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Um navio de carga afundou perto da ilha grega de Lesbos durante uma tempestade na manhã de domingo, 26, deixando um tripulante morto e 12 desaparecidos. Um foi resgatado, informara autoridades gregas.

O Raptor, registrado nas Ilhas Comores, estava a caminho de Istambul, na Turquia, vindo de Alexandria, no Egito, transportando 6 mil toneladas de sal, informou a guarda costeira grega. Tinha uma tripulação de 14 pessoas, incluindo oito egípcios, quatro indianos e dois sírios, acrescentou.

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O navio relatou um problema mecânico às 7 horas de domingo, enviou um sinal de socorro às 8h20 e pouco depois desapareceu a cerca de 4,5 milhas náuticas (8 quilômetros) a sudoeste de Lesbos, disseram as autoridades.

O corpo do tripulante morto foi recuperado na tarde de domingo e transportado para Lesbos, mas ainda não foi identificado, disse uma porta-voz da guarda costeira à Associated Press.

Um egípcio foi resgatado, disse outra porta-voz da guarda costeira à AP mais cedo. Ela disse que oito navios mercantes, dois helicópteros e uma fragata da marinha grega procuravam sobreviventes. Três navios da guarda costeira tiveram dificuldade em chegar à área devido ao mar agitado, acrescentou.

Ambas as porta-vozes falaram sob condição de anonimato porque o caso está em andamento e elas não estavam autorizadas a falar com a imprensa.

O canal de TV privado Mega informou que o tripulante resgatado, um engenheiro, disse aos oficiais da guarda costeira que o navio começou a fazer água no sábado.

Ventos de noroeste superiores a 80 km/h sopravam na área, informou o serviço meteorológico nacional da Grécia.

Uma extensa operação de resgate está em andamento neste domingo (26) na Grécia para tentar salvar 13 tripulantes de um navio cargueiro que naufragou na costa da ilha de Lesbos, em meio a fortes ventos.

Havia 14 pessoas a bordo do “RAPTOR”, um cargueiro de 106 metros de comprimento com bandeira das Ilhas Comores, quando às 7h00 (02h00 no horário de Brasília) informou que teve uma avaria mecânica. Uma hora depois, ativou o alerta de emergência “mayday” e desapareceu do radar, segundo as autoridades.

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Mas, apesar dos ventos violentos na região, um dos tripulantes conseguiu ser resgatado por um helicóptero da Marinha e levado para um hospital em Lesbos.

"Fiquei em estado de choque", disse à AFP o porta-voz da Guarda Costeira, Nikos Alexiou, sem dar mais detalhes.

No momento, a situação dos outros 13 tripulantes não foi revelada.

Cinco navios, três embarcações da Guarda Costeira, dois helicópteros da Marinha e da Força Aérea e uma fragata foram mobilizados na operação de resgate.

Segundo as autoridades, o “RAPTOR” transportava carregamentos de sal e partiu do porto de Dekheilan, no Egito, para Istambul, seu destino final.

Este navio, construído em 1984, afundou cerca de 4,5 milhas náuticas (8,3 km) a sudoeste da ilha de Lesbos.

A tripulação é composta por dois sírios, um indiano e 11 egípcios, segundo a agência de notícias grega ANA, citando a empresa libanesa que opera o navio. Um comunicado anterior da Guarda Costeira relatou quatro indianos e oito egípcios.

Segundo a agência ANA, a água teria se infiltrado massivamente no “RAPTOR” devido às ondas fortes, somando-se ao já significativo peso da carga.

- "Fenômeno perigoso" -

Em vários pontos da Grécia, os barcos tiveram que ficar nas docas este fim de semana devido a rajadas de vento, que atingiram o nível 9-10 na escala Beaufort, que vai até 12. Em outros países europeus, a partir de 7 são consideradas condições meteorológicas perigosas.

Os serviços meteorológicos gregos emitiram um alerta para este fim de semana, que no sábado atingiu o nível de "fenômeno climático perigoso". A tempestade Oliver, também chamada de Bettina, está se movendo do mar Adriático em direção à Grécia.

Em meados de novembro, ventos violentos danificaram um navio de guerra ao longo da costa grega que foi utilizado durante a resistência à junta militar no poder de 1967 a 1974.

Nos últimos meses, o país registrou fenômenos meteorológicos extremos, com inundações e uma série de tempestades.

Em setembro, a região agrícola central da Tessália foi inundada por chuvas diluviais provocadas pela tempestade Daniel. Dezessete pessoas morreram, assim como dezenas de milhares de animais, e cidades inteiras foram destruídas.

Ufa! Neste domingo, dia 8, Bruno Mars está celebrando seu aniversário de 38 anos de idade. E, para acalmar o coração de seus fãs, segundo a Rolling Stones, o cantor e sua equipe, cerca de 60 pessoas, deixaram o país rumo a Atenas, na Grécia.

Vale lembrar que, no último sábado, dia 7, os fãs do cantor levaram um baita susto porque Tel Aviv, cidade de Israel que Bruno estava para cumprir sua agenda de shows, sofreu ataques terroristas sem precedentes do Hamas. Contudo, a produtora Live Nation emitiu um comunicado informando que o show foi cancelado.

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Queridos clientes, a apresentação de Bruno Mars, que estava prevista para esta noite, está cancelada. Todos os compradores de ingressos para o show receberão reembolso automático no cartão de crédito com o qual a compra foi realizada. Fortalecemos os residentes de Israel, os combatentes das FDI e as forças de segurança nestes momentos difíceis, declarou o comunicado.

Um rebanho de ovelhas da cidade de Almyros, na Grécia, buscou refúgio em uma estufa durante as inundações provocadas pela tempestade Daniel e devorou mais de 100 quilos de folhas verdes que encontraram lá. O problema, porém, é que as folhas não eram grama, mas sim maconha.

"Não sei se é para rir ou para chorar. Com calor, perdemos muita produção. Com as inundações, perdemos o resto. E o melhor, depois de tudo isso, um rebanho de ovelhas entrou no estabelecimento e começou a comer o que restava. Sinceramente, não sei o que dizer", relatou o proprietário dos animais e da estufa, Yannis Bourounis, ao portal grego TheNewspaper.gr.

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No país, a plantação de cannabis é permitida para fins medicinais. Ao portal, o produtor se descreveu como a maior fazenda produtora de cannabis em estufa na Europa Centro-Oriental, tendo 20 hectares de produção. "Enquanto tentávamos salvar tudo o que podíamos, de repente vemos dentro da estufa ovelhas e cabras pastando normalmente", descreve ele sobre o dia em a tempestade atingiu a região. "As ovelhas saltavam mais alto que as cabras", conta.

