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Com alívio e tranquilidade, os tenistas brasileiros Daniel Rodrigues, Leandro Pena e Ymanitu Silva chegaram ao Brasil, na manhã desta terça-feira, após horas de sustos e medo em Israel. Os atletas de tênis em cadeira de rodas passaram mais de 30 horas no aeroporto de Tel-Aviv antes de conseguirem um voo para deixar o país, que está em guerra contra terroristas desde sábado.

O trio desembarcou no aeroporto de Guarulhos após uma "maratona" de voos nos últimos dias, desde sua ida para Israel, no próprio sábado. Eles viajaram para disputar o torneio Israel Open, mas precisaram deixar o país às pressas após os ataques terroristas do grupo Hamas que deixaram centenas de mortos no sul de Israel.

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Leandro, Daniel e Ymanitu, trio acostumado a disputar os grandes torneios de tênis do circuito, precisaram passar 33 horas no aeroporto de Tel-Aviv à espera de um voo para deixar Israel. Eles contaram com o apoio da Confederação Brasileira de Tênis (CBT), do Comitê Paralímpico do Brasil e do governo federal para pegar um avião rumo a Bangcoc, na Tailândia. De lá, embarcaram em outro voo, rumo a Doha, no Catar. E, do país do Oriente Médio, entraram em outra aeronave em direção ao Brasil.

"Depois de 33 horas esperando aqui no aeroporto, estamos dentro do avião para embarcar para Bangcoc, na Tailândia. Vamos para casa, chega", disse Daniel Rodrigues, ao lado de Ymanitu e Leandro.

Neste intervalo, levaram sustos e quase não dormiram. O primeiro aconteceu quando chegaram ao hotel onde ficariam hospedados, poucas horas antes do início dos ataques. "Caiu uma bomba aqui próximo do hotel. Só que a gente não se ligou. Não fazíamos ideia do que era, do que estava acontecendo. Nem a sirene, nem o estrondo. A gente não ligou o estrondo à bomba", contou Pena em contato com o Estadão.

"Eu acredito que a bomba caiu em Tel-Aviv, porque a gente estava num hotel bem ali no centro quando a gente ouviu o estrondo da bomba, muito alto. Mesmo com as janelas fechadas e à prova de som, chegaram a tremer. Eu estava só no quarto na hora", lembrou o tenista. O torneio acabou sendo cancelado.

Com o susto, entraram em contato com a CBT para pedir ajuda para o retorno. E aí veio nova frustração. Eles compraram passagem para a Turquia, mas o voo foi cancelado em meio à lotação do aeroporto, que começou a aglutinar centenas de pessoas que buscaram deixar Israel às pressas.

O trio, então, passou horas para buscar orientação e informações para encontrar novo voo. Acabaram passando a noite de sábado para domingo em claro, sem dormir e sem um local adequado para descansar. Por cerca de 15 minutos, chegaram a ser levados para um bunker dentro do próprio aeroporto, por medida de segurança. No domingo à noite, pelo horário local, embarcaram para a Tailândia.

A "maratona" de voos acabou na manhã desta terça, após um périplo que começou na quinta-feira à noite, pelo horário de Brasília. Foi quando o trio embarcou rumo a Israel. Foram 35 horas de viagem entre Brasil e Tel-Aviv.

QUEM SÃO OS TENISTAS

Ymanitu tem 40 anos e ficou tetraplégico depois de sofrer um acidente de carro em 2007, mas recuperou o movimento das mãos. Durante a reabilitação, conheceu o tênis em cadeira de rodas, se profissionalizou e agora acumula uma extensa lista de conquistas. Atual 10º colocado do ranking da Federação Internacional de Tênis (ITF, na sigla em inglês), tem 56 títulos e é o único brasileiro a disputar todos os Grand Slams no tênis em cadeiras de roda. Soma dois vice-campeonatos de duplas em Roland Garros (2019) e no Aberto da Austrália (2023).

Leandro Pena, que nasceu sem as duas pernas, é o 18º colocado do ranking da ITF e tem 20 títulos no currículo. Tanto ele quanto Ymanitu disputam a categoria quad, para tenistas com restrições em três ou mais extremidades do corpo. Já Daniel Rodrigues compete na categoria open, para atletas diagnosticados obrigatoriamente com alguma deficiência nos membros inferiores. Ele nasceu com má-formação na perna direita, 20 centímetros menor do que a esquerda), e decidiu amputar a perna e usar prótese. É o número 20 do ranking e tem 74 títulos.

O conflito armado entre o governo de Israel e o Hamas, que se intensificou neste sábado (7), começa a mostrar seus primeiros reflexos também no mundo do esporte. Leandro Pena, tenista de cadeira de rodas, teve sua volta ao Brasil confirmada às pressas por causa das consequências da guerra declarada na região. Ele desembarcou no país para participar do Israel Open.

Em contato com a reportagem do Estadão, o atleta contou que saiu do Brasil na quinta-feira à noite e chegou ao Oriente Médio por volta das 6 horas deste sábado, de acordo com o fuso horário local, que são seis horas a mais que o horário de Brasília. Quando subiu para o quarto do seu hotel, em Ramat Hasaron, cidade vizinha a Tel Aviv, em cerca de 40 minutos depois, soou a sirene que alertou a chegada de um míssil.

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"Caiu uma bomba aqui próximo do hotel", contou Pena. "Só que a gente não se ligou. A gente não fazia ideia do que era, do que estava acontecendo. Nem a sirene, nem o estrondo. A gente não ligou o estrondo à bomba."

O tenista conta que, depois disso, optou por dormir um pouco. Mas, logo um diretor do torneio de tênis ligou em caráter de urgência dizendo que o brasileiro e todos os outros tenistas teriam de sair imediatamente do hotel, pois Israel tinha sido bombardeado pelo Hamas. Eram os primeiros sinais do conflito.

"O lugar mais seguro era o aeroporto. Ele mandou a gente embora, de volta para casa. Estamos no aeroporto desde às 13 horas (horário de Israel). Agora já são 18 horas. Vamos embarcar num voo para o Brasil com urgência às 22 horas. Veio eu e mais dois colegas participar de um torneio muito importante e acontece isso aí."

Enquanto espera para retornar ao Brasil, Leandro Pena revela que teve apoio da Confederação Brasileira de Tênis. O final do torneio estava previsto para o dia 14, mas toda a programação teve de ser revista por causa do conflito armado. Não haverá disputa.

"A gente está em Tel Aviv", explicou Pena. "Eu acredito que a bomba caiu em Tel Aviv, porque a gente estava num hotel bem ali no centro quando a gente ouviu o estrondo da bomba, muito alto. Mesmo com as janelas fechadas e à prova de som, chegaram a tremer. Eu estava só no quarto, no caso". Apesar disso, o tenista estava acompanhado de outros dois colegas que também iriam participar da competição. Ambos estavam num andar acima de Pena no momento do susto. Segundo o tenista, todos ouviram o barulho da mesma forma, mas que também não fizeram relação com a guerra.

