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Jannik Sinner conquistou neste domingo o seu primeiro Grand Slam na carreira ao virar um jogo épico contra Daniil Medvedev por 3 sets a 2, parciais de 3/6, 3/6, 6/4, 6/4 e 6/3, em 3h45min de partida, na Rod Laver Arena. O italiano, quarto do ranking da ATP, saiu perdendo por 2 a 0, mas reagiu para fazer história diante do número 3 do mundo com o título do Aberto da Austrália.

Ele é apenas o terceiro italiano a ser campeão de um Grand Slam e o primeiro desdeAdriano Panatta, que conquistou o Torneio de Roland Garros, em 1976. Nicola Pietrangeli foi o outro representante da Itália campeão.Sinner é o único de seu país a vencer em Melbourne.

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Já Medvedev continua tendo o Aberto da Austrália como "pedra no sapato". Ele foi vice-campeão do torneio pela terceira vez na carreira. Nas duas anteriores, foi derrotado pelo espanhol Rafael Nadal e pelo sérvio Novak Djokovic. No currículo, tem apenas um Grand Slam, o US Open, em 2021.

O russo continua com um aproveitamento ruim contra Sinner nos últimos jogos. Perdeu os quatro últimos confrontos contra o italiano, apesar de ainda levar vantagem no retrospecto geral com seis triunfos.

Querendo espantar os maus olhados após bater na trave no Aberto da Austrália em duas oportunidades, Medvedev fez um primeiro set quase perfeito para sair na frente. O russo disparou seis aces, não enfrentou break-points e quebrou duas vezes o saque de Sinner para fechar por 6/3. Com isso, o italiano, responsável por eliminar Djokovic do torneio, perdeu apenas o seu segundo set na competição.

O russo continuou no mesmo nível de concentração no segundo set, chegou a liderar a parcial por 5/1 e precisou apenas administrar a vantagem, apesar da reação de Sinner, para fazer 2 a 0. O italiano, que teve o apoio de grande parte dos torcedores, mostrou um crescimento no fim que o fez levar muita confiança para o terceiro set.

Foi aí que a partida começou a mudar de rumo. O italiano passou a sacar muito bem, não enfrentou break-points e aproveitou sua única chance de quebra, no último game da parcial, para surpreender Medvedev e voltar a partida ao fechar o terceiro set por 6/4.

Com o passar do tempo, o russo foi demonstrando cansaço, dando a entender de que estaria sentindo uma lesão, muito diferente de Sinner, que se mostrou inteiro e colocou o adversário para correr em quadra. O italiano fez um quarto set seguro, venceu novamente por 6/4 e deixou tudo igual.

Medvedev conseguiu se reerguer no quinto set, mas o cansaço acabou jogando contra. Aparentando estar mais bem fisicamente, Sinner conseguiu a primeira quebra de serviço e abriu 4/2. No sétimo game, o russo já não aguentava mais ficar em pé, mas continuou lutando e não entregou de bandeja um ponto sequer. O italiano, no entanto, foi feroz no saque e conseguiu uma vantagem por 5/2.

Mesmo em situação complicada na partida, Medvedev vendeu caro a derrota e completou um serviço espetacular para diminuir a diferença para 5/3. Mas no nono game, Sinner foi novamente fantástico no saque, não deu chance para reação do russo e confirmou o serviço para ser campeão do Aberto da Austrália.

Beatriz Haddad Maia caminha para mais um grande momento na carreira e segue pela primeira vez para a terceira rodada do Aberto da Austrália. A brasileira superou a jovem russa de 16 anos, Alina Korneeva, 179ª do ranking da WTA, na madrugada desta quarta-feira (17) na Rod Laver Arena, por 2 sets a 0, com parciais de 6/1 e 6/2, em 1h e 20 minutos. Foi o primeiro duelo entre elas.

Com a programação atrasada devido à chuva, o torneio transferiu a partida da brasileira para a Rod Laver Arena, a principal quadra da competição, onde Bia começou liderando a primeira parcial com muita calma e sem dificuldade.

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A brasileira iniciou o primeiro set quebrando o serviço da adversária duas vezes seguidas, a primeira no quarto game abrindo 3-1 em rápidos 16 minutos. Firme no saque e com Korneeva tentando acompanhar, Bia chegou aos 5 a 1 com apenas 28 minutos. A russa cometeu 17 erros não forçados contra seis de Bia, que fechou o set nos 6 a 1 com tranquilidade.

A segunda parcial set veio logo com um saque da jovem russa quebrado por Bia, abrindo em 2 a 0. O sexto game que exigiu mais da brasileira, ela precisou salvar três break points. Mesmo com o desafio, ela se manteve a frente com 4 a 2. Com dupla falta de Alina, Bia garantiu mais uma quebra e fechou a partida com um saque em 6 a 2.

"Ela é uma ótima jogadora. Muito jovem e com um bom saque. Estava jogando muito bem durante esta semana. Eu vi um pouco. Terá um grande futuro e desejo a ela tudo de melhor. Foi muito difícil. Cada vez que entramos em quadra precisamos respeitar e aceitar o que estamos sentindo. Tentei fazer o meu melhor com todas as emoções que tinha. Estou feliz com meu trabalho", afirmou Bia, atual número 12 do mundo.

Bia fez questão de agradecer ao público presente na quadra principal do Aberto da Austrália. "Os brasileiros são incríveis. Eles estão sempre em todos os lugares torcendo por mim. Não importa em que parte do mundo. Com certeza há brasileiros aqui. Estou muito feliz e orgulhosa de ser uma mulher brasileira e de estar nas grandes quadras do mundo e representá-los. Estou feliz e espero poder trazer mais felicidade para eles também."

Por fim, a brasileira afirmou que o seu bom desempenho em quadra vem do trabalho das pessoas fora dela. "Acho que tudo veio do meu coração. Eu sei o quanto minha equipe, minha família e todos que estão atrás de mim trabalham todos os dias. Não importa se está ventando, quente ou um dia difícil. Tentamos fazer o nosso melhor todos os dias. Eu tenho essa mentalidade por causa deles. Eu apenas tento ser a pessoa com a raquete aqui (dentro de quadra) para representar esse grupo especial que tenho atrás de mim", discursou.

Na terceira rodada, prevista para esta quinta-feira, 18, Bia enfrenta Maria Timofeeva, de 20 anos, número 170 do mundo. A russa eliminou a ex-número um do mundo Caroline Wozniacki por 2 sets a 1, com parciais de 1/6, 6/4 e 6/1.

