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O Aberto da Austrália começa neste domingo com apenas uma certeza: Novak Djokovic é o grande favorito ao título. Em busca dos grandes recordes do tênis, o sérvio é a maior estrela da competição em termos históricos e também do circuito profissional na atualidade. Em Melbourne, todos tentarão acabar com a hegemonia do número 1 do mundo, que não perde no primeiro Grand Slam do ano desde 2018. Na chave feminina, os olhos estarão voltados para a polonesa Iga Swiatek, enquanto Beatriz Haddad Maia corre por fora para surpreender.

Djokovic busca seu 11º título do Aberto da Austrália, recorde absoluto na própria competição e também entre todos os Grand Slams. No saldo geral, ele detém o maior número de troféus neste nível de torneio, com 24. O mais próximo deste número é Rafael Nadal, com 22. Porém, o espanhol desistiu da competição por causa de novo problema físico.

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O amplo domínio do sérvio nos últimos anos se atesta numa rápida olhada nestes troféus, os mais importantes do circuito. Nas últimas cinco temporadas, ele venceu mais da metade deles: foram 10 títulos em 19 torneios - a edição de 2020 de Wimbledon não foi disputada por causa da pandemia.

Se Nadal estará ausente e os jovens tenistas não conseguem derrubar Djokovic, o que pode mudar os rumos da chave masculina é uma possível lesão do sérvio. Ele deixou a United Cup, sua primeira competição na temporada, com dores no punho direito. Nos últimos dias, evitou falar sobre o assunto. Longe das condições físicas ideais, o líder do ranking corre o risco de ver quebrada sua série invicta de 28 partidas no Aberto da Austrália.

Ele não perde em Melbourne desde sua eliminação na edição de 2018. Desde então, foi campeão em 2019, 2020, 2021 e no ano passado. Em 2022, não pôde competir por não ter se vacinado contra a Covid-19. O tenista acabou sendo deportado do país em meio a uma das maiores polêmicas recentes do tênis.

Cansado de falar sobre recordes e marcas históricas, Djokovic comentou sobre seu futuro e deixou aberta a possibilidade de se aposentar no curto prazo. "Para ser honesto, estou dividido. Sempre há uma parte de mim que é um garoto que simplesmente adora tênis e só entende de tênis. Esse garoto quer seguir adiante. Mas, por outro lado, sou pai de duas crianças. Estou longe da minha família e cada vez que viajo por um período longo fico com o coração partido. Estou sempre pensando em quanto tempo deveria jogar. Vale a pena?", questionou o tenista em entrevista a um canal de TV sérvio.

Djokovic não sugeriu que poderá deixar o circuito nos próximos meses. Mas um título em Melbourne poderia até ser um estímulo. Se isso acontecer, além de confirmar seu domínio nas quadras duras do Aberto da Austrália, ele vai embolsar US$ 2,11 milhões, cerca de R$ 10,3 milhões. Chegaria assim a incríveis US$ 183 milhões em premiações, algo equivalente a R$ 900 milhões. Ao menos em reais, o sérvio poderá alcançar a marca de R$ 1 bilhão ainda neste ano, um belo incentivo para se aposentar.

E ALCARAZ?

O tenista espanhol é uma das apostas para derrubar o domínio de Djokovic em Melbourne. Mas se tornou uma incógnita desde sua queda na semifinal do US Open. Ele oscilou demais na reta final da temporada passada e, nos dois encontros com Djokovic após a vitória na decisão de Wimbledon, Alcaraz levou a pior.

O atual número dois do mundo ainda não fez um jogo oficial na temporada 2024, apenas exibições. E não chegou a empolgar nestas partidas. O ponto positivo para Alcaraz é que ele pegou, ao menos em tese, uma chave mais tranquila. E só poderá cruzar com Djokovic numa eventual final.

BIA MIRA SEGUNDA SEMANA

Maior nome do tênis brasileiro na atualidade, Beatriz Haddad Maia vai estrear em Melbourne no embalo do seu primeiro título na temporada logo em seu segundo torneio de 2024. Na sexta, ela foi campeã de duplas do Torneio de Adelaide, ao lado da americana Taylor Townsend - também será sua parceria nas duplas no Aberto da Austrália.

Historicamente, Bia tem seu melhor resultado neste Grand Slam justamente nas duplas. Em 2022, foi vice-campeã. Mas agora ela quer ir longe também na chave de simples. A brasileira nunca passou da segunda rodada na competição. Desta vez, ela espera alcançar ao menos as oitavas de final, fase que abre a segunda semana do torneio.

"Minha expectativa é a mesma: trabalhar duro para chegar na segunda semana. A partir daí, estarei pronta para brigar por todas as outras rodadas. Me sinto cada dia mais forte", disse a tenista em entrevista ao Estadão, no início do ano.

Jannik Sinner teve a chance de eliminar Novack Djokovic no ATP Finals, mas venceu Holger Rune, viu o sérvio avançar de fase e acabou castigado na grande decisão do ATP Finals ao perder para o número 1 do mundo por 2 sets a 0, com duplo 6/3, neste domingo, no Pala Alpitour, em Turim, na Itália, em 1h42min de partida.

A vitória fez com que Djokovic se tornasse o maior vencedor do ATP Finals com sete títulos, deixando Roger Federer para trás, com seis. Sinner, que tinha o apoio da torcida, sentiu o gostinho de ser campeão, mas acabou fazendo a sua pior partida do torneio e caiu diante do sérvio. Mesmo assim, foi ovacionado pelos torcedores ao receber o troféu e ficou claramente emocionado pelo carinho dos fãs.

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Vencer Djokovic em uma competição nunca é fácil, ter que vencer duas vezes é ainda mais complicado. Sinner levou a melhor sobre o sérvio na primeira fase, mas não conseguiu repetir o feito na decisão e acabou ficando com o vice-campeonato, na sua melhor participação no ATP Finals.

"Muito especial. Uma das melhores temporadas que tive na minha vida, sem dúvida. Coroar isso com uma vitória sobre um herói da cidade, Jannik, que jogou um tênis incrível esta semana, é fenomenal. Estou muito orgulhoso das atuações destes últimos dois dias contra Alcaraz e Sinner, provavelmente os dois melhores jogadores do mundo depois de mim e de Medvedev no momento. Da forma como eles têm jogado, tive que intensificar... foi o que fiz", disse Djokovic, que venceu quatro dos cinco confrontos que fez contra Sinner até aqui.

Djokovic conquistou 24 títulos de Grand Slam e venceu 55 dos 61 jogos realizados na temporada. Sinner também teve um ano brilhante ao vencer 61 confrontos e perder apenas 15. O italiano venceu o Masters 1000 do Canadá, além de torneios de Montpellier, Pequim e Viena.

Com a intenção de não cometer os mesmos erros da fase de grupo, quando perdeu para Sinner, Djokovic tratou a partida com muita seriedade e não deu a menor chance para o adversário. Apesar do jogo ter bons ralis, o sérvio se mostrou mais frio e conseguiu abrir 3 a 1 com extrema facilidade. Em vantagem, continuou tendo um bom aproveitamento nos aces para fechar o primeiro set com 6/3.