Leandro Pena deverá chegar ao Brasil neste domingo.

O esporte usa lugares inusitados para disputas de partidas em alguns momentos da história. Nesta sexta-feira, a equipe de tênis da Grécia começa a disputar uma vaga no qualificatório da Copa Davis contra a Eslováquia e optou por mandar seus jogos no emblemático Estádio Panatenaico, um dos lugares mais marcantes do país.

Localizado em Atenas, a leste dos Jardins Nacionais e da Mansão Zappeion, o Estádio Panatenaico foi aberto ao público pela primeira vez no ano de 140, com capacidade para 50 mil pessoas. Depois, o local foi reformado para a primeira edição da era moderna dos Jogos Olímpicos, em 1896, e passou a contar com 80 mil lugares.

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Atualmente, o Estádio Panatenaico conta com uma capacidade para receber 45 mil torcedores. Entre esta sexta-feira e o domingo, tenistas e gregos e eslovacos se enfrentam em uma série de até cinco partidas para conseguir uma das vagas no qualificatório da Davis, que dá acesso à elite da competição, em 2024.

Com base no que foi feito na Grécia para a disputa da Davis, o Estadão elencou outros momentos em que partidas e disputas esportivas usaram lugares inusitados e impactaram pela festa e presença de público:

PARTIZAN LOTA ESTÁDIO PARA AMISTOSO DE BASQUETE

Contando com a presença de mais de 7.500 torcedores, o Partizan, da Sérvia, abriu sua temporada voltando a jogar uma partida de basquete no local onde a equipe jogava durante os anos de 1920. Contando com uma grande festa de seus torcedores, a equipe sérvia venceu o Fuenlabrada, da Espanha, por 93 a 63.

PARTIDA UNIVERSITÁRIA QUEBRA RECORDE DE PÚBLICO NA HISTÓRIA DO VÔLEI

A partida universitária de vôlei entre Nebraska Cornhuskers e Omaha Mavericks, realizada no fim do mês passado, nos Estados Unidos, entrou para a história como o evento esportivo feminino de maior público na história. O duelo, vencido por 3 a 0 pelo time da casa, contou com a presença de 92.003 espectadores no Memorial Stadium, localizado na cidade de Lincoln, em Nebraska.

O recorde anterior de público em eventos femininos era de 91.648 pessoas, na partida entre Barcelona e Wolfsburg, pela Liga dos Campeões da Uefa, estabelecido em 2022, no Camp Nou, em Barcelona.

BRASIL MARCA A HISTÓRIA DO VÔLEI COM PARTIDA NO MARACANÃ

Em 26 de julho de 1983 o que era considerado impossível aconteceu. Com a seleção brasileira enfrentando a URSS, campeã olímpica da época, a partida marcou o vôlei e o esporte mundial ao contar com mais de 95 mil torcedores acompanhando a partida das arquibancadas.

Beatriz Haddad Maia precisou superar mais uma maratona para vencer uma partida nesta temporada. A tenista número 1 do Brasil desperdiçou oportunidades no segundo set e permaneceu em quadra por 3h05min para superar a ucraniana Marta Kostyuk por 2 sets a 1, com parciais de 7/5, 6/7 (3/7) e 6/2, pelas oitavas de final do Torneio de San Diego, nos Estados Unidos.

Como aconteceu na sua partida de estreia, Bia teve chances para sacramentar o jogo ainda na segunda parcial, na madrugada desta quinta-feira, após buscar forte reação no primeiro set. Ela chegou a sacar duas vezes para fechar o jogo, porém cometeu erros e cedeu à pressão da rival, atual 45ª do ranking.

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Bia mostrou seu melhor tênis no primeiro e no terceiro sets. Na primeira parcial da partida, ela saiu atrás no placar e precisou buscar a virada quando perdia por 5/3. A adversária da Ucrânia obteve três set points, mas Bia salvou os três. No terceiro set, a brasileira atropelou a rival e confirmou a vitória sem sustos.

Ao fim da partida, a tenista reconheceu a oscilação mental ao longo da dura partida. "Fiz um jogo emocional e sei que, para conquistar coisas maiores, preciso melhorar minha mentalidade. Estou feliz com minha luta e por me dar mais uma chance de trabalhar melhor amanhã", comentou a brasileira.

Nas quartas de final, Bia terá um desafio mais complicado pela frente. Ela vai encarar a checa Barbora Krejcikova, ex-número dois do mundo e campeão de Roland Garros em 2021 - tem outros sete títulos de Grand Slam nas duplas. Avançou ao superar a ucraniana Anhelina Kalinina por 6/3 e 6/2, na noite de quarta-feira.

No retrospecto direto, Bia e Krejcikova já se enfrentaram duas vezes. Em ambas, a checa levou a melhor, em 2016 e no ano passado. A partida está marcada para ser disputada às 21h30 (horário de Brasília), desta quinta-feira.

Os dois triunfos já conquistados na quadra dura de San Diego já garantem a Bia uma pequena recuperação no ranking. Atual 20ª colocada da lista da WTA, ela deve aparecer na 18ª posição na próxima atualização.

Onde assistir: Star+

Não será desta vez que uma semifinal de Grand Slam terá um duelo brasileiro. Nesta quarta-feira, Beatriz Haddad Maia e a experiente belarussa Victoria Azarenka levaram uma dura virada da alemã Laura Siegemund e da russa Vera Zvonareva, pelas quartas de final da chave de duplas feminina. Siegemund e Zvonareva venceram por 2 sets a 1, com parciais de 5/7, 7/5 e 6/4, em 3h12min.

Se tivesse vencido, Bia faria um duelo brasileiro com Luisa Stefani na semifinal. Luisa forma parceria com a americana Jennifer Brady neste US Open. E buscou sua vaga na semifinal, na terça-feira, repetindo a campanha de 2021, quando sofreu grave lesão no joelho direito e precisou deixar a partida da semifinal numa cadeira de rodas.

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Nesta quarta, o primeiro set entre Bia/Azarenka e Siegemund/Zvonareva foi marcado pela irregularidade das duplas em seus games de serviço. Foram cinco quebras no total, três delas para a dupla de Bia. As dificuldades no saque ficaram evidentes no 12º game, quando a parceria rival oscilou demais e entregou o set com uma dupla falta.

Depois de sair na frente, Bia e Azarenka tiveram dificuldades para conter a reação das adversárias. A alemã e a russa faturaram uma quebra precoce e abriram 3/1. A brasileira e a belarussa reagiram, venceram três games em sequência e viraram para 4/3. No entanto, as rivais não desanimaram e voltaram a buscar uma quebra no 11º game, encaminhando o segundo set.

