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Sentimento de alívio, comemoração junto aos familiares na torcida e choro convulsivo. Um ano depois de ser deportado do país em um dos maiores escândalos do tênis mundial, o sérvio Novak Djokovic voltou à cena em grande estilo ao vencer o grego Stefanos Tsitsipas por 3 sets a 0, com parciais de 6/3, 7/6 (4) e 7/6 (5)em 2h56min de partida e garantir o seu décimo título do Aberto da Austrália.

Em sua 33ª final de Major, o número cinco do mundo chegou à 22ª conquista em simples com o triunfo na manhã deste domingo na Austrália se igualando a Rafael Nadal. Os dois são os maiores vencedores de slams da história do tênis masculino. De quebra, ainda volta a assumir a liderança do ranking desbancando o espanhol Carlos Alcaraz.

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Em quadra, Djoko confirmou o seu bom momento. Até a final, o sérvio havia perdido apenas um game. Habituado a decisões no torneio, ele vem de três títulos seguidos no campeonato entre 2019 e 2021 acumulando um total de 27 vitórias. Ao superar o rival em Melbourne, esse número subiu para 28.

O revés adiou o sonho de Tsitsipas de vencer o seu primeiro Grand Slam da carreira. Em sua segunda decisão de um torneio desse porte, Djokovic voltou a ser um obstáculo em sua trajetória já que, em 2021, em Roland Garros, o grego também foi derrotado pelo sérvio.

O duelo começou com Djokovic forçando o seu saque para dificultar a recepção de Tsitsipas. Com a quebra de serviço do sérvio no quarto game, o tenista grego se desestabilizou e não conseguir mais impor o seu jogo.

Com um jogo calculado e muita precisão ao usar a sua direita, o sérvio não teve maiores dificuldades para fechar a primeira parcial em 6/3.

No segundo set, o equilíbrio foi a marca do confronto com os dois finalistas confirmando seus serviços. A definição foi para o tiebreak, e o jogo ganhou em emoção. Djoko abriu uma vantagem de 4 a 1, mas permitiu o empate. De volta à disputa, o tenista grego voltou a se desconcentrar, cometeu erros de devolução e complicou sua reação.

Djoko não perdoou o vacilo do seu adversário, fechou a série final em 6 a 4 a garantiu também a vitória no segundo set abrindo uma ampla vantagem para tentar assegurar o título na Austrália.

O terceiro set começou de forma surpreendente. Necessitando de uma reação urgente, Tsitsi quebrou logo de cara o serviço do rival. A resposta, porém, veio no mesmo tom e de forma imediata, com Djokovic empatando a disputa.

A partir daí a normalidade passou a imperar na quadra com os dois tenistas praticando um jogo com poucos erros e confirmando seus serviços. O sérvio seguiu controlando o ritmo e chegou a 5 a 4 no terceiro set aumentando a pressão sobre Tsitsipas. Depois de abrir vantagem no décimo game, ele permitiu uma modesta reação do seu adversário ao cometer um erro bobo. No entanto, o empate em 5 a 5 foi confirmado minando a expectativa de Djoko em definir logo a partida.

Como no set anterior, o terceiro também foi para o tiebreak. Djokovic abriu uma vantagem de 5 a 0, mas permitiu a reação de Tsitsipas que buscou um 6 a 5. A categoria e a frieza, no entanto falaram mais alto. Ao estabelecer o 7 a 5, ele se consagrou ao conquistar o Aberto da Austrália pela décima vez na carreira.

A polonesa Iga Swiatek está eliminada do Aberto da Austrália. Na madrugada deste domingo (22), a tenista número 1 do mundo sofreu com os serviços da casaque Elena Rybakina e foi derrotada por 2 sets a 0, com parciais de duplo 6/4 após 1h29 de partida. Na modalidade masculina, o grego Stefano Tsitsipas viu o italiano Jannik Sinner levar a partida para o quinto set, mas confirmou a vitória após 4 horas de jogo. As parciais foram de 6/4, 6/4, 3/6, 4/6 e 6/3.

Campeã em Wimbledon e número 25 do mundo, Rybakina enfrentará a letã Jelena Ostapenko nas quartas de final. "Eu joguei bem nos momentos importantes. Claro que fico nervosa toda vez que entro em quadra, mas acho que isso acontece com todo mundo. Apesar disso, eu me mantenho sempre serena, ao menos tento não mostrar muitas emoções", disse a casaque de 23 anos após o triunfo contra a líder do ranking.