Como ele explicou, o rebanho entrou na estufa em busca de proteção e alimento, depois dos estragos causados pelo mau tempo. "Encontraram as pobres verduras para comer porque todo o resto da sua comida foi destruída pelas cheias", disse. "O problema era como capturá-las para fazê-las se afastarem do cultivo, porque eles não iam embora de jeito nenhum", relembra.

Preocupado com o prejuízo, Bourounis disse que não sabe se conseguirá alguma compensação do governo. "Entendo que o estado não tenha dinheiro suficiente para cobrir todos os danos. Enviei os meus documentos ao distrito, mas vejo que não há dinheiro para cobrir estes danos. Estamos falando de um prejuízo de mais de 14 bilhões", disse, observando que os animais "ficaram felizes por pelo menos dois dias" e que "produziram um leite muito bom".

Um italiano que havia simulado um suicídio para enganar sua família foi reencontrado na Grécia após 10 anos, graças à ajuda de um popular programa de televisão.

Adamo trabalhava como vendedor de utensílios domésticos em Imola, norte da Itália, mas desapareceu em 7 de julho de 2013. Pouco mais de uma semana depois, seu carro foi achado na cidade costeira de Ancona, e a polícia conseguiu descobrir que o homem tinha embarcado em uma balsa com destino a Pátras, na Grécia.

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No entanto, três cartas deixadas para familiares de Adamo indicaram que seu plano final era cometer suicídio devido a problemas financeiros.

"Olá, mamãe e papai, não queria fazer mal a vocês, mas, infelizmente, as coisas pioraram e chegou a hora de colocar um ponto final. Tentarei fazer direito pelo menos esse último passo para lhes poupar ao menos a dor do funeral", dizia uma carta de Adamo destinada a seus genitores.

Ao fugir, ele deixou a esposa, Raffaella, e duas filhas. "Peço apenas uma coisa, a mais importante: ajudem a Raffaella e as meninas", acrescentava a carta do homem.

A esposa, no entanto, não se resignou e dizia na época que Adamo era um bom pai e nunca teria abandonado a família. "Pensei em agiotas, em uma dívida com pessoas más. Ao mesmo tempo, não queria acreditar que ele estivesse morto", contou Raffaella no programa "Chi l'ha visto", que ajuda a encontrar pessoas desaparecidas e é bastante popular na Itália.

Em 2015, o Ministério Público de Bolonha pediu o arquivamento do inquérito sobre o desaparecimento, considerando "verossímil" a hipótese de suicídio. Anos mais tarde, Raffaella solicitou o divórcio, mas o processo não avançou, e a descoberta sobre o paradeiro de Adamo chegou de maneira quase casual.

"O advogado me telefonou e disse que meu marido não estava morto. Em fevereiro de 2022, ele tinha feito pedido ao Aire [acrônimo de Cadastro dos Italianos Residentes o Exterior, sistema usado pelos consulados] para ser cidadão italiano residente na Grécia", contou a mulher.

Em seguida, coube ao "Chi l'ha visto" localizar o homem, que se recusou a falar com o programa. "Desliguem tudo e vão embora, e a coisa termina aqui", foram suas únicas palavras à equipe da atração televisiva.

"Quando te ligam dizendo que uma pessoa morreu, você entra em um limbo e não vê o fim. Ele gostava das filhas e nós nos dávamos bem. Para mim, não é um humano, não é um homem, não é um pai", declarou Raffaella com os olhos cheios de lágrimas.

Da Ansa

O esporte usa lugares inusitados para disputas de partidas em alguns momentos da história. Nesta sexta-feira, a equipe de tênis da Grécia começa a disputar uma vaga no qualificatório da Copa Davis contra a Eslováquia e optou por mandar seus jogos no emblemático Estádio Panatenaico, um dos lugares mais marcantes do país.

Localizado em Atenas, a leste dos Jardins Nacionais e da Mansão Zappeion, o Estádio Panatenaico foi aberto ao público pela primeira vez no ano de 140, com capacidade para 50 mil pessoas. Depois, o local foi reformado para a primeira edição da era moderna dos Jogos Olímpicos, em 1896, e passou a contar com 80 mil lugares.

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Atualmente, o Estádio Panatenaico conta com uma capacidade para receber 45 mil torcedores. Entre esta sexta-feira e o domingo, tenistas e gregos e eslovacos se enfrentam em uma série de até cinco partidas para conseguir uma das vagas no qualificatório da Davis, que dá acesso à elite da competição, em 2024.

Com base no que foi feito na Grécia para a disputa da Davis, o Estadão elencou outros momentos em que partidas e disputas esportivas usaram lugares inusitados e impactaram pela festa e presença de público:

PARTIZAN LOTA ESTÁDIO PARA AMISTOSO DE BASQUETE

Contando com a presença de mais de 7.500 torcedores, o Partizan, da Sérvia, abriu sua temporada voltando a jogar uma partida de basquete no local onde a equipe jogava durante os anos de 1920. Contando com uma grande festa de seus torcedores, a equipe sérvia venceu o Fuenlabrada, da Espanha, por 93 a 63.

PARTIDA UNIVERSITÁRIA QUEBRA RECORDE DE PÚBLICO NA HISTÓRIA DO VÔLEI

A partida universitária de vôlei entre Nebraska Cornhuskers e Omaha Mavericks, realizada no fim do mês passado, nos Estados Unidos, entrou para a história como o evento esportivo feminino de maior público na história. O duelo, vencido por 3 a 0 pelo time da casa, contou com a presença de 92.003 espectadores no Memorial Stadium, localizado na cidade de Lincoln, em Nebraska.

O recorde anterior de público em eventos femininos era de 91.648 pessoas, na partida entre Barcelona e Wolfsburg, pela Liga dos Campeões da Uefa, estabelecido em 2022, no Camp Nou, em Barcelona.

BRASIL MARCA A HISTÓRIA DO VÔLEI COM PARTIDA NO MARACANÃ

Em 26 de julho de 1983 o que era considerado impossível aconteceu. Com a seleção brasileira enfrentando a URSS, campeã olímpica da época, a partida marcou o vôlei e o esporte mundial ao contar com mais de 95 mil torcedores acompanhando a partida das arquibancadas.

Tempestades deixaram um morto nesta terça-feira (5) na Grécia, afetada recentemente por incêndios devastadores.

Em entrevista à rede pública ERT, o meteorologista Panayotis Giannopoulos informou que “a quantidade de água que caiu em 24 horas equivale ao esperado para todo o outono”.