No segundo set, o sérvio continuou arrasador e ficou muito próximo de abrir 3 a 0, quando Sinner resolveu jogar e chegou a dificultar a vida do número 1 do mundo. Mas o brilho do italiano durou pouco tempo. Djokovic voltou a tomar conta da partida, impediu a recuperação do rival e confirmou a vitória com um novo 6/3.

Destaque para o sétimo game, que durou 16 minutos. Djokovic e Sinner travaram bons duelos, mas o sérvio confirmou o favoritismo e impediu que o italiano o vencesse duas vezes no mesmo torneio.

Novak Djokovic não teve vida fácil para garantir sua classificação à semifinal do Masters 1000 de Paris. O sérvio, número 1 do mundo, fez um duelo equilibradíssimo com o norueguês Holger Rune (7º) e venceu, nesta sexta-feira, por 2 sets a 1, com parciais de 7/5, 6/7 (3/7)e 6/4, em 2h45min de partida.

Djokovic, que vai em busca do seu sétimo título do Masters 1000 de Paris, e vingou-se de Rune, que o derrotou na final do ano passado. Na próxima fase, o sérvio encontrará o vencedor do duelo entre o australiano Alex de Minaur e do russo Andrey Rublev.

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Os tenistas fizeram um primeiro set no mais alto nível e mostraram os seus talentos ao confirmarem pontos espetaculares. Djokovic, no entanto, largou na frente ao ser responsável pela única quebra, no último game.

No segundo set, Rune dificultou ainda mais a vida do número 1 do mundo. O norueguês evitou um match point e engatou uma sequência de pontos para forçar o terceiro e derradeiro set, que começou com a ida de Djokovic ao banheiro. Ele voltou após oito minutos e foi vaiado pelos torcedores.

O último set não poderia ser diferente. Djokovic e Rune foram disputando ponto por ponto. O norueguês ainda precisou de atendimento médico por ter machucado uma das mãos. Mesmo assim, lutou até o fim, perdendo por 6/ 4. O sérvio, então, chamou a torcida para festejar o triunfo.

TSITSIPAS NA SEMIFINAL

O grego Stefanos Tsitsipas confirmou a classificação para a sua terceira semifinal consecutiva ao derrotar o russo Karen Khachanov por 2 sets a 0, parciais de 6/3 e 6/4, em 1h20min de partida. Na Antuérpia e em Viena, o grego caiu uma rodada antes da final.

Sexto colocado do ranking da ATP, Tsitsipas tentará recuperar a boa forma contra Grigor Dimitrov. O búlgaro derrotou o polonês Hubert Hurkacz, que deu adeus às chances de conquistar uma vaga no ATP Finals, por 2 sets a 1, parciais de 6/1, 4/6 e 6/4.

O grego tem uma grande vantagem contra Dimitrov. Eles já se enfrentaram em sete oportunidades, com seis vitórias de Tsitsipas e apenas uma derrota, no ano de 2020.

O número um do mundo segue colecionando vitórias e atropelando seus rivais. Nesta quarta-feira, Novak Djokovic não tomou conhecimento do argentino Tomas Martin Etcheverry e garantiu a sua classificação às oitavas de final do Masters 1000 de Paris ao vencer o duelo por 2 sets a 0, com parciais de 6/3 e 6/2.

O sérvio de 36 anos definiu a partida em pouco mais de uma hora e não deu chances de o número 31 do mundo fazer frente. Dono de seis títulos do torneio, Djokovic voltou a disputar uma partida de simples após um mês e meio de intervalo.

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Na próxima fase da competição, o líder do ranking terá pela frente Tallon Griekspoor, da Holanda. O histórico particular entre eles é de poucos confrontos, mas a vantagem é do tenista veterano. Em duas partidas, Djokovic obteve dois triunfos e não perdeu nenhum set para o rival.

A grande surpresa da rodada desta quarta-feira, no entanto, ficou por conta da eliminação de Daniil Medvedev. Grigor Dimitrov desbancou o favoritismo do seu oponente ao vencer o duelo por 2 sets a 1, com parciais de 6/3, 6/7 (7-4) e 7/6 (7-2).

Medvedev também travou uma briga particular com a torcida parisiense, que o vaiou no segundo set após o tenista jogar a raquete no chão. Visivelmente irritado, ele chegou a bater boca com os torcedores. A partir daí, a torcida passou a apoiar Dimitrov, que fez a festa ao definir a vitória. O resultado tirou do tenista a chance de tentar buscar o primeiro lugar do ranking.

Quem também esteve em ação e confirmou a vitória foi Stefanos Tsitsipas, que derrotou o Felix Auger-Aliassime por 2 sets a 0, com parciais de 6/3 e 7/6 (7-4). No outro jogo da rodada do Masters 1000 de Paris, o tenista polonês Hubert Hurkacz não encontrou dificuldades para bater o espanhol Roberto Bautista-Agut por 2 sets a 0 com parciais de 6/3 e 6/2.

Aos 20 anos, Carlos Alcaraz é mais um tenista a colocar seu nome na lista de campeões de Wimbledon. O jovem espanhol impediu o quinto título consecutivo de Novak Djokovic no Grand Slam da grama neste domingo com uma vitória emocionante. O triunfo de Alcaraz veio após 4h42min de partida, por 3 sets a 2, com parciais de 1/6, 7/6 (8/6), 6/1, 3/6 e 6/4.

Alcaraz se torna o terceiro mais jovem a ser campeão de Wimbledon no simples masculino (Boris Becker venceu com 17 e 18 anos) e o terceiro espanhol na história a vencer o torneio. O título na catedral do tênis entra para a galeria de troféus do jovem junto com o US Open de 2022, sendo seu segundo Grand Slam. A vitória na "revanche" contra Nole mantém Alcaraz como número 1 do ranking da ATP.

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O mesmo duelo de gerações havia acontecido nesta temporada durante a semifinal do Roland Garros, vencida pelo sérvio de 36 anos por 3 sets a 1. Após sentir câimbras, Alcaraz viu Djoko emendar uma sequência de 6/1 para avançar à decisão. Em Wimbledon, o espanhol também começou perdendo por 6/1, mas mostrou todo seu potencial ao impedir o 24º título de Major do sérvio. Djokovic possui sete troféus na grama de Londres, 23 Grand Slams, e seguirá em segundo no ranking da ATP.

SET INFINITO E REAÇÃO DE ALCARAZ

O jovem Alcaraz travou um bom e longo primeiro game diante de Djokovic, mas o espanhol acabou derrotado e as coisas desandaram para ele. O sérvio sobrou nos games seguintes e fechou o primeiro set por 6 a 1, vendo o adversário irritado e atordoado em quadra.

Alcaraz confirmou seu serviço no primeiro game do segundo set. Na sequência, "Nole" cometeu dupla falta em seu primeiro saque, Alcaraz abriu 30 a 0 e deu esperanças de uma quebra. Novak dificultou, mas o espanhol conseguiu sua primeira quebra no jogo para abrir 2 a 0. O jovem de 20 anos não conseguiu manter a vantagem nos games seguintes e o experiente número 2 do mundo empatou o set.

O jogo seguiu com os dois confirmando seus games até o tie-break, quando Nole abriu vantagem de três pontos e Alcaraz reagiu. O game chegou a 6/5, quando Djokovic cometeu dois erros não forçados e Alcaraz fechou em 8/6.

