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O jogador Harry Maguire, capitão do Manchester United, foi preso na madrugada desta sexta-feira (21), na ilha de Mykonos, na Grécia, após se envolver em uma briga em uma boate. De acordo com o jornal Daily Mail, o atleta e mais dois homem foram detidos. 

Harry, 27 anos, é capitão da agremiação inglesa e, em 2019, tornou-se o zagueiro com o passe mais caro do mundo ao ser comprado pela seleção por R$ 370 milhões. 

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Segundo o jornal britânico, o jogador foi visto minutos antes da confusão envolvido em uma discussão com turistas que o abordaram dentro da casa de show e testemunhas no local relataram a troca de xingamentos e de socos. 

O jogador ainda não se pronunciou sobre o ocorrido, mas o clube emitiu um comunicado sobre o caso. “O clube está ciente de um suposto incidente envolvendo Harry Maguire em Mykonos na noite de ontem. Entramos em contato com o Harry e ele está cooperando com as autoridades gregas. Por enquanto não faremos nenhum outro comentário”.

Desde o decreto de pandemia, em meados de março, a Grécia expulsou mais de mil pessoas que pediram asilo ao governo. No entanto, uma denúncia do jornal estadunidense The New York Times causou perplexidade na comunidade internacional. Segundo a publicação, em 31 ações secretas a bordo de navios, as autoridades gregas são acusadas de levarem os refugiados até o limite de território marítimo do país e os deixarem, à deriva, em botes infláveis no Mar Egeu.

Embora Atenas negue participação em qualquer ação irregular ou clandestina, o jornal afirma que as informações foram colhidas por meio de imagens registradas por veículos independentes da imprensa europeia, pesquisadores e por documentos da Guarda Costeira da Turquia.

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Em entrevista ao The New York Times, a professora síria Najma al-Khatib, 50 anos, declarou que ela e outras 22 pessoas, sendo duas crianças de colo, foram levadas de um centro prisional da Ilha de Rodes por agentes mascarados. A ação, que abandonou o grupo de refugiados em um bote inflável lotado, teria ocorrido na madrugada do último dia 26 de julho. O resgate foi realizado pela marinha turca.

"Foi muito desumano. Eu deixei a Síria por medo das bombas, mas depois do que aconteceu, eu preferia morrer por causa de uma bomba", declarou Najma ao jornal. De acordo com a Legislação Internacional da Organização das Nações Unidas (ONU), o ato do qual a Grécia é acusado viola aos Direitos Humanos. A crise imigratória no continente acirra as tensões políticas entre países e instituições como a ONU e a União Europeia desde o ano de 2015.

Seis pessoas foram presas na sexta-feira pela polícia grega por facilitar, através de iates, a travessia ilegal de migrantes da Grécia para a Itália, anunciaram neste sábado as autoridades gregas.

Detidos durante operações da polícia na ilha de Corfu e na região de Atenas, os seis indivíduos são suspeitos de pertencer a uma organização criminosa em atividade desde junho de 2019. No momento das prisões, transportavam 23 pessoas de Corfu para a Itália.

Entre os seis detidos, somente um é de origem grega.

Os membros da organização criminosa teriam adquirido diversos barcos, em particular iates capazes de transportar pelo menos 15 pessoas, cujos proprietários se apresentaram como búlgaros.

Em troca de 5.500 euros, os migrantes eram levados por terra e em grupos de quatro até Corfu, onde ficavam hospedados em hotéis.

Navegando com documentação estrangeira, os iates ficavam atracados em portos próximos aos hotéis, de onde os candidatos a viajar embarcavam discretamente.

O número de chegadas de migrantes na União Europeia, que caiu consideravelmente desde a crise de 2015, era um junho de cerca de 3.500, de acordo com os números do Alto Comissariado das Nações Unidas para os refugiados (Acnur), equivalente a um terço do total de junho de 2019.

"A Grécia está pronta para receber turistas neste verão" com toda segurança, disse o primeiro-ministro grego Kyriakos Mitsotakis nesre sábado, durante uma viagem à ilha de Santorini, na véspera da reabertura da temporada turística.