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Trata-se do "fenômeno mais extremo em termos de quantidade de chuva em 24 horas" desde que a Grécia iniciou os registros, assinalou em entrevista coletiva o ministro da Defesa Civil, Vasilis Kikilias, citando meteorologistas.

As chuvas deixaram uma vítima no departamento de Magnesia (centro), onde um homem foi encontrado morto, informou à ERT o porta-voz dos bombeiros, Yannis Artopios. Tudo indica que a vítima foi arrastada pela água, acrescentou.

Um pastor está desaparecido na mesma região, e uma mulher que praticava canoagem na região de Calcídica também está sendo procurada, segundo a guarda costeira grega.

Tanto o departamento de Magnesia quanto ilhas vizinhas estão em alerta vermelho, anunciou a Defesa Civil. A polícia proibiu a circulação em Volos, capital regional, em algumas localidades de Pelion e na ilha de Skiathos.

O mau tempo também causa atrasos nos aeroportos, informou à AFP Savvas Karayannis, chefe de comunicação da gestora dos aeroportos regionais gregos, Fraport.

O Serviço Meteorológico Nacional havia alertado ontem para tempestades no norte e sul da Grécia até a próxima quinta-feira.

Uma mulher e quatro crianças migrantes, incluindo um bebê de 11 meses, morreram nesta segunda-feira (28) em dois naufrágios na Grécia, informou a porta-voz do governo, Pavlos Marinakis.

O primeiro naufrágio aconteceu durante a madrugada perto da ilha de Samos, no Mar Egeu, perto da costa da Turquia.

Um barco patrulha da Guarda Costeira socorreu 37 pessoas - incluindo uma mulher já morta -, informaram a polícia portuária e o porta-voz do Executivo grego.

Horas mais tarde, outro barco patrulha da Guarda Costeira "localizou e resgatou 22 estrangeiros diante da ilha de Lesbos", incluindo quatro falecidos", informou a polícia portuária em um comunicado.

As vítimas são um menino de oito anos e três meninas, de 11 meses, oito anos e 14 anos, afirmou Marinakis em uma entrevista coletiva.

O número de chegadas de migrantes pelo mar à Grécia aumentou este ano, em particular no mês de agosto.

O canal público ERT informou, com base em dados do governo, que 1.100 pessoas chegaram à Grécia pelo mar em agosto, contra 789 em julho e 608 em junho.

No total, 10.790 migrantes e refugiados chegaram às costas gregas desde o início do ano, contra 5.216 no mesmo período em 2022, segundo o ERT.

A polícia portuária grega, com a ajuda da agência europeia de vigilância de fronteiras, Frontex, patrulha cm frequência esta zona do Mar Egeu que faz fronteira com a Turquia, onde muitos migrantes se arriscam para tentar chegar à Grécia e, deste país, seguir viagem para a Europa Ocidental.

Uma forte onda de calor tem castigado os países do sul da Europa com incêndios florestais e elevado as temperaturas, que atingem recorde em vários países. Na Grécia, 20 pessoas morreram em três dias vítimas das chamas - 18 corpos carbonizados foram encontrados em Alexandroupolis, perto da fronteira com a Turquia.

A onda de calor vem aumentando as temperaturas nos Alpes, pulverizando as geleiras e mudando a paisagem da região. A altitude em que a temperatura cai a zero subiu para 5.298 metros, batendo o recorde anterior de 5.184 metros, de julho de 2022, segundo a Meteo Suisse.

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Na prática, isso significa que todos os picos glaciais dos Alpes estão abaixo do nível de congelamento, segundo o pesquisador e meteorologista do Conselho Nacional de Pesquisa da Itália, Claudio Tei.

Redução

Entre as paisagens mais afetadas estão o Glaciar de Aletsch, na Suíça, o maior da Europa, com pouco mais de 4 mil metros, e o Mont Blanc, na fronteira franco-italiana, o pico mais alto do continente, com pouco mais de 4,8 mil metros.

Especialistas de Áustria, França e Itália, entrevistados pela Reuters, confirmaram que as geleiras estavam sofrendo perdas recordes. Em julho, as temperaturas chegaram a 30ºC nas montanhas - 7ºC acima da média histórica.

Longe dos Alpes, a onda de calor tem sido mortal. Na Grécia, centenas de bombeiros lutam contra incêndios florestais impulsionados pelo tempo seco e ventos fortes. Os 18 corpos encontrados ontem, segundo os bombeiros, eram provavelmente de imigrantes. Uma equipe de especialistas foi acionada para identificar as vítimas.

Alexandroupolis fica ao longo da rota frequentemente percorrida por pessoas que fogem da pobreza e dos conflitos no Oriente Médio e buscam entrar na União Europeia. Nos arredores, em cidades como Avantas, autoridades decidiram ordenar a retirada da população, com alertas em grego e em inglês enviados para todos os telefones celulares na região.

O incêndio florestal mais letal da história recente da Grécia matou 104 pessoas, em 2018, em um resort à beira-mar perto de Atenas, quando moradores e hóspedes não foram avisados de que deveriam sair. Desde então, autoridades gregas são extremamente cautelosas, emitindo ordens rápidas de retirada em massa sempre que áreas habitadas são ameaçadas pelo fogo.

Espanha

Outro grande incêndio está queimando Tenerife, nas Ilhas Canárias, há uma semana - embora nenhum ferido ou dano a casas tenha sido relatado. Estima-se que as chamas, que atingiram 150 quilômetros quadrados, já tenham queimado mais de um terço das florestas de Tenerife.

Autoridades da União Europeia culparam as mudanças climáticas pelo aumento da frequência e da intensidade dos incêndios florestais na Europa, observando que 2022 foi o segundo pior ano registrado em prejuízos, atrás apenas de 2017. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Incêndios fora de controle estão queimando nove países da bacia do Mar Mediterrâneo. As chamas fogo vêm se espalhando da Grécia até Portugal, além do Norte da África, alimentadas pelo tempo seco, calor extremo e ventos fortes. O fogo destruiu casas, forçou remoção de pessoas e ameaçou reservas naturais. Pelo menos 40 pessoas morreram nos últimos dias.

A Grécia tem sofrido mais do que o normal com o calor este ano. Na cidade de Cálcis, norte de Atenas, a temperatura chegou a 48ºC. Autoridades retiraram mais de 20 mil pessoas de casas e resorts nas ilhas de Rodes, Corfu e Evia. Cerca de 3 mil turistas tiveram de voltar às pressas para casa, segundo o Ministério dos Transportes - novas viagens foram canceladas.

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Na terça-feira, 25, dois pilotos de combate a incêndios morreram na queda de um avião perto da cidade de Karystos, na ilha de Evia. O primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, parecia desolado. "Diante do que todo o planeta está enfrentando, especialmente o Mediterrâneo, não há mecanismo mágico de defesa. Se houvesse, teríamos implementado."

