o croata também conseguiram cinco quebras de serviço em 12 oportunidades e permitiram que os adversários convertessem três de sete break points. Assim, avançaram para a decisão da chave de duplas de Wimbledon.