No terceiro set, Alcaraz confirmou seu serviço e conseguiu uma quebra. No importante terceiro game, o espanhol salvou dois game points e abriu 3 a 1. O quinto game foi espetacular, teve incríveis 27 minutos, 13 igualdades e mais de 30 pontos disputados. O espanhol saiu do 40/15 e salvou mais seis game points para abrir 4 a 1. Após a incansável

disputa, Alcaraz devolveu o 6/1 e virou o jogo.

Djokovic chegou a ir para o vestiário em desvantagem, mas Alcaraz não esfriou e começou o quarto set com tudo. O espanhol perdeu a chance de abrir 2 a 0, Djokovic equilibrou a partida, conseguiu uma quebra para abrir 4 a 2. O sérvio embalou rumo ao quinto e decisivo set e fechou o empate em 6 a 3.

O quinto set dava indícios que seguiria longo. Os três primeiros games tiveram break point. Alcaraz até tentou se segurar, mas Djokovic aproveitou o embalo e venceu o primeiro game. Alcaraz salvou pontos impressionantes e emendou dois games com longas disputas para abrir 2 a 1. E com uma sequência de saques perfeita, o jovem de 20 anos ampliou para 3 a 1.

A vantagem de dois games foi mantida pelo disposto Alcaraz nos games seguintes e o espanhol chegou a abrir 5 a 3. Djoko confirmou seu serviço e o espanhol foi sacar para o título. Com uma série de pontos salvos, o jovem espanhol confirmou o set para marcar, mais uma vez, seu nome na história do tênis.

O sérvio Novak Djokovic confirmou o favoritismo, sem maiores sustos, e garantiu seu lugar em mais uma final de Wimbledon, nesta sexta-feira. Em sua semifinal, ele superou o italiano Jannik Sinner por 3 sets a 0, com parciais de 6/4, 6/3 e 7/6 (7/4), em 2h46min de confronto. Agora tentará buscar seu oitavo título na grama de Londres para empatar com o recorde de Roger Federer no masculino.

O futuro adversário de Djokovic na final sairá do confronto entre o espanhol Carlos Alcaraz e o russo Daniil Medvedev, que se enfrentam na sequência, ainda nesta sexta-feira. A grande decisão do masculino está marcada para domingo, às 10 horas, pelo horário de Brasília.

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Djokovic vai disputar sua 35ª final de Grand Slam na carreira, se isolando como recordista nesta estatística. Deixou para trás a americana Chris Evert, com 34. Será sua nona decisão em Londres, ficando ainda atrás das 12 de Federer. E busca o 24º título de Major para empatar com a australiana Margaret Court.

No masculino, ele já é o recordista neste quesito, com 23. O espanhol Rafael Nadal vem logo atrás nesta briga, com 22 troféus de Major. Federer tem 20, mas já está aposentado.

Franco favorito, Djokovic dominou os dois primeiros sets com tranquilidade diante de Sinner, tirando vantagem da maior velocidade da bola, causada pelo teto fechado na quadra central. Ele obteve uma quebra de saque em cada parcial e não perdeu o serviço em nenhum momento dos dois sets.

Nestas parciais, o sérvio só enfrentou dificuldade na segunda, durante o quarto game, quando o árbitro de cadeira anotou uma incomum marcação de "hindrance" (obstáculo, em tradução livre). Djokovic perdeu o ponto por ter gritado durante o ponto. Na prática, ele alongou um grito após uma rebatida no fundo de quadra.

Mas o momento raro no tênis não abalou a confiança e a concentração do número dois do mundo. Ele seguiu melhor no terceiro set, até o 10º game, quando Sinner conseguiu mostrar maior consistência. O italiano teve dois sets points no saque do adversário, mas desperdiçou as chances mandando a bola para fora.

A parcial acabou sendo decidida no tie-break. O italiano saiu na frente, abriu 3/0, porém permitiu a reação do sérvio e acabou sucumbindo diante da superioridade do adversário.

Djokovic finalizou a partida com apenas duas quebras de saque, em nove oportunidades. Sinner não conseguiu se impor no serviço do rival, em seis chances. No entanto, se destacou nas bolas vencedoras, com 44 a 33. Mas abusou dos erros não forçados: 34 a 21.

Sentimento de alívio, comemoração junto aos familiares na torcida e choro convulsivo. Um ano depois de ser deportado do país em um dos maiores escândalos do tênis mundial, o sérvio Novak Djokovic voltou à cena em grande estilo ao vencer o grego Stefanos Tsitsipas por 3 sets a 0, com parciais de 6/3, 7/6 (4) e 7/6 (5)em 2h56min de partida e garantir o seu décimo título do Aberto da Austrália.

Em sua 33ª final de Major, o número cinco do mundo chegou à 22ª conquista em simples com o triunfo na manhã deste domingo na Austrália se igualando a Rafael Nadal. Os dois são os maiores vencedores de slams da história do tênis masculino. De quebra, ainda volta a assumir a liderança do ranking desbancando o espanhol Carlos Alcaraz.

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Em quadra, Djoko confirmou o seu bom momento. Até a final, o sérvio havia perdido apenas um game. Habituado a decisões no torneio, ele vem de três títulos seguidos no campeonato entre 2019 e 2021 acumulando um total de 27 vitórias. Ao superar o rival em Melbourne, esse número subiu para 28.

O revés adiou o sonho de Tsitsipas de vencer o seu primeiro Grand Slam da carreira. Em sua segunda decisão de um torneio desse porte, Djokovic voltou a ser um obstáculo em sua trajetória já que, em 2021, em Roland Garros, o grego também foi derrotado pelo sérvio.

O duelo começou com Djokovic forçando o seu saque para dificultar a recepção de Tsitsipas. Com a quebra de serviço do sérvio no quarto game, o tenista grego se desestabilizou e não conseguir mais impor o seu jogo.

Com um jogo calculado e muita precisão ao usar a sua direita, o sérvio não teve maiores dificuldades para fechar a primeira parcial em 6/3.

No segundo set, o equilíbrio foi a marca do confronto com os dois finalistas confirmando seus serviços. A definição foi para o tiebreak, e o jogo ganhou em emoção. Djoko abriu uma vantagem de 4 a 1, mas permitiu o empate. De volta à disputa, o tenista grego voltou a se desconcentrar, cometeu erros de devolução e complicou sua reação.

Djoko não perdoou o vacilo do seu adversário, fechou a série final em 6 a 4 a garantiu também a vitória no segundo set abrindo uma ampla vantagem para tentar assegurar o título na Austrália.

O terceiro set começou de forma surpreendente. Necessitando de uma reação urgente, Tsitsi quebrou logo de cara o serviço do rival. A resposta, porém, veio no mesmo tom e de forma imediata, com Djokovic empatando a disputa.

A partir daí a normalidade passou a imperar na quadra com os dois tenistas praticando um jogo com poucos erros e confirmando seus serviços. O sérvio seguiu controlando o ritmo e chegou a 5 a 4 no terceiro set aumentando a pressão sobre Tsitsipas. Depois de abrir vantagem no décimo game, ele permitiu uma modesta reação do seu adversário ao cometer um erro bobo. No entanto, o empate em 5 a 5 foi confirmado minando a expectativa de Djoko em definir logo a partida.