Na Itália, o clima extremo é responsável por uma dupla tragédia: chuvas no norte e incêndios na Sicília. Sete pessoas morreram. Em Milão, uma tempestade seguida de uma chuva de granizo inundou a cidade e derrubou centenas de árvores. Uma delas matou uma jovem de 16 anos que acampava perto de Brescia.

Os corpos de dois idosos foram encontrados em uma casa consumida pelas chamas perto do aeroporto de Palermo, na ilha da Sicília, que foi temporariamente fechado por causa das chamas. Bombeiros lutam contra o fogo também na Sardenha.

"Vivemos na Itália os dias mais complicados das últimas décadas: tempestades, tornados e granizo no norte, e calor escaldante e incêndios devastadores no centro e no sul. A convulsão climática que atingiu nosso país exige de todos nós uma mudança de atitude", disse Nello Musumeci, ministro da Proteção Civil.

Crime

Mas nem todo fogo é culpa das mudanças climáticas. Os promotores de Palermo iniciaram nesta quarta-feira, 26, uma investigação sobre os incêndios florestais que atingiram a Sicília. De acordo com os investigadores, dezenas deles podem ter sido provocados deliberadamente.

Durante anos, a máfia foi suspeita de envolvimento em incêndios florestais, impulsionada pelos lucrativos contratos de reflorestamento, embora essa ligação ainda não tenha sido comprovada desta vez. Ontem, autoridades da Calábria divulgaram imagens capturadas por um drone de um piromaníaco começando um incêndio. O governador da Calábria, Roberto Occhiuto, disse que ele estava sendo procurado pela polícia.

Do outro lado do Mar Adriático, o fogo se espalhou pela cidade medieval de Dubrovnik, na Croácia, No entanto, os ventos eram tão fortes que os aviões de combate a incêndios não conseguiam decolar. "Temos de ter cuidado, porque o vento está aumentando e o fogo pode crescer novamente", disse Stjepan Simovic, comandante dos bombeiros. A força dos ventos também causou estragos em Montenegro, onde duas pessoas morreram afogadas e várias ficaram feridas nas cidades costeiras de Ulcinj e Petrovac.

Espanha

Incêndios também queimaram o centro da ilha de Gran Canária, na Espanha. Autoridades tiveram de remover centenas de moradores, fechar estradas e enviar helicópteros para combater as chamas. Em Portugal, vítima de uma seca que afeta 90% do país, os bombeiros lutam para apagar o fogo perto de Cascais, mas os fortes ventos complicam o trabalho. As chamas já consumiram 145 quilômetros quadrados do Parque Natural de Sintra-Cascais.

África

A maior quantidade de mortes até agora foi registrada na Argélia, onde a temperatura passou de 50ºC, segundo o Escritório Nacional de Meteorologia. Entre os 34 mortos estão 10 militares que ficaram presos pelas chamas em Beni Ksila, na Província de Bejaia.

O Exército argelino disse em comunicado que as temperaturas recordes e as difíceis condições climáticas estão dificultando os esforços de socorro. Na vizinha Tunísia, para onde a União Europeia enviou dois aviões de combate a incêndio, os termômetros chegaram a 49ºC. Segundo a TAP, agência oficial de notícias, o diretor de um escola de Nafza, no noroeste do país, morreu asfixiado pelas chamas.

Os incêndios também se espalharam pelas florestas de Latakia, província no noroeste da Síria. Helicópteros estão sendo usados para tentar extinguir o fogo. "Equipes de combate a incêndios estão trabalhando para apagar os enormes incêndios florestais nas florestas de Latakia, que estão fora de controle", informaram os bombeiros sírios. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os bombeiros gregos lutam, nesta quinta-feira (27), para conter os incêndios florestais que assolam o país há duas semanas e já mataram quatro pessoas, antes do retorno dos ventos fortes, que podem reacender as chamas.

A Grécia é um dos países da bacia do Mediterrâneo mais atingidos pela onda de calor excepcional e pelos incêndios florestais que afetam grandes áreas do hemisfério norte desde o início do verão boreal (inverno no Brasil).

Dezenas de milhares de pessoas foram retiradas das ilhas turísticas de Rodes, Corfu, Eubeia e Tessália.

As autoridades anunciaram na quarta-feira a morte de duas pessoas devido aos incêndios.

De acordo com um balanço revisado, quatro pessoas morreram desde o início de uma das mais longas ondas de calor enfrentadas pelo país.

Um balanço anterior apontava cinco mortos, mas um homem, cujo corpo foi encontrado na terça-feira em Eubeia, havia desaparecido dois dias antes dos incêndios e não é mais considerado vítima do mesmo, disse à AFP uma fonte policial.

"Lamentamos quatro concidadãos", incluindo dois pilotos de bombardeiros que morreram na terça-feira, disse o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, ao se encontrar com a presidente Katerina Sakellaropoulou nesta quinta-feira, segundo imagens da televisão.

Na Itália, pelo menos três pessoas morreram em incêndios violentos na Sicília.

O governo regional desta ilha declarou estado de crise após dois dias de altas temperaturas e incêndios, mas nesta quinta-feira registrou uma melhoria nos incêndios, segundo as autoridades locais.

A Argélia, também devastada pelas chamas no nordeste, é o país da bacia do Mediterrâneo com mais vítimas, com 34 mortos.

"Estamos vivendo dias perigosos de verão, assim como nove outros países mediterrâneos", disse o ministro grego da Defesa Civil, Vassilis Kikilias, na quarta-feira.

Toda a bacia mediterrânea sofre com os incêndios que se alastraram para Portugal e Croácia no início da semana.

Na Bulgária, onde o termômetro atingiu 42°C, as autoridades declararam na quarta-feira estado de emergência na região de Haskovo, perto da fronteira nordeste da Grécia, devido a um incêndio florestal que ganhava força na cordilheira Rhodope.

As autoridades gregas mantêm várias áreas em sete regiões do país em "extremo risco de incêndio". Embora sejam esperadas temperaturas mais amenas nesta quinta-feira - 36°C ante 46,1°C na quarta-feira - a chegada de ventos fortes pode complicar a tarefa dos bombeiros.

- Ondas de calor "mais intensas e frequentes" -

Na Tessália, no centro da Grécia, "todas as frentes" estavam sob controle e nenhuma zona habitável foi ameaçada, disse um bombeiro à rede ERT.

A zona industrial da cidade de Volos (centro) continua fechada como medida de precaução após um incêndio perigoso no dia anterior.