O terceiro set contou com roteiro semelhante ao segundo, ao menos nos primeiros games. Siegemund e Zvonareva abriram 3/1, se defenderam bem nos games seguintes e, apesar das boas chances de Bia e Azarenka, sustentaram a vantagem no placar até fecharem o set e o jogo.

Apesar da derrota, Bia registrou sua melhor campanha no US Open. E sua segunda melhor trajetória num Grand Slam na chave de duplas. Atrás apenas do vice-campeonato do Aberto da Austrália do ano passado.

NÚMERO 1 DO MUNDO AVANÇA

Garantida como a nova número 1 do mundo, a belarussa Aryna Sabalenka avançou à semifinal da chave de simples, nesta quarta-feira. Ela superou com facilidade a chinesa Zheng Qinwen (23ª cabeça de chave) por 6/1 e 6/4, em 1h13min.

Com o resultado, Sabalenka confirma presença e sua quinta semifinal consecutiva de Grand Slam. Nesta temporada, ela foi a campeã do Aberto da Austrália e alcançou as semifinais tanto em Roland Garros quanto em Wimbledon. Sua próxima adversária vai sair do duelo entre a checa Marketa Vondrousova e a americana Madison Keys.

A outra semifinal será disputada entre a americana Coco Gauff e a checa Karolina Muchova.

Hoje (23) o ex-jogador profissional de basquete estadunidense do time Los Angeles Lakers, Kobe Bryant, (1978-2020) completaria 45 anos de idade. E para homenagear o astro e o técnico da Universidade de Kentucky, essa instituição foi escolhida devido a ligação da entidade com Bryant para estampar a marca de Kobe no uniforme e também, a esposa do jogador escolheu a data para lançar o Programa Mamba em parceria com a Nike.

O modelo Kobe 8 “Halo” será o primeiro das edições inéditas a chegar nas lojas e este será o primeiro lançamento sob o nome de Kobe. Entre os tênis mais populares da liga nos últimos anos, a empresa produzirá novos modelos do astro após o contrato com o atleta expirar em 2021. A Nike e os representantes de Bryant chegaram a um novo acordo de licenciamento em março de 2022, que permite à companhia relançar oito modelos que fizeram durante a carreira do jogador, além dos seis após sua aposentadoria. Além dos novos modelos, a Nike também concordou em lançar materiais em homenagem à filha do jogador que morreu com ele em um acidente de helicóptero, Gigi Bryant (2006-2020). 

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Em prol do resultado dessa parceria e do programa, os jogadores da Universidade usarão roupas e tênis da marca Mamba, incluindo um Kobe 11 recentemente divulgado com a marca do Reino Unido na palmilha e o logotipo Mamba na língua. O equipamento será utilizado durante a temporada de basquete de 2023/2024. Embora os detalhes não tenham sido anunciados há algum tempo, a parceria que já dura mais de um ano pode trazer camisas da marca Mamba, além dos tênis.  

Os tênis assinados por Bryant têm sido creditados em popularizar o cano baixo dentro das quadras. De acordo com o levantamento do Globo feito no ano passado, o tênis Kobe lidera entre os mais usados na liga por quatro anos seguidos. A conexão de Kentucky com o legado de Bryant exemplifica quando o estado sediou a Mamba Skills Academy no ano passado – uma iniciativa que oferece treinamento gratuito de basquete para crianças carentes. Atualmente, a filha mais velha de Kobe, Natalia Bryant, faz parte do programa junto com a fundação.

Com mais benefícios aos tenistas, a direção do US Open anunciou nesta terça-feira premiação recorde entre os quatro torneios de Grand Slam. A competição americana vai desembolsar US$ 65 milhões (cerca de R$ 317,4 milhões) entre premiações e subsídios aos atletas. O torneio começa no dia 28 deste mês, em Nova York.

Somente como pagamento aos tenistas pelos resultados em quadra, o US Open vai pagar US$ 60 milhões (R$ 293 milhões). O valor é maior do que o que pagou Wimbledon (US$ 57,5 milhões/R$ 280,7 milhões), Roland Garros (US$ 54 milhões/R$ 263 milhões) e Aberto da Austrália (US$ 53 milhões/R$ 258 milhões), com base no câmbio da época.

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A grande novidade para os tenistas no US Open deste ano é a elevação dos gastos do torneio com apoio direto aos atletas, tanto na alimentação quanto na hospedagem. Serão beneficiados tenistas das chaves principais de simples, qualifying, duplas, duplas mistas e em cadeira de rodas.

Pela primeira vez, a competição vai distribuir vouchers no valor de US$ 1 mil (R$ 4,8 mil) para a viagem até Nova York. Também pagará um segundo quarto aos tenistas, para acomodar membros de suas equipes nos hotéis oficiais do torneio - os atletas já tinham acomodação garantida antes. O esportista poderá optar por um valor de US$ 600 por dia para hospedar integrantes dos seus times em outros hotéis.

A direção do US Open ainda ampliou os valores a serem gastos com a alimentação dos atletas e com o encordoamento das raquetes.

Quanto à premiação individual, os futuros campeões das chaves de simples masculina e feminina vão receber US$ 3 milhões (RS 14,6 milhões) neste ano, um aumento de 15% sobre o pagamento do ano passado (US$ 2,6 milhões/R$ 12,7 milhões). No entanto, o valor segue abaixo da premiação de 2019, no período pré-pandemia, que era de US$ 3,9 milhões (R$ 19 milhões).

Os tenistas eliminados na primeira rodada da chave principal de simples vão levar um valor maior também, em comparação a 2022: US$ 81,5 mil, cerca de R$ 398 mil. No ano passado, a cifra era de US$ 80 mil - em 2019, foi de US$ 58 mil.

Nas duplas, os campeões embolsarão US$ 700 mil (R$ 3,4 milhões) por parceria, um aumento em relação aos US$ 688 mil (R$ 3,3 milhões), de 2022.

O tenista brasileiro Marcelo Melo se despediu da chave de duplas do Torneio de Atlanta, nos Estados Unidos, neste sábado. Ele e o australiano John Peers, que formavam a parceria cabeça de chave número três, foram derrotados pelos australianos Max Purcell e Jordan Thompson na semifinal.

Os rivais venceram pelo placar de 2 sets a 0, com parciais de 7/6 (7/4) e 6/3, em 1h22min. A competição americana, de nível ATP 250, marcou a partida de número 1.000 do brasileiro no circuito profissional. Agora o brasileiro e o australiano se preparam para o Torneio de Los Cabos, no México, também um ATP 250, a partir de segunda-feira.

