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Aos 19 anos, a americana Coco Gauff conquistou o primeiro título de Grand Slam, ao derrotar, neste sábado, a belarussa Aryna Sabalenka, por 2 sets a 1, com parciais de 2/6, 6/3 e 6/2 na final do US Open, em Nova York.

O primeiro set foi totalmente dominado por Sabalenka. Gauff começou nervosa, não conseguiu se impor e apenas tentou devolver o ataque da adversária. A belarussa quebrou o primeiro serviço da americana, que conseguiu empatar no quarto game. A partir daí, só deu Sabalenka, que fechou o set em 6/2.

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Mais equilibrada emocionalmente, Gauff atuou melhor e ainda teve a seu favor os muitos erros cometidos por Sabalenka. Com uma quebra de serviço, a americana abriu 4 a 1 e conseguiu manter a vantagem para fechar o set em 6/3.

O panorama continuou o mesmo no terceiro set. Gauff conseguiu duas quebras na sequência e chegou aos 4/0. Sabalenka tentou uma reação, chegou a devolver uma quebra, mas perdeu mais um serviço e viu a adversária fechar em 6/2.

Não será desta vez que uma semifinal de Grand Slam terá um duelo brasileiro. Nesta quarta-feira, Beatriz Haddad Maia e a experiente belarussa Victoria Azarenka levaram uma dura virada da alemã Laura Siegemund e da russa Vera Zvonareva, pelas quartas de final da chave de duplas feminina. Siegemund e Zvonareva venceram por 2 sets a 1, com parciais de 5/7, 7/5 e 6/4, em 3h12min.

Se tivesse vencido, Bia faria um duelo brasileiro com Luisa Stefani na semifinal. Luisa forma parceria com a americana Jennifer Brady neste US Open. E buscou sua vaga na semifinal, na terça-feira, repetindo a campanha de 2021, quando sofreu grave lesão no joelho direito e precisou deixar a partida da semifinal numa cadeira de rodas.

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Nesta quarta, o primeiro set entre Bia/Azarenka e Siegemund/Zvonareva foi marcado pela irregularidade das duplas em seus games de serviço. Foram cinco quebras no total, três delas para a dupla de Bia. As dificuldades no saque ficaram evidentes no 12º game, quando a parceria rival oscilou demais e entregou o set com uma dupla falta.

Depois de sair na frente, Bia e Azarenka tiveram dificuldades para conter a reação das adversárias. A alemã e a russa faturaram uma quebra precoce e abriram 3/1. A brasileira e a belarussa reagiram, venceram três games em sequência e viraram para 4/3. No entanto, as rivais não desanimaram e voltaram a buscar uma quebra no 11º game, encaminhando o segundo set.

O terceiro set contou com roteiro semelhante ao segundo, ao menos nos primeiros games. Siegemund e Zvonareva abriram 3/1, se defenderam bem nos games seguintes e, apesar das boas chances de Bia e Azarenka, sustentaram a vantagem no placar até fecharem o set e o jogo.

Apesar da derrota, Bia registrou sua melhor campanha no US Open. E sua segunda melhor trajetória num Grand Slam na chave de duplas. Atrás apenas do vice-campeonato do Aberto da Austrália do ano passado.

NÚMERO 1 DO MUNDO AVANÇA

Garantida como a nova número 1 do mundo, a belarussa Aryna Sabalenka avançou à semifinal da chave de simples, nesta quarta-feira. Ela superou com facilidade a chinesa Zheng Qinwen (23ª cabeça de chave) por 6/1 e 6/4, em 1h13min.

Com o resultado, Sabalenka confirma presença e sua quinta semifinal consecutiva de Grand Slam. Nesta temporada, ela foi a campeã do Aberto da Austrália e alcançou as semifinais tanto em Roland Garros quanto em Wimbledon. Sua próxima adversária vai sair do duelo entre a checa Marketa Vondrousova e a americana Madison Keys.

A outra semifinal será disputada entre a americana Coco Gauff e a checa Karolina Muchova.

Nesta quinta-feira (5), o tenista alemão Alexander Zverev interrompeu a partida contra o italiano Jannik Sinner, pela oitavas de final do US Open, após ouvir uma expressão nazista vindo da arquibancada. "Ele disse a frase mais famosa de Hitler. Isso é inaceitável", afirmou o atleta, ao impedir a suspensão do jogo.

 A partida foi paralisada rapidamente pelo árbitro, que solicitou que os seguranças identificassem o acusado e o retirassem do local.

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O árbitro também pediu respeito aos atletas. Após a partida, Zverev afirmou ter ficado incomodado com a fala do torcedor.

"Adoro quando os torcedores gritam, adoro quando os torcedores se emocionam, mas acho que, sendo alemão e não estando realmente orgulhoso dessa história, não é realmente uma coisa boa para fazer. Se eu não reagir, acho que é ruim da minha parte" disse Zverev.

Eke venceu a partida por 3 sets a 2. O alemão agora vai enfrentar, na quarta-feira (6), o espanhol Carlos Alcaraz.

Eliminada da chave de simples do US Open, Beatriz Haddad Maia estreou nas duplas do major americano nesta quinta-feira, ao lado da parceira belarussa Victoria Azarenka, e superou as húngaras Ana Bondar e Tímea Babos em sets diretos, com parciais de 6/3 e 6/0. Na segunda rodada, Bia e Azarenka vão enfrentar a americana Desirae Krawczyk e a holandesa Demi Schuurs, cabeças número 4 do torneio, nesta sexta-feira.

Ao ser derrotada pela americana Taylor Townsend, na quarta-feira, a tenista paulistana igualou sua melhor campanha em simples no US Open, parando na segunda rodada, como fez na edição do ano passado. Nas duplas do major americano, seu auge foi alcançar a terceira rodada, também em 2022. Já o melhor Grand Slam de Bia como duplista foi o Aberto da Austrália de 2022, quando chegou à final com a casaque Anna Danilina como companheira.

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Depois de deixar a quadra frustrada com sua atuação diante de Townsend, Bia mostrou boa forma física e mental no duelo desta quinta com as húngaras. O início do primeiro set foi mais complicado, pois a brasileira e a belarussa sofreram duas quebras nos cinco primeiro games, mas terminaram a parcial com três quebras favoráveis e venceram quatro games seguidos para reverter uma desvantagem de 3 a 2, fechando em 6/3. No set seguinte, após vencerem um primeiro game disputado, dominaram a partida e aplicaram o pneu.

Nesta quinta, o Brasil também foi representando por Marcelo Demoliner, nas duplas masculinas. Ao lado do indiano Yuki Bhambri, perdeu em sets diretos, parciais de 6/3 e 7/5, para o polonês Jan Zielinski e o monegasco Hugo Nys.

MAIS JOGOS

Em outros confrontos do dia, na chave de simples, o polonês Hubert Hurcakz eliminou o britânico Jack Draper em sets diretos, assim como o italiano Jannik Sinner, cabeça 6 do torneio, fez com o compatriota Lorenzo Sonego. Já o alemão Alexander Zverev fez um jogo mais longo com Daniel Altmaier, também da Alemanha e venceu por 3 sets a 1.