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Ostapenko (17ª) chega pela primeira vez às quartas de final de um Grand Slam. Ela venceu a americana Cori Gauff (7ª) por 2 sets a 0 nesta madrugada, com parciais de 7/5 e 6/3. A americana Jessica Pegula, número 3 do mundo, não deixou a zebra se criar contra a checa Barbora Krejcikova (23ª) e venceu por 2 sets a 0 (7/5 e 6/2). Pegula enfrentará a vencedora do confronto entre a belarrussa Victoria Azarenka e a chinesa Zhu Lin.

No masculino, Tsitsipas parecia caminhar para uma vitória tranquila sobre Sinner após abrir 2 sets a 0 com duplo 6/4, mas o italiano mostrou toda sua frieza e tomou as rédeas da partida. Número 16 do ranking, Sinner fez 6/3 e 6/4 para levar o jogo para o nervoso quinto set. O grego se recompôs em quadra, conseguiu uma quebra no sexto game e venceu a partida de 4 horas, com um 6/3.

O adversário de Tsitsipas nas quartas de final será o checo Jiri Lehecka, que superou o canadense Félix Auger Aliassime de virada por 3 sets a 1. As parciais foram 4/6, 6/3, 7/6 (7/2) e 7/6 (7/3), após 1h13 de jogo. Este é o terceiro cabeça de chave superado por Lehecka, que já bateu Borna Coric e Cameron Norrie.

Mais cedo, o americano Sebastian Korda venceu o polonês Hubert Hurkacz em um jogo suado por 3 sets a 2, também de virada. As parciais foram de 3/6, 6/3, 6/2, 1/6 e 7/6 (10/7). O adversário de Korda será o russo Karen Khachanov, que fez 3 sets a 0 no japonês Yoshihito Nishioka, 6/0, 6/0 e 7/6 (7/4).

BIA HADDAD ELIMINADA NAS DUPLAS

A brasileira Bia Haddad Maia desperdiçou incríveis nove match points jogando em dupla com a chinesa Shuai Zhang e terminou eliminada do Aberto da Austrália. Elas foram superadas pelas checas Marketa Vondrousova e Miriam Kolodziejova por 2 sets a 1, com parciais de 3/6, 7/6 (11/9) e 7/6 (14/12).

Nas duplas mistas, Luisa Stefani e Rafael Matos venceram a americana Bethanie Mattek-Sands e o croata Mate Pavic por 2 sets a 0, com um duplo 6/4. Os brasileiros enfrentarão os australianos Lizette Cabrera e John Patrick Smith nas quartas de final.

O brasileiro Bruno Soares e o escocês Jamie Murray venceram mais uma no Torneio de Sydney, nesta quarta-feira (9), e avançaram às semifinais da competição australiana, de nível ATP 250. A dupla do brasileiro derrotou o croata Ivan Dodig e o francês Edouard Roger-Vasselin pelo placar de 2 sets a 0, com parciais de 7/5 e 6/3, em 1h16min.

Cabeça de chave número dois do torneio, Soares/Murray faturou duas quebras de saque no duelo, uma em cada set, e não teve o serviço perdido em nenhum momento da partida. Foram três break points salvos, todos no primeiro set. No segundo, eles dominaram com facilidade.

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Na semifinal, brasileiro e britânico vão enfrentar Ken Skupski e Neal Skupski, dupla de irmãos britânicos, na briga por uma vaga na decisão. O Torneio de Sydney é um dos preparatórios para o Aberto da Austrália, que terá início no dia 14, em Melbourne.

Para Soares e Murray, a competição se tornou mais importante na preparação porque no primeiro torneio da dupla na nova temporada, em Doha, eles foram eliminados logo na estreia.

Pela chave de simples, os principais cabeças de chave não decepcionaram nesta quarta. A começar pelo principal favorito, o grego Stefanos Tsitsipas, que despachou o argentino Guido Andreozzi por 6/3 e 6/4. Foi a estreia do cabeça de chave número 1.

Na sequência, já pelas quartas de final, o grego vai encarar o italiano Andreas Seppi, oitavo pré-classificado, que avançou nesta quarta ao derrotar o eslovaco Martin Klizan por 7/6 (7/2) e 6/2.

Terceiro cabeça de chave, o argentino Diego Schwartzman também fez boa estreia. Ele bateu o espanhol Guillermo Garcia-López por 6/2 e 6/3. Nas quartas, o tenista da Argentina vai enfrentar o japonês Yoshihito Nishioka, que despachou o russo Andrey Rublev por 6/3 e 6/1.

Também venceram nesta quarta os cabeças de chave Gilles Simon (4º), da França, e Alex De Minaur (5º), da Austrália. Já o húngaro Marton Fucsovics (7º) se despediu do torneio.