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"Hoje não deu para nós. Acho que eles jogaram muito bem, uma dupla muito dura. Eles decidiram o primeiro set praticamente em um ponto, no 4 a 4 do tie-break e, depois, no segundo set. Então, foi realmente uma partida muito difícil. Jogamos bem aqui em Atlanta e, agora, é ir com tudo amanhã (domingo) para Los Cabos", comentou Melo.

MONTEIRO VENCE

Thiago Monteiro estreou com vitória no qualifying do Torneio de Kitzbühel, na Áustria. Neste sábado, ele superou o checo Lukas Rosol, ex-Top 30 e atual 354º do ranking, por 2 a 0, com parciais de 7/5 e 6/0, em apenas 62 minutos.

Na segunda rodada, o atual número 1 do Brasil e 121º do mundo vai enfrentar o austríaco Dennis Novak, atual 157º do mundo. Será o primeiro confronto entre os dois tenistas no circuito.

Após quase cinco anos de intenso sucesso e crescimento contínuo na cidade de São Paulo, onde já levou o tênis a mais de 800 crianças de 6 a 18 anos, o Instituto Próxima Geração abrirá a unidade de Recife no dia 1º de agosto. Logo de início, 75 crianças em atividade escolar serão atendidas pelo programa Próximos Campeões, que utiliza o tênis e a educação esportiva como processo de integração social.

O projeto tem patrocínio do grupo GPS, com apoio do banco BV e da Wilson. As aulas serão ministradas duas vezes por semana nas quadras do tradicional Recife Tênis Clube e serão dedicadas à região de Imbiribeira. Todos os alunos recebem uniforme e terão à disposição gratuitamente todo o material necessário para jogar tênis e, durante a permanência no IPG, recebem lanche.

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"Este é o primeiro passo do plano de expansão do Instituto", afirma Mauro Menezes, um dos melhores tenistas profissionais do Brasil, que disputou também a Copa Davis e foi treinador de Fernando Meligeni na campanha da medalha de ouro nos Jogos Pan-americanos. "Deveremos abrir mais duas unidades até o final deste ano, possivelmente em Salvador e na cidade paulista de Monte Mor".

O IPG é a realização de um antigo sonho de Menezes, que sempre considerou papel importante utilizar o esporte como forma de desenvolvimento humano e social. "O tênis ensina coisas incríveis, como a disciplina, a dedicação, o companheirismo, o respeito às regras, o convívio com vitórias e derrotas. Além disso, nossa experiência em São Paulo mostra o quanto o trabalho impacta diretamente na melhoria do aproveitamento escolar, na relação familiar e na ampliação de horizontes", explica Menezes.

"É um orgulho para nós atingir esta nova etapa e levar o tênis a mais e mais crianças", destaca Douglas Santana, coordenador geral do IPG. "A filosofia do Instituto e do programa Próximos Campeões não é formar jogadores profissionais, mas abrir caminhos e mostrar alternativas. O próprio tênis tem muitas portas abertas para diversas profissões e são todas essas facetas que trabalhamos no nosso dia a dia".

O Instituto Próxima Geração foi criado em outubro de 2018, tem sede na cidade de São Paulo e trabalha com parceria da Lei de Incentivo ao Esporte do Ministério do Esporte. O site oficial.

Da assessoria

O sérvio Novak Djokovic confirmou o favoritismo, sem maiores sustos, e garantiu seu lugar em mais uma final de Wimbledon, nesta sexta-feira. Em sua semifinal, ele superou o italiano Jannik Sinner por 3 sets a 0, com parciais de 6/4, 6/3 e 7/6 (7/4), em 2h46min de confronto. Agora tentará buscar seu oitavo título na grama de Londres para empatar com o recorde de Roger Federer no masculino.

O futuro adversário de Djokovic na final sairá do confronto entre o espanhol Carlos Alcaraz e o russo Daniil Medvedev, que se enfrentam na sequência, ainda nesta sexta-feira. A grande decisão do masculino está marcada para domingo, às 10 horas, pelo horário de Brasília.

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Djokovic vai disputar sua 35ª final de Grand Slam na carreira, se isolando como recordista nesta estatística. Deixou para trás a americana Chris Evert, com 34. Será sua nona decisão em Londres, ficando ainda atrás das 12 de Federer. E busca o 24º título de Major para empatar com a australiana Margaret Court.

No masculino, ele já é o recordista neste quesito, com 23. O espanhol Rafael Nadal vem logo atrás nesta briga, com 22 troféus de Major. Federer tem 20, mas já está aposentado.

Franco favorito, Djokovic dominou os dois primeiros sets com tranquilidade diante de Sinner, tirando vantagem da maior velocidade da bola, causada pelo teto fechado na quadra central. Ele obteve uma quebra de saque em cada parcial e não perdeu o serviço em nenhum momento dos dois sets.

Nestas parciais, o sérvio só enfrentou dificuldade na segunda, durante o quarto game, quando o árbitro de cadeira anotou uma incomum marcação de "hindrance" (obstáculo, em tradução livre). Djokovic perdeu o ponto por ter gritado durante o ponto. Na prática, ele alongou um grito após uma rebatida no fundo de quadra.

Mas o momento raro no tênis não abalou a confiança e a concentração do número dois do mundo. Ele seguiu melhor no terceiro set, até o 10º game, quando Sinner conseguiu mostrar maior consistência. O italiano teve dois sets points no saque do adversário, mas desperdiçou as chances mandando a bola para fora.

A parcial acabou sendo decidida no tie-break. O italiano saiu na frente, abriu 3/0, porém permitiu a reação do sérvio e acabou sucumbindo diante da superioridade do adversário.

Djokovic finalizou a partida com apenas duas quebras de saque, em nove oportunidades. Sinner não conseguiu se impor no serviço do rival, em seis chances. No entanto, se destacou nas bolas vencedoras, com 44 a 33. Mas abusou dos erros não forçados: 34 a 21.

Beatriz Haddad Maia sentiu dores nas costas e teve de abandonar as oitavas de final de Wimbledon, contra a atual campeã Elena Rybakina, nesta segunda-feira. O problema foi sentido ainda no primeiro set, no momento em que a brasileira perdia por 3 games a 1, e trouxe à tona um medo que já pairava sobre a tenista, em razão de seu histórico de lesões e do desgaste físico que vinha sendo acumulado ao longo do Grand Slam britânico.

Bia chegou a voltar para a quadra. Mostrou o espírito de perseverança que a levou a fazer história em Roland Garros, assim como vinha fazendo em Londres, e se esforçou para continuar, mas as dores venceram. Após as primeiras trocas, levou as mãos ao rosto para conter as lágrimas. Então, avisou que não tinha mais como continuar e recebeu um abraço de Rybakina, antes de deixar a quadra central aplaudida pela torcida.