Na chave de simples feminina, a belarussa Aryna Sabalenka, tenista número 2 do mundo, fez 2 sets a 0 diante da belga Maryna Zanevska para avançar. A checa Marketa Vondrousova, atual campeã de Wimbledon conseguiu um duplo 6/2 para eliminar a italiana Martina Trevisan

Após uma grande estreia no US Open, Beatriz Haddad Maia não conseguiu manter o ritmo na segunda rodada e se despediu de forma precoce do quarto e último Grand Slam da temporada. A tenista brasileira foi superada pela americana Taylor Townsend, atual 132ª e ex-número 61 do mundo, por 2 sets a 0, com parciais de 7/6 (7/1) e 7/5, em pouco mais de duas horas de jogo, em Nova York.

Bia fez um bom primeiro set, mas sofreu forte queda de rendimento no tie-break. Na segunda parcial, chegou a esboçar reação e protagonizou boas jogadas. Porém, nunca se sentiu totalmente confortável em quadra, diante da forte pressão da tenista da casa, que contou com estratégia mais agressiva para dominar a brasileira.

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Com o resultado, Bia iguala campanha do ano passado, quando também havia sido eliminada na segunda rodada. Trata-se do seu melhor resultado no Grand Slam americano. A derrota precoce pode derrubar a brasileira do Top 20 do ranking. Atualmente, ela figura na 19ª posição da lista da WTA.

Bia e Taylor fizeram um duelo equilibrado no primeiro set. Ao longo dos 11 primeiros games, nenhuma tenista teve sequer uma chance de quebra de saque. Os primeiros break points vieram apenas no 12º game, contra a brasileira, que salvou dois set points para seguir viva na parcial.

Até então, Bia vinha confirmando seus games de serviço com mais tranquilidade do que a adversária. Acostumada a ter mais sucesso nas partidas de duplas, a americana subia à rede com frequência, buscando o saque e voleio. Tentava acelerar os pontos, enquanto a tenista do Brasil sofria menos para vencer seus pontos, ciente de que tinha maior resistência física para enfrentar um jogo mais longo.

O tie-break, contudo, contou com um cenário totalmente diferente. Taylor cresceu em quadra, enquanto Bia passou a oscilar mais do que de costume. A americana abriu 4/0 e não teve problemas para fechar o primeiro set.

No segundo, Bia continuava com dificuldade para encontrar ritmo de jogo, diante da estratégia da rival de encurtar as trocas de bola. No terceiro game, os erros da brasileira se acumularam, a americana elevou o nível de suas devoluções e obteve a primeira quebra de saque da partida.

A reação de Bia veio no sexto game, quando ela devolveu a quebra e empatou o duelo em 3/3. A brasileira começou a jogar mais solta, exibia confiança e vivia seu melhor momento na partida. Parecia perto de obter nova quebra. No entanto, oscilou demais em seu saque no 11º game e voltou a perder o serviço.

A tenista da casa, então, confirmou seu game de saque e fechou o segundo set e a partida, sacramentando vaga na terceira rodada do US Open. Taylor terminou a partida com 31 bolas vencedoras, contra apenas 18 da brasileira. Apesar do triunfo em sets diretos, a americana cometeu o maior número de erros não forçados: 35 a 28.

Na terceira rodada, Taylor vai enfrentar a vencedora do confronto entre a checa Karolina Muchova, atual vice-campeã de Roland Garros, e a polonesa Magdalena Frech.

Beatriz Haddad Maia estreou com uma sofrida vitória no US Open, nesta segunda-feira, em Nova York. Em mais um duelo de três sets em Grand Slam, a tenista número 1 do Brasil e 19 do mundo derrubou a local Sloane Stephens, campeã de 2017 e ex-número três do mundo, por 2 sets a 1, com parciais de 6/2, 5/7 e 6/4, em uma batalha de quase três horas de duração. Com a vitória, Bia iguala sua melhor campanha no Grand Slam americano, alcançada no ano passado.

Bia esbanjou consistência ao longo do jogo e dominou a experiente rival, de 30 anos, principalmente no primeiro set e na reta final do terceiro. Em sua terceira participação na chave principal do US Open, a brasileira se destacou nos pontos mais importantes da partida, quando fez valer o forte saque, o decisivo backhand e as devoluções firmes no fundo da quadra.

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Na segunda rodada, a tenista paulista enfrentará a também americana Taylor Townsend, que avançou nesta segunda ao vencer a russa Varvara Gracheva por 6/4 e 6/2. Bia enfrentou Townsend apenas uma vez no circuito e foi derrotada, no qualifying de Miami, em 2019.

Nesta segunda-feira, Bia começou a partida um pouco tensa. Foram duas duplas faltas logo em seu primeiro game de saque. Após confirmar o seu saque, ela passou a pressionar a americana, atual 36ª do ranking, e faturou a primeira quebra do jogo logo no terceiro game, após seguidos erros da americana, ex-número três do mundo.

Passada a tensão inicial, a brasileira passou a esbanjar confiança no forehand. Ela batia forte com a mão esquerda sempre buscando o backhand da americana. E alternava o golpe com deixadinhas na rede. Neste ritmo, obteve nova quebra e abriu 5/2 no placar. Na sequência, confirmou o triunfo na primeira parcial do jogo.

O segundo set começou com Bia pressionando o serviço de Stephens. A tenista da casa, no entanto, elevou o nível do saque e equilibrou o confronto. Mesmo assim, Bia se impôs no serviço da americana no sétimo game e fez 4/3. Stephens devolveu a quebra logo em seguida, empatando o duelo (4/4).

Contando com o apoio da torcida, a americana passou a acertar belos golpes em contra-ataques e recuperou a confiança. No 12º game, a pressão sobre o saque de Bia aumentou e a tenista da casa faturou nova quebra. Assim, fechou o segundo set e empatou o confronto, forçando a disputa da terceira parcial.

O set decisivo foi marcado por um festival de quebras de saque. Logo no primeiro game, Bia se impôs no serviço de Stephens. A americana devolveu a quebra, mas a brasileira voltou a se impor no serviço da adversária, fazendo valer seu poderoso e decisivo backhand nas trocas de bola. Cada tenista alternou nova quebra até que Bia confirmou dois games de saque e garantiu a vitória.

SWIATEK ATROPELA

Atual campeã do Grand Slam americano, a polonesa Iga Swiatek atropelou a sueca Rebecca Peterson por 2 a 0, com parciais de 6/0 e 6/1, em apenas 58 minutos. Na segunda rodada, a número 1 do mundo vai enfrentar a australiana Daria Saville, apenas a 322ª do ranking. Nesta segunda, a tenista da Austrália avançou ao superar a local Clervie Ngounoue por 6/0 e 6/2.

Vice-campeã de Roland Garros, a checa Karolina Muchova (10ª cabeça de chave) estreou com vitória sobre a australiana Storm Hunter por 6/4 e 6/0. Já a ex-número 1 do mundo Victoria Azarenka (18ª), de Belarus, despachou a francesa Fiona Ferro por 6/1 e 6/2. Atual campeã olímpica, a suíça Belinda Bencic (15ª) derrotou a russa Kamilla Rakhimova por 6/2 e 6/4.

A rodada desta segunda já contou com a primeira grande zebra do torneio. A grega Maria Sakkari (8ª) foi surpreendida pela espanhola Rebeka Masarova por duplo 6/4. Em outros jogos do dia, avançaram a polonesa Magdalena Frech, a eslovaca Anna-Karolina Schmiedlova e a local Lauren Davis.

Com mais benefícios aos tenistas, a direção do US Open anunciou nesta terça-feira premiação recorde entre os quatro torneios de Grand Slam. A competição americana vai desembolsar US$ 65 milhões (cerca de R$ 317,4 milhões) entre premiações e subsídios aos atletas. O torneio começa no dia 28 deste mês, em Nova York.

