Tópicos | Casper Ruud

Novak Djokovic se isolou neste domingo como o maior vencedor de Grand Slam da história. O sérvio superou o norueguês Cásper Ruud na final de Roland Garros em sets diretos, com 7/6 (7/1), 6/3 e 7/5 para celebrar o tricampeonato na terra batida francesa em sua sétima final na Philippe Chatrier. Foi a 23ª conquista do ex-número 1 em Majors, abrindo vantagem sobre Rafael Nadal, com 22, justamente na competição predileta do espanhol, que já foi campeão em Paris por 14 vezes, mas não atuou em 2023 por lesão.

Além do tricampeonato em Roland Garros, Djokovic tem 10 troféus do Aberto da Austrália, sete taças de Wimbledon e outras três do US Open. Foi sua segunda conquista de Grand Slam na temporada, pois abriu o ano ganhando na Austrália em final contra o grego Stefanos Tsitsipas.

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Depois de precisar de quatro sets para passar por Karen Khachanov nas quartas de final e diante de Carlos Alcaraz na semifinal (com a vida mais facilitada após o espanhol acusar cãibras no terceiro set), o preparo físico poderia ser um problema a mais para o tenista de 36 anos em duelo contra um jovem de 24 e que vinha de semifinal com rápida com 3 a 0 sobre o alemão Alexander Zverev. Maas o ex-líder do ranking não sentiu e ainda colocou o norueguês para correr em muitos lances, mostrando fôlego em dia.

Ruud entrou em quadra mais maduro, confiante e disposto a conquistar seu primeiro Grand Slam da carreira, após perder na decisão de Roland Garros de 2022 para Rafael Nadal em sets diretos e ser superado por Carlos Alcaraz na final do US Open. Jogador com mais vitórias no saibro desde 2020 (87, diante de 68 de Stéfanos Tsitispas e 64 de Alcaraz), seu discurso era o de que "chegou a hora de brilhar" nos principais torneios do circuito.

Pela frente, um oponente que não trazia boas lembranças, porém. O norueguês chegou ao quinto duelo com Djokovic com o péssimo retrospecto de jamais ter vencido um set sequer em quatro derrotas no confronto. Ciente que precisava se reinventar, apostou nas batidas fortes e fazendo circular a bola com bolas em profundidade.

Logo de cara, já deixou o sérvio nervoso, algo raro em jogos no saibro de ex-líder do ranking. Em um segundo game com mais de 10 minutos de duração, quebrou o serviço para abrir 2 a 0 após Djokovic cometer sete erros não forçados, visivelmente incomodado com seu jogo, que não encaixava. Ainda abriu 4 a 1 até permitir a reação.

O momento mágico de Ruud diminuiu com o crescimento de Djokovic. O sérvio começou a defender melhor e até subidas à rede ousou fazer para marcar pontos preciosos. Com um erro do norueguês, empate por 4 a 4. Sem mais quebras, a decisão foi ao tie-break e o veterano levou a melhor com soberania, abrindo 1 a 0 com 7 a 1 em set de 90 minutos.

Depois de disputar um set em grande estilo e mesmo assim sair derrotado, a questão era se Ruud teria cabeça para segurar o ímpeto do adversário. E o começo do segundo set mostrou que não. Jogando o fino do tênis, Djokovic abriu a nova parcial dando show. Com enorme repertório e poder no serviço, colocou o rival para correr de um lado para o outro na quadra e finalizava os pontos com categoria, abrindo logo 3 a 0 com subida na rede e bola curta. O vibrante norueguês perdeu a alegria na partida.

Sempre seguro em quadra, Djokovic oscilou apenas no sétimo game, quando alguém da arquibancada falou antes da hora e o induziu a erro bobo no saque para 30 a 30. Ele respirou fundo e após pedido de calma do seu box, confirmou para 5 a 2 e depois fechou em 6 a 3 com menos da metade do tempo de jogo da parcial anterior. Precisou de somente 43 minutos para dar gigante passo à taça.

Diferentemente das parciais anteriores, o equilíbrio prevaleceu no terceiro set, com tenistas confirmando o saque e sem quebras até 4 a 4. Ruud ficou perto de quebra, mas Djokovic reagiu e saiu com braços erguidos após confirmar, sob intenso aplauso. Logo depois, contudo, deu game de graça em erro não forçado.

Mas o melhor estava por vir a seguir. Com imposição, o sérvio emplacou sequência de pontos em dois games perfeitos para virar para 6 a 5 e partir para o serviço da história. Com tranquilidade, não sentiu o peso de fechar o jogo e foi logo abrindo um triplo match point. A direita saiu, mas ele fechou na segunda oportunidade, após o árbitro novamente ter de pedir silêncio ao público, com bola para fora de Ruud. Ele caiu deitado na quadra para celebrar a conquista.

Após surpreender Daniil Medvedev na estreia, Thiago Wild mostrou nesta quinta-feira que a vitória sobre o número dois do mundo não foi por acaso em Roland Garros. O tenista brasileiro avançou à terceira rodada ao superar o experiente argentino Guido Pella por 3 sets a 1, com parciais de 6/3, 3/6, 6/4 e 6/3, em 2h55min de partida, em Paris.