Como no set anterior, o terceiro também foi para o tiebreak. Djokovic abriu uma vantagem de 5 a 0, mas permitiu a reação de Tsitsipas que buscou um 6 a 5. A categoria e a frieza, no entanto falaram mais alto. Ao estabelecer o 7 a 5, ele se consagrou ao conquistar o Aberto da Austrália pela décima vez na carreira.

O sérvio Novak Djokovic e o dinamarquês Holger Rune vão disputar, neste domingo, a final do Masters 1000 de Paris. Os dois tenistas vão se enfrentar pela segunda vez. Na primeira, Djokovic venceu no US Open do ano passado.

Aos 19 anos, Rune garantiu vaga para disputar a quinta final de um torneio, ao derrotar o canadense Felix Auger-Aliassime, por 2 sets a 0, com parciais de 6/4 e 6/2, em 1h27.

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Aliassime, que vinha de títulos conquistados em Florença, Antuérpia e Basileia, perdeu uma invencibilidade de 16 partidas.

Já Djokovic teve de lutar muito para derrotar o grego Stefanos Tsitsipas, em 2h19 de jogo. Foram 2 sets a 1, com parciais de 6/2, 3/6 e 7/6 (7/4). Este foi o 11º duelo entre os tenistas e a nona vitória do sérvio, sendo a sétima consecutiva.

Aos 35 anos, Djokovic chega como favorito para a decisão, pois soma 13 partidas invictas, após títulos conquistados em Tel Aviv e Astana. Será a 129ª final de sua carreira, que acumula 90 títulos.

Faltando quatro dias para o início do US Open, o sérvio Novak Djokovic anunciou nesta quinta-feira que desistiu de disputar o quarto e último Grand Slam da temporada. O ex-número 1 do mundo aguardava por uma liberação especial para poder entrar nos Estados Unidos mesmo sem ter tomado a vacina contra a covid-19. Mas essa permissão não saiu.

"Infelizmente, eu não poderei viajar para Nova York desta vez para o US Open. Agradeço aos fãs pelas mensagens de amor e apoio. Boa sorte para os meus companheiros tenistas! Vou me manter em boa forma, de espírito positivo, e esperar por uma oportunidade para competir novamente. Vejo vocês em breve!", disse o sérvio, em suas redes sociais.

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A baixa de peso foi confirmada e lamentada pela diretora do US Open, Stacey Allaster. "Novak é um grande campeão e é muito triste que ele não possa competir no US Open deste ano, uma vez que não poderá entrar no país em razão da política do governo federal quanto à vacinação para cidadãos de fora dos Estados Unidos. Estamos ansiosos para receber Novak de volta em 2023", declarou.

O atual vice-campeão do US Open não poderá disputar a competição deste ano porque não tomou nenhuma das doses da vacina contra a covid-19. A decisão já havia custado ao tenista a possibilidade de disputar o Aberto da Austrália, no início deste ano, quando protagonizou polêmica internacional, quase causou um incidente diplomático e foi deportado do país da Oceania.

Djokovic correu risco de ficar fora também de Roland Garros e Wimbledon, mas pôde disputar os dois torneios de Grand Slam porque os países flexibilizaram suas leis relacionadas à pandemia semanas antes do início das competições. Ele foi eliminado nas quartas de final em Paris e se sagrou campeão na grama de Londres.

Dono de três títulos no US Open, o atual número seis do mundo pode sofrer nova queda no ranking, por não defender os pontos do vice-campeonato de 2021. E pode ver Rafael Nadal ampliar a vantagem na disputa por títulos de Grand Slam. O espanhol é o atual recordista, com 22 troféus. Djokovic soma 21, contra 20 do suíço Roger Federer.

Rafael Nadal e Novak Djokovic arrasaram seus adversários nesta sexta-feira, pela terceira rodada de Roland Garros. Espanhol e sérvio, maiores candidatos ao título em Paris, avançaram às oitavas de final. Já o brasileiro Bruno Soares se despediu na segunda rodada da chave de duplas masculinas.

Djokovic foi o primeiro a entrar em quadra nesta sexta. E não teve qualquer dificuldade contra o esloveno Aljaz Bedene, atual 195º do mundo. O líder do ranking venceu por 3 sets a 0, com parciais de 6/3, 6/3 e 6/2. Ele faturou cinco quebras de saque ao longo da partida, finalizada em 1h44min, e não perdeu o serviço em nenhum momento.

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O favorito anotou ainda 30 bolas vencedoras, contra 23 do tenista da Eslovênia. E cometeu apenas 18 erros não forçados, diante de 37 do adversário. Nas oitavas, Djokovic vai enfrentar o argentino Diego Schwartzman, que superou o búlgaro Grigor Dimitrov por 6/3, 6/1 e 6/2. O sérvio nunca perdeu para o sul-americano no circuito - são seis vitórias consecutivas. O confronto será o de número 100 do sérvio em Roland Garros.

Elevando seu nível a cada jogo, o líder do ranking tenta em Paris igualar o recorde de títulos de Grand Slam, que pertence atualmente a Nadal, com 21 troféus. Os dois poderão vir a se enfrentar na fase de quartas de final.

Nadal

Nesta sexta, o espanhol fez a sua parte para se aproximar desse duelo. O dono de 13 títulos em Paris superou o holandês Botic Van De Zandschulp, 29º do mundo, por 3 a 0, com parciais de 6/3, 6/2 e 6/4, em 2h11min.

Apesar de dominante, Nadal não apresentou performance tão forte quanto a de Djokovic. Ele sofreu duas quebras de saque e se impôs no serviço do rival em seis games. Terminou o jogo com 25 bolas vencedoras, contra 19 do holandês. Porém, cometeu menos erros não forçados: 13 a 31.

Nas oitavas, o tenista da Espanha vai enfrentar o canadense Felix Auger-Aliassime (9º cabeça de chave), que avançou ao derrubar o sérvio Filip Krajinovic por 7/6 (7/3), 7/6 (7/2) e 7/5.

Mulheres

No feminino, mais duas cabeças de chave se despediram nesta sexta. Atual campeã olímpica, a suíça Belinda Bencic (14ª) foi superada pela canadense Leylah Annie Fernandez (17ª), atual vice-campeã do US Open, por 7/5, 3/6 e 7/5. A vencedora terá pela frente a americana Amanda Anisimova (27ª), que avançou diante do abandono da checa Karolina Muchova no terceiro set: 6/7 (7/9), 6/2 e 3/0.

Já a alemã Angelique Kerber, ex-número 1 do mundo e 21ª cabeça de chave, foi derrotada pela belarussa Aliaksandra Sasnovich por 6/4 e 7/6 (7/5). Sasnovich encara agora a italiana Martina Trevisan, que superou a australiana Daria Saville por 6/3 e 6/4. As cabeças de chave Coco Gauff (18ª) e Elise Mertens (31ª) avançaram.

BRASILEIRO CAI NAS DUPLAS

Sem ritmo no saibro, Bruno Soares e Jamie Murray foram eliminados logo na segunda rodada da chave de duplas masculinas em Paris. Brasileiro e escocês perderam para os americanos Mackenzie McDonald e Tommy Paul por 2 sets a 1, com as parciais de 7/6 (9/7), 4/6 e 6/3.

A dupla vinha de uma estreia bem tranquila em Roland Garros. Mas estava sem ritmo porque disputaram apenas um torneio no saibro na temporada antes de Paris. No Torneio de Genebra, foram eliminados logo na estreia, neste mês.