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Pisar na grama de Wimbledon nesta segunda, contudo, já foi um feito histórico, uma vez que o Brasil não tinha uma representante nas oitavas do Major londrino desde 1968, ano em que a lenda Maria Esther Bueno foi eliminada nesta fase. Bia buscava quebrar outro tabu e se tornar a primeira a chegar às quartas desde Bueno, que foi vice-campeã em 1967. Se tivesse se classificado, a paulistana conseguiria um feito inédita para o tênis brasileiro na Era Aberta, iniciada em 1968.

Primeira brasileira a jogar na quadra central de Wimbledon desde a derrota de Teliana Pereira para Simona Halep, na primeira fase da edição de 2014, Bia viu Rybakina exibir a frieza pela qual é conhecida ainda nos primeiros instantes da partida. A casaque, chamada de Rainha de Gelo pelos fãs de tênis, abriu o primeiro set com um ace e fechou o game inicial com velocidade para sair na frente.

A brasileira, que venceu Rybakina nos outros dois duelos que tiveram este ano, igualou a partida no game seguinte e empatou o set. Depois disso, contudo, apresentou dificuldades para encaixar seu jogo. Quando sofreu o ponto que terminou determinou a vitória da casaque no terceiro game e colocou 3 a 1 na parcial, Bia levou as mãos à região lombar, com dores, e iniciou o grande drama que a levou a decisão de abandonar a partida.

Diferentemente do que fez no jogo da terceira rodada de Wimbledon, fase em que bateu a romena Sorana Cirstea por 2 sets a 0, Beatriz Haddad Maia vinha fazendo jogos longos, de reação e três sets. Foram dez viradas neste ano. Em Roland Garros, por exemplo, foram três. Embora tenha destacado sua capacidade de reação, o cenário também gerou preocupação em relação a condição física da tenista, dona de um extenso histórico de lesões e cirurgias.

A brasileira chegou até a ser dúvida para Wimbledon, pois sentiu dores musculares na parte de trás do joelho direito em sua primeira partida na grama, no mês passado. Com isso, teve de desistir do Torneio de Birmingham e abandonou sua segunda partida em Eastbourne, também em lágrimas, a cinco dias do início do Grand Slam britânico. O novo problema deve tirar Bia também da disputa de duplas de Wimbledon. Ela disputaria a segunda rodada também nesta segunda-feira, ao lado da parceira belarussa Victoria Azarenka.

A brasileira Luisa Stefani avançou às oitavas de final das duplas em Wimbledon nesta segunda-feira, ao lado da parceira francesa Caroline Garcia. As duas tiveram um embate com a húngara Timea Babos e a belga Kristen Flipkens e saíram de quadra com uma vitória em sets diretos, com parciais de 7/6 (10/8) e 6/3. As próximas adversárias serão a taiwanesa Hsieh Su-wei e a checa Barbora Strycova.

Atual número 14 do ranking de duplistas da WTA, a paulistana de 25 anos firmou uma parceria eficiente com Garcia, quinta do ranking individual e 88ª em duplas. As duas começaram a jogar juntas no mês passado e foram campeãs do WTA 500 de Berlim. Antes de Wimbledon, Stefani jogou o Torneio de Eastburne com a chinesa Yang Zhaoxuan e caiu na segunda rodada.

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No duelo desta segunda, Stefani e Garcia fizeram penaram para fechar o primeiro set diante das duras adversária. Elas não ficaram em desvantagem em nenhum momento da parcial, mas não conseguiram evitar o tiebreak, que também foi muito equilibrado, até ser vencido por 10 a 8. O segundo também foi parelho, mas, a partir da primeira quebra de serviço, alcançada no sétimo game, não houve dificuldades para fechar em 6/3

Ingrid Martins também representou o Brasil nas oitavas das duplas femininas de Wimbledon, ao lado da belarussa Lidziya Marozava, e acabou eliminada, mas celebrou sua melhor campanha em um Major. A eliminação veio após derrota por 2 sets a 0, com parciais de 6/4 e 7/6 (8) para a dupla formada pela belarussa Iryna Shymanovich e pela georgiana Oskana Kalashnikova.

A brasileira Beatriz Haddad Maia estreará na quadra central de Wimbledon, a 'Catedral do Tênis', nesta segunda-feira. A programação foi confirmada neste domingo e a previsão é que o confronto entre a paulistana e a atual campeã, a casaque Elena Rybakina, pelas oitavas de final, abra a segunda semana do torneio na grama. O início do confronto está marcado para às 9h30 (horário de Brasília).

Esta será a primeira partida de uma brasileira no palco mais importante do tênis desde Teliana Pereira, que enfrentou Simona Halep em 2014 (vitória da romena por 2 sets a 0 - duplo 6/2).

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A ida às oitavas de final já é marcante para Bia Haddad, primeira brasileira a alcançar esta etapa do torneio desde Maria Esther Bueno (única até então), em 1976. Maria Esther foi campeã na grama de Wimbledon em 1959, 1960 e 1964. Beatriz também é a primeira brasileira a chegar a duas oitavas de final de dois Grand Slams no mesmo ano desde 1968, quando Maria Esther foi às quartas em Roland Garros e Wimbledon e também alcançou a semifinal do Aberto dos Estados Unidos. No começo de junho, Bia foi semifinalista de Roland Garros.

A vitória de Bia Haddad na terceira rodada de Wimbledon foi contra a romena Sorana Cirstea no sábado (8), por 2 sets a 1 (parciais de duplo 6/2). Esta foi a primeira vez no torneio em que Bia venceu o primeiro set e não precisou buscar a virada. Com isso, a brasileira de 27 anos chega mais descansada após 1h30 de partida, principalmente após seu recente histórico de lesões. Pouco mais tarde no sábado, Bia também se classificou nas duplas jogando ao lado da belarrusa Victoria Azarenka, em 1h24 de partida diante da espanhola Cristina Bucsa e da japonesa Makoto Ninomiya. A paulista não jogou neste domingo.

Com o triunfo em simples por 2 sets a 0, Bia voltou a vencer um jogo que não seja de virada após seis partidas (ela também voltou a vencer um primeiro set após nove jogos). Nas duas rodadas iniciais no torneio da grama, a brasileira havia eliminado a casaque Yulia Putintseva e contra a também romena Jaqueline Cristian.

Atual campeã do torneio e especialista na grama, Rybakina, número 3 do ranking da WTA, garantiu vaga nas oitavas após uma classificação impecável diante da britânica Katie Boulter por 2 sets a 0, com duplo 6/1.

A partida entre Bia Haddad e Rybakina terá transmissão do SporTV 3 e do Star+. Além de Beatriz Haddad Maia, o Brasil ainda tem outras duas tenistas nas duplas femininas de Wimbledon. A paulista Luisa Stefani e a carioca Ingrid Martins seguem vivas nas oitavas de final do torneio com suas respectivas duplas, Caroline Garcia e Lidziya Marozava.