"Está tudo pronto", reiterou Mitsotakis, cujo país foi pouco afetado pelo coronavírus, com apenas 183 mortes.

"Garantimos as regras apropriadas de distanciamento social" para o retorno de turistas à Grécia de cerca de trinta países por via aérea, marítima e terrestre, a partir de segunda-feira.

"Nossa prioridade é a segurança e a saúde" dos visitantes, acrescentou o chefe de governo, que foi a uma das ilhas mais turísticas da Grécia para lançar a temporada diante de um grande número de jornalistas e membros do governo.

Em um país onde o turismo é crucial para a economia, o governo lançou uma campanha promocional proclamando que "o verão grego é mais do que o mar e o sol, é um estado de espírito".

Somente os aeroportos de Atenas e Thessaloniki estarão abertos para voos de cerca de trinta países, enquanto os aeroportos regionais, incluindo Santorini, serão inaugurados em 1º de julho.

O passageiro que for positivo para o Covid-19 terá que passar por um confinamento de 14 dias em um hotel administrado pelo Estado grego.

Longe da controvérsia científica global sobre sua eficácia contra o coronavírus, a Grécia retomou sua produção de cloroquina e continua os ensaios clínicos com este fármaco, com "tranquilidade e distância".

Evangelia Sakellariou trabalha em um laboratório grego diante das luzes verdes intermitentes de uma máquina de fabricar cápsulas. Essa química foi uma das primeiras cientistas a controlar a qualidade dos comprimidos de cloroquina usados nos hospitais do país.

Sua empresa, a Uni-Pharma, localizada em Nea Kifissia, no norte de Atenas, reativou a tempo uma antiga licença de fabricação desse medicamento, que na década de 1990 era exportado para a África para combater a malária.

"A situação era urgente em março", e "a empresa teve o reflexo de pedir à Agência Nacional de Medicamentos (EOF) para reativar uma antiga licença alguns dias antes do confinamento e do fechamento das fronteiras gregas", disse o diretor de Desenvolvimento da Uni-Pharma, Spyros Kintzios, à AFP.

Desde então, a empresa importou cinco toneladas de matérias-primas da Índia, e o laboratório se pôs "em estado de alerta", lembra Evangelia Sakellariou.

"No fim de semana de 21 de março, trabalhávamos sem parar. Estávamos sob pressão e, em 30 horas, produzimos 24 milhões de doses, que entregamos ao sistema nacional de saúde grego", relata.

"Quando vi os primeiros comprimidos, fiquei aliviada e feliz por ter feito esse esforço por uma boa causa", acrescenta Evangelia. À época, a Grécia registrava seis mortes e 464 casos de contágio pelo novo coronavírus.

O país continua sendo um dos menos afetados em comparação com seus vizinhos europeus, com um saldo até agora de 182 óbitos e cerca de 3.000 casos.

Em um contexto de concorrência internacional, "a retomada da produção de cloroquina na Grécia teve um efeito positivo sobre a indústria local, cujas exportações aumentaram nos últimos anos", disse o presidente da União Pan-Helênica da Indústria Farmacêutica, Markos Ollandezos.

A indústria grega é especializada, principalmente, na fabricação de medicamentos genéricos e alguns medicamentos de uso único.

O debate da mídia na França e em outros países sobre a eficácia da cloroquina, bem como a polêmica global após a publicação de um estudo no periódico "The Lancet", não afetaram a comunidade científica grega.

Segundo os epidemiologistas do país, a cloroquina é considerada eficaz nos estágios iniciais da doença e foi administrada em combinação com a azitromicina nos pacientes hospitalizados.

O fato de o coronavírus ter deixado poucos mortos na Grécia "não alimentou o debate sobre o tratamento", explicou Markos Ollandezos.

Em abril, a Universidade de Medicina de Atenas iniciou um estudo sobre a "ação do fosfato de cloroquina em pacientes infectados com SARS-CoV-2".

"O público, cientistas e autoridades mantiveram uma postura tranquila e distante frente à controvérsia. A ideia é esperar e ver os resultados dos estudos", completou Spyros Kintzios.