O Aberto da Austrália começa neste domingo com apenas uma certeza: Novak Djokovic é o grande favorito ao título. Em busca dos grandes recordes do tênis, o sérvio é a maior estrela da competição em termos históricos e também do circuito profissional na atualidade. Em Melbourne, todos tentarão acabar com a hegemonia do número 1 do mundo, que não perde no primeiro Grand Slam do ano desde 2018. Na chave feminina, os olhos estarão voltados para a polonesa Iga Swiatek, enquanto Beatriz Haddad Maia corre por fora para surpreender.

Djokovic busca seu 11º título do Aberto da Austrália, recorde absoluto na própria competição e também entre todos os Grand Slams. No saldo geral, ele detém o maior número de troféus neste nível de torneio, com 24. O mais próximo deste número é Rafael Nadal, com 22. Porém, o espanhol desistiu da competição por causa de novo problema físico.

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O amplo domínio do sérvio nos últimos anos se atesta numa rápida olhada nestes troféus, os mais importantes do circuito. Nas últimas cinco temporadas, ele venceu mais da metade deles: foram 10 títulos em 19 torneios - a edição de 2020 de Wimbledon não foi disputada por causa da pandemia.

Se Nadal estará ausente e os jovens tenistas não conseguem derrubar Djokovic, o que pode mudar os rumos da chave masculina é uma possível lesão do sérvio. Ele deixou a United Cup, sua primeira competição na temporada, com dores no punho direito. Nos últimos dias, evitou falar sobre o assunto. Longe das condições físicas ideais, o líder do ranking corre o risco de ver quebrada sua série invicta de 28 partidas no Aberto da Austrália.

Ele não perde em Melbourne desde sua eliminação na edição de 2018. Desde então, foi campeão em 2019, 2020, 2021 e no ano passado. Em 2022, não pôde competir por não ter se vacinado contra a Covid-19. O tenista acabou sendo deportado do país em meio a uma das maiores polêmicas recentes do tênis.

Cansado de falar sobre recordes e marcas históricas, Djokovic comentou sobre seu futuro e deixou aberta a possibilidade de se aposentar no curto prazo. "Para ser honesto, estou dividido. Sempre há uma parte de mim que é um garoto que simplesmente adora tênis e só entende de tênis. Esse garoto quer seguir adiante. Mas, por outro lado, sou pai de duas crianças. Estou longe da minha família e cada vez que viajo por um período longo fico com o coração partido. Estou sempre pensando em quanto tempo deveria jogar. Vale a pena?", questionou o tenista em entrevista a um canal de TV sérvio.

Djokovic não sugeriu que poderá deixar o circuito nos próximos meses. Mas um título em Melbourne poderia até ser um estímulo. Se isso acontecer, além de confirmar seu domínio nas quadras duras do Aberto da Austrália, ele vai embolsar US$ 2,11 milhões, cerca de R$ 10,3 milhões. Chegaria assim a incríveis US$ 183 milhões em premiações, algo equivalente a R$ 900 milhões. Ao menos em reais, o sérvio poderá alcançar a marca de R$ 1 bilhão ainda neste ano, um belo incentivo para se aposentar.

E ALCARAZ?

O tenista espanhol é uma das apostas para derrubar o domínio de Djokovic em Melbourne. Mas se tornou uma incógnita desde sua queda na semifinal do US Open. Ele oscilou demais na reta final da temporada passada e, nos dois encontros com Djokovic após a vitória na decisão de Wimbledon, Alcaraz levou a pior.

O atual número dois do mundo ainda não fez um jogo oficial na temporada 2024, apenas exibições. E não chegou a empolgar nestas partidas. O ponto positivo para Alcaraz é que ele pegou, ao menos em tese, uma chave mais tranquila. E só poderá cruzar com Djokovic numa eventual final.

BIA MIRA SEGUNDA SEMANA

Maior nome do tênis brasileiro na atualidade, Beatriz Haddad Maia vai estrear em Melbourne no embalo do seu primeiro título na temporada logo em seu segundo torneio de 2024. Na sexta, ela foi campeã de duplas do Torneio de Adelaide, ao lado da americana Taylor Townsend - também será sua parceria nas duplas no Aberto da Austrália.

Historicamente, Bia tem seu melhor resultado neste Grand Slam justamente nas duplas. Em 2022, foi vice-campeã. Mas agora ela quer ir longe também na chave de simples. A brasileira nunca passou da segunda rodada na competição. Desta vez, ela espera alcançar ao menos as oitavas de final, fase que abre a segunda semana do torneio.

"Minha expectativa é a mesma: trabalhar duro para chegar na segunda semana. A partir daí, estarei pronta para brigar por todas as outras rodadas. Me sinto cada dia mais forte", disse a tenista em entrevista ao Estadão, no início do ano.

Após disputar três jogos em Brisbane, o espanhol Rafael Nadal, de 37 anos, anunciou, neste domingo, que não vai disputar o Aberto da Austrália que começa daqui a uma semana. Por meio das redes sociais, ele afirmou que o motivo da desistência é uma lesão muscular.

"No momento, eu não estou pronto para competir no nível máximo. Estou voltando para a Espanha para ver meu médico, iniciar tratamento e também descansar", diz parte do texto que o tenista postou no "X", antigo Twitter.

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Nadal informou ainda que exames feitos após sua chegada a Melbourne indicaram uma pequena ruptura no músculo. Ao invés de apostar em um tratamento que permita tentar disputar o torneio, ele adotou a cautela. "A ressonância magnética apontou uma pequena ruptura, não na mesma região onde tive a lesão. Essa é a boa notícia", informou Nadal.

Um dos maiores tenistas espanhóis de todos os tempos, Nadal estava quase um ano afastado do circuito devido a uma lesão no quadril. Em função das dores, ele chegou até a cogitar a sua aposentadoria das quadras.

Apesar da frustração por não poder disputar o Aberto da Austrália, Nadal não vê tanto motivo para preocupação e acredita que a nova lesão possa estar relacionada às partidas que disputou neste início de ano em sua tentativa de voltar a jogar.

"Muitas coisas podem estar acontecendo em um corpo como o meu depois de um ano sem jogar tênis. Então espero que seja apenas isso, apenas um músculo sobrecarregado", disse Nadal após a derrota para Jordan Thompson em jogo válido pelas quartas de final do Torneio de Brisbane.

Em resposta à postagem do tenista, a organização do Aberto da Austrália mandou, neste domingo, uma mensagem de solidariedade ao atleta. No comunicado, "os votos são de uma rápida recuperação".