Somente como pagamento aos tenistas pelos resultados em quadra, o US Open vai pagar US$ 60 milhões (R$ 293 milhões). O valor é maior do que o que pagou Wimbledon (US$ 57,5 milhões/R$ 280,7 milhões), Roland Garros (US$ 54 milhões/R$ 263 milhões) e Aberto da Austrália (US$ 53 milhões/R$ 258 milhões), com base no câmbio da época.

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A grande novidade para os tenistas no US Open deste ano é a elevação dos gastos do torneio com apoio direto aos atletas, tanto na alimentação quanto na hospedagem. Serão beneficiados tenistas das chaves principais de simples, qualifying, duplas, duplas mistas e em cadeira de rodas.

Pela primeira vez, a competição vai distribuir vouchers no valor de US$ 1 mil (R$ 4,8 mil) para a viagem até Nova York. Também pagará um segundo quarto aos tenistas, para acomodar membros de suas equipes nos hotéis oficiais do torneio - os atletas já tinham acomodação garantida antes. O esportista poderá optar por um valor de US$ 600 por dia para hospedar integrantes dos seus times em outros hotéis.

A direção do US Open ainda ampliou os valores a serem gastos com a alimentação dos atletas e com o encordoamento das raquetes.

Quanto à premiação individual, os futuros campeões das chaves de simples masculina e feminina vão receber US$ 3 milhões (RS 14,6 milhões) neste ano, um aumento de 15% sobre o pagamento do ano passado (US$ 2,6 milhões/R$ 12,7 milhões). No entanto, o valor segue abaixo da premiação de 2019, no período pré-pandemia, que era de US$ 3,9 milhões (R$ 19 milhões).

Os tenistas eliminados na primeira rodada da chave principal de simples vão levar um valor maior também, em comparação a 2022: US$ 81,5 mil, cerca de R$ 398 mil. No ano passado, a cifra era de US$ 80 mil - em 2019, foi de US$ 58 mil.

Nas duplas, os campeões embolsarão US$ 700 mil (R$ 3,4 milhões) por parceria, um aumento em relação aos US$ 688 mil (R$ 3,3 milhões), de 2022.

Alvo de forte expectativa nos últimos anos, Carlos Alcaraz voltou a confirmar as apostas em seu tênis neste domingo. Em uma crescente desde o início da temporada, o espanhol alcançou seu ápice, ao menos até o momento, ao se sagrar campeão do US Open e se tornar o mais jovem tenista a ocupar a liderança do ranking. Os feitos foram alcançados na vitória sobre o norueguês Casper Ruud, numa final de alto nível técnico, por 3 sets a 1, com parciais de 6/4, 2/6, 7/6 (7/1) e 6/3, em 3h20min.

Aos 19 anos, Alcaraz entrou no Grand Slam americano na quarta posição do ranking. Terminou como número 1, sendo agora o mais novo da história a figurar no topo. Também se tornou o mais jovem campeão do US Open desde 1990. Ruud, 7º do ranking, poderia também ter alcançado o posto de número 1, em caso de título. Ocupará a vice-liderança agora. Os dois tenistas se tornaram os mais jovens números 1 e 2 do mundo desde 1975.

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Trata-se do primeiro título de Grand Slam de Alcaraz, considerado por muitos como o sucessor do compatriota Rafael Nadal. O maior troféu de sua carreira coroa seu grande ano. Foi o sexto título da carreira, sendo o quinto somente em 2022.

A final masculina foi precedida de uma homenagem às vítimas do atentado de 11 de setembro, que completou 21 anos exatamente neste domingo. Nas arquibancadas, uma série de celebridades, entre atores e atrizes de Hollywood, o comediante Jerry Seinfeld e ex-tenistas, como Andy Roddick, acompanharam o jogo decisivo.

Alcaraz e Ruud marcou mais um capítulo na renovação do tênis masculino, marcada pelo domínio de Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic nas últimas duas décadas. A final deste domingo é a mais jovem da chave masculina do US Open em 32 anos. Em sua primeira decisão de Grand Slam, Alcaraz tem apenas 19 anos. Ruud, em sua segunda final, soma 23.

Diante da expectativa do público por esse duelo da nova geração, a final começou equilibrada, sem sinais de domínio de nenhum lado, nem mesmo quando Alcaraz obteve a primeira quebra de saque da partida. Numa postura mais conservador, o espanhol evitou arriscar após abrir essa vantagem e apenas administrou seus games de serviço até fechar o set inicial.

Exibindo mais variações que Ruud, principalmente com bolas anguladas, Alcaraz passou a esbanjar confiança. Protagonizava os pontos mais bonitos da partida até então. Até que o norueguês iniciou a reação. O game chave foi o sexto, quando Ruud venceu duas lindas trocas de bola seguidas, levantando as arquibancadas e quebrando o serviço do adversário pela primeira vez no confronto.

Com 4/2 no placar da segunda parcial, o norueguês cresceu em quadra e emplacou a segunda quebra logo em seguida, fechando em 6/2 e empatando a final em Nova York. O terceiro set começou com Alcaraz "voltando" para o jogo. Ele se impôs no serviço do adversário logo no primeiro game. Mas não embalou. O espanhol caiu de produção e Ruud devolveu a quebra.

Mais confiante, o tenista da Noruega começou a fazer estrago com suas direitas, levando vantagem nas trocas mais longas. Pressionando o saque do espanhol, Ruud chegou a ter dois set points, ambos salvos pelo adversário. No tie-break, o norueguês decepcionou ao sofrer forte queda de rendimento, devidamente aproveitada pelo espanhol, que voltou a liderar a final, por 2 sets a 1.

A forte reação do espanhol no fim do terceiro set abalou o moral de Ruud. Cabisbaixo, o norueguês perdeu ritmo de jogo e viu Alcaraz crescer ainda mais na partida. A quebra de saque no sexto game, deixando o espanhol com 4/2 no placar, se tornou decisiva. Em seguida, o espanhol confirmou seus games de serviço para sacramentar a vitória e o título inédito.

Serena Williams se despediu das quadras nesta sexta-feira (2). Ícone do tênis mundial, a norte-americana foi derrotada pela australiana Ajla Tomljanovic por 2 sets 1, após parciais de 7/5, 6/7 (4/7) e 6/1. Com a eliminação no US Open, Serena encerrou sua carreira.

Personalidades do esporte e importantes vozes do mundo todo se manifestaram sobre a aposentadoria de Serena Williams. Michelle Obama, Bill Gates, Tiger Woods, Rafael Nadal, Magic Johnson e Rayssa Leal são algumas das estrelas globais que mostraram toda a sua admiração pela agora ex-tenista.

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"Parabéns por uma carreira incrível. Que sorte tivemos de poder ver uma jovem de Compton crescer e se tornar uma das maiores atletas de todos os tempos. Estou orgulhosa de você, minha amiga, e mal posso esperar para ver as vidas que você continuará a transformar com seu talento", escreveu Michelle Obama, ex-primeira-dama dos Estados Unidos.

Rafael Nadal, outra estrela do tênis, também usou as redes sociais para se manifestar. O espanhol agradeceu tudo o que Serena fez pelo tênis. "Obrigado, Serena, por tudo o que você fez pelo nosso esporte. Uma grande campeã", publicou.