O sábado em Londres foi perfeito para Beatriz Haddad Maia. Poucas horas depois de se garantir nas oitavas de final da chave de simples em Wimbledon, ela voltou à quadra para estrear nas duplas. E novamente com grande resultado ao lado da belarussa Victoria Azarenka. A parceria até teve trabalho no segundo set, mas largou com triunfo por 6/4 e 7/5 diante da espanhola Cristina Bucsa e a japonesa Makoto Ninomiya.

Bia Haddad fechou o seu dia perfeito e também das brasileiras em Wimbledon. Além dela, Luísa Stefani também largou com triunfo, ao lado da francesa Caroline Garcia. Ingrid Martins já havia se garantido na segunda fase na sexta-feira.

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A dupla da brasileira começou bem a partida e foi logo quebrando na terceira parcial. Mas as rivais reagiram e devolveram o break point. Na sétima parcial, mais um serviço quebrado e desta vez para Bia e Azarenka arrancarem para o 6 a 4.

O segundo set foi mais complicado e começou logo com 2 a 0 para as oponentes. Servindo bem e com paciência nas trocas de bolas, Bia e a belarussa buscaram a igualdade com 3 a 3.

A partida continuou igual até 5 a 5. Com boas devoluções, a dupla da brasileira teve três break points com 0 a 40 na parcial 11. Desperdiçaram dois, mas no terceiro quebraram para ir ao saque pelo jogo. No primeiro match point, festa de Bia Haddad com direito a sorriso largo e punho cerrado para vibrar o segundo triunfo do dia.

Também em sets diretos, Luisa Stefani e Caroline Garcia se garantiram na segunda fase. Elas superaram as americanas Ashlyn Krueger e Caty McNally por 6/3 e 7/6 (7/3). Na segunda rodada, já neste domingo, elas terão uma pedreira pela frente. As cabeças de chave 6, a canadense Leylah Fernández e a americana Taylor Towsend. Já Bia Haddad e Azarenka vão encarar as alemãs Vera Zvonareva e Laura Siegemund.

Bia Haddad Maia está nas oitavas de final de Wimbledon. Jogando contra a romena Sorana Cirstea neste sábado, a brasileira número 13 do ranking voltou a vencer um primeiro set depois de nove jogos, o primeiro em Wimbledon, para garantir classificação na terceira rodada. Com uma grande atuação, Bia Haddad venceu Cirstea por 2 sets a 0, com parciais de duplo 6/2.

Bia Haddad Maia é a primeira brasileira desde Maria Esther Bueno, em 1976, a chegar nas oitavas de final em Wimbledon. Ela também iguala o feito de Maria Esther ao alcançar as oitavas de dois Grand Slams no mesmo ano. Após 21 anos, esta também é a primeira vez que um brasileiro alcança a fase oitavas de final de Wimbledon em simples no masculino ou feminino, o que havia acontecido pela última vez com André Sá, em 2002.

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Com o resultado tranquilo diante da romena número 37 do ranking da WTA, Bia volta a vencer um jogo que não seja de virada após seis partidas. O resultado positivo veio após apenas 1h30 em quadra, o que é importante para a brasileira evitar desgaste na sequência da competição, principalmente com seu histórico recente de lesões.

Após vitórias difíceis de virada contra a casaque Yulia Putintseva e contra a também romena Jaqueline Cristian, Bia Haddad mostrou mais frieza e controle do jogo nesta terceira rodada. A adversária de Bia nas oitavas de final virá do confronto entre a britânica Katie Boulter e a casaque Elena Rybakina. Com céu nublado em Londres na manhã deste sábado, a chuva começou a cair apenas ao fim da partida, mas as demais disputas do dia poderão ser interrompidas.

Dos oito primeiros games, somente três não chegaram no 40/40. Com frieza, a brasileira foi melhor nas definições, ganhou confiança ao conseguir duas quebras logo cedo e encaminhou a vitória no set por 6/2. Apesar da ótima vantagem no placar, o primeiro set foi mais difícil do que o resultado final sugeriu.

No segundo set, Bia Haddad seguiu ditando o ritmo do jogo e conseguiu uma vantagem ainda mais tranquila, abrindo 4 a 0 de forma muito rápida. A paulistana mais uma vez iniciou o set com duas quebras e, durante os serviços da Bia, Cristea não chegou a pontuar. Bia ainda fez quatro aces para manter a vantagem de forma tranquila.

Sorana Cirstea confirmou seus dois serviços seguintes, mas não conseguiu quebrar o saque de Bia, que encaminhou o resultado de 5 a 2 e foi sacar para as oitavas de final. Bia não sentiu o peso do set decisivo e, mais uma vez, fechou de forma impecável, vencendo todos os pontos para confirmar a vaga nas oitavas de final.

Após adiamento e duas interrupções por chuva, Beatriz Haddad Maia estreou com vitória em Wimbledon. Nesta quarta-feira, um dia depois da programação inicial, a tenista brasileira demorou para engrenar, mas superou a casaque Yulia Putintseva, de virada, pelo placar de 2 sets a 1, com parciais de 3/6, 6/0 e 6/4, em 2h08min de confronto, em Londres.

Número 1 do Brasil e 13ª do mundo, Bia deveria ter estreado na terça. Porém, a chuva vem atrapalhando a programação nestes primeiros dias de Wimbledon. Sua partida foi adiada para esta quarta e contou com duas paralisações novamente por causa do mau tempo.

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A presença da brasileira no Grand Slam britânico chegou a virar um incógnita na semana passada, quando ela abandonou o Torneio de Eastbourne devido a dores musculares na parte de trás do joelho direito. Nesta quarta, ela esteve em quadra por mais de duas horas e não demonstrou sinais de dor.

Apesar do seus dois títulos da carreira terem sido conquistados na grama, Bia ainda não conseguiu ir longe em Wimbledon. Suas melhores campanhas aconteceram em 2019 e 2017, quando alcançou a segunda rodada.

Sua próxima adversária na chave será a romena Jaqueline Cristian, atual 133ª do mundo, mas já foi 58ª no início de 2022. Elas nunca se enfrentaram no circuito. A tenista da Romênia eliminou nesta quarta a italiana Lucia Bronzetti por 6/3 e 6/4.

A brasileira tenta repetir na grama de Londres o que fez no saibro de Paris, no mês passado. Em Roland Garros, a brasileira surpreendeu as rivais e alcançou a semifinal, se tornando a primeira brasileira a alcançar tal fase na chave de simples de um Grand Slam na Era Aberta do tênis, iniciada em 1968.