As camisetas são chamativas, o estilo de jogo é agressivo e os cabelos precisam ser contidos por uma faixa na altura da testa. Se o backhand de uma mão só e o perfil esguio do grego Stefanos Tsitsipas não forem suficientes para lembrar Gustavo Kuerten, o sorriso fácil e a simpatia com certeza vão tornar a comparação mais evidente. Nova sensação do circuito profissional, o tenista de apenas 20 anos já é considerado o "novo Guga".

Tsitsipas despontou no circuito nesta temporada, principalmente após eliminar quatro rivais do Top 10 do ranking num mesmo torneio, o Masters 1000 de Toronto, neste mês. Foi apenas a segunda vez que um tenista obteve este feito desde 1990. Pelo caminho ficaram o sérvio Novak Djokovic e o sul-africano Kevin Anderson, campeão e vice de Wimbledon, respectivamente. A série de vitórias fez o grego saltar para o 15º lugar do ranking - há um ano era o 168º.

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Ele não foi campeão do torneio canadense porque encontrou na final o experiente Rafael Nadal, atual número 1 do mundo. Mas foi o grande destaque da competição. E não apenas pelo estilo agressivo e preciso em quadra, de força no saque e agilidade no fundo de quadra. Ele conquistou o público também pela simpatia e simplicidade, nas entrevistas e brincadeiras com as arquibancadas. Longe da raquete, ele chama atenção como "youtuber", com divertidos vídeos de viagens a cada parada no circuito.

O seu tipo físico também o aproxima de Guga. Tsitsipas (lê-se Tsitsipás) tem 1,93m de altura e pesa 85kg. O ex-tenista catarinense tem 1,91m e pesava 83kg no circuito. "A comparação é bacana porque ele é um garoto que transmite muita simpatia, se diverte dentro de quadra, tem interação com o público. Além da similaridade dos golpes, na parte técnica, principalmente com a esquerda com uma mão que no circuito, o que é bastante raro", disse Guga ao Estado.

No circuito, o jovem grego vem conquistando também os colegas tenistas. "Ele é um menino super educado, bacana e bastante carismático", diz Bruno Soares. "Você junta o estilo, o cabelão, a faixinha na cabeça, a esquerda de uma mão e o carisma. Obviamente lembra o Guga", afirma o duplista, veterano do circuito.

Brasileiro e grego têm em comum também a origem em países com pouca tradição no tênis. Tsitsipas já se tornou o tenista da Grécia com o melhor ranking da história. Nascido em Atenas, ele começou a jogar aos três anos. No início, chegou a ficar dividido entre o tênis e o futebol. Mas a influência dos pais pesou.

Tsitsipas vem de uma família de atletas. Seu pai, Apostolos Tsitsipas, deixou de ser treinador de tênis num resort para estudar mais o esporte e se tornar técnico do filho. Sua mãe, Julia Apostoli-Salnikova liderou o ranking juvenil e era uma grande promessa do tênis da União Soviética. Além disso, o avô Sergei Salnikov foi campeão olímpico pela seleção de futebol do país nos Jogos Olímpicos de Melbourne-1956. Foi ainda jogador e técnico do Spartak Moscou.

O tenista é o mais velho de quatro filhos do casal, que costuma acompanhar de perto o atleta no circuito. Dentro de quadra, a influência do pai treinador é a maior, claro. Mas, nos bastidores, a mãe faz valer a disciplina que assimilou nos treinos da juventude nos tempos de União Soviética.

É à família que o jovem grego atribui seu tênis e sua postura dentro de quadra. "Sempre joguei com confiança. Acho que tudo se resume à confiança. E isso ajuda a explicar a pessoa que sou e o jeito como cresci", explica o tenista, que diz refletir em quadra um susto que levou na adolescência. Num dia de folga, nadando no mar, não percebeu uma mudança repentina nas condições da água e quase se afogou. "Foi a primeira vez na vida em que percebi que poderia morrer", lembra o atleta, salvo pelo pai no mar. "Depois disso, eu sinto 'zero' medo em quadra."

Com a postura destemida dentro de quadra e a disciplina fora dela, o tenista vem surpreendendo os rivais em busca do seu primeiro título de nível ATP - neste ano foi vice também em Barcelona, em outra derrota para Nadal. "As coisas nunca ficam mais fáceis. É você que se torna melhor", filosofa Tsitsipas, já alvo de elogios no circuito.