A superfície não é a favorita deles, que costumam se destacar na quadra dura - os títulos de Grand Slam da parceria vieram no US Open e no Aberto da Austrália. Em Roland Garros, o melhor resultado do brasileiro foi o vice-campeonato, em 2020.

Atual número 21 do mundo no ranking de duplas, o tenista brasileiro ainda busca seu primeiro título do ano. Ele soma agora sete vitórias e nove derrotas nas duplas masculinas em 2022.

A organização do Masters 1000 de Roma, na Itália, confirmou nesta quarta-feira que o sérvio Novak Djokovic poderá competir normalmente neste ano, apesar de não ter comprovante de vacinação contra a covid-19. A competição, uma das principais da gira de saibro na Europa, será disputada entre os dias 8 e 15 de maio.

"As regras relativas à participação dos tenistas no torneio são estabelecidas pelo governo e pela ATP", declarou o presidente da Federação de Tênis da Itália, Angelo Binaghi. O dirigente indicou que contou com a aprovação do governo para permitir a entrada de tenistas não vacinados na competição. Ele fez as declarações ao lado de Valentina Vezzali, secretário de esportes do governo italiano.

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Pelas regras atuais do governo italiano, podem entrar no país pessoas que apresentem comprovante de vacinação ou alguma prova de que já se infectou com a doença ou ainda teste negativo para a covid-19. Djokovic alega que já contraiu o vírus duas vezes, a últimas delas em dezembro do ano passado.

O líder do ranking não pôde disputar o Aberto da Austrália, em janeiro, justamente por não ter se vacinado. Ele chegou a entrar no País, acionou a Justiça para poder competir em Melbourne, mas acabou sendo deportado, num dos casos mais rumorosos da história recente do tênis mundial.

Sem o comprovante de vacinação, Djokovic também não pôde disputar os dois primeiros Masters 1000 do ano, em Indian Wells e em Miami, ambos nos Estados Unidos, nos últimos meses. Nesta semana, ele compete no Torneio de Belgrado, cujos direitos pertencem a sua família. Trata-se apenas da sua terceira competição no ano. Antes, esteve em Dubai e em Montecarlo, na semana passada, quando foi eliminado logo na estreia.

Djokovic tem cinco títulos no saibro de Roma. No ano passado, foi derrotado pelo espanhol Rafael Nadal na final. O tenista da Espanha não deve competir na edição deste ano, em razão de problemas físicos.

RÚSSIA E BELARUS

Ainda nesta quarta, a organização do torneio italiano anunciou que não terá nenhuma restrição aos tenistas russos e belarussos, vetados de competir em Wimbledon, em anúncio feito mais cedo nesta quarta. No entanto, o governo avisou que "sempre estará ao lado dos atletas ucranianos".

Novak Djokovic voltou a decepcionar na temporada 2022. O número 1 do mundo foi eliminado logo em sua estreia no Masters 1000 de Montecarlo, nesta terça-feira. O tenista sérvio caiu diante do espanhol Alejandro Davidovich Fokina, atual 46º do mundo, por 2 sets a 1, com parciais de 6/3, 6/7 (5/7) e 6/1, em quase três horas de partida.

Foi a primeira vez que Djokovic foi eliminado em uma estreia desde 2018. Jogando em casa (ele tem residência fixa em Mônaco), o sérvio esteve aquém do esperado durante os três sets do confronto e sofreu a segunda derrota do ano, em quatro partidas disputadas. O Masters de Montecarlo era apenas o segundo torneio de Djokovic na temporada.

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Antes, ele entrou em quadra somente no ATP 500 de Dubai. Nos Emirados Árabes Unidos, o líder do ranking não conseguiu passar das quartas de final. Djokovic planejava estrear na temporada no Aberto da Austrália, em janeiro, mas acabou sendo deportado pelo governo australiano por ter entrado no país sem o comprovante de vacinação contra a covid-19.

Sem ritmo de jogo, o sérvio mostrou dificuldades em sua primeira partida no saibro neste ano. Davidovich Fokina começou melhor e quebrou o saque do favorito logo no terceiro game. Djokovic chegou a devolver a quebra, mas perdeu o serviço novamente no fim da parcial, permitindo ao espanhol sair na frente na partida.

A segunda parcial teve roteiro semelhante, com o espanhol começando em vantagem. Mas o sérvio reagiu e levou o confronto para o tie-break, quando Fokina desperdiçou chances e viu o sérvio empatar o duelo com um belo ponto.

O grande ponto, contudo, não foi o suficiente para reerguer a confiança do número 1 do mundo. Demonstrando cansaço, ele não conseguiu acompanhar o ritmo do espanhol e venceu apenas um game ao longo de todo o set.

Com a grande vitória, a maior de sua carreira, o tenista da Espanha avançou às oitavas de final, quando terá pela frente o vencedor do duelo entre o belga David Goffin e o britânico Daniel Evans.

MELO E ZVEREV AVANÇAM

Formando dupla com o amigo Alexander Zverev, o brasileiro Marcelo Melo venceu mais uma na chave de duplas de Montecarlo. Eles superaram nesta terça os franceses Pierre-Hugues Herbert e Nicolas Mahut, parceria cabeça de chave número quatro, por 2 sets a 0, com parciais de 7/5 e 6/4, em 1h21min.

Na sequência, pelas oitavas, eles vão enfrentar o salvadorenho Marcelo Arevalo e o holandês Jean-Julien Rojer.

Novak Djokovic voltou ao noticiário nesta quarta-feira. Desta vez sem qualquer relação com tênis ou vacinas, mas ainda no tema da pandemia. O tenista sérvio foi apontado como cofundador e sócio majoritário da QuantBioRes, empresa dinamarquesa de biotecnologia que pretende criar um remédio para tratar a covid-19.

A empresa foi criada em junho de 2020, ainda na parte inicial da pandemia. Mas a informação sobre a participação do número 1 do mundo só veio à tona nesta quarta em entrevistas do diretor da companhia, Ivan Loncarevic, às agências internacionais.

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Ele revelou que o tenista e sua esposa, Jelena Djokovic, detêm juntos 80% da QuantBioRes. Loncarevic não revelou o valor investido pela família na empresa. De acordo com a revista Forbes, o tenista ganhou US$ 34,5 milhões (cerca de R$ 190 milhões) ao longo da temporada passada, entre premiações e patrocínios.

A empresa criada na Dinamarca tem cerca de 12 pesquisadores, que atuam também em outros países, como Reino Unido, Eslovênia e Austrália. De acordo com Loncarevic, o objetivo da companhia é desenvolver medicamentos contra vírus e bactérias resistentes. E a covid-19 se tornou o principal alvo da equipe, que não trabalhará com vacinas.

Os primeiros remédios específicos contra a covid-19 no mundo estão perto de serem lançados, nos próximos meses. O mais conhecido é o Paxlovid, da Pfizer. Mas os custos serão bem mais elevados do que as vacinas. O tratamento com este medicamento pode chegar a US$ 530. No caso dos imunizantes, as doses custam cerca de US$ 10.

Djokovic protagonizou uma das maiores polêmicas da história do tênis nos últimos dias ao ser deportado da Austrália e ser retirado da chave do primeiro Grand Slam do ano porque não tomou a vacina contra a covid-19. A polêmica durou 11 dias, entre sua chegada e a saída do país, no domingo, após dois cancelamentos do seu visto e dois julgamentos na Justiça local.