O JOGO

Após ter seu jogo de estreia adiado na terça, Bia voltou a sofrer com a chuva nesta quarta. Em quadra, ela e sua adversária puderam jogar por apenas 20 minutos até a primeira interrupção. A tenista do Casaquistão começou melhor, faturou uma quebra de saque e abriu 4/1 no placar.

A retomada da partida durou apenas dois games. A chuva voltou a paralisar o confronto, desta vez por cerca de 40 minutos. Putintseva seguiu melhor neste retorno à quadra e fechou o set inicial. Mais uma vez, Bia saía atrás no placar, algo recorrente em sua campanha em Roland Garros e na preparação na grama para Wimbledon.

O segundo set contou com um cenário completamente diferente. Bia elevou seu nível e massacrou a rival. Sem ceder um game sequer à casaque, a brasileira obteve 15 bolas vencedoras, contra apenas três da adversária. E anotou 30 pontos, diante de apenas 12 da oponente.

O confronto, então, foi decidido no terceiro set. Bia manteve o bom ritmo, enquanto a rival tinha dificuldades para reagir e seguia cometendo erros não forçados. A brasileira aproveitou o momento favorável e obteve a primeira quebra do set no quarto game: 3/1. Putintseva, no entanto, reagiu e devolveu a quebra e buscou a igualdade em 4/4.

Depois de um breve momento de desconcentração, Bia voltou a caprichar nas bolas de fundo e impôs nova quebra à rival para sacramentar a vitória.

OUTROS RESULTADOS

Campeã do US Open de 2017, a americana Sloane Stephens estreou com vitória nesta quarta. Ela superou a sueca Rebecca Peterson por 2 sets a 0, com parciais de 6/2 e 6/3. Também avançaram a croata Donna Vekic (20ª cabeça de chave), a italiana Elisabetta Cocciaretto, a estoniana Anett Kontaveit e a romena Sorana Cirstea.

Já pela segunda rodada, a russa Daria Kasatkina (11ª) derrotou a britânica Jodie Anna Burrage por 6/0 e 6/2. Ela poderá cruzar agora com a experiente belarussa Victoria Azarenka, ex-número 1 do mundo e dona de dois títulos de Grand Slam.

Octacampeão de Wimbledon, Roger Federer será homenageado nesta terça-feira (4), na abertura do segundo dia da chave principal da atual disputa do Grand Slam britânico. Esta é a primeira edição do torneio desde a aposentadoria oficial do suíço, anunciada em setembro de 2022, ano em que ele não conseguiu participar do major inglês - e de nenhum outro torneio - em razão dos problemas físicos que o forçaram a deixar as quadras aos 41 anos.

Federer se despediu do tênis profissional no dia 23 de setembro de 2022, jogando a Laver Cup, torneio de equipes que não conta pontos para o ranking da ATP. Formou dupla com o lendário rival Rafael Nadal e perdeu para os americanos Jack Sock e Frances Tiafoe. Antes disso, sua última partida havia sido justamente em Wimbledon, na edição de 2021, quando foi eliminado pelo polonês Hubert Hurcakz nas quartas de final. Seu último título do torneio foi em 2017.

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O multicampeão receberá a homenagem logo nas primeiras horas do Grand Slam na terça-feira e irá acompanhar o duelo entre a atual campeã Elena Rybakina e a americana Shelby Rogers. No domingo, ele esteve em Zurique, onde fez uma participação especial durante apresentação da banda britânica Coldplay e interpretou a canção "Don't Panic".

Maior vencedor de Wimbledon entre os homens, Roger Federer tem um título a menos que a checa naturalizada americana Martina Navratilova, dona de nove troféus do major inglês. A marca do suíço pode ser alcançada pelo sérvio Novak Djokovic, que venceu as quatro últimas edições do torneio e tem sete títulos.

Com direito a emoção e um super tie-break na final, o brasileiro Marcelo Melo conquistou, neste domingo, o torneio de duplas do ATP 500 de Halle na Alemanha, ao lado do australiano John Peers. Os tenistas bateram a dupla dos italianos Simone Bolelli e Andrea Vavassori na decisão por 2 sets a 1, parciais de 7/6 (7/3), 3/6 e 10/6.

Tricampeão de Halle, Melo conquistou seu 37º título de duplas na carreira, sendo o 11º em torneios de nível 500. Com o título deste domingo, o ex-número 1 do mundo venceu seu primeiro torneio na temporada e quebrou o jejum de cinco anos sem conquistas na grama, quando levantou este mesmo troféu em 2018.

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Marcelo Melo volta ao posto de número 1 no Brasil e ganha 8 posições no ranking mundial de duplas, saltando de 43º colocado para 35º. Com a conquista na bagagem, o brasileiro e o australiano John Peers já embarcam para Espanha para disputar o Aberto de Maiorca, que começa nesta segunda-feira.

LUISA STEFANI COMEMORA TÍTULO

Mais cedo, a brasileira Luisa Stefani também foi campeã do WTA 500 de Berlim em sua estreia com a francesa Caroline Garcia, por 2 sets a 1, com parciais de 4/6, 7/6 (10/8) e 10/4. A paulistana medalhista olímpica celebrou a conquista na Alemanha e ressaltou a importância de vencer seu primeiro WTA na grama, mesmo com um pouco de oscilação na performance da grande final.

"Muito feliz com o título aqui em Berlim. Ótima semana, jogo com emoção hoje, salvamos alguns match-points, um pouco de altos e baixos, mas no final terminamos firmes e fortes, o que foi o mais importante. Primeiro título WTA na grama, primeiro torneio no piso depois de muito tempo, então muito feliz de estar de volta. Agora seguimos em frente em Eastbourne e preparar para Wimbledon que está chegando", destacou a brasileira.

A derrota de Bia Haddad logo na estreia em Nottingham não vai derrubar a brasileira do Top 10 do ranking da WTA. Ela seguirá na restrita lista porque a russa Veronika Kudermetova, única que ameaçava sua permanência no 10º posto, foi derrotada na final do Torneio de Hertogenbosch, na Holanda, neste domingo.

Kudermetova era a única que poderia derrubar Bia do Top 10 na atualização a ser feita na segunda-feira. No entanto, terá que se contentar com o 13º posto após perder para a compatriota Ekaterina Alexandrova na final do torneio holandês, pelo placar de 2 sets a 1, com parciais de 4/6, 6/4 e 7/6 (7/3). Alexandrova defendia o título conquistado em 2022.

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Assim, Bia seguirá entre as dez melhores do mundo pela segunda semana seguida, apesar da queda precoce em Notthigham, no início da semana. Em sua estreia na temporada de grama, a brasileira oscilou demais e acabou perdendo logo na primeira partida. Como defendia os pontos do título conquistado no ano passado, tinha chance de perder posições no ranking, o que não acontecerá.