Será a primeira vez que o tenista brasileiro de 23 anos disputará esta fase de um Grand Slam. Nesta quinta, ele disputou uma partida numa chave principal de um Major apenas pela terceira vez na carreira. A segunda foi justamente a vitória sobre Medvedev e logo na famosa quadra central de Roland Garros, a Philippe-Chatrier.

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Wild é apenas o 172º do mundo e precisou superar o qualifying, a fase preliminar, para alcançar a chave principal. Embalado, protagonizou a primeira zebra da competição na terça. Agora o tenista paranaense vai enfrentar o japonês Yoshihito Nishioka, atual 27º cabeça de chave.

Nishioka avançou na chave ao eliminar o australiano Max Purcell também por 3 a 1, com parciais de 4/6, 6/2, 7/5 e 6/4. O japonês de 27 anos é o atual 33º do mundo e tem dois títulos de ATP no currículo. Wild tem apenas um, conquistado em Santiago, no Chile, em 2020. Os dois tenistas nunca se enfrentaram no circuito profissional.

Nesta quinta, Wild oscilou no serviço, com oito aces e nove duplas faltas. Mas mostrou consistência no fundo de quadra, com boas variações. Agressivo nos golpes, como de costume, o brasileiro terminou a partida com 45 bolas vencedoras, contra 26 do argentino de 33 anos. E acabou cometendo mais erros não forçados: 44 a 29. Wild faturou cinco quebras de saque, em 12 oportunidades, contra três do rival, atual 423º do mundo - já foi o 20º do mundo.

Promessa do tênis brasileiro que está se tornando realidade em Roland Garros, o paranaense se tornou notícia dentro e fora do mundo do tênis ao derrubar Medvedev, atual número dois do mundo, logo na estreia. O grande resultado, contudo, dividiu as manchetes esportivas com uma denúncia de violência doméstica contra sua ex-namorada, Thayane Lima.

Após brilhar sobre Medvedev, o brasileiro foi questionado sobre o caso na entrevista coletiva pós-jogo. Ele se esquivou sobre o tema.

"Acho que este não é um assunto que devamos falar aqui. Não acho que seja uma pergunta que você deva fazer a ninguém. Acho que não cabe a você decidir se é um lugar para se falar ou não", afirmou o tenista. "Você pode escrever o que quiser. Aliás, nunca fui casado. Ok? Então, deixe isso de lado", declarou, se referindo à pergunta de um jornalista que falou em "ex-mulher".

Ao fim da coletiva, o repórter alemão Jannik Schneider relatou que teria sido intimidado por um integrante da equipe de Wild após fazer as perguntas sobre as denúncias de violência doméstica. A pessoa teria tentado fotografar a credencial do repórter.

OUTROS RESULTADOS

Se mantiver o bom ritmo, Wild poderá cruzar nas oitavas de final com o vencedor do duelo entre o experiente croata Borna Coric (15º cabeça de chave) e o argentino Tomas Martin Etcheverry. Coric eliminou o também argentino Pedro Cachin por 6/3, 4/6, 4/6, 6/3 e 6/4. E Etcheverry eliminou o australiano Alex de Minaur (18º) por 6/3, 7/6 (7/2) e 6/3.

Atual vice-campeão de Roland Garros, o norueguês Caster Ruud assegurou seu lugar na terceira rodada ao derrotar o italiano Giulio Zeppieri por 6/3, 6/2, 4/6 e 7/5. Seu próximo adversário será o chinês Zhang Zhizhen, algoz do argentino Agustin Tirante por 7/6 (7/3), 6/3 e 6/4.

E o experiente búlgaro Grigor Dimitrov (28º) avançou ao derrotar o finlandês Emil Ruusuvuori por 7/6 (7/4), 6/3 e 6/4.

Novak Djokovic conquistou seu sexto título de ATP Finals neste domingo, ao bater o norueguês Casper Ruud por 2 sets a 0, com parciais de 7/5 e 6/3, em Turim, e se tornou o maior campeão do torneio ao lado de Roger Federer, também dono de seis troféus. Além de alcançar o suíço, aposentado desde setembro, o sérvio ex-número 1 do mundo faturou US$ 4,7 milhões (R$ 25,2 na cotação atual), maior prêmio da história do tênis.

Aos 35 anos, Djokovic é o campeão mais velho do Finals, disputado há 52 anos. Antes, a marca era de Federer, vencedor da edição de 2011, aos 30. O primeiro título dele no torneio veio em 2008, em Shangai. Depois disso, voltou a vencer apenas em 2012, ano a partir do qual engatilhou uma série de quatro títulos seguidos, uma vez que venceu também as edições de 2013, 2014 e 2015.