Mesmo sem bola rolando no gramado por conta do Covid-19 um grupo de hooligans na Grécia atacou a sede de uma torcida rival nesta sexta-feira (24) com coquetéis molotov. Uma pessoa foi ferida, mas ninguém detido. Toda a ação foi filmada

O grupo 'gate 13', apoiadores da equipe do Panathinaikos atacou a sede do grupo 'gate 7', ligadas ao Olympiakos. Os hooligans filmaram toda a ação que foi compartilhada nas redes sociais. Com coquetéis molotovs em punho os criminosos atearam fogo na loja e até em um carro que estava na avenida.

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O Olympiacos vem sendo acusado na Grécia de manipular uma partida em 2015 que resultou no título nacional da equipe na ocasião. A equipe pode inclusive ser rebaixada caso a falcatrua se confirme.

Confira o ataque:

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O primeiro-ministro grego Kyriakos Mitsotakis pediu aos membros de seu governo e aos deputados de sua maioria que doem a metade de seus salários para o combate ao coronavírus.

"Somos todos iguais diante da ameaça à saúde. Mas, para combatê-la, cada um deve participar de acordo com suas próprias forças", afirmou o primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis.

Também pediu "que o mundo político do país se posicione prioritariamente em solidariedade" e pediu aos membros de seu governo e de sua maioria parlamentar que cedam metade de seus salários dos próximos dois meses e espera que a oposição faça o mesmo.

O pedido teve eco imediato na nova presidente da Grécia, Katerina Sakellaropulu, que decidiu doar metade de seu salário dos próximos dois meses "devido às difíceis circunstâncias financeiras em que o país se encontra por conta da pandemia de coronavírus", segundo um comunicado.

O partido opositor de esquerda Syriza considerou que essa contribuição deveria ser "obrigatória e não opcional, já que os empregados que perderam metade de seus salários não tiveram opção".

A Grécia, que desde sua primeira morte decidiu tomar medidas drásticas contra o coronavírus, contabiliza até agora 43 mortes e 1.212 casos de COVID-19 para uma população de cerca de 11 milhões de habitantes.

Um avião proveniente da China pousou neste sábado no aeroporto internacional de Atenas transportando 500.000 máscaras de proteção respiratória, constatou um fotógrafo da AFP.

Os ministros do Desenvolvimento e da Saúde, Kostis Hadzidakis e Vassilis Kikkilias, estavam presentes no aeroporto para receber este lote, oferecido pela companhia pública de eletricidade chinesa State Grid e pela Admie, empresa grega de distribuição de eletricidade, da qual a State Grid possui 25% do capital.

O avião chegou diretamente da China, segundo os responsáveis aeroportuários gregos. O lote inclui, sobretudo, máscaras FFP2, que serão distribuidas aos hospitais, segundo a mesma fonte.

Pequim e Atenas desenvolveram há mais de uma década importantes relações comerciais, principalmente depois que grande parte dos terminais portuários do porto de Piraeus (perto de Atenas) passou ao controle da gigante chinesa Cosco.

Com seu sistema de saúde sofrendo de problemas crônicos e com a recente crise da dívida (2010-2018), a Grécia enfrenta uma escassez de equipamentos médicos e, principalmente, de máscaras.

A pandemia de coronavírus (Covid-19) matou dez pessoas no país nos últimos nove dias, enquanto 495 casos foram registrados, sendo os testes de triagem realizados principalmente em pacientes suspeitos.

Desde a primeira morte, em 12 de março, o governo adotou medidas estritas para limitar "viagens desnecessárias", indo do fechamento de estabelecimentos de ensino, parques e instalações de entretenimento até a proibição de reuniões de mais de dez pessoas.

O Ministério da Defesa Civil continua instando os cidadãos a "ficar em casa", alertando que o confinamento geral será decidido se essas recomendações não forem seguidas.

O revezamento da chama olímpica dos Jogos de Tóquio-2020 foi interrompido nesta sexta-feira (13) na Grécia devido ao elevado número de espectadores nas ruas, o que aumenta o risco de propagação do coronavírus, anunciou o comitê olímpico grego.