"Seu compromisso, seu estilo, seu poder… tudo! Ela (Serena) me inspirou a fazer o meu melhor, não importa o quê. Obrigado por abrir o caminho para as meninas como eu. Obrigado!", escreveu a vice-campeã olímpica no skate, a jovem brasileira Rayssa Leal.

"Serena, você é literalmente a maior dentro e fora da quadra. Obrigado por inspirar todos nós a perseguir nossos sonhos. Te amo, maninha", afirmou o golfista Tiger Woods, em sua conta no twitter.

O cantor e compositor John Legend seguiu a mesma linha e elogiou a maneira como Serena lidou com sua aposentadoria. "Que arco final fascinante. Um presente para assistir sua carreira incrível", escreveu.

Magic Johnson, astro do basquete norte-americano, também saudou a tenista e valorizou a relevância de Serena como espelho para outras mulheres negras. "Acabamos de testemunhar o último US Open para a maior de todos os tempos, Serena Williams! Serena significou muito para os esportes, para o jogo de tênis, para o mundo, para todas as meninas e ainda mais para todas as meninas negras do mundo", publicou.

"Que carreira. Serena deixará para trás uma extraordinária carreira no tênis que desafiou o duplo padrão entre jogadores masculinos e femininos. Estou ansioso para vê-la continuar construindo seu incrível legado fora das quadras", escreveu o empresário Bill Gates.

Responsável pela eliminação de Serena Williams no US Open, a australiana Ajla Tomljanovic fez grandes elogios à adversária ainda em quadra. "Eu sinto muito mesmo, simplesmente porque amo Serena como todos vocÊs aqui. O que ela fez por mim, pelo tênis, é incrível. É um momento surreal para mim. Ela é a maior de todos o tempos e ponto."

Serena Williams colocou um ponto final em sua carreira lendária na noite desta sexta-feira (2), em uma partida na qual lutou até o fim contra a australiana Ajla Tomljanovic, mas não conseguiu evitar a eliminação na terceira rodada do US Open, com uma derrota por 2 sets 1, após parciais de 7/5, 6/7 (4/7) e 6/1 . Antes do início da disputa, ela comunicou que a participação no Grand Slam americano seria a sua despedida das quadras, por isso todos os jogos que disputou nesta semana foram envolvidos por uma atmosfera única.

Aos 40 anos, Serena se despede do tênis como a maior vencedora de Grand Slams da história da Era Aberta do tênis, iniciada em 1968. Acima dela está apenas a australiana Margaret Court, que conquistou quase todos os seus 24 troféus antes da profissionalização do esporte.

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Em 27 anos de carreira, ainda acumulou troféus de majors em duplas femininas (14) e duplas mistas (2). São 39 títulos nos quatro maiores torneios do mundo. Quando o assunto é apenas a disputa de finais de simples, aparece como a segunda maior, com 33 aparições, apenas uma a menos que a compatriota Chris Evert.

As chances de mais um título eram remotas, mas houve motivos para alimentar esperanças de que Serena poderia ir mais longe nesta edição do US Open, já que, na fase anterior, ela eliminou a estoniana Anett Kontaveit, atual número 2 do mundo. Mesmo eliminada depois do grande feito, Serena deixou a quadra em êxtase, chorando ‘lágrimas de felicidade', como ela mesma frisou.

"Eu tentei. Obrigado, pai, eu sei que você está assistindo. Obrigado, mãe",começou a discursar a americana ao fim do jogo, antes de cair em lágrimas e precisar de um tempo para recuperar as palavaras. "Todo mundo que esteve do meu lado por anos, décadas, eu agradeço. Tudo começou com meus pais e eles merecem tudo, então sou muito grata por eles. São lágrimas de felicidade. Eu também não seria eu sem minha irmã Venus. Obrigada".

Na noite anterior, Serena fez sua despedida da disputa por duplas. Ao lado da irmã Venus, perdeu por 2 sets a 0 para as checas Lucie Hradecka e Linda Noskova, após parciais de 7/6 (5) e 6//4, ainda na primeira fase. As Williams voltaram ao Arthur Ashe Stadium nesta sexta. Desta vez, apenas Serena estava em quadra, enquanto Venus observava sentada na arquibancada, ao lado de inúmeras celebridades americanas, como o cineasta Spike Lee, a cantora Ciara e o cantor Seal.

A torcida dos presentes na arena, obviamente, era majoritariamente pela tenista da casa. Aplausos e gritos explodiam ao redor a cada ponto marcado por ela, mas, ao fim do primeiro set, o sentimento geral foi de frustração. Após ter o saque quebrado por Tomljanovic no primeiro game, Serena reagiu rápido, devolveu a quebra e conseguiu a vantagem no placar, além de ampliá-lo quebrando mais um serviço. Na sequência, entretanto, sofreu duas quebras no caminho e viu a virada da australiana, que fechou a parcial em 7/5.

No set seguinte, Serena protagonizou uma disputa tensa com a adversária após dar sinais de que não sofreria tanto, uma vez que abriu 4 games a 0 logo de início, quebrando dois serviços de Tomljanovic. Foi devolvendo a quebra e colocando 4 a 1 no placar que a australiana iniciou a reação. Venceu mais um game e viu a americana ganhar em seguida. Com 5 a 3 no placar, disputaram um interminável set de 15 minutos, vencido por Tomljanovic. Depois disso, o equilíbrio seguiu e o set foi decidido num tie-break apertado. Serene fez 7 a 6 e conseguiu levar para o terceiro set.

Cansada, a maior vencedor de Grand Slams da história sofreu um pouco mais no último set. Até venceu o primeiro game, mas viu a adversária dominar a partida a partir dali, vencendo todos os outros sets. Quando o placar marcava 5 a 1, conseguiu salvar seis match points da australiana e ainda teve a oportunidade de três break-points, mas já estava no seu limite e não conseguiu adiar mais a aposentadoria.

CARREIRA

Recordista em Grand Slams, Serena é a maior vencedora do Aberto da Austrália, com sete troféus. No US Open, buscava o sétimo, mas encerra a carreira com seis, dividindo o topo com Evert. Em Wimbledon, tem os mesmos sete de Steffi Graf, com quem divide o posto de segunda maior vencedora. A maior é Martin Navratilov, com nove. Em número de vitórias por Grand Slam, Serena é a recordista na Austrália e no Major disputado em Nova York, com 92 e 106 triunfos, respectivamente.

Ao longo da carreira, a americana protagonizou uma série de momentos inesquecíveis, como quando foi campeã do Aberto da Austrália de 2017, aos 35 anos e grávida de dois meses de sua primeira filha. Ali, tornou-se a tenista mais velha a vencer um grande. Também foi a mais velha a ocupar a liderança do ranking e a primeira tenista negra a vencer um Grand Slam desde as conquistas da compatriota Althea Gibson nos anos 50.

No total, é a terceira da história com o maior número de semanas como número 1 do mundo na WTA, com 319. Mais uma vez, Graf e Navratilova estão à sua frente, com 377 e 332, respectivamente. Já a lista de semanas seguidas como número 1 do mundo é liderada por Serena ao lado da alemã, ambas com 186.

Em entrevista ao Estadão na semana passada, Beatriz Haddad Maia já previa o futuro: "as rivais já me conhecem, sabem como eu jogo". Na madrugada desta quinta-feira, a tenista número 1 do Brasil viu sua previsão se concretizar. Bianca Andreescu entrou em quadra já sabendo o que esperar da brasileira e levou a melhor, por 2 sets a 0, com parciais de 6/2 e 6/4. A brasileira foi eliminada na segunda rodada do US Open.