"Sentiremos sua falta em Melbourne, Rafa. Enviamos tudo para você. Nosso amor e nossos melhores votos de uma rápida recuperação. Vejo vocês em breve na quadra", disse a organização do torneio em suas redes sociais.

Rafael Nadal manteve o bom nível apresentando na terça-feira (3), durante a vitória sobre Dominic Thiem, e venceu mais uma partida no ATP 250 de Brisbane, primeiro torneio que está disputando após um ano afastado das quadras. A vítima desta quinta-feira foi o australiano Jason Kubler, superado por 2 sets a 0, com parciais de 6/1 e 6/2, após uma hora e 23 minutos de partida.

O resultado levou Nadal às quartas de final do torneio, um dos preparatórios para o Aberto da Austrália. Seu adversário na próxima fase, em busca de vaga na semifinal, será mais um australiano, Jordan Thompson, que superou o francês Ugo Umbert nas oitavas. O embate acontece nesta sexta-feira.

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"Preciso de partidas, preciso de saúde, preciso continuar treinando bem, e claro que as duas últimas partidas aqui ajudaram, e até as duplas no primeiro dia", disse Nadal. "Claro que as vitórias e as horas gastas na quadra ajudam. Para mim, cada dia que tenho a oportunidade de jogar é uma ótima notícia, então estou muito feliz por isso, feliz por ter voltado depois de muito tempo e me sentir competitivo. Vamos ver até onde posso ir".

Os outros duelos das quartas de final do campeonato também estão definidos. O russo Roman Safiullin enfrenta o italiano Matteo Arnaldi, o dinamarquês Holger Rune desafia o australiano James Duckworth e o húngaro Grigor Dimitrov duela com Rinky Hijikata, outro representante da Austrália.

No torneio feminino de Brisbane, de nível WTA 500, também estão montadas as quartas, com duelos entre Linda Noskova e Mirra Andreeva, Jelena Ostapenko e Victora Azarenka, Aryna Sabalenka e Daria Kasaktina, e Elena Rybakina e Anastasia Potapova. Também na Austrália, em Sydney e Perth, está sendo disputado o torneio de equipes United Cup. Uma semifinal já está definida: a Polônia de Iga Swiatek e Hubert Hurkacz enfrentará a França de Caroline Garcia. A Austrália também foi á semi, mas aguarda o resultado do embate entre Alemanha e Grécia para conhecer sue adversário.

O polêmico tenista australiano Nick Kyrgios não tem mais vontade de jogar profissionalmente e só não interrompe a carreira porque acredita que seria um erro fazê-lo dessa forma, abruptamente, aos 28 anos. O desânimo está relacionado a questões pessoais, mas também a uma série de lesões sofridas nos últimos meses. Foram tantos problemas físicos que ele só disputou um jogo de outubro de 2022 até aqui. O único em 2023 foi em junho, uma derrota para o chinês Yibing Wu, em Stuttgart.

"Se fosse por mim, eu não jogaria nunca mais, para ser sincero, mas tenho que seguir jogando. Ainda tenho muito para dar, mas, como eu disse, se fosse por minha vontade, não gostaria de jogar tênis nunca mais", afirmou o tenista em entrevista ao podcast "On Purpose".

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"Estou cansado, já passei por três operações e tenho apenas 28 anos. Sempre quis formar um família e viver sem dores. Agora mesmo, não posso caminhar sem dor. Quero jogar mais um ano ou dois, estar entre os melhores, e encerrar quando me decidir. Odiaria ter de passar por outra cirurgia ou algo assim. Acredito que ainda tenho tênis para bons anos", completou.

Kyrgios, que teve o 13º lugar como seu posto mais alto no ranking da ATP, começou a se destacar no circuito depois de vencer Rafael Nadal em 2014, no Torneio de Wimbledon. Em simples, nunca venceu um Grand Slam, mas tem quatro títulos de nível ATP 500. Ano passado, chegou à final de Wimbledon e foi derrotado por Novak Djokovic. Já como duplista foi campeão do Aberto da Austrália de 2022, ao lado do compatriota Thanasi Kokkinakis.

CONTA NO ONLYFANS

Fora da edição de 2023 do Major australiano, pois ainda se recupera de lesão, o tenista tem se dedicado a projetos paralelos. Na semana passada, anunciou a criação de uma conta no OnlyFans, plataforma paga que conecta público e criadores de conteúdo, usada principalmente para a divulgação de vídeos e fotos eróticas.

"Falo com meus fãs diretamente há anos e sei o que eles querem ver. Claro, bolas de tênis estarão envolvidas, assim como dicas, técnicas e bastidores. Mas também vou mostrar outros lados meus. Videogame, tatuagens, meu lado íntimo. Está tudo na mesa e trarei os fãs comigo", disse ao anunciar a nova empreitada.

A polonesa Iga Swiatek foi eleita pela segunda vez consecutiva a melhor tenista do ano. Aos 22 anos, a atleta, número 1 do ranking da WTA, foi campeã de Roland Garros e do WTA Finals. Tomaz Wiktorowski, seu treinador, foi apontado como o melhor de 2023.

Depois de ser finalista do Aberto da Austrália juvenil, a russa Mirra Andreeva foi apontada como a 'revelação'. Ela subiu mais de 300 posições e terminou em 57º lugar.

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Com títulos em títulos em Palermo e Zhengzhou, a chinesa Qinwen Zheng terminou como 15ª do mundo e ficou com o prêmio de a jogadora que mais evoluiu na temporada.

Já o 'melhor retorno' foi para a ucraniana Elina Svitolina, semifinalista em Wimbledon e 25ª do ranking. Ela ficou afastada das quadras por um ano para ser mãe.

Já nas duplas, as eleitas foram a australiana Storm Hunter e a belga Elise Mertens, campeãs de dois WTA 1000 e finalistas em Wimbledon.

Jannik Sinner teve a chance de eliminar Novack Djokovic no ATP Finals, mas venceu Holger Rune, viu o sérvio avançar de fase e acabou castigado na grande decisão do ATP Finals ao perder para o número 1 do mundo por 2 sets a 0, com duplo 6/3, neste domingo, no Pala Alpitour, em Turim, na Itália, em 1h42min de partida.