"Com essa idade, conseguir derrotar num torneio quatro Top 10 mostra que ele tem todas as condições de estar entre os melhores e se estabelecer por lá nos próximos anos", afirma Guga, sem evitar as comparações. "Só não pode depender muito do cabelo, né? Neste quesito, ele vai ter que treinar bastante, como eu", brinca o tricampeão de Roland Garros. "Tenho certeza de que ele tem potencial para chegar ao Top 10 do ranking e brigar por títulos importantes", atesta Bruno Soares.

Atual campeão de Wimbledon, o sérvio Novak Djokovic foi surpreendido nas oitavas de final do Masters 1000 de Toronto, nesta quinta-feira. Favorito, o ex-número 1 do mundo foi batido pelo grego Stefanos Tsitsipas, uma das sensações da temporada, pelo placar de 2 sets a 1, com parciais de 6/3, 6/7 (5/7) e 6/3, em 2h17min de confronto.

Para buscar uma das maiores vitórias de sua carreira, o atual 27º do mundo precisou mostrar precisão e persistência ao longo de todo o jogo. Melhor em quadra, ele poderia ter fechado a partida ainda no segundo set. Mas abusou dos erros no tie-break e viu Djokovic adiar sua derrota.

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Tsitsipas, que completará 20 anos na próxima semana, dominou a partida desde o começo. E sua superioridade podia ser constatada pelo bom rendimento no serviço. Ele venceu 84% dos pontos quando jogou com o primeiro serviço e salvou os dois únicos break points cedidos ao rival. No total, os dois tenistas terminaram com o mesmo número de aces: 11.

Longe de repetir as boas atuações que lhe renderam o troféu em Wimbledon, na grama, Djokovic esteve abaixo do rival nas três parciais. Ele teve o saque sob ameaça por dez vezes, mas acabou sofrendo duas quebras, o que encaminhou o triunfo do jovem grego.

Nas quartas de final, Tsitsipas vai enfrentar o vencedor do duelo entre o russo Daniil Medvedev, que veio do qualifying, e o alemão Alexander Zverev, segundo cabeça de chave da competição.

Mais cedo, o búlgaro Grigor Dimitrov se tornou o primeiro a garantir vaga nas quartas de final ao derrotar o norte-americano Frances Tiafoe pelo placar de 7/6 (7/1), 3/6 e 7/6 (7/4). Seu próximo adversário será o sul-africano Kevin Anderson. O vice-campeão de Wimbledon avançou nesta quinta ao superar o bielo-russo Ilya Ivashka por 7/5 e 6/3.

Rafael Nadal manteve a hegemonia sobre o saibro de Barcelona neste domingo. Sem dar qualquer chance ao jovem grego Stefano Tsitsipas, o tenista da casa venceu a final pelo placar de 2 sets a 0, com parciais de 6/2 e 6/1, em apenas 1h18min, e conquistou o troféu do torneio pela 11ª vez na carreira.

Com sua terceira conquista seguida na cidade catalã, Nadal chegou ao segundo título na temporada - faturou o Masters 1000 de Montecarlo na semana passada - e ao 77º da carreira. Assim, um dia depois de conquistar a 400ª vitória da carreira sobre o saibro, o espanhol voltou a fazer história, ao empatar com o norte-americano John McEnroe na quarta posição na lista dos donos de mais troféus no circuito - ambos só estão atrás de Jimmy Connors, Roger Federer e Ivan Lendl.

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De quebra, ele garantiu a permanência na liderança do ranking. Um tropeço na decisão levaria Federer de volta ao topo. Com esta preocupação, o espanhol ainda terá que defender os pontos dos títulos do Masters de Madri e de Roland Garros e também das quartas de final do Masters de Roma. Se não o fizer, deixará a ponta do ranking.

Já Tsitsipas, apesar do vice-campeonato em Barcelona, tem a comemorar a subida no ranking. Grande surpresa desta semana, o grego de apenas 19 anos vai deixar o 63º posto e entrar no Top 50 pela primeira vez na carreira, atingindo o 44º lugar.

A final deste domingo começou com chuva, o que adiou o início da partida em cerca de 15 minutos. Com o jogo em andamento, Nadal faturou a primeira quebra do jogo no terceiro game e fez 2/1. Na sequência, obteve nova quebra antes de fechar o set em 6/1.

Na segunda parcial, Tsitsipas chegou a ter três break points, não aproveitados. Oscilando pouco, Nadal não teve problema para abrir rapidamente vantagem e encaminhar a vitória e o título com mais três quebras de saque na parcial.

Ao vencer novamente sem perder sets, o campeão de Barcelona ampliou o recorde de sets vencidos de forma consecutiva sobre a terra batida. Agora são 46 parciais de invencibilidade na superfície.

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