Campeã do Grand Slam americano em 2019, Andreescu enfrentou Bia já sabendo da postura agressiva da brasileira que vinha dando certo nas últimas semanas. Em grande fase, a tenista nacional foi vice-campeã do WTA 1000 de Toronto, no mês passado, e está no auge no circuito feminino, no 15º lugar do ranking.

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Nada disso passou batido para a tenista canadense, que apostou em variações táticas, com bolas mais altas e mudanças rápidas de direção, para dificultar a estratégia mais agressiva de Bia. Desconfortável em quadra, a brasileira não conseguiu repetir o que vinha dando certo nos últimos meses.

Apesar da atuação tática da canadense, Bia fez apresentação razoável. Terminou o jogo com 20 bolas vencedoras, contra 11 da adversária. Mas exagerou nos erros não forçados: 30. Andreescu, ex-número quatro do mundo e atual 48ª, anotou apenas 14. A canadense faturou três quebras de saque, enquanto Bia não conseguiu se impor no serviço da rival.

Apesar da eliminação, Bia registrou sua melhor campanha no US Open. Até então, não havia conseguido vencer na chave principal. Agora ela vai concentrar suas atenções na chave de duplas. Ela e a casaque Anna Danilina formam a parceria cabeça de chave número 8 do torneio.

Vice-campeãs do Aberto da Austrália, neste ano, elas vão estrear nesta quinta contra a sérvia Aleksandra Krunic e a polonesa Magda Linette. Bia e Danilina tentam confirmar em Nova York a vaga no WTA Finals, competição que encerra a temporada e reúne as oito melhores tenistas e as oito melhores duplas do ano.

Bia não foi a única cabeça de chave (15ª) a se despedir do torneio nesta madrugada. Também foram eliminadas a grega Maria Sakkari (3ª), a canadense Leylah Annie Fernandez (14ª) e a checa Barbora Krejcikova (23ª). Já a tunisiana Ons Jabeur (5ª), a russa Veronika Kudermetova (18ª), a francesa Caroline Garcia (17ª) e as americanas Coco Gauff (12ª), Madison Keys (20ª), Alison Riske-Amritraj (29ª) e Shelby Rogers (31ª) avançaram.

MASCULINO

Atual número 1 do mundo, o russo Daniil Medvedev venceu mais uma no US Open e se garantiu na terceira rodada. Na noite desta quarta, o atual campeão do US Open derrotou o francês Arthur Rinderknech por 3 sets a 0, com parciais de 6/2, 7/5 e 6/3. O líder do ranking ainda não perdeu sets em Nova York.

Na sequência, ele vai enfrentar o jovem chinês Yibing Wu. O tenista de 22 anos avançou ao superar o português Nuno Borges por 6/7 (3/7), 7/6 (7/4), 4/6, 6/4 e 6/4. Se confirmar o favoritismo na terceira rodada, Medvedev poderá cruzar nas oitavas de final com o australiano Nick Kyrgios, atual vice-campeão de Wimbledon.

Não foi desta vez que os fãs do tênis vão ficar sem uma de suas maiores jogadoras da história. A norte-americana Serena Williams derrotou, nesta quarta-feira (31), a estoniana Anett Kontaveit, segunda colocada do ranking da WTA, por 2 sets a 1, com parciais de 7/6 (7/4), 2/6 e 6/2, em duelo válido pela segunda rodada do US Open. Esta poderia ter sido sua última partida, já que anunciou a decisão de se aposentar após o Grand Slam americano, do qual é hexacampeã.

O primeiro set foi bastante equilibrado. Nos seis primeiros games, as jogadoras foram vem no saque e conseguiram manter bem seus serviços. O sétimo game durou mais de 13 minutos e Serena teve três chances para quebrar o serviço de Kontaveit.

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A jogadora da Estônia mostrou muita coragem para forçar bolas importantes e até teve a ajuda da fita em uma jogada para conseguir manter vantagem no placar em 4/3.

Depois de manter seu saque e empatar a partida, Serena continuou batendo forte na bola e foi beneficiada por três erros de Kontaveit para obter a primeira quebra ma partida: 5/4. Mas a estoniana mostrou sua determinação no game seguinte e devolveu a quebra para a americana, com direito a dupla falta. O silêncio tomou conta do Arthur Ashe Stadium.

Com a conservação dos serviços nos dois games seguintes a definição do set foi para o tie-break. A disputa foi intensa, nervosa e equilibrada. Serena conseguiu um mini-break, abriu 5/3 e depois fechou em 7/4, para alegria do cineasta Spike Lee e do golfista Tiger Woods.

Kontaveit, demonstrando muito equilíbrio emocional, voltou para o segundo set em ritmo forte e já quebrou o primeiro serviço de Serena, sem propiciar um ponto sequer a Serena. Ela continuou com grande movimentação de fundo de quadra para manter seu serviço e quebrar mais uma vez o da americana: 3/0.

Surpreendentemente, Kontaveit joga mal o quarto game e tem seu saque quebrado, mas logo se recupera em seguida e, sem dar chances, abre 5/1 no set. Serena volta a sacar bem e diminui a desvantagem para 5/2, mas não impediu que a adversária fechasse o set em 6/2 e levasse a decisão para o terceiro e último set.

E a definição foi incrível. A torcida passou a pressionar Kontaveit a cada jogada, a ponto de reclamar de uma bola conferida no VAR. A própria Serena fez sinal negativo para que o público parasse com a reclamação. A americana respondeu na quadra e abriu 2/0, mas a estoniana diminuiu com mais uma quebra de saque.

Agressiva, Serena também conseguiu mais uma quebra, manteve seu serviço e abriu 4/1. Kontaveit ameaçou reagir como havia feito em outros momentos da partida, mas Serena foi implacável e fechou em 6/2.

Com chances remotas de título no US Open, apesar da esperança, Serena deve encerrar sua carreira, os 40 anos, com a incrível marca de 23 troféus de Grand Slam, um recorde na Era Aberta do tênis, iniciada em 1968. Acima dela está apenas a australiana Margaret Court, que conquistou quase todos os seus 24 troféus antes da profissionalização do esporte.

Serena Williams, Roger Federer e Rafael Nadal dominaram o circuito por quase duas décadas, com feitos históricos, performances extraordinárias e muitos títulos. Mas a geração dos medalhões começa a se despedir das quadras no US Open que tem início nesta segunda-feira. A tenista americana disputará seu último torneio da carreira, enquanto Nadal dá sinais claros de que deve parar em 2023. Federer, ainda voltando de lesão, inicia sua turnê de despedida em setembro, na Laver Cup.

Serena, que completará 41 anos no próximo mês, pretende deixar as quadras diante dos seus compatriotas no torneio onde levantou o troféu por seis vezes, o último deles em 2014. O anúncio foi feito no início do mês em artigo publicado na revista Vogue. Atual 608ª do mundo, ela já avisou que está longe da lista de favoritas. Mas disse se permitir sonhar com uma despedida perfeita, com o último título, aquele que a faria igualar o recorde de 24 troféus de Grand Slam, da australiana Margaret Court.

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O primeiro desafio será contra Danka Kovinic, tenista de Montenegro que é a 80ª do mundo, já na segunda-feira, em Nova York. Serena poderá, portanto, encerrar sua vitoriosa carreira, de 73 títulos em simples e quase US$ 100 milhões em premiação, logo no primeiro dia de jogos do Grand Slam americano.