A vitória fez com que Djokovic se tornasse o maior vencedor do ATP Finals com sete títulos, deixando Roger Federer para trás, com seis. Sinner, que tinha o apoio da torcida, sentiu o gostinho de ser campeão, mas acabou fazendo a sua pior partida do torneio e caiu diante do sérvio. Mesmo assim, foi ovacionado pelos torcedores ao receber o troféu e ficou claramente emocionado pelo carinho dos fãs.

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Vencer Djokovic em uma competição nunca é fácil, ter que vencer duas vezes é ainda mais complicado. Sinner levou a melhor sobre o sérvio na primeira fase, mas não conseguiu repetir o feito na decisão e acabou ficando com o vice-campeonato, na sua melhor participação no ATP Finals.

"Muito especial. Uma das melhores temporadas que tive na minha vida, sem dúvida. Coroar isso com uma vitória sobre um herói da cidade, Jannik, que jogou um tênis incrível esta semana, é fenomenal. Estou muito orgulhoso das atuações destes últimos dois dias contra Alcaraz e Sinner, provavelmente os dois melhores jogadores do mundo depois de mim e de Medvedev no momento. Da forma como eles têm jogado, tive que intensificar... foi o que fiz", disse Djokovic, que venceu quatro dos cinco confrontos que fez contra Sinner até aqui.

Djokovic conquistou 24 títulos de Grand Slam e venceu 55 dos 61 jogos realizados na temporada. Sinner também teve um ano brilhante ao vencer 61 confrontos e perder apenas 15. O italiano venceu o Masters 1000 do Canadá, além de torneios de Montpellier, Pequim e Viena.

Com a intenção de não cometer os mesmos erros da fase de grupo, quando perdeu para Sinner, Djokovic tratou a partida com muita seriedade e não deu a menor chance para o adversário. Apesar do jogo ter bons ralis, o sérvio se mostrou mais frio e conseguiu abrir 3 a 1 com extrema facilidade. Em vantagem, continuou tendo um bom aproveitamento nos aces para fechar o primeiro set com 6/3.

No segundo set, o sérvio continuou arrasador e ficou muito próximo de abrir 3 a 0, quando Sinner resolveu jogar e chegou a dificultar a vida do número 1 do mundo. Mas o brilho do italiano durou pouco tempo. Djokovic voltou a tomar conta da partida, impediu a recuperação do rival e confirmou a vitória com um novo 6/3.

Destaque para o sétimo game, que durou 16 minutos. Djokovic e Sinner travaram bons duelos, mas o sérvio confirmou o favoritismo e impediu que o italiano o vencesse duas vezes no mesmo torneio.

Após duas semanas e dois torneios de peso, a WTA atualizou o ranking do tênis feminino nesta terça-feira. E confirmou a brasileira Beatriz Haddad Maia na 11ª colocação, na beira do Top 10. A entidade também oficializou o retorno da polonesa Iga Swiatek ao posto de número 1 do mundo.

Bia foi confirmada no 11º posto após certa expectativa de que poderia terminar o ano em 10º. Ela dependia dos resultados da checa Barbora Krejcikova no WTA Finals, o último torneio da WTA na temporada. A brasileira encerra seu ano com 2.855 pontos, contra 2.880 da tenista da República Checa, a última dentro do Top 10.

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A tenista do Brasil deu um salto de oito posições no ranking graças ao grande desempenho no WTA Elite Trophy, na China. Ela foi campeã sem perder um set sequer, na cidade de Zhuhai. Assim, voltou a se aproximar do Top 10. Sua melhor posição na carreira continua sendo o 10º lugar, obtido em junho, após a semifinal de Roland Garros.

A brasileira encerrará sua temporada no fim de semana defendendo o Brasil na Billie Jean King, em Brasília. O time nacional vai enfrentar a Coreia do Sul pelos playoffs da competição, na sexta-feira e no sábado.

A principal mudança no Top 10 foi a troca de posições entre a belarussa Aryna Sabalenka e a polonesa Iga Swiatek, que voltou ao posto de número 1 do mundo. A tenista da Polônia alcançou os 9.295 pontos, contra 9.050 da rival, ao se sagrar campeã do WTA Finals, na noite de segunda - o torneio sofreu atrasos na programação devido ao mau tempo em Cancún.

Com o grande desempenho no torneio que reuniu as oito melhores tenistas da temporada, Swiatek termina a segunda temporada consecutiva na liderança do ranking.

MASCULINO

Na lista da ATP, atualizada na segunda-feira, o brasileiro Thiago Wild subiu duas posições e registrou a melhor colocação da carreira: o 74º posto. Se jogar bem nesta semana, em Metz, na França, ele poderá romper a barreira do Top 70 pela primeira vez. Já Thiago Monteiro sustentou o 127º lugar.

Confira a lista das 10 melhores do ranking da WTA:

1º - Iga Swiatek (POL), 9.295 pontos

2º - Aryna Sabalenka (BEL), 9.050

3º - Coco Gauff (EUA), 6.580

4º - Elena Rybakina (CAS), 6.365

5º - Jessica Pegula (EUA), 5.975

6º - Ons Jabeur (TUN), 4.195

7º - Marketa Vondrousova (RCH), 4.075

8º - Karolina Muchova (RCH), 3.651

9º - Maria Sakkari (GRE), 3.620

10º - Barbora Krejcikova (RCH), 2.880

Confira o Top 10 da lista da ATP:

1º - Novak Djokovic (SER), 11.445 pontos

2º - Carlos Alcaraz (ESP), 8.455

3º - Daniil Medvedev (RUS), 7.200

4º - Jannik Sinner (ITA), 5.490

5º - Andrey Rublev (RUS), 5.205

6º - Stefanos Tsitsipas (GRE), 4.435

7º - Casper Ruud (NOR), 3.625

8º - Alexander Zverev (ALE), 3.585

9º - Taylor Fritz (EUA), 3.500

10º - Holger Rune (DIN), 3.460

No embalo do maior título de sua carreira, Beatriz Haddad Maia admite sonhar grande. Nesta terça-feira, dois dias após ser campeã em simples e também em duplas do WTA Elite Trophy, na China, a tenista brasileira afirmou que tem condições de alcançar o topo do ranking no futuro. E reconheceu que esta é uma de suas maiores metas no circuito.

"Meu principal objetivo é me consolidar no Top 10. E, a partir do momento que você faz semifinal de Grand Slam, você se coloca numa posição de ganhar um Grand Slam. E, se você se coloca numa posição de ganhar um Grand Slam, você se coloca numa posição de sonhar em ser a número 1 do mundo. É um objetivo. Eu ainda tenho que me consolidar no Top 10. Mas eu acredito que, sim, posso ser a número 1 do mundo", disse a tenista.