"Em função da presença importante da população no trajeto da chama em Esparta, e apesar das recomendações repetidas ao público de não se aglomerar, o Comitê Olímpico grego tomou a difícil decisão de interromper a programação do revezamento da chama em território grego", explicou a entidade em comunicado.

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O ator grego-americano Billy Zane (Titanic) e o britânico Gerard Butler, que encarnou o rei Leônidas de Esparta no cinema, foram algumas das pessoas que participaram do revezamento.

O comitê grego informou que a chama olímpica será entregue à delegação japonesa do comitê organizador de Tóquio-2020, como estava previsto para 19 de março no estádio Panatenaico de Atenas, "sem público".

A chama olímpica havia sido iluminada na quinta-feira (12) na antiga cidade de Olímpia, também sem espectadores, devido ao coronavírus. Somente uma centena de convidados presenciaram a cerimônia.

O plano inicial era que a chama passasse por 31 cidades e 15 sítios arqueológicos na Grécia, em um trajeto de 3.200 quilômetros. Segundo o último balanço, 117 pessoas foram contagiadas pelo coronavírus na Grécia, com uma morte.

A Grécia negou nesta quarta-feira a existência de um centro de detenção secreto e extrajudicial para deter migrantes que chegam ao país e, depois, expulsá-los.

"Não há nenhum centro de detenção secreto na Grécia", disse a jornalistas o porta-voz do governo, Stelios Petsas.

"Tudo relativo à vigilância das fronteiras ou à segurança é transparente. A Constituição, o direito grego e as normas europeias imperam", ressaltou.

Mais cedo, o jornal New York Times assegurou ter confirmado a existência de um centro de detenção perto de Poros, no noroeste da Grécia.

"O centro extrajudicial é uma das táticas usadas pela Grécia para evitar uma repetição da crise migratória de 2015", escreveu o NYT.

O jornal diz ter confirmado a existência do centro em questão graças a imagens de satélite. Também entrevistou um sírio expulso para Turquia que contou ter estado lá.

Atenas sempre negou que devolvesse à Turquia os migrantes que cruzam sua fronteira. Na semana passada, uma fonte do governo garantiu à AFP que não há "devoluções", já que o governo apenas "impede a entrada, o que é muito diferente".

Jornalistas da AFP viram, ao longo da fronteira, soldados gregos encapuzados prendendo migrantes em veículos militares. Alguns refugiados estavam em furgões sem placa.

Desde 28 de fevereiro, quando a Turquia anunciou a abertura de suas fronteiras, milhares de migrantes chegaram à fronteira com a Grécia, no rio Evros. Muitos conseguiram cruzar o rio e entrar em território grego.

A Comissão Europeia pediu às autoridades gregas que "investigassem qualquer acusação de práticas ilegais ou violentas" e destacou que o assunto será mencionado durante uma visita a Atenas, na quinta-feira, da presidente Ursula von der Leyen e da comissária Ylva Johansson.

"As autoridades gregas têm a difícil tarefa de administrar uma situação excepcional, mas devem fazê-lo com total respeito aos direitos fundamentais e agir de maneira controlada", disse um porta-voz do Executivo europeu, Adalbert Jahnz.

A Grécia impediu a entrada de 9.972 imigrantes na região do rio Evros, fronteira com a Turquia e a Bulgária, entre as 4h da manhã de sábado (29) e o mesmo horário deste domingo (1º). Em reação, o primeiro-ministro grego Kyriakos Mitsotakis convocou uma reunião emergencial da segurança nacional do País.

Somente nas últimas 24 horas, 73 migrantes foram presos, somando os 66 que haviam sido presos anteriormente, segundo comunicado divulgado pelo governo grego. De acordo com a ONU, no sábado, cerca de 13 mil migrantes estavam na fronteira entre os dois países.

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As forças armadas e a polícia gregas reforçaram suas patrulhas ao longo do rio Evros e alertaram os migrantes, através de alto-falantes, que a entrada no País é proibida. A área, no entanto, é muito ampla e difícil de monitorar. As autoridades gregas usam drones para tentar localizar grupos de migrantes e monitorar seus movimentos.