O sérvio tentou entrar na Austrália sem apresentar o comprovante de vacinação, após obter uma "permissão médica especial" junto ao governo estadual e a Tennis Australia, a federação australiana de tênis. A questão mobilizou o governo federal e até gerou uma crise diplomática entre a Austrália e a Sérvia. Agora Djokovic corre o risco de não poder entrar no país da Oceania pelos próximos três anos.

Com contrato recém-renovado com o Orlando City, Alexandre Pato entrou em polêmica nesta terça-feira (18) ao postar em apoio ao negacionismo do tenista Djokovic, que foi proibido de disputar o Australian Open por não estar vacinado contra Covid-19. Usando de preconceito, o atacante ainda taxou a doença como “peste chinesa” e a vacina como “picada experimental”. Ele deletou a postagem logo depois.

Em texto publicado nos seus stories, onde chegou a marcar o Instagram do próprio Djokovic, o atacante buscou enumerar feitos de caridade do tenista. Pato disse que Djokovic é um “homem livre” e “herói” a ser seguido no “Movimento de resistência contra o Totalitarismo”.

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Bolsonarista, Pato ainda usou termos xenofóbicos e preconceituosos em alguns trechos de seu texto.

“Ele doou 1 milhão de euros para hospitais sérvios para tratar pacientes com o vírus chinês. Ele doou dinheiro para a Espanha combater a Peste Chinesa”, escreveu em trecho.

Negacionismo para os outros, vacina para mim

Mesmo criticando a vacina e apoiando o negacionismo de Djokovic, Alexandre Pato está vacinado desde abril de 2021 quando foi imunizado nos Estados Unidos.

Confira o post apagado:

Novak Djokovic deixou a Austrália, neste domingo (16), depois que a Justiça rejeitou seu recurso contra sua deportação ordenada pelo governo, que considerou que o número um do mundo no tênis representava um "risco para a saúde" por não ter-se vacinado contra a Covid-19.

Tomada por unanimidade pelos três juízes do tribunal, a decisão pôs fim às esperanças do sérvio, de 34 anos, de conquistar seu 21º título de Grand Slam, no Aberto da Austrália, que começa nesta segunda-feira (17).

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"Estou muito decepcionado", disse Djokovic em um comunicado.

"Respeito a decisão do tribunal e vou cooperar com as autoridades competentes em relação à minha saída do país", afirmou, pouco antes de deixar Melbourne, às 22h51 locais (8h51 em Brasília), segundo uma jornalista da AFP a bordo do avião.

"Agora vou tirar um tempo para descansar e me recuperar", disse o jogador, cuja carreira pode se ver seriamente afetada, após a decisão.

Djokovic foi autorizado a deixar o centro de detenção para imigrantes, onde estava detido desde sábado, e assistiu online, dos escritórios de seus advogados em Melbourne, à audiência de quatro horas de duração.

Em suas argumentações finais ao tribunal no sábado, o ministro da Imigração, Alex Hawke, argumentou que a presença de Djokovic no país era, "provavelmente, um risco para a saúde".

Segundo o ministro, fomentava o "sentimento antivacina", podendo dissuadir os australianos de receberem doses de reforço, no momento em que a variante ômicron se espalha rapidamente pelo país.

- "Distúrbios civis" -

A presença do campeão na Austrália poderia até "provocar um aumento dos distúrbios civis", acrescentou o ministro.

Embora tenha considerado como "insignificante" o risco de o próprio Djokovic infectar os australianos, o ministro disse que seu "menosprezo" pelas normas sanitárias contra a covid-19 era um mau exemplo.

Hoje, no tribunal, os advogados de "Djoko" classificaram a detenção e a possível deportação de seu cliente como "ilógicas", "irracionais" e "nada razoáveis".

Eles não conseguiram, porém, convencer os três juízes do Tribunal Federal, que rejeitaram o recurso por unanimidade, sem possibilidade de apelação.

Novak Djokovic foi preso em sua chegada à Austrália, em 5 de janeiro, e posto, inicialmente, em detenção administrativa.

O jogador, que disse ter contraído covid-19 em dezembro, esperava uma isenção para entrar no país sem estar vacinado. A alegação foi considerada insuficiente pelas autoridades.

Em 10 de janeiro, o governo australiano sofreu um revés humilhante, quando um juiz bloqueou a deportação de Djokovic, restabeleceu seu visto e ordenou sua libertação imediata.

Na sexta-feira, o ministro da Imigração contra-atacou e cancelou seu visto pela segunda vez, em virtude de seus poderes discricionários, alegando "razões de saúde e de ordem pública".

Em um comunicado publicado na última quarta-feira (12), o tenista admitiu ter preenchido incorretamente sua declaração de entrada na Austrália.

O 86 vezes campeão da ATP, que foi visto na Sérvia e na Espanha duas semanas antes de seu desembarque na Austrália, responsabilizou sua equipe, afirmando que houve um "erro humano".

- "Incompetência" -

Há quase dois anos, os australianos enfrentam algumas das restrições mais duras do mundo contra a covid-19. Além disso, com a perspectiva de eleições em maio, o contexto político ficou ainda mais carregado.

Nos últimos dias, aumentou a pressão sobre o primeiro-ministro conservador Scott Morrison, a quem a oposição trabalhista acusou de "incompetência".

Hoje, domingo, o governo australiano comemorou sua vitória legal.

"A sólida política de proteção de fronteiras da Austrália nos manteve a salvo durante a pandemia", declarou o ministro da Imigração, Alex Hawke, em um comunicado.

"Os australianos fizeram grandes sacrifícios para chegar a este ponto, e o governo de Morrison está firmemente comprometido com proteger essa posição", completou.

A reação do presidente sérvio, Aleksandar Vucic, foi bem diferente.

"Acham que, com dez dias de maus-tratos, humilharam Djokovic. Eles humilharam a si mesmos. Djokovic pode voltar para seu país de cabeça erguida e olhar para todo mundo olho no olho", rebateu.

Para a ATP, que administra o circuito profissional de tênis masculino, a decisão da Justiça "encerra uma série de eventos profundamente infelizes".

O lugar no quadro final do Grand Slam da Austrália será ocupado pelo italiano Salvatore Caruso, 150º no ranking mundial.

Em sua declaração mais longa desde que desembarcou na Austrália, o sérvio Novak Djokovic afirmou nesta quarta-feira (12), pelo horário local, que esteve em evento com crianças quando ainda não sabia do seu teste positivo para Covid-19, em dezembro, e disse que um membro de sua equipe cometeu "erro humano" ao preencher formulário de imigração para entrada no país-sede do primeiro Grand Slam da temporada.

"Quero abordar a desinformação contínua sobre minhas atividades e participação em eventos em dezembro, antes do resultado positivo do meu teste PCR para covid", declarou o tenista, no início do seu comunicado. "Esta desinformação precisa ser corrigida, particularmente no interesse de aliviar a preocupação mais ampla da comunidade sobre minha presença na Austrália e abordar assuntos que são muito dolorosos e preocupantes para minha família."

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Djokovic confirmou que fez o exame motivado pelos casos de Covid-19 detectados após um jogo de basquete na Sérvia, no qual acompanhou das arquibancadas. Sem sintomas, ele disse ter efeito um teste de antígeno um dia depois, em 16 de dezembro, e o resultado foi negativo. No mesmo dia, fez um PCR. Mas o resultado teria saído somente depois de ele ter comparecido a um evento com crianças, em que aparece nas fotos sem máscara. Djokovic disse ter feito outro teste de antígeno, com resultado negativo mais uma vez, antes do evento.

No mesmo comunicado, ele admitiu que já sabia do teste positivo quando compareceu a uma entrevista, seguida de sessões de fotos, do jornal francês L'Equipe, em Belgrado, no dia 18 do mesmo mês. "Eu tinha cancelado todos os outros eventos, com exceção desta entrevista", disse o sérvio, que se mostrou arrependido pelo risco que causou aos jornalistas e fotógrafos do periódico francês.

"Quando voltei para casa, para ficar em isolamento, refleti sobre a situação. Percebi que cometi um erro de julgamento e deveria ter adiado este compromisso", escreveu o sérvio, nas redes sociais. "Mas mantive o distanciamento social (durante a entrevista) e só não usei a máscara quando estava sendo fotografado."

Djokovic também comentou sobre a polêmica envolvendo o formulário da imigração. No documento, ele marcou item afirmando que não havia viajado nas últimas duas semanas antes de desembarcar em Melbourne. O formulário traz na mesma página um alerta sobre possíveis erros no preenchimento, o que poderia configurar crime e acarretar até prisão.

Nos últimos dias, surgiram fotos mostrando que o sérvio esteve na Espanha e na Sérvia, seu país, antes de embarcar para a Austrália. A falha no formulário pode se tornar argumento do governo australiano para uma eventual deportação do sérvio. O tenista ainda corre o risco de ser excluído do país antes do início do Aberto da Austrália, marcado para começar na segunda-feira, dia 17.

"Quanto à minha declaração de viagem, isso foi resolvido pela minha equipe, em meu nome, como eu expliquei às autoridades da imigração em minha chegada. E o meu agente pede desculpas sinceras pelo erro administrativo ao escolher a opção incorreta no formulário sobre minhas viagens anteriores antes da chegada na Austrália. Foi um erro humano e certamente não foi deliberado", declarou Djokovic. "Minha equipe forneceu mais informações ao governo australiano para esclarecer esse assunto."

Pouco antes do comunicado, as autoridades australianas confirmaram que os advogados do sérvio apresentaram mais informações sobre sua documentação ao Ministério da Imigração, órgão do governo que tem o poder de deportar o tenista a qualquer momento.

Por fim, o número 1 do mundo disse que não pretende mais se manifestar sobre o assunto "em respeito ao governo da Austrália, às suas autoridades e ao processo que está correndo". Ele também afirmou que é uma "honra e privilégio" disputar o Aberto da Austrália, fazendo elogios aos demais jogadores e torcedores.

A polêmica envolvendo Novak Djokovic continua gerando repercussão. Após ter o visto cancelado ao desembarcar na Austrália, sem apresentar o certificado de vacinação contra a Covid-19, o tenista chamou a atenção de Tadeu Schmidt. Publicando imagens de sua dose de reforço da vacina, o apresentador do Big Brother Brasil alfinetou a postura do atleta.

Divulgando fotos de sua vacinação, Tadeu refletiu sobre a atitude de Djokovic. "Que cara é essa? 1- doeu ou 2- não consigo acreditar que o Djokovic é anti-vacina. Muito intrigante tomar a terceira dose no mesmo momento em que um gigante do esporte deixa de disputar um dos torneios mais importantes (do qual é o maior vencedor) por não ter tomado a vacina. Como assim, Djoko?!?!?!", disse, no Instagram.

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O comunicador declarou ainda na postagem que o talento do sérvio combina com imunização: "Você é grande demais pra ficar do lado do negacionismo, do obscurantismo! Você tem tudo pra se tornar o maior da história! O mundo quer te ver na quadra, dando show!!! Venha pro lado da ciência! Venha pro lado da razão! Venha para a luz! Seu talento e seu tênis combinam com a vacina! São a humanidade mostrando sua excelência!". Assim que opinou sobre o assunto, Tadeu Schmidt recebeu o carinho dos seguidores.

Confira:

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A família de Novak Djokovic elevou o tom das críticas ao governo australiano nesta quinta-feira. Conhecido pelas declarações polêmicas, o pai do tenista sérvio, Srdjan Djokovic, disse que o número 1 do mundo está sendo "pisoteado" e "crucificado" e que a situação é também uma agressão ao povo sérvio.

"Novak é a Sérvia e a Sérvia é Novak. Estão pisoteando Novak e, ao mesmo tempo, pisoteando na Sérvia e no povo sérvio", declarou Srdjan. "Eles crucificaram Jesus e agora estão tentando crucificar Novak da mesma forma, forçando ele a ficar de joelhos. Eles levaram todas as suas coisas e sua carteira. Ele é um prisioneiro."

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Djokovic desembarcou na Austrália na quarta-feira para disputar o Aberto da Austrália, a partir do dia 17. Mas foi barrado no aeroporto por conta de falta de informações em seu visto. Reconhecido por ser contra a vacinação contra a covid-19, o tenista pediu e obteve uma "permissão médica especial" para poder entrar e competir no país, mesmo sem apresentar comprovante de vacinação completa.

Mas, ao desembarcar em Melbourne, não conseguiu comprovar a necessidade da permissão especial, que atende pessoas que não tomaram o imunizante para não piorar um quadro clínico grave causado por outra doença ou porque apresentaram reação grave na primeira dose ou ainda porque tiveram covid-19 nos últimos seis meses.

Barrado, o número 1 do mundo passou a madrugada de quinta no aeroporto, até ser deslocado a um hotel especial, reservado a refugiados. Ele permanecerá no local até ter seu caso analisado por um juiz federal, na segunda-feira.

Insatisfeitos com a situação, os familiares de Djokovic vieram a público nesta quinta para criticar o tratamento que o filho está recebendo na Austrália. Enveredando por questões políticas, o pai do tenista diz que o líder do ranking foi barrado por ser sérvio e criticou o "ocidente", em referência ao bombardeio feito pela OTAN na Sérvia, em 1999, no contexto do conflito contra a província de Kosovo, que buscava sua independência.

Para os familiares, Djokovic está sendo tratado como um criminoso. "Meu irmão não é um criminoso, é um atleta. Ele não violou nenhum protocolo, tinha documentação igual aos tenistas que entraram no país. Quando chegou à Austrália sofreu um grande ataque diplomático", disse o irmão do tenista, Djordje.

"Ele foi interrogado por funcionários oficiais da área da fronteira. Durante os primeiros 45 minutos, pôde se comunicar com a família e, em seguida, seu telefone foi retirado e não pudemos entrar em contato com ele por três horas e meia. E aí tomaram a decisão de tirar seu visto e de que não poderia defender o seu título e estabelecer um recorde."

Atual campeão do Aberto da Austrália, Djokovic tinha por objetivo alcançar o seu 21º título de Grand Slam da carreira, o que seria um novo recorde na história do tênis. Atualmente o sérvio divide essa marca com o suíço Roger Federer e com o espanhol Rafael Nadal, ambos também donos de 20 troféus de Slam.

De acordo com o irmão de Djokovic, o tenista corre o risco de ser banido do torneio pelos próximos três anos. "A última notícia que temos é que o tribunal ordenou às autoridades que não o deportassem até segunda-feira. Imediatamente depois, ele descobriu que eles não permitiriam que ele entrasse na Austrália nos próximos três anos."

A mãe do tenista, Dijana Djokovic, reclamou do hotel onde o tenista está hospedado desde o início desta quinta. "Ele está preso, isso não é justo, não é humano. A acomodação é horrível. É um pequeno hotel para refugiados, com percevejos. É sujo, a comida é péssima e não dão a oportunidade de se mudar para uma casa que já está alugada", criticou.

Desde que foi transferido para o The Park Hotel, no subúrbio de Melbourne, Djokovic atraiu um pequeno protesto nas redondezas. Sérvios e fãs apareceram diante do hotel, portando bandeiras e velas, em sinal de vigília pelo tenista.

O hotel é considerado de bom nível, com 107 quartos, todos com ar-condicionado. E aparece na 105ª posição entre 170 hospedagens em Melbourne listadas pelo site Tripadvisor, referência na área de turismo.

Novak Djokovic sofreu nesta quarta-feira uma das maiores "viradas" de sua carreira. Um dia após celebrar a permissão médica especial que recebeu para competir em Melbourne, o tenista número 1 do mundo foi barrado no aeroporto de Tullamarine, teve seu visto cancelado e deve deixar a Austrália poucas horas após desembarcar. Ele estava na cidade para disputar o Aberto da Austrália, o primeiro Grand Slam da temporada.

Autoridades australianas barraram a entrada do tenista sérvio porque ele não teria apresentado "padrões adequados de evidências" para entrar no país com a permissão médica especial que havia obtido na véspera. O documento permitia que entrasse e competisse em Melbourne mesmo sem comprovar a vacinação completa contra a covid-19.

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Djokovic já afirmou diversas vezes que é contra o imunizante. Ele se nega a revelar se tomou a vacina, o que o tornou alvo de polêmica nos últimos meses, principalmente após as autoridades australianas afirmarem publicamente que só aceitariam tenistas vacinados para o torneio. De acordo com o ministro da saúde da Austrália, Greg Hunt, o sérvio deverá deixar o país nas próximas horas.

A permissão que Djokovic havia obtido é prevista na lei australiana para dar conta de casos específicos na pandemia. Serve para pessoas que não tomaram o imunizante para não piorar um quadro clínico grave causado por outra doença ou porque apresentaram reação grave na primeira dose ou ainda porque tiveram covid-19 nos últimos seis meses.

A especulação na imprensa australiana é sobre esta última hipótese no caso do tenista. Djokovic, contudo, não revelou publicamente se contraiu o vírus nos últimos meses. Mais cedo, o primeiro-ministro Scott Morrison já havia afirmado que a permissão não liberava a entrada automática dele no país. Ele precisaria provar que tinha um bom motivo para não se vacinar. "Se essa evidência for insuficiente, ele não será tratado de forma diferente e estará no próximo avião para casa. Não deve haver nenhuma regra especial para Novak Djokovic. Absolutamente nenhuma", declarou o político.

Horas depois, o sérvio não conseguiu convencer as autoridades sanitárias locais de que tinha uma razão apropriada para evitar a vacina contra a covid-19. A negativa foi um golpe duro ao líder do ranking, que viveu em situação incomum logo ao desembarcar em Melbourne por volta das 23h30 desta quarta, pelo horário local (9h30 pelo horário de Brasília).

Uma falha em seu visto, por não incluir a informação sobre a permissão médica especial, fez o tenista passar a madrugada de quinta em local reservado. Seu pai, Srdjan Djokovic, conhecido pelas declarações polêmicas, tratou de dar ares dramáticos para a situação. "Novak está trancado numa sala onde ninguém pode entrar. E diante da porta estão dois policiais", disse ele à imprensa sérvia, sugerindo que seu filho estaria sendo tratado como um criminoso. Mais tarde, chegou a dar um ultimato às autoridades locais e prometeu convocar um protesto em favor da "liberdade" do seu filho.

As declarações tiveram o efeito esperado no âmbito político. E até o presidente da Sérvia se manifestou sobre o caso. "A Sérvia vai fazer tudo que puder para acabar imediatamente com este constrangimento causado a Novak Djokovic", declarou Aleksandar Vucic.

Entre as autoridades australianas, a confusão imperou nas declarações públicas. O Estado de Victoria e o governo federal se esquivavam das críticas de que teriam concedido um privilégio ao líder do ranking ao mesmo tempo em que endureciam o discurso. A situação se arrastou pela madrugada australiana até a decisão pelo cancelamento do visto do tenista.

A participação de Novak Djokovic no Aberto da Austrália se tornou uma novela. E o último capítulo é dos mais inesperados. O tenista número 1 do mundo desembarcou em Melbourne nesta quarta-feira, mas foi barrado no aeroporto porque teve problemas com o seu visto. O atleta sérvio teria apresentado documentação errada logo após descer do avião no aeroporto Tullamarine.

De acordo com a imprensa australiana, a equipe de Djokovic teria cometido um erro no preenchimento dos formulários do visto, sem acrescentar a importante informação de que ele havia obtido uma permissão médica especial para poder entrar no país. O jogador desembarcou em solo australiano por volta das 23h30 local, 9h30 pelo horário de Brasília.

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E, até o momento da publicação desta matéria, ele e sua equipe ainda estariam à espera da permissão para entrar no país. Nem sua bagagem havia sido liberada até então, já no meio da madrugada de quinta-feira, pelo horário local. Ainda segundo a imprensa local, o problema no visto não deve impedir a entrada do tenista, mas deve tornar ainda mais cansativa e desgastante sua chegada à Austrália.

No entanto, é possível que o tenista enfrente novos problemas mesmo após regularizar o seu visto. Ainda no aeroporto, ele terá avaliada a sua permissão especial para entrar no país e disputar o Aberto da Austrália, marcado para começar no dia 17 deste mês.

A permissão médica é concedida sob forma de exceção para casos especiais em que um visitante não conseguiu ou não pôde completar a vacinação contra a covid-19. E as autoridades locais vão decidir se aceitam os motivos apresentados pelo líder do ranking mundial.

Djokovic anunciou na terça que estava embarcando para a Austrália após obter a permissão médica especial, o que permite a legislação local. O sérvio, contudo, não divulgou qual era sua motivação. A mais especulada na imprensa australiana era que ele teria contraído o vírus nos últimos seis meses, situação que é considerada legítima para obter a permissão, pelas regras australianas.

A situação, contudo, virou notícia internacional e se tornou mais uma polêmica envolvendo o tenista. Outros atletas e personagens do mundo do tênis já condenaram o pedido de Djokovic para entrar na Austrália mesmo sem revelar seu status de vacinação - ele se recusa a contar se tomou o imunizante.

A polêmica cresceu tanto que o primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, precisou vir a público para comentar o caso. E afirmou que não haverá regalias ao tenista caso ele não apresente evidência forte o suficiente para justificar a permissão especial. "Se essa evidência for insuficiente, ele não será tratado de forma diferente e estará no próximo avião para casa. Não deve haver nenhuma regra especial para Novak Djokovic. Absolutamente nenhuma", declarou o político.

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