Mas é certo que Bia acabará deixando o Top 10 na semana seguinte. Isso porque ela avisou que não disputará o Torneio de Birmingham, na semana seguinte. A tenista também é a atual campeã desta competição britânica. Desta forma, perderá muitos pontos no ranking por não tentar defender o título.

Bia tomou a decisão por precaução. Ela alegou dores musculares na parte atrás do joelho e decidiu não arriscar por causa da proximidade de Wimbledon, o terceiro Grand Slam da temporada, a começar no início de julho.

Em Nottingham, o título ficou com a tenista da casa Katie Boulter, que superou a compatriota Jodie Anna Burrage por duplo 6/3. Foi a primeira vez desde 1977 que duas tenistas britânicas decidem um título no circuito feminino.

MASCULINO

O americano Frances Tiafoe também levantou troféu neste domingo. Ele se sagrou campeão em Stuttgart ao derrotar na final o local Jan-Lennard Struff por 2 a 1, com parciais de 4/6, 7/6 (7/1) e 7/6 (10/8).

Outro a brilhar na grama foi o veterano Andy Murray. Ainda em busca da sua melhor forma técnica, o escocês faturou o título do Challenger de Nottingham, torneio de nível abaixo das competições da ATP. Na final, ele venceu o francês Arthur Cazaux, 181º do ranking, por duplo 6/4.

Foi o segundo título seguido de Murray, ambos de nível Challenger. Ele soma agora 10 vitórias consecutivas e garante seu retorno ao Top 40 do ranking. Atualmente, é o 44º. Neste ritmo, ele espera alcançar o Top 32 para tentar ser cabeça de chave em Wimbledon.

BRASILEIRO CAMPEÃO

O domingo também teve brasileiro celebrando título. Felipe Meligeni venceu seu terceiro Challenger da carreira ao se sagrar campeão em Lyon, na França. Na final, o sobrindo de Fernando Meligeni superou o suíço Alexander Ritschard, 195º do ranking, por 2 a 1, com parciais de 6/4, 0/6 e 7/6 (9/7). O brasileiro precisou salvar um match point para buscar o troféu.

Até quem não nunca viu um jogo de tênis na vida ouviu falar de Beatriz Haddad Maia nos últimos dias. A tenista paulista tomou conta do noticiário esportivo por causa da campanha brilhante em Roland Garros. E fez o brasileiro lembrar dos tempos de Gustavo Kuerten, quando muitos acordavam cedo no domingo para ver o catarinense em alguma final do circuito.

O tricampeonato de Guga em Roland Garros foi recordado em meio às vitórias de Bia nas últimas duas semanas. E as comparações foram inevitáveis, até mesmo com a trajetória de Maria Esther Bueno, a última brasileira a brilhar nas chaves de simples do circuito (nas décadas de 50 e 60), antes da ascensão de Bia.

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Ao Estadão, a tenista de 27 anos se esquivou das comparações e fez questão de estabelecer uma distância da dupla. "Não existe comparações com eles. São fenômenos, estão entre os melhores da história na modalidade. Eu sou apenas uma jogadora normal, que estou me esforçando diariamente para conquistar o meu espacinho", disse Bia.

Na quinta-feira, Guga acompanhou das arquibancadas da Philippe-Chatrier, a quadra central de Roland Garros, a partida de Bia contra a polonesa Iga Swiatek, pela semifinal. "Infelizmente não nos cruzamos lá. Mas o meu treinador mantém contato com ele, com ele e com o Fernando Meligeni. São pessoas muito especiais."

A ligação entre Guga e Bia vem desde a adolescência da paulista. Na época do juvenil, ela foi treinada por Larri Passos, o lendário técnico do catarinense nas conquistas de Roland Garros e na busca pelo topo do ranking.

Quanto à Maria Esther, uma das maiores lendas do esporte brasileiro, Bia disse sentir orgulho por seguir seu caminho por representar bem as mulheres no esporte. "Para mim, levantar e carregar a bandeira feminina é um privilégio. Temos um longo caminho de desenvolvimento ainda pela frente, como sociedade. Mas é uma causa que mexe muito comigo", afirma Bia, que busca na causa a inspiração em cada jogo.

"Representar as mulheres de maneira positiva me enche de energia para seguir lutando, principalmente nos momentos duros de um jogo, em uma semana que não foi tão boa... Sempre lembro que eu posso estar tentando ser uma pessoa melhor e representar as mulheres de uma forma melhor, mesmo quando as coisas não estão saindo de um jeito que eu gosto. Elas me inspiram e me dão forças também."

A busca das tenistas por igualdade em premiações e espaço nas principais quadras do circuito vem contrastando com denúncias de violência doméstica dentro do próprio esporte. Nos últimos meses, tenistas como o alemão Alexander Zverev, o australiano Nick Kyrgios e o brasileiro Thiago Wild foram acusados de violência contra mulheres.

O caso de Wild entrou em discussão durante Roland Garros, em razão dos seus bons resultados. "Violência é inaceitável para mim em qualquer esfera. Onde há violência é sinal de que falhamos enquanto seres pensantes", comenta Bia, sem citar especificamente o caso do compatriota. "Confio no direito de que todos possam se explicar e, na justiça para exercer o seu papel, uma vez julgados os casos."

NOVO HOBBY

Mas não só as mulheres que inspiram Bia nas quadras. Nos últimos meses, um novo hobby tem ajudado a tenista na busca pela concentração. "Eu comecei a ‘brincar’ de pintar há mais ou menos dois anos. É algo pelo qual me apaixonei. Espero, quando tiver mais tempo, mais para a frente, poder estudar sobre o assunto para eu poder me desenvolver e melhorar", contou a atleta ao Estadão.

As pinturas podem ser vistas em suas redes sociais. Uma das últimas exibe a quadra de saibro de Roland Garros debaixo de um céu estrelado, quase uma profecia da grande campanha de Bia na terra batida de Paris.

"É uma atividade que eu poderia chamar até de uma forma de meditação porque exige muita conexão interior. E acho que isso está me ajudando muito no meu desenvolvimento pessoal. E, consequentemente, me ajudando como jogadora", disse a brasileira.

Em Roland Garros, Bia encerrou um jejum de 55 anos do tênis brasileiro, que não tinha uma representante em uma semifinal de simples em Grand Slam desde 1968. Na época, Maria Esther ficou entre as quatro melhores do US Open. De quebra, assegurou a entrada no Top 10 do ranking pela primeira vez.

O feito também é histórico porque ela será a primeira brasileira entre as dez melhores do mundo na lista de simples da WTA a partir de segunda-feira - o ranking oficial ainda não havia sido criado na época de Maria Esther, considerada a número 1 do mundo entre 1959 e 1960 pelas revistas especializadas.

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