"Não há felicidade neste tópico para mim", disse Serena, ao anunciar sua aposentadoria, no início de agosto. "Sei que não é uma coisa comum de se dizer, mas eu sinto muita dor. É a coisa mais difícil que eu poderia imaginar. Eu odeio isso. Eu odeio ter que estar nesta encruzilhada. Continuo dizendo a mim mesmo: gostaria que fosse fácil para mim, mas não é."

O caminho poderá ser seguido por Nadal nos próximos meses. Apesar de entrar no US Open como um dos favoritos ao título e ter chances de terminar o torneio na liderança do ranking, o espanhol tem reiterado nesta temporada que está perto do fim. Ele foi campeão do Aberto da Austrália e de Roland Garros e abandonou Wimbledon antes das semifinais devido a uma lesão no abdômen. "A possibilidade de me aposentar ainda está em minha mente", afirmou o recordista de títulos de Grand Slam, com 22 troféus, em Londres.

Aos 36 anos, Nadal é mais jovem que Serena e Federer, de 41. Mas foi quem mais sofreu com os problemas físicos ao longo da carreira. "Certeza que o Nadal pensa em aposentadoria a cada lesão porque ele sabe que pode ser sempre a última lesão de sua carreira. Recuperar-se de lesão com 22 anos é muito mais simples do que com 35", atesta Bruno Soares ao Estadão.

O duplista brasileiro, de 40 anos, também está perto da aposentadoria. O mineiro evita prever datas ou despedidas, mas entende como poucos a situação vivida pelos medalhões. "Eles têm uma tranquilidade de dever cumprido, para eles mesmo, pelo que alcançaram. Eles sabem que jogaram o máximo, foram até o fim", afirma o tenista, que estará no US Open também.

Soares explica por que é tão difícil para os medalhões abandonar o tênis. "Eles são super consagrados e têm dinheiro para sustentar várias gerações. Nesta situação, você elimina vários fatores de dificuldades que todo tenista enfrenta ao longo da carreira. E o que sobra é a parte mais legal do processo, que é a paixão pelo esporte. Por que Federer segue tentando voltar? Porque ele é apaixonado por isso aí."

O suíço está fora do US Open mais uma vez. Ele não joga desde Wimbledon do ano passado. Após seguidas cirurgias no joelho direito, o suíço voltará ao circuito na Laver Cup em setembro como um teste para a próxima temporada, em clima de despedida. Se não conseguir jogar em alto nível, ele avisou que não estenderá a carreira. "Adoro vencer, mas, se você não é mais competitivo, é melhor parar", declarou o ex-número 1 do mundo em julho.

"Acho que temos que ir nos acostumando com essa ideia de não ver mais Nadal e Federer em quadra. Está muito próximo. E eles vão deixar uma saudade gigantesca, por tudo o que representaram para o esporte nos últimos 20 anos. São dois ETs. O que Federer e Nadal fizeram é incrível", comenta Soares.

O especialista em duplas prevê que o mundo do tênis deve preencher logo as lacunas deixadas pela dupla e por Serena. "Acho que vamos lembrar deles com uma saudade absurda e entender que tudo tem o seu fim. O que a história mostra é que o tênis está acima de todo mundo. Tem novos jogadores, pessoas com outros estilos, bem interessantes também, como o Alcaraz, que é o cara que tem todo o potencial para preencher esse vazio que o Nadal deixará na Espanha e no mundo."

DJOKOVIC SEM VACINA

Novak Djokovic é o medalhão que menos fala sobre aposentadoria e indica que vai seguir por mais alguns anos no circuito em busca dos recordes que hoje pertencem a Federer e a Nadal. Aos 35 anos, o sérvio sofre menos com lesões do que o espanhol, mas já enfrenta dificuldades diante dos rivais das gerações mais jovens.

A principal meta de Djokovic é ser dono do recorde de títulos de Grand Slam. Atualmente, essa marca pertence a Nadal, com 22 troféus. O sérvio tem 21 - Federer tem 20. E, pela segunda vez na temporada, vai perder a oportunidade de disputar um torneio deste nível, mais uma vez por não ter se vacinado contra a covid-19.

Djokovic chegou a criar a expectativa de que o governo americano flexibilizasse as regras para a entrada de estrangeiros sem vacina no país. Mas a liberação não veio. Atual vice-campeão do US Open, ele deve perder posições no ranking por não defender os pontos conquistados no ano passado. Atualmente é o 6º do mundo.

Sem Djokovic, os principais favoritos ao título são Nadal, o russo Daniil Medvedev, atual número 1 do mundo e campeão do US Open de 2021, o grego Stefanos Tsitsipas e o espanhol Carlos Alcaraz. No feminino, o favoritismo cerca a polonesa Iga Swiatek, líder do ranking. Beatriz Haddad Maia, cabeça de chave número 15, tenta sua primeira vitória na chave principal em Nova York e tem chances de seguir surpreende.

Faltando quatro dias para o início do US Open, o sérvio Novak Djokovic anunciou nesta quinta-feira que desistiu de disputar o quarto e último Grand Slam da temporada. O ex-número 1 do mundo aguardava por uma liberação especial para poder entrar nos Estados Unidos mesmo sem ter tomado a vacina contra a covid-19. Mas essa permissão não saiu.

"Infelizmente, eu não poderei viajar para Nova York desta vez para o US Open. Agradeço aos fãs pelas mensagens de amor e apoio. Boa sorte para os meus companheiros tenistas! Vou me manter em boa forma, de espírito positivo, e esperar por uma oportunidade para competir novamente. Vejo vocês em breve!", disse o sérvio, em suas redes sociais.

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A baixa de peso foi confirmada e lamentada pela diretora do US Open, Stacey Allaster. "Novak é um grande campeão e é muito triste que ele não possa competir no US Open deste ano, uma vez que não poderá entrar no país em razão da política do governo federal quanto à vacinação para cidadãos de fora dos Estados Unidos. Estamos ansiosos para receber Novak de volta em 2023", declarou.

O atual vice-campeão do US Open não poderá disputar a competição deste ano porque não tomou nenhuma das doses da vacina contra a covid-19. A decisão já havia custado ao tenista a possibilidade de disputar o Aberto da Austrália, no início deste ano, quando protagonizou polêmica internacional, quase causou um incidente diplomático e foi deportado do país da Oceania.

Djokovic correu risco de ficar fora também de Roland Garros e Wimbledon, mas pôde disputar os dois torneios de Grand Slam porque os países flexibilizaram suas leis relacionadas à pandemia semanas antes do início das competições. Ele foi eliminado nas quartas de final em Paris e se sagrou campeão na grama de Londres.

Dono de três títulos no US Open, o atual número seis do mundo pode sofrer nova queda no ranking, por não defender os pontos do vice-campeonato de 2021. E pode ver Rafael Nadal ampliar a vantagem na disputa por títulos de Grand Slam. O espanhol é o atual recordista, com 22 troféus. Djokovic soma 21, contra 20 do suíço Roger Federer.

Beatriz Haddad Maia já se concentra para US Open, marcado para começar no dia 29 deste mês. Após duas eliminações no WTA 1000 de Cincinnati, ambas contra a letã Jelena Ostapenko nas duplas e em simples, a brasileira decidiu não participar do WTA 250 de Granby, no Canadá, marcado para a próxima semana. A atual número 16 ranking mundial viaja direto para Nova York, onde já vai se preparar para o último Grand Slam do ano.