Além disso, várias cidades foram evacuadas no início da manhã nos arredores desta cidade portuária de 140.000 habitantes, no sopé do Monte Pelion. Foi nessa região que uma mulher com deficiência foi encontrada morta dentro de seu trailer incendiado e um fazendeiro morreu tentando salvar seu rebanho.

Em Rodes, ilha turística do arquipélago do Dodecaneso, no mar Egeu, de onde 20 mil pessoas foram resgatadas no último fim de semana, as chamas ganharam força nas localidades de Vati e Gennadi, segundo a agência de notícias grega ANA.

Por outro lado, em Corfu, as chamas diminuíam.

Um incêndio começou perto de casas no arborizado bairro de Kifissia, em Atenas, no início desta quinta-feira, mas foi rapidamente apagado.

Outro incêndio ocorreu na ilha de Eubeia, a segunda maior das ilhas gregas, na região de Kymi. Segundo os bombeiros citados pela ANA, o fogo atingiu uma zona de fazendas e floresta perto da localidade, mas não ameaça nenhuma habitação.

As autoridades gregas contabilizaram cerca de 600 incêndios, muitos deles em florestas, nos últimos doze dias, a maioria rapidamente apagada.

Cientistas do grupo World Weather Attribution (WWA) estimam que a onda de calor que atinge partes do hemisfério norte se deve às mudanças climáticas.

"Não são mais eventos excepcionais" e os que chegarão no futuro "serão ainda mais intensos e frequentes se as emissões não forem reduzidas rapidamente", alertam.

A Grécia enfrentará a maior onda de calor de sua história, com mais de 44°C previstos para este fim de semana, enquanto nos Estados Unidos as temperaturas recordes que atingiram o sul do país devem alcançar todo seu território.

"Segundo os nossos dados, provavelmente vamos enfrentar entre 16 e 17 dias de onda de calor, algo que nunca aconteceu em nosso país", disse à emissora de televisão ERT Kostas Lagouvardos, diretor de pesquisa do Observatório Nacional.

Todos os sítios arqueológicos da Grécia, incluindo a famosa Acrópole de Atenas, estarão fechados ao público durante as horas mais quentes do dia até domingo.

"É necessária vigilância absoluta... porque os tempos difíceis não passaram", disse o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsokakis.

No centro do país, são esperadas temperaturas de até 45ºC. O recorde no país é de 48ºC em 1977 em Elêusis, perto de Atenas. Na capital, a máxima atingida é de 44,8 ºC em junho de 2007.

"Estou acostumado com altas temperaturas. Nós as temos todo verão, mas o difícil este ano é que as ondas de calor são sucessivas", disse Christos Boyiatzis no elegante bairro de Kolonaki, em Atenas.

- Progressão nos Estados Unidos -

No continente americano, cerca de 80 milhões de americanos vão ter de suportar temperaturas iguais ou superiores a 41ºC durante o fim de semana, alertam os serviços meteorológicos do país (NWS).

Podem passar dos 46 ºC em Phoenix, capital do Arizona (sudoeste), que enfrenta a maior onda de calor já registrada, com 22 dias seguidos com temperaturas superiores a 43 ºC.

Na quinta-feira, esse calor provocou um incêndio em uma instalação de armazenamento de propano no qual tanques de gás explodiram.

"Durante um dia quente como este, esses tanques de propano se expandem no calor e se tornam verdadeiros mísseis", enviando destroços a mais de 450 metros, disse um oficial dos Bombeiros à televisão local KPHO.

A cerca de 500 quilômetros dali, na Califórnia, o Vale da Morte, um dos lugares mais quentes do planeta, turistas tiram fotos ao lado de uma tela que mostra temperaturas cada vez mais extremas.

Há quem espere que seja quebrado o recorde absoluto do planeta, de 56,6 ºC ali registrado em 1913, mas contestado por alguns especialistas.

Um homem de 71 anos morreu na região no início da semana e os guardas do parque nacional suspeitam que "o calor desempenhou um papel importante" na morte.

Com ondas de calor na Europa, nas Américas e na Ásia, o mês de julho está a caminho de se tornar o mais quente já registrado na Terra, não apenas desde o início das medições, mas também em "séculos ou milhares de anos", disse o diretor de climatologia da NASA, Gavin Schmidt.

E isso não se deve apenas ao El Niño, fenômeno climático cíclico que nasce no Oceano Pacífico e provoca o aumento das temperaturas planetárias, diz.

Para este especialista, as temperaturas extremas vão persistir porque "continuamos a emitir gases com efeito de estufa para a atmosfera".

O líder conservador grego Kyriakos Mitsotakis iniciou nesta segunda-feira (26) o segundo mandato como primeiro-ministro, com a promessa de acelerar várias reformas, um dia após a vitória por maioria absoluta nas eleições legislativas que permitirá a seu partido governar sozinho.

O líder do partido Nova Democracia, que teve de deixar o posto de chefe de Governo durante cinco semanas, prestou juramento para o cargo nesta segunda-feira diante da presidente Katerina Sakellaropoulou e do líder da Igreja Ortodoxa grega, Hieronymus, para iniciar o segundo mandato de quatro anos.

"Começamos um trabalho duro em busca de grandes reformas", declarou Mitsotakis depois de ser recebido pela presidente da República.

"Assumi o compromisso de aplicar mudanças profundas no segundo mandato de quatro anos. Temos uma maioria parlamentar confortável para fazer isto", acrescentou o político de 55 anos, filho de um ex-primeiro-ministro da Grécia e tio do atual prefeito de Atenas.

No domingo, o partido de Mitsotakis venceu as eleições legislativas com 40,55% dos votos e, graças ao bônus de 50 deputados concedido à legenda mais votada, o Nova Democracia saiu das urnas com 158 cadeiras no Parlamento unicameral grego, que tem 300 deputados.

O partido de esquerda Syriza, liderado pelo ex-primeiro-ministro Alexis Tsipras (2015-2019), recebeu menos de 18% dos votos e garantiu uma bancada de apenas 48 deputados.

No poder desde 2019, Mitsotakis conquistou, desta maneira, a maioria absoluta que havia escapado por apenas cinco cadeiras na eleição de 21 de maio, quando o Nova Democracia triunfou com facilidade as legislativas que não contavam com a cláusula do bônus de 50 deputados para o vencedor.

O líder conservador não tentou estabelecer uma coalizão de governo e optou pela nova eleição.

- Objetivos ambiciosos -

durante a campanha, Kyriakos Mitsotakis se comprometeu a fazer "grandes reformas que avançarão rapidamente", em referência a suas promessas de aumentos salariais, em um país marcado por baixos salários, e de contratações em larga escala para os hospitais públicos, que enfrentam dificuldades após o impacto da pandemia e dos cortes durante a crise econômica.