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Bia, que foi semifinalista de Roland Garros neste ano, subiu virtualmente para a 11ª colocação do ranking após o título de simples em Zhuhai, o maior de sua carreira. A posição é virtual porque a lista da WTA não foi atualizada oficialmente nesta semana. Será apenas ao fim do WTA Finals, o último torneio da temporada, disputada em Cancún, nesta semana.

Mas, pelas projeções, Bia ocupa o 11º posto, podendo até terminar o ano em 10º, dependendo de uma combinação de resultados das rivais no Finals. A brasileira não disputa este torneio, que reúne as oito melhores da temporada.

"Hoje estou em 11º lugar no ranking. Neste nível, cada posição exige muito esforço para ser conquistada. Então, eu tenho muito claro para mim que cada posição é um objetivo. Agora quero estar 10, depois vou querer estar em nono. E aí quando chegar a número cinco ou quatro, ali você já briga por coisas maiores", reforçou.

INDENIZAÇÃO POR ACIDENTE

Em entrevista coletiva concedida nesta terça, Bia também falou sobre um dos momentos mais difíceis da temporada. Em setembro, ela sofreu um acidente no hotel oficial do WTA 1000 de Guadalajara, no México. O box do banheiro estourou e os estilhaços causaram diversas lesões em suas mãos. Ela precisou levar pontos e ficou afastada do circuito por quase um mês.

O acidente trouxe prejuízos diretos à brasileira, que vinha em grande fase no circuito. Ela perdeu a oportunidade de disputar torneios de peso nas semanas seguintes. Poderia ter aumentado sua premiação e os pontos no ranking. A esta altura, poderia já estar confirmada dentro do Top 10.

Nesta terça, ela revelou que recebeu uma indenização do torneio pelos prejuízos que sofreu. "Eu poderia ter sido campeã no México e poderia ter somado muitos pontos e tal. Mas a lei é baseada no que é concreto e não em suposições: tive que comprar passagens de avião, tive que voltar ao Brasil, precisei pagar alimentação, pagar os custos do hospital e os custos equivalente à primeira rodada de Tóquio. Acho que foi justo", afirmou, sem revelar o valor da indenização.

Bia afirmou que a lesões não atrapalham o seu rendimento em quadra. Mas ainda não estão 100% recuperadas. "Minhas mãos estão quase 100%. A sensibilidade do dedo direito da mão direita está um pouco diferente ainda. Ainda me incomoda um pouquinho. Mas na quadra não me limita em nada. Estou apenas colocando uma proteção. Já cicatrizou bem, o que é o mais importante. Não me atrapalha mais."

DINHEIRO

Somente nesta temporada Bia recebeu pouco mais de US$ 2 milhões (cerca de R$ 10 milhões) em premiação, quase metade de tudo que embolsou na carreira (US$ 4,5 milhões, equivalente a R$ 22,5 milhões). Questionada sobre o assunto, ela apontou os altos custos envolvidos numa carreira de tenista, de muitas viagens e gastos em dólares e euros.

"O que me move não é o dinheiro. Nossa premiação é muito exposta. São das poucas profissões do mundo em que o valor pago é exposto. Nem todo mundo gosta disso. As pessoas têm que entender que, dentro deste valor que recebo, eu pago 27,5% de Imposto de Renda, por ser brasileira", apontou a tenista.

"Além disso, tenho a comissão que pago ao meu time. Eu tenho voo, hotel e alimentação, viajando 10 meses por ano, em dólares, com quatro pessoas comigo. Minhas contas são bem altas. E o meu maior investimento é hoje o meu tênis e a minha equipe. Tudo que eu recebo, eu de alguma forma invisto em mim mesma, como sempre fiz, em outras proporções anos atrás. Eu não penso no meu pós-carreira ainda. Gostaria de jogar mais 10 anos ainda. E vou continuar investindo para continuar jogando", declarou.

As seleções femininas de basquete e handebol do Brasil ganharam, neste domingo, a medalha de ouro no Pan de Santiago. O tênis também subiu no lugar mais alto do pódio com Laura Pigossi, enquanto a equipe de tênis de mesa garantiu vaga na semifinais nas três disputas de duplas.

O handebol feminino conquistou o sétimo título pan-americano consecutivo, ao derrotar a Argentina por 30 a 18. O jogo começou com atraso por causa de goteiras no ginásio.

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Adriana, mais conhecida por Doce, aniversariante do dia (33 anos, foi a maior pontuadora brasileira com 10 gols, juntamente com Francielle Rocha.

A seleção do Paraguai ficou com a medalha de bronze, ao derrotar o Chile por 23 a 20. A paraguaia Fernanda Insfran foi a maior anotadora da partida, com dez gols. Valeska Lovera marcou nove para o Chile.

No basquete feminino, o Brasil conquistou o ouro, ao vencer a Colômbia por 50 a 40, em um jogo muito fraco tecnicamente. Erika, com 13 pontos, foi a cestinha da partida. Leila marcou dez.

Na disputa do terceiro lugar, a Argentina bateu Cuba por 75 a 66. A cubana Anisleidy e a argentina Camila Suárez foram as cestinhas com 27 pontos cada.

TÊNIS

A tenista Laura Pigossi conquistou a sua segunda medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, neste domingo, ao derrotar, na final de simples, a argentina Lourdes Corle, por 2 Setta s 0, com parciais de 6/2 e 6/3. Laura já havia subido no lugar mais alto do pódio nas duplas femininas, ao lado de Luisa Stefani.

O tênis conquistou mais um lugar no pódio na chave de simples, com Thiago Monteiro, que derrotou o compatriota Gustavo Heide, após dura disputa, em três sets: 1/6, 6/3 e 7/6 (7/5).

TÊNIS DE MESA

A equipe brasileira de tênis de mesa se classificou para as três semifinais de duplas da modalidade. No masculino, Hugo Borges e Vitor Ishiy derrotaram nas quartas de final os canadenses Simeon Martin e Edward Ly por 4 a 2.

Pelo mesmo placar, Giulia Takahashi e Bruna Takahashi eliminaram as cubanas Estela Crespo e Daniela Fonseca nas duplas femininas.

Já nas duplas mistas, a vitória de Bruna Takahashi e Vitor Ishiy foi por 4 a 1 sobre os americanos Jishan Liang e Ann Lily Zhang.