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Após avançarem à decisão com vitórias em sets diretos nas semifinais, Djokovic e Ruud fizeram um primeiro set muito equilibrado, sem nenhuma quebra até o último game, no qual o sérvio se redimiu após desperdiçar outras oportunidades de quebrar o saque do norueguês. Assim, fechou a parcial em 7/5. No segundo set, quebrou o saque adversário no quarto game para abrir 3 a 1, antes de ampliar para 4 a 1. Pouco ameaçado, defendeu-se bem para garantir o triunfo por 6/3, com mais tranquilidade do que na primeira parcial.

"Isso é o Finals. Normalmente, este tipo de partidas é decidido por margens bastante pequenas. Uma quebra de serviço foi o suficiente em ambos os sets. Eu sabia que Casper vinha jogando muito bem até chegar a essa partida. Nós dois sacamos muito bem, e eu penso que em momentos decisivos, como o 12º game do primeiro set, eu consegui responder bem", comentou o campeão.

Após iniciar a disputa do Finals em oitavo lugar no ranking da ATP, Djokovic deve assumir o quinto lugar na atualização do ranking desta segunda-feira. Ruud, que vive grande ascensão, tinha a oportunidade de tomar a vice-liderança de Rafael Nadal, mas precisava do título para isso. Com o vice, roubará apenas o terceiro lugar do grego Stefanos Tsitsipas

Alvo de forte expectativa nos últimos anos, Carlos Alcaraz voltou a confirmar as apostas em seu tênis neste domingo. Em uma crescente desde o início da temporada, o espanhol alcançou seu ápice, ao menos até o momento, ao se sagrar campeão do US Open e se tornar o mais jovem tenista a ocupar a liderança do ranking. Os feitos foram alcançados na vitória sobre o norueguês Casper Ruud, numa final de alto nível técnico, por 3 sets a 1, com parciais de 6/4, 2/6, 7/6 (7/1) e 6/3, em 3h20min.

Aos 19 anos, Alcaraz entrou no Grand Slam americano na quarta posição do ranking. Terminou como número 1, sendo agora o mais novo da história a figurar no topo. Também se tornou o mais jovem campeão do US Open desde 1990. Ruud, 7º do ranking, poderia também ter alcançado o posto de número 1, em caso de título. Ocupará a vice-liderança agora. Os dois tenistas se tornaram os mais jovens números 1 e 2 do mundo desde 1975.

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Trata-se do primeiro título de Grand Slam de Alcaraz, considerado por muitos como o sucessor do compatriota Rafael Nadal. O maior troféu de sua carreira coroa seu grande ano. Foi o sexto título da carreira, sendo o quinto somente em 2022.

A final masculina foi precedida de uma homenagem às vítimas do atentado de 11 de setembro, que completou 21 anos exatamente neste domingo. Nas arquibancadas, uma série de celebridades, entre atores e atrizes de Hollywood, o comediante Jerry Seinfeld e ex-tenistas, como Andy Roddick, acompanharam o jogo decisivo.

Alcaraz e Ruud marcou mais um capítulo na renovação do tênis masculino, marcada pelo domínio de Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic nas últimas duas décadas. A final deste domingo é a mais jovem da chave masculina do US Open em 32 anos. Em sua primeira decisão de Grand Slam, Alcaraz tem apenas 19 anos. Ruud, em sua segunda final, soma 23.

Diante da expectativa do público por esse duelo da nova geração, a final começou equilibrada, sem sinais de domínio de nenhum lado, nem mesmo quando Alcaraz obteve a primeira quebra de saque da partida. Numa postura mais conservador, o espanhol evitou arriscar após abrir essa vantagem e apenas administrou seus games de serviço até fechar o set inicial.

Exibindo mais variações que Ruud, principalmente com bolas anguladas, Alcaraz passou a esbanjar confiança. Protagonizava os pontos mais bonitos da partida até então. Até que o norueguês iniciou a reação. O game chave foi o sexto, quando Ruud venceu duas lindas trocas de bola seguidas, levantando as arquibancadas e quebrando o serviço do adversário pela primeira vez no confronto.

Com 4/2 no placar da segunda parcial, o norueguês cresceu em quadra e emplacou a segunda quebra logo em seguida, fechando em 6/2 e empatando a final em Nova York. O terceiro set começou com Alcaraz "voltando" para o jogo. Ele se impôs no serviço do adversário logo no primeiro game. Mas não embalou. O espanhol caiu de produção e Ruud devolveu a quebra.

Mais confiante, o tenista da Noruega começou a fazer estrago com suas direitas, levando vantagem nas trocas mais longas. Pressionando o saque do espanhol, Ruud chegou a ter dois set points, ambos salvos pelo adversário. No tie-break, o norueguês decepcionou ao sofrer forte queda de rendimento, devidamente aproveitada pelo espanhol, que voltou a liderar a final, por 2 sets a 1.

A forte reação do espanhol no fim do terceiro set abalou o moral de Ruud. Cabisbaixo, o norueguês perdeu ritmo de jogo e viu Alcaraz crescer ainda mais na partida. A quebra de saque no sexto game, deixando o espanhol com 4/2 no placar, se tornou decisiva. Em seguida, o espanhol confirmou seus games de serviço para sacramentar a vitória e o título inédito.

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