Também prometeu melhorar o sistema de ferrovias, após a tragédia do fim de fevereiro, quando uma colisão de trens provocou 57 mortes.

Na oposição, os dias de Tsipras como líder podem estar contados, após o péssimo resultado do Syriza no domingo, que foi ainda pior que o registrado em 21 de maio.

"Foi uma batalha difícil, e o resultado é obviamente negativo para nós", admitiu Tsipras, que governou o país durante uma parte da crise financeira.

Três pequenos partidos ultranacionalistas e anti-imigração também garantiram presença no Parlamento da Grécia, apenas 10 dias após o naufrágio de uma embarcação diante da costa do Peloponeso, que oficialmente provocou mais de 80 mortes. O número real chega, provavelmente, a centenas.

Os três partidos ultranacionalistas (Solução Grega, Vitória e Espartanos) receberam quase 13% dos votos em conjunto.

O partido Espartanos surpreendeu ao receber 4,64% dos votos e conquistar 12 cadeiras no Parlamento. A legenda, praticamente desconhecida há alguns meses, é apoiada por um ex-dirigente do partido neonazista dissolvido Aurora Dourada, Ilias Kasidiaris, que cumpre pena de prisão e não foi liberado para disputar as eleições por decisão da Suprema Corte grega.

As eleições de domingo foram marcadas por um elevado índice de abstenção, que atingiu 47%, oito pontos acima do registrado em 21 de maio.

O partido de direita de Kyriakos Mitsotakis venceu com folga as eleições legislativas deste domingo na Grécia, conquistando uma maioria absoluta que lhe permitirá um novo mandato como primeiro-ministro.

O partido Nova Democracia (ND), no poder de 2019 até o fim de maio, teve 40,5% dos votos, mais do que o dobro do partido de esquerda Syriza, de Alexis Tsipras, que obteve 17,8%, segundo resultados baseados na apuração de mais de 90% dos colégios eleitorais.

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O resultado garantiria à direita 157 das 300 cadeiras do Parlamento grego, unicameral, segundo analistas. Desta forma, Mitsotakis voltaria a ocupar o cargo de primeiro-ministro, o qual teve que deixar no fim de maio, antes das eleições.

“O povo nos deu um mandato forte para avançarmos rumo às grandes mudanças de que o país necessita”, festejou o político, 55, perante militantes do seu partido.

- 'O mais forte' -

"O Nova Democracia é o partido de centro-direita mais forte da Europa!", exclamou Mitsotakis, do lado de fora da sede do partido, em Atenas.

Quatro anos após chegar ao poder, o Nova Democracia melhora seus resultados frente a 2019, quando obteve 39,85% dos votos.

Oito partidos teriam superado a barreira de 3% para entrar no Parlamento, entre eles o Spartiates, de extrema direita, apoiado por Ilias Kassidiaris, ex-líder do partido neonazista Amanhecer Dourado, que está preso.

A vitória eleitoral deste domingo dará ao vencedor um bônus de 50 deputados na câmara (de um total de 300), o que poderia ajudar Mitsotakis de forma decisiva.

- 'Com a razão' -

Em uma escola de Atenas, Aris Manopoulos, comerciante de cerca de 50 anos, disse que optou por votar "com a razão". "Votei no Nova Democracia, para que o país avance e continue se reerguendo economicamente", declarou.

Ao darem ao Nova Democracia a maioria absoluta nas eleições de julho de 2019, em detrimento do Syriza, os gregos queriam virar a página de anos de crise financeira e planos de resgate, que destruíram 25% do PIB e ameaçaram tirar o país da zona do euro.

Filho de um ex-premier e tio do atual prefeito de Atenas, Mitsotakis não deixou de ostentar seu balanço econômico, marcado por um crescimento de 8,3% em 2021 e 5,9% em 2022, com o desemprego em queda.

Durante sua campanha, Mitsotakis prometeu aumentos salariais, principalmente para as pessoas de menor renda, principal preocupação dos gregos, em um contexto de custo de vida elevado.

O líder conservador também prometeu realizar contratações em massa no setor público de saúde, afetado por uma escassez grave de recursos desde a crise financeira e os programas de austeridade impostos a numerosos serviços públicos.

O Paquistão deteve 10 supostos contrabandistas depois que dezenas de migrantes morreram esta semana em um naufrágio na costa da Grécia, disseram as autoridades do país neste domingo (18).

O primeiro-ministro Shehbaz Sharif também ordenou uma ofensiva imediata aos traficantes de pessoas, dizendo que eles serão "severamente punidos".

Milhares de jovens paquistaneses fazem viagens perigosas à Europa todos os anos em busca de uma vida melhor.

Entre os que estavam a bordo do barco de pesca enferrujado que afundou na península do Peloponeso, na Grécia, na quarta-feira, provavelmente havia uma dúzia de paquistaneses.

O naufrágio deixou pelo menos 78 mortos e centenas de desaparecidos.

As autoridades informaram que nove pessoas foram detidas na Caxemira administrada pelo Paquistão - de onde veio a maioria das vítimas - e uma na cidade de Gujrat.

"Estão sendo investigados por seu envolvimento na facilitação de todo o processo", disse Chaudhary Shaukat, uma autoridade local na Caxemira administrada pelo Paquistão.

Entre 400 e 750 pessoas estavam a bordo da embarcação, disseram a Organização Internacional para as Migrações (OIM) e o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) em comunicado conjunto.

O Ministério das Relações Exteriores do Paquistão disse no sábado que 12 cidadãos paquistaneses sobreviveram, mas não tinha informações sobre quantos estavam no barco.

Um funcionário da imigração disse à AFP sob condição de anonimato que o número pode ultrapassar 200.

A Grécia prosseguia nesta quinta-feira (15) com as buscas por sobreviventes do naufrágio de uma embarcação de migrantes no Mar Jônico, uma tragédia que matou 78 pessoas.

Dois barcos de patrulha, um helicóptero e seis navios foram mobilizados para as operações no mar, ao oeste da península do Peloponeso, uma das zonas mais profundas do Mediterrâneo.

A Guarda Costeira informou que recuperou 78 corpos do naufrágio, que aconteceu na quarta-feira (14) e pelo qual a Grécia declarou três dias de luto.

Na véspera, a Guarda Costeira havia anunciado o balanço de 79 cadáveres recuperados.

Uma fragata da Marinha grega deve atracar nesta quinta-feira com os cadáveres, segundo a Guarda Costeira.

"Esta pode ser a pior tragédia marítima dos últimos anos na Grécia", disse Stella Nanou, do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), ao canal público ERT.