Horas após o título de simples contra a chinesa Qinwen Zheng, a brasileira Beatriz Haddad Maia entrou em quadra em Zhuhai, na China, para levantar mais um troféu. Desta vez, ela faturou o título nas duplas do WTA Elite Trophy, jogando ao lado da russa Veronika Kudermetova. Elas derrotaram a japonesa Miyu Kato e a indonésia Aldila Sutjiadi por 2 sets a 0, com dupla parcial de 6/3.

A brasileira conquistou uma dobradinha inédita no torneio chinês e fez isso sem perder sets, tanto nas duplas quanto no simples. Este foi o sexto título de duplas da carreira de Bia Haddad, em nove finais.

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Ao lado de Kudermetova, Beatriz foi dominante no sexto game para conseguir uma quebrada, seguida de outra logo na sequência, que encaminhou a vantagem por 6 a 3 no primeiro set. O segundo set começou equilibrado e as quebras da dupla vencedora ficaram para os dois últimos games de saque das adversárias, fechando em mais um 6/3.

TÍTULO NO SIMPLES

Mais cedo neste domingo, Beatriz Haddad Maia foi campeã também em simples. A tenista brasileira venceu a anfitriã Qinwen Zheng em 2h51min para confirmar a terceira e maior conquista de sua carreira. A parcial do confronto foi 2 sets a 0 a favor de Bia, ambos no tie-break. As parciais foram 7/6 (13/11) e 7/6 (7/4).

Este foi o maior título de simples do tênis brasileiro desde a conquista de Gustavo Kuerten no Masters Series de Cincinnati, em 2001. O título é o primeiro de Beatriz Haddad nesta temporada e garantirá a brasileira no top 15 do ranking da WTA pelo segundo ano consecutivo. Bia subirá da 19ª para a 11ª colocação do ranking, colada no top 10. A menos que Barbora Krejcikova jogue duas partidas ou vença uma como suplente em Cancún, Bia retornará ao número 10 do ranking. Com a pontuação alcançada, Bia Haddad também está matematicamente classificada para os Jogos Olímpicos de Paris-2024.

O tênis brasileiro conquistou duas medalhas de ouro, neste sábado, nos Jogos pan-americanos de Santiago, no Chile. Ambas as conquistas nas duplas: feminina e masculina. Neste domingo, a modalidade disputa mais uma final na chave de simples feminina.

Laura Pigossi e Luisa Stefani conquistaram a medalha de ouro e a vaga nos Jogos Olímpicos de Paris-2024 na dupla feminina, ao derrotarem as colombianas Maria Herazo e Maria Perez por 2 sets a 0, com parciais de 7/5 e 6/3.

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Mas duplas masculinas, mais um ouro para o Brasil com Gustavo Heide e Marcelo Demoliner, que passaram pelos chilenos Tomás Barrios e Alejandro Tabilo por 6/1, 2/6 e 10/7.

Nas duplas mistas, Luisa Stefani e Marcelo Demoliner foram derrotados em dois sets (3/6 e 4/6) pelos colombianos Yuliana Lizarazo e Nicolas Barrientos.

Três horas antes de ganhar o ouro nas duplas femininas, Laura Pigossi havia vencido a argentina Julia Riera por 4/6, 6/4 e 7/6 (7/5) após 3h13 de partida, garantindo não só a vaga na final, mas também em Paris. Ela vai enfrentar na decisão a argentina Lourdes Carle, neste domingo, às 17h.

Na chave de simples masculina, os dois representantes nacionais perderam nas semifinais e vão disputar o bronze. Thiago Monteiro caiu diante do chileno Tomás Barrios por 2 sets a 0, com 6/3 e 6/1. Na outra disputa, Gustavo Heide foi eliminado pelo argentino Facundo Diaz Acosta por 4/6, 6/4 e 7/6 (8/6).

Beatriz Haddad Maia continua em grande momento no WTA Elite Trophy, na China. Nesta sexta-feira, ela derrubou a francesa Caroline Garcia por 2 sets a 0, com parciais de 6/1 e 7/6 (7/4), em 1h37min de confronto, e avançou à semifinal da disputa de simples, na cidade de Zhuhai.

Trata-se da quarta vitória da brasileira na competição. Ela agora soma duas vitórias em simples e duas em duplas. Curiosamente, Bia não perdeu um set sequer na competição chinesa até agora. Sua temporada vinha sendo marcada por partidas complicadas, quase sempre disputadas em três sets.

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A vitória sobre a atual 20ª do mundo, ex-número quatro do ranking, assegurou a brasileira na semifinal de simples - já estava garantida na final de duplas. Sua próxima adversária ainda não foi definida porque a organização espera a definição de todas as classificadas na fase de grupos para estabelecer os confrontos das semifinais com base nos rankings.

Com duas vitórias em dois jogos, Bia confirmou o primeiro lugar em seu grupo. A competição chinesa conta com formato diferente, dividindo 12 tenistas em quatro grupos de três atletas cada. Somente a vencedora de cada grupo avança à semifinal. Outra classificada é a russa Daria Kasatkina.

O WTA Elite Trophy é uma espécie de segunda divisão do WTA Finals, que reúne as oito melhores tenistas da temporada. Assim, o Elite Trophy congrega as 12 melhores do ano que não conseguiram entrar no Finals. Se Bia continuar se destacando na competição chinesa, poderá sonhar novamente com o Top 10 no fim da temporada.

Com os resultados obtidos no torneio até agora, Bia assegurou ao menos uma posição no ranking da WTA. Ela é a atual 19ª do mundo. Mas já é certo que terminará dentro do Top 20 pela segunda temporada seguida.

A seleção brasileira de vôlei feminino ficou com a prata dos Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile, onde Paulo Coco, auxiliar do técnico José Roberto Guimarães, comandou um grupo alternativo, formado por muitas atletas jovens e sem as principais estrelas do País. O vice-campeonato foi decidido nesta quinta-feira (26), com uma derrota por 3 sets a 0 para a República Dominicana, que jogou com seu time A, inclusive com atletas emblemáticas, como Bethania de la Cruz e Brenda Castillo. Foi o segundo título de Pan seguido das dominicanas.

As parciais foram de 24/26, 16/25 e 19/25. Em um jogo muito duro, no qual as brasileiras deram bons sinais no início, antes de serem dominadas, a maior pontuadora do Brasil foi Sabrina, com 14 pontos, seguida por Lorena, que fez oito. Do outro lado, Yonkaira Peña, com 13, foi quem mais pontuou.