"Estou ótima, me sinto muito bem. Resolvemos não disputar Granby apenas como planejamento para chegarmos para o US Open com a melhor preparação possível. Terei a chance de jogar outros WTAs em 2022, mas Grand Slam só tem mais um. Sigo aprendendo e me entregando ao processo diariamente", disse a tenista.

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Caso disputasse o torneio do Canadá, ela seria a cabeça de chave número 1, algo raro em sua carreira em um torneio deste nível. O status de principal favorita tem relação com sua forte ascensão ao longo da temporada 2022.

Há uma semana foi vice-campeã do WTA 1000 de Toronto, vencendo nomes como Iga Swiatek, líder do ranking mundial, e Belinda Bencic, campeã olímpica em Tóquio, ao longo do torneio. Ao lado da casaque Anna Danilina, foi finalista do Aberto da Austrália, se tornando a primeira brasileira na decisão do torneio australiano na era aberta do tênis.

O reinado de Serena Williams no tênis mundial será encerrado no US Open deste ano. A aposentadoria foi anunciada pela própria tenista americana em artigo publicado na revista Vogue, nesta terça-feira. Aos 40 anos, ela finalizará uma das carreiras mais vitoriosas do esporte mundial, com algumas das principais marcas do tênis.

"Infelizmente, eu não estava preparada para vencer em Wimbledon neste ano. E não sei se estarei pronta para vencer em Nova York. Mas vou tentar. E os torneios preparatórios serão divertidos", disse a atleta, que disputa nesta semana o WTA 1000 de Toronto, no Canadá, em preparação para o US Open.

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O quarto e último Grand Slam da temporada começa no dia 29 deste mês, em Nova York. Será o último torneio da longa carreira de Serena, que disse ainda sonhar em igualar o recorde de títulos de Grand Slam. Ela soma 23 troféus, contra 24 da australiana Margaret Court. Serena perdeu as quatro últimas finais de Major que jogou.

"Sei que há uma fantasia dos fãs de que eu poderia empatar com Margaret naquele dia em Londres (final de 2018), e aí eu poderia bater o recorde em Nova York. E, na cerimônia de premiação, eu poderia dizer: 'sim, eu consegui!' É uma boa fantasia. Mas não estou esperando por algum cerimonial ou um momento especial de despedida em quadra."

Já prevendo como será sua saída das quadras, Serena afirmou que é "terrível" em despedidas. "Sou terrível para dar adeus, a pior das piores. Mas me agrada saber que sou mais grata a você (fã) do que posso expressar. Vocês me carregaram em tantas vitórias e em tantos troféus. Vou sentir desta versão de mim, da garota que jogou tênis. Vou sentir falta de vocês."

No depoimento, Serena revelou que pretende ter um segundo filho, com o marido Alexis Ohanian. E que, desta vez, espera viver a gravidez como ex-atleta, após correr sérios riscos na sua primeira gestação.

Ela comentou também que sua aposentadoria se tornou um tabu em sua vida nos últimos anos, diante de suas dificuldades de pensar em uma vida pós-tênis. "Não há felicidade neste tópico para mim. Eu sei que não é uma coisa comum de se dizer, mas eu sinto muita dor. É a coisa mais difícil que eu poderia imaginar. Eu odeio isso. Eu odeio ter que estar nesta encruzilhada. Continuo dizendo a mim mesmo: gostaria que fosse fácil para mim, mas não é."

Ao confirmar sua aposentadoria, ela disse não gostar desta palavra. "Nunca gostei da palavra 'aposentadoria'. Não me parece uma palavra moderna. Tenho pensado nisso como uma transição, mas quero ser sensível sobre como uso essa palavra, que significa algo muito específico e importante para um grupo de pessoas. Talvez a melhor palavra para descrever o que estou fazendo seja 'evolução'."

Ex-número 1 do mundo, Serena vem de temporadas irregulares, entre lesões e poucos torneios disputados. No US Open, tem chances remotas de alcançar a segunda semana. Mesmo assim, vai encerrar uma das carreiras mais incríveis da modalidade. São 73 títulos no total, com premiação próxima a US$ 100 milhões (cerca de R$ 500 milhões). Seu retrospecto tem 856 vitórias e apenas 153 derrotas.

O choro de dor de Luisa Stefani deitada na quadra enquanto o ponto seguia, revelava que algo grave estava por vir. A tenista brasileira deixou a quadra nas semifinais do US Open de cadeira de rodas a caminho de um hospital dos Estados Unidos. Após exames, ela fez um vídeo para revelar o que todos temiam: sofreu rompimento de ligamento do joelho direito. A paulista iniciou tratamento e apenas nos próximos dias saberá quais procedimentos deverão ser tomados.

Ao lado da canadense Gabriela Dabrovski, Luisa Stefani fazia história no US Open, ao recolocar o tênis feminino brasileiro em uma semifinal de Grand Slam após 39 anos. Claudia Monteiro foi vice-campeã em Roland Garros nas duplas mistas, em 1982. A paulista sonhava repetir o feito de Maria Esther Bueno, campeã de duplas em 1968, também no US Open.

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"Oi galera, estou aqui para falar que já estou no quatro, dia foi longo, foi difícil e obviamente com uma surpresa não muito agradável. Queria passar aqui para avisar que os resultados dos testes saíram e realmente eu tive um rompimento de ligamento do joelho", informou Stefani em suas redes sociais.

"Bom, os próximos passos eu realmente ainda não sei, estou conversando com os médicos, com minha equipe, para fazer mais decisões, saber como meu corpo vai reagir e quais serão os próximos passos, mas por enquanto só para avisar que estou bem e que a gente vai passar por cima disso tudo", seguiu, ainda sem saber se terá de ser submetida à cirurgia. "Queria agradecer todo o apoio e carinho, as mensagens, a preocupação. Não fiquem preocupados, vai tudo dar certo, é só uma surpresa inoportuna e já, já a gente passa por cima de tudo isso."

Número 17° no ranking de duplas, ela ganhará mais quatro posições após a bela campanha no US Open. Mas o sonho do inédito título foi adiado e ela não escondeu todo o seu descontentamento com o "imprevisto". Espera que apenas com tratamento consiga voltar às quadras e promete retornar com tudo para, enfim, ganhar um título de Grand Slam.

"Estou bastante chateada pois vinha em um embalo muito especial e no melhor momento da minha carreira. Enfim, um imprevisto e surpresa que eu nunca podia esperar ou me preparar, mas o sonho do Grand Slam continua, só vai ter que esperar um pouco mais", afirmou, confiante. "Os médicos pediram alguns dias para ver como meu corpo vai reagir e decidir os próximos passos do tratamento."

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O momento extraordinário de Luisa Stefani, com o bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio e três finais consecutivas no circuito, foi interrompido por uma fatalidade nesta sexta-feira. Jogando ao lado da canadense Gabriela Dabrowski, a brasileira se machucou no tie-break do primeiro set e a dupla teve de abandonar a semifinal do US Open. Com isso, a parceria americana formada por Coco Gauff e Catherine McNally avançou à final.

No tie-break do primeiro set, Stefani foi tentar um voleio e se machucou. Ainda não há informações sobre a gravidade e o local da lesão, mas a brasileira pareceu ter sofrido uma torção no tornozelo direito. Ela e a canadense venciam por 2 a 0 no tie-break depois de empatarem em 6 a 6 em games.