As autoridades anunciaram o resgate de 104 pessoas, mas temem que centenas continuem desaparecidas, com base nos depoimentos dos sobreviventes e no fato de que não há mulheres e crianças entre eles.

"São todos homens", disse uma fonte da Guarda Costeira a respeito dos sobreviventes.

O porta-voz do governo da Grécia, Ilias Siakantaris, afirmou na quarta-feira que, de acordo com relatos não confirmados, quase 750 pessoas estavam a bordo do barco de pesca.

- Superlotado -

"Não sabemos o que está por vir (...) mas sabemos que muitos traficantes prendem as pessoas para manter o controle", declarou Siakantaris ao canal estatal ERT.

Um sobrevivente disse aos médicos do hospital no porto de Kalamata que viu centenas de crianças no porão do navio.

"O pesqueiro tinha de 25 a 30 metros de comprimento. O convés estava lotado de pessoas e presumimos que o interior também estava cheio", declarou o porta-voz da Guarda Costeira, Nikolaos Alexiou, ao canal ERT.

A Frontex (Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira) detectou a presença da embarcação na terça-feira, mas os passageiros "recusaram ajuda", de acordo com um comunicado divulgado pelas autoridades portuárias gregas na quarta-feira.

Também informaram que, no momento do naufrágio, ninguém a bordo usava colete salva-vidas.

Tudo indica que o barco partiu da Líbia e tinha a Itália como destino, segundo as autoridades. Os sobreviventes são, em sua maioria, da Síria (47), Egito (43) e Paquistão (12).

Eles ainda aguardam a identificação e entrevista com as autoridades gregas, que investigam a presença de um possível contrabandista de pessoas.

"É realmente espantoso", declarou à AFP Erasmia Roumana, da agência de refugiados da ONU. Os sobreviventes estão em "péssima situação psicológica".

Uma imagem de baixa qualidade divulgada pela Guarda Costeira mostra o barco de pesca azul em péssimas condições e com pessoas aglomeradas. Alguns migrantes estavam no teto da cabine.

O motor da embarcação apresentou problemas durante a noite de terça-feira e o pesqueiro naufragou a 87 km de Pilos, no Mar Jônico, afirmou Siakantaris.

Um jovem começou a chorar. "'Preciso da minha mãe' (...) Essa voz está nos meus ouvidos e continuará para sempre", declarou Ekaterini Tsata, enfermeira da Cruz Vermelha em Kalamata.

A maior tragédia de migrantes na Grécia aconteceu em 3 de junho de 2016, quando 320 morreram ou foram declaradas desaparecidas após um naufrágio.

Ao menos 78 pessoas morreram, e mais de 100 foram resgatadas, após o naufrágio de uma embarcação com migrantes perto da península do Peloponeso, sul da Grécia, informou a Guarda Costeira nesta quarta-feira (14).

A embarcação, que estava com centenas de migrantes de acordo com uma fonte do Ministério grego das Migrações, afundou em águas internacionais, a 47 milhas náuticas (87 quilômetros) da costa da Grécia.

Após uma ampla operação de resgate, dificultada pelos fortes ventos, 104 pessoas foram resgatadas. Quatro delas estavam em condição crítica e foram transportadas de helicóptero para um hospital de Kalamata, no sul do Peloponeso.

O número de mortos pode aumentar, segundo a Guarda Costeira, que já atualizou três vezes o balanço da tragédia.

Os canais de televisão gregos exibiram imagens de sobreviventes, com mantas nas costas e máscaras no rosto, quando desciam de um iate com a palavra Georgetown, capital das Ilhas Cayman.

As autoridades gregas informaram que, no momento do naufrágio, nenhuma pessoa a bordo usava colete salva-vidas. As nacionalidades das vítimas não foram divulgadas.

Um avião de vigilância da agência europeia Frontex detectou a presença da embarcação na tarde de terça-feira, mas os passageiros "rejeitaram a ajuda", de acordo com um comunicado divulgado pelas autoridades portuárias gregas.

- Grande operação de resgate -

A operação de resgate teve a participação das patrulhas da Guarda Costeira, de uma fragata da Marinha grega, de um avião e um helicóptero da Força Aérea, além de seis barcos que já estavam na região.

"A partir das primeiras horas da quarta-feira, uma grande operação de resgate foi iniciada em Pilos, depois que um barco de pesca naufragou com um grande número de migrantes a bordo", afirmou a Guarda Costeira grega.

Tudo indica que o barco partiu da Líbia e tinha a Itália como destino, segundo as autoridades.

Também nesta quarta-feira um veleiro em dificuldades, com 80 migrantes a bordo, que navegava nas proximidades de Creta também foi resgatado e rebocado pela Guarda Costeira até o porto de Kaloi Limenes, no sul da ilha, perto da Líbia, informou a polícia portuária grega.

Grécia, Itália e Espanha são os principais destinos de dezenas de milhares de pessoas que tentam chegar à Europa, partindo da África e do Oriente Médio.

Com uma longa fronteira marítima, a Grécia é uma rota frequente de imigrantes procedentes da vizinha Turquia. O país enfrenta crescentes tentativas de entrada por vias próximas das ilhas Cíclades a até o Peloponeso, para evitar as patrulhas no Mar Egeu, mais ao norte, cenário de muitos naufrágios, muitas vezes fatais.

A Grécia é acusada, com frequência, de rejeitar "ilegalmente" a presença de barcos de migrantes.

O partido de direita do primeiro-ministro em fim de mandato, Kyriakos Mitsotakis, venceu as eleições na Grécia neste domingo (21), segundo resultados parciais, mas pode ter dificuldade para formar um governo estável diante da falta de uma maioria absoluta.

O partido Nova Democracia (ND), que está no poder há quatro anos, soma 41,1% dos votos, superando por ampla margem o Syriza (esquerda), do ex-chefe de governo Alexis Tsipras, que soma 20% dos votos, de acordo com os resultados de um terço das zonas eleitorais.

Atrás dessas duas forças estão os socialistas do partido Pasok-Kinal, com 12,6% dos votos.

Contudo, se esses resultados se confirmarem, o ND não poderá governar de forma absoluta, o objetivo manifestado por Mitsotakis, já que não conseguiria a maioria necessária para tal.

Por sua vez, Alexis Tsipras, de 48 anos, recorreu ao dirigente socialista Nikos Androulakis com vistas a uma possível aliança em caso de resultados favoráveis, mas este impôs uma série de exigências.

Em caso de impossibilidade de formar um governo, tal como projetam muitos analistas, serão convocadas novas eleições no fim de junho ou no início de julho.

O vencedor desse eventual segundo pleito gozaria de um bônus de cadeiras que poderiam lhe dar uma maioria confortável.