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Apesar de alguns erros, o Brasil teve um bom início de primeiro set e manteve a regularidade durante a maior parte da parcial. Após reverter uma desvantagem de 10 a 9, melhorou e administrou uma diferença positiva de três pontos por algum tempo. Quando vencia por 17 a 14, contudo, começou a abrir o caminho para permitir a virada dominicana. Erros no levantamento e no saque custaram caro e as adversárias foram ganhando confiança, até buscarem a virada para fechar o set em 26/24

No segundo set, as brasileiras foram menos competitivas, não à toa demoraram para sair da casa de um ponto, o que só aconteceu quando transformaram uma desvantagem de 9/1 para 9/2. Mesmo depois que o Brasil começou a pontuar mais, a República Dominicana continuou superior, chegou a ficar nove pontos à frente e não enfrentou maiores dramas para fechar em 16/25.

A equipe comandada por Paulo Coco não conseguiu mais se reencontrar na partida. Embora tenha tido alguns lampejos ao longo do terceiro set, não teve sucesso em tirar a diferença nos momentos em que a oportunidade surgiu. Assim, a parcial final foi fechada em 26/24 e deu o ouro às dominicanas.

VÔLEI DE PRAIA

O Brasil também vai brigar pela medalha de ouro no vôlei de praia, tanto entre os homens quanto entre as mulheres. Duda e Ana Patrícia venceram as americanas Quiggle e Murphy por 2 sets a 0 (21/11 e 21/18) e vão disputar a final nesta sexta-feira, contra a dupla canadense formada por Melissa e Brandie, a partir das 18 horas. Já André e George venceram os irmãos Grimalt, do Chile, por 2 a 0 (13/21 e 17/21) e enfrentarão os cubanos Diáz e Alayo, também nesta sexta, às 19h.

FUTEBOL

No futebol, o Brasil está garantido na semifinal. Com gols de Gabriel Pirani, meia do Santos que está emprestado ao DC United (EUA), e de Guilherme Biro, promessa do Corinthians, a seleção sub-23 comandada por Ramon Menezes venceu a Colômbia por 2 a 0 e garantiu a classificação com uma rodada de antecedência. No momento, lidera o Grupo B, com seis pontos, mas, para confirmar a liderança ao fim da fase de grupos, ainda enfrenta Honduras, às 18 horas de domingo.

TÊNIS

O dia também foi bom para os atletas brasileiros nas disputas do tênis, pois todos os tenistas do País que foram para a quadra avançaram de fase. Luisa Stefani avançou à semifinais das duplas femininas, ao lado de Laura Pigossi, com quem foi medalhista na Olimpíada de Tóquio, e das duplas mistas, com Marcelo Demoliner. Pigossi e Carolina Meligeni foram às quartas em simples, assim como Gustavo Heide e Thiago Monteiro no masculino, que terá Demoliner e Heidi na semi de duplas.

Beatriz Haddad Maia venceu mais uma nas duplas do WTA Elite Trophy, nesta quinta-feira. A nova vitória ao lado da russa Veronika Kudermetova garantiu as duas tenistas na final da competição disputada na cidade chinesa de Zhuhai. Pela chave de simples, a tenista número 1 do Brasil volta a jogar somente na sexta-feira.

Bia e Kudermetova atropelaram a russa Yana Sizikova e a georgiana Oksana Kalashnikova por 2 sets a 0, com parciais de 6/0 e 6/3, em apenas 59 minutos de confronto. Com duas vitórias em dois jogos, a dupla da brasileira garantiu a liderança do seu grupo e a vaga na final da competição. Bia e a russa formam a parceria cabeça de chave número 1 em Zhuhai.

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Elas agora aguardam a definição do outro grupo, que também conta com três duplas, para saber quem enfrentarão na final, marcada para domingo. A chave tem as chinesas Yifan Xu e a canhota Xiyu Wang, a dupla formada pela norueguesa Ulrikke Eikeri e pela ucraniana Lyudmyla Kichenok e a parceria composta pela indonésia Aldila Sutjiadi e pela japonesa Miyu Kato.

Na chave de simples, Bia venceu na estreia a americana Madison Keys, ex-Top 10 do ranking. E, por ter vencido em sets diretos, se colocou em situação confortável na chave. Na sexta, enfrentará a francesa Caroline Garcia. Se vencer, avançará à final da competição.

O WTA Elite Trophy é disputado em formato diferente, com quatro chaves de três tenistas cada. Somente a primeira colocada de cada grupo vai à semifinal. O torneio é uma espécie de segunda divisão do WTA Finals, que reúne as oito melhores tenistas da temporada. Assim, o Elite Trophy congrega as 12 melhores do ano que não conseguiram entrar no Finals. Se Bia se destacar na competição chinesa, poderá sonhar novamente com o Top 10 no fim da temporada.

MELO DESISTE DE VIENA

O brasileiro Marcelo Melo desistiu de disputar o Torneio de Viena, na Áustria, nesta quinta. Ele abandonou a competição, de nível ATP 500, porque o parceiro, o americano Mackenzie McDonald, sofreu um mal-estar e decidiu não disputar o torneio.

"Infelizmente, não vamos jogar. O Mackenzie vinha doente há quatro dias e tínhamos até hoje, antes da estreia, para decidir, ver se conseguia se recuperar. Mas ele não tem condições de jogo e com isso vamos nos retirar da primeira rodada aqui em Viena", comentou Melo, dono de três títulos em Viena.

A tenista romena Simona Halep solicitou, nesta terça-feira, junto à Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês), a anulação da decisão da Agência Internacional de Integridade do Tênis, que impôs à atleta uma pena de quatro anos de suspensão por ter sido pega no exame antidoping durante o US Open de 2022.

Simona, de 32 anos, testou positivo para a substância proibida roxadustat após uma sequência de análises de exame de urina durante a competição. A tenista também apresentou várias irregularidades em seu passaporte biológico.

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Roxadustat é um medicamento que estimula a produção de EPO, que é ministrado a pacientes com anemia. Em seu apelo à entidade, ela solicita que a decisão contestada seja anulada e pede ainda a diminuição da punição.

O processo de arbitragem da CAS foi iniciado. De acordo com o Código de Esportes da entidade, as partes estão trocando informações sobre o caso até que uma banca seja definida para estudar o assunto. Quando estiver constituído, o Painel de Árbitros vai decidir a data da audiência.

A partir daí, o órgão vai deliberar e emitir uma sentença arbitral contendo a decisão com as suas justificativas. Por enquanto, ainda não é possível determinar um prazo para que o caso seja definido.

Em sua defesa, a tenista atribuiu o resultado positivo ao consumo de um suplemento contaminado. No entanto, o tribunal considerou que, pela quantidade consumida pela atleta, o volume ingerido da substância roxadustat não poderia se tratar de uma contaminação.

A suspensão de Halep, ex-número um do mundo entre 2017 e 2018, começou a valer no dia 7 de outubro de 2022. Esse período será levado em consideração à sua pena. Assim, a previsão é de que a romena possa retornar às competições a partir de outubro de 2026.

Beatriz Haddad Maia estreou com uma boa vitória no WTA Elite Trophy, nesta terça-feira. A tenista número 1 do Brasil derrubou a americana Madison Keys, ex-número sete do mundo, por 2 sets a 0, com duplo 6/4, em 1h39min de confronto, na cidade chinesa de Zhuhai. Foi a oitava vitória da brasileira contra uma rival do Top 20 somente nesta temporada.

Com a vitória, Bia Haddad desponta na liderança do Grupo Camélia do WTA Elite Trophy, torneio disputado em formato diferente, com quatro chaves de três tenistas cada. Somente a primeira colocada de cada grupo avançará à semifinal. A outra integrante da chave de Bia é a francesa Caroline Garcia.

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O WTA Elite Trophy é uma espécie de segunda divisão do WTA Finals, que reúne as oito melhores tenistas da temporada. Assim, o Elite Trophy congrega as 12 melhores do ano que não conseguiram entrar no Finals. Se Bia se destacar na competição chinesa, poderá sonhar novamente com o Top 10 no fim da temporada.

Nesta terça, Bia apresentou seu arsenal diante de uma das tenistas mais agressivas do circuito. Keys, atual 11ª do mundo, foi vice-campeão do US Open em 2017 e já fez semifinais no Aberto da Austrália e em Roland Garros. Ela é conhecida por seus golpes firmes do fundo de quadra, o que costuma dar trabalho para as rivais.

A brasileira não se intimidou diante da força da adversária americana e foi sólida do começo ao fim da partida. Ela obteve três quebras de serviço e perdeu o saque apenas uma vez na partida. Sem hesitar, fechou a partida em dois sets, algo incomum nas partidas difíceis que disputou ao longo deste ano.

A vitória em sets diretos também é importante porque pode se tornar critério de desempate ao fim da disputa por grupos. Bia deve enfrentar Garcia na quinta-feira. Se vencer, garantirá a classificação às semifinais. Antes disso, na quarta, ela estreará na chave de duplas, ao lado da russa Veronika Kudermetova.

Victor Bini, jovem tenista brasileiro de 20 anos, foi flagrado em exame antidoping e suspenso nesta sexta-feira por 13 meses do circuito mundial. A Agência Internacional para a Integridade do Tênis (ITIA) confirmou que o atleta cometeu uma "violação do Programa Antidoping do Tênis (TADP)."

A punição vem após quase seis meses da coleta da amostra de urina contaminada. NO dia 26 de abril, em um torneio M15 no Brasil, Bini foi flagrado por metabólitos de clomifeno, uma substância antiestrogênica - proibida pela Seção S4 da Lista Proibida da Agência Mundial Antidopagem (WADA).

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O tenista brasileiro, que figura somente em 1.631 no ranking de simples da ATP, admitiu a violação da regra antidoping (ADRV) e forneceu evidências de que a fonte do clomifeno era um suplemento contaminado feito sob medida, com produção no País. A ITIA ainda recebeu fotografias do suplemento nos meses anteriores ao teste positivo, e um cronograma de seu uso por Bini.

A entidade fez uma consulta ao laboratório credenciado pela WADA em Montreal, que confirmou que o resultado positivo era consistente da utilização do suplemento contaminado. O TADP determina suspensão de quatro anos se a violação for intencional, e dois anos para casos não intencionais, sendo possíveis reduções adicionais pelo grau de culpa ou negligência do jogador.

No caso de Victor Bini, a ITIA aceitou que "a violação não foi intencional e o jogador não cometeu nenhuma culpa ou negligência significativa por essa violação." A ITIA propôs, e o tenista aceitou, o período de inelegibilidade de 13 meses.

O órgão de fiscalização de doping informou que o clomifeno é considerado uma substância específica, que não acarreta suspensão provisória obrigatória. Como o brasileiro não optou por realizar uma punição provisória voluntária, o período de inelegibilidade vai de 3 de outubro até meia-noite de 2 de novembro de 2024. Durante este período, o tenista "está proibido de jogar, treinar ou participar de qualquer evento de tênis autorizado ou sancionado pelos membros de tênis da ITIA: ATP, ITF, WTA, Australian Open, Roland Garros, Wimbledon e US Open."

Ainda sem conseguir emplacar uma boa sequência de jogos após lesionar as duas mãos, Beatriz Haddad Maia foi eliminada em sua estreia no Torneio de Nanchang, na China, nesta terça-feira (17). A tenista número 1 do Brasil foi derrotada pela japonesa Nao Hibino pelo placar de 2 sets a 0, com parciais de 7/6 (7/2) e 6/3, em 2h02min de confronto.

Na competição, de nível WTA 250, Bia era a cabeça de chave número 1 pela primeira vez na carreira num torneio do principal circuito feminino do mundo. No entanto, não conseguiu passar da estreia. Ela teve dificuldades de enfrentar as variações impostas pela rival, atual 93ª do mundo e ex-número 56 do ranking.

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Bia disputou seu terceiro torneio consecutivo em solo chinês. Como saldo final nas chaves de simples, caiu duas vezes na estreia e venceu apenas uma partida, em Hong Kong. A brasileira vem de lesões nas duas mãos, após acidente doméstico no hotel oficial do WTA 1000 de Guadalajara, no mês passado. O box do banheiro estourou, machucando as duas mãos.

Ela ficou afastada do circuito por duas semanas e voltou em Pequim, onde caiu na primeira rodada, quando ainda não estava 100%. Os resultados irregulares recentes tiraram a tenista do Top 20 do ranking. Mas não impediram a brasileira de se classificar para o WTA Elite Trophy, torneio que vai reunir as melhores tenistas que não se classificaram para o WTA Finals.

A competição conta com as atletas que ficaram entre o 9º e o 19º lugar na corrida do ano. No momento, Bia é a 21ª do ranking da temporada, caindo uma posição na atualização da segunda-feira. O WTA Elite Trophy será disputado entre os dias 24 e 29 deste mês, na cidade chinesa de Zhuhai.

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