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Stefani ficou deitada na quadra por alguns minutos e recebeu um atendimento médico rápido. Sem conseguir apoiar o pé no chão, ela deixou a quadra em cadeira de rodas. No vestiário, foi avaliada rapidamente e confirmou-se que a brasileira não tinha condições de jogo. Dabrowski deu o aviso e a árbitra encerrou o duelo, declarando vitória das americanas. A paulistana passará por exames que determinarão a gravidade do problema.

Com o apoio do público, Coco Gauff, de 17 anos, e Catherine McNally, de 19, vão enfrentar na final a dupla formada pela australiana Samantha Stosur e a chinesa Shuai Zhang. Elas deixaram a quadra meio sem jeito depois de vencerem de uma maneira que não queriam.

"Estar na final significa muito, mas eu não gosto de ganhar um jogo assim. A Luísa é muito legal e eu não consigo nem ver a cena de novo. É muito duro. Sei que elas trabalharam tanto quanto a gente para estar nessa final e só desejo o melhor para ela. Como atleta, ver uma lesão assim é algo que parte o coração. E acho que todos devemos apoiá-la. Espero que no ano que vem ela esteja bem melhor", disse Gauff.

A lesão de Stefani é de se lamentar especialmente pelo momento que vivia a brasileira. Ela foi bronze nos Jogos de Tóquio com Laura Pigossi e, ao lado de Dabrowski, disputou três torneios preparatórios para o US Open e chegou à final em todos eles, com um título em Montreal, no Canadá, e vice-campeonatos em San Jose e Cincinnati, ambos nos Estados Unidos.

De qualquer maneira, Stefani fez história ao se tornar a primeira brasileira em uma semifinal de Grand Slam em 53 anos. Desde 1968 que uma tenista do Brasil não ia tão longe em um Grand Slam. Naquele ano, Maria Esther Bueno ficou com o título de duplas do US Open ao lado da australiana Margaret Court. Maior vencedora do tênis brasileiro, Esther conquistou sete títulos de Grand Slam em simples, 11 em duplas e mais um nas duplas mistas. Sua última conquista foi também a única na Era Aberta do tênis.

Bruno Soares ficou com o vice do US Open nas duplas masculinas. Nesta sexta-feira, o brasileiro e o seu parceiro Jamie Murray tiveram um bom início, mas foram superados pelo americano Rajeev Ram e pelo britânico Joe Salisbury de virada, por 2 sets a 1, com parciais de 3/6, 6/2 e 6/2, após 1h44 de jogo.

Com uma atuação contundente no segundo e terceiro sets da decisão, nos quais foram impecáveis, Rajeev Ram e Joe Salisbury conquistaram o torneio americano pela primeira vez e ergueram o segundo troféu de Grand Slam na carreira.

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Soares buscava o quinto título do Grand Slam Americano, já que ostenta dois troféus nas duplas mistas e outros dois nas duplas masculinas. O brasileiro foi campeão do US Open nas duplas masculinas jogando ao lado de outro parceiro, Mate Pavic, em 2020, e também em 2016, com Murray. Naquele ano, também ganharam o Aberto da Austrália.

Soares teve uma trajetória notável no torneio em que parece se sentir sempre muito confortável até chegar à final com Murray juntos depois de cinco anos. Ele afirmou depois da semifinal que planejava não jogar mais neste ano depois de ter ficado um tempo parado se recuperando da cirurgia para a retirada do apêndice que o tirou dos Jogos Olímpicos de Tóquio.

Os planos mudaram e Soares atuou em Nova York ao lado de Murray para "curtir o momento". Na competição, teve a companhia do filho Noah, de seis anos, que acompanhou o pai em seu primeiro torneio. O filho deu sorte e a ida à decisão acabou sendo uma surpresa até para o tenista mineiro de 39 anos, número 11 do mundo, superando a frustração de não ter disputado a Olimpíada de Tóquio.

Ao lado de Noah na entrega do troféu de vice, Soares afirmou que não vinha jogando seu melhor tênis e disse que deixa Nova York com o sentimento de orgulho, "sem lamentações e arrependimentos".

Mesmo com o brasileiro fora do ritmo de jogo ideal, os dois fizeram ótimas exibições nos Estados Unidos, mas não foram capazes de superar Rajeev Ram e Joe Salisbury, que jogaram um tênis de altíssimo nível, especialmente no segundo e terceiro sets, em que foram quase perfeitos e encontraram a sintonia fina.

O primeiro set foi definido no detalhe. Ram e Salisbury começaram um pouco abaixo, salvaram duas quebras no primeiro game, mas depois Soares e Murray conseguiram duas quebras consecutivas na reta final, no sétimo e no nono games.

O americano e o britânico voltaram melhores na segunda parcial e foram dominantes. Agressivos, abriram 4/0 de cara com duas quebras seguidas e administraram a larga vantagem até vencer a parcial.

No último e decisivo set, Ram e Salisbury mantiveram o nível, repetindo o cenário da parcial anterior. Eles obtiveram uma quebra no primeiro game e encurralaram o brasileiro e o britânico, que não encontraram uma alternativa para reverter a desvantagem. Tiveram o saque quebrado mais uma vez e viram os cabeças de chave número 4 confirmar a virada e ficar com o título em Nova York.

Luisa Stefani fez história nesta quarta-feira. A tenista paulista se tornou a primeira brasileira em uma semifinal de Grand Slam em 53 anos ao avançar no US Open. Ela e a parceira canadense Gabriela Dabrowski derrotaram as checas cabeças de chave 15, Marie Bouzkova e Lucie Hradecka, por 2 sets a 1, com parciais de 6/4, 4/6, e 6/1, após 1h58min de duração

Desde 1968 que uma tenista do Brasil não ia tão longe em um Grand Slam. Naquele ano, Maria Esther Bueno ficou com o título de duplas do US Open ao lado da australiana Margaret Court. Maior vencedora do tênis brasileiro, Esther conquistou sete títulos de Grand Slam em simples, 11 em duplas e mais um nas duplas mistas. Sua última conquista foi também a única na Era Aberta do tênis.

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Para chegar à final, Stefani e Dabrowski, cabeças de chave número 5, ainda não sabem quem vão enfrentar. Elas terão pela frente as vencedoras do duelo entre as cabeças de chave número 1, a belga Elise Mertens, líder do ranking da WTA, e a taiwanesa Su Hsieh, campeãs de Wimbledon, e a dupla americana formada por Coco Gauff e Catherine McNally.

O momento de Stefani e Dabrowski no circuito é excelente. A parceira disputou três torneios preparatórios para o US Open e chegou à final em todos eles, com um título em Montreal, no Canadá, e vice-campeonatos em San Jose e Cincinnati, ambos nos Estados Unidos.

Nesta quarta, as duas mais uma vez não encontraram facilidade para ir às semifinais. A brasileira e a canadense salvaram dois break points no terceiro game, conseguiram uma quebra no oitavo, levaram o troco no nono, mas bateram o saque das checas de novo no décimo e último para vencer o primeiro set.

O equilíbrio foi visto também no segundo set, no qual detalhes fizeram a diferença. A dupla da brasileira com a canadense errou no quinto game e a falha foi crucial para o revés na parcial. Elas tiveram o saque quebrado e depois não tiveram chances para reagir.

Contudo, no set decisivo, Stefani e Dabrowski cresceram e foram dominantes, conseguindo duas quebras e cedendo só um game a Bouzkova e Hradecka.

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