Durante a campanha eleitoral, Mitsotakis não deixou de defender seu desempenho econômico, referindo-se à queda do desemprego, a um crescimento de quase 6% no ano passado e à disparada do turismo.

Neste domingo, pouco depois de votar em Atenas, Mitsotakis disse que quer fazer da Grécia "um país mais forte, com um papel importante na Europa".

Tsipras, por sua vez, pediu que o país "virasse a página de quatro anos difíceis" para possibilitar "um governo justo".

A perda de poder aquisitivo por causa da inflação e os baixos salários continuam sendo uma dor de cabeça para muitas famílias, após uma década de crises e resgates financeiros internacionais que foram traduzidos em cortes nos serviços públicos e em uma redução significativa da renda para os gregos.

A dívida pública do país continua sendo de mais 170% de seu PIB. Já a inflação beirou os 10% no ano passado, agravando ainda mais as dificuldades da população.

Além disso, no fim de fevereiro, uma catástrofe ferroviária que provocou a morte de 57 pessoas, entre elas muitos estudantes, suscitou manifestações multitudinárias contra o governo conservador, acusado de negligência em matéria de segurança.

Mitsotakis, filho de um ex-primeiro-ministro e tio do atual prefeito de Atenas, também foi atingido em cheio por um escândalo de grampos ilegais voltados a dirigentes políticos e jornalistas.

Em março, o Parlamento Europeu denunciou a existência de "ameaças sérias ao Estado de Direito e aos direitos fundamentais" na Grécia.

Ao menos 32 pessoas morreram e 85 ficaram feridas na colisão de um trem de passageiros, que viajava entre Atenas e Tessalônica, e um comboio de carga, informou o corpo de bombeiros da Grécia nesta quarta-feira.

"Trinta e dois passageiros foram encontrados mortos até o momento", afirmou o porta-voz dos bombeiros, Vassilis Vathrakogiannis, em uma entrevista coletiva.

Vathrakogiannis informou que 85 pessoas ficaram feridas e "53 permanecem hospitalizadas".

As possíveis causas da colisão não foram divulgadas. A imprensa grega afirma que este é o pior acidente ferroviário da história do país.

A violência do choque foi tão intensa que as locomotivas e os vagões dianteiros foram pulverizados.

A tragédia aconteceu na altura da cidade de Lárissa, na região central do país. Um trem com 350 passageiros bateu em um comboio de mercadorias pouco antes da meia-noite de terça-feira (19H00 de Brasília).

As imagens mostram vagões de trem carbonizados em um emaranhado de metal e janelas quebradas. Outros vagões menos danificados tombaram e as equipes de emergência usavam escadas para tentar resgatar os sobreviventes.

Como um terremoto

Quase 150 bombeiros, com 40 ambulâncias, foram enviados ao local da tragédia.

"Nunca vi algo assim na minha vida. É trágico. Cinco horas depois nós encontramos corpos", afirmou um bombeiro, exausto, ao sair de uma área em que ele e sua equipe retiravam os corpos das vítimas.

"Sentimos a colisão como um grande terremoto", declarou à AFP Angelos, um passageiro de 22 anos. "Foi um pesadelo", completou.

Mecânicos e guindastes também foram enviados ao local para tentar retirar os escombros e levantar os vagões.

"A maioria dos passageiros foi resgatada", disse o porta-voz do corpo de bombeiros.

"A operação para liberar as pessoas presas está em curso e acontece em condições difíceis, devido à gravidade da colisão entre os dois trens", explicou.

Um dos vagões pegou fogo e várias pessoas ficaram presas, segundo o canal público de televisão ERT.

No canal de televisão Skai, o governador da região, Kostas Agorastros, afirmou que "mais de 250 passageiros foram levados de ônibus para Tessalônica".

"Infelizmente, o número de feridos e mortos corre o risco de ser elevado", acrescentou.

O governo organizou uma reunião de crise após o evento. O ministro da Saúde, Thanos Plevris, seguiu para o local e o ministro do Interior, Takis Theodorikakos, deve supervisionar os trabalhos com a polícia e os bombeiros.

Uma jovem, chorando, explicou ao jornal local Onlarissa que "o trem estava atrasado e parou por alguns minutos quando um grande barulho foi ouvido".

"Passamos por algo muito chocante. Não estou ferido, mas estou manchado com o sangue de outras pessoas que foram feridas ao meu lado", disse Lazos, um passageiro entrevistado pelo jornal Protothema.

"No momento do acidente, nós ficamos assustados porque as janelas quebraram. As pessoas gritavam e estavam assustadas", disse outro passageiro ao canal Skai.

Os dois hospitais da região de Lárissa receberam os feridos, segundo o jornal Onlarissa. Além disso, os hospitais militares de Tessalônica e Atenas estão de sobreaviso em caso de necessidade.

O ministro das Relações Exteriores da Grécia, Nikos Dendias, viajou para a Turquia neste domingo (12), em uma demonstração de apoio após o devastador terremoto de segunda-feira (6), apesar da rivalidade histórica entre esses dois países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Dendias foi recebido por seu homólogo turco, Mevlut Cavusoglu, segundo imagens transmitidas pelo canal estatal ERT TV, antes de embarcar em helicópteros para visitar as regiões afetadas pelo sismo.

É a primeira visita de um ministro europeu à Turquia desde o terremoto.

"Gostaria de transmitir às autoridades turcas e ao povo turco minhas mais sinceras condolências em nome do governo e de todo o povo grego", disse Dendias, em entrevista coletiva com Cavusoglu em Antióquia, uma das áreas mais atingidas.

Cavusoglu destacou, por sua vez, que "a Grécia foi um dos primeiros países que ligaram e ofereceram ajuda à Turquia após o terremoto".

Apesar de um histórico de rivalidade com a Turquia, a Grécia foi um dos primeiros países europeus a enviar equipes de resgate e ajuda humanitária na segunda-feira, poucas horas após a catástrofe.

Os dois países se opõem em questões de imigração, assim como sobre a questão dos hidrocarbonetos no Mediterrâneo.

Como países vizinhos que estão sobre falhas sísmicas, eles também têm, contudo, a tradição de ajudar uns aos outros quando há desastres naturais.

"Espero que façamos um esforço para encontrar soluções para nossas diferenças por meio do diálogo, de uma forma sincera", disse Cavusoglu.

Dendias afirmou que não é necessário outro desastre para melhorar as relações, acrescentando que os esforços da Grécia para ajudar a Turquia continuarão.

O terremoto de magnitude 7,8 deixou mais de 28.000 mortos, milhares de feridos e milhões de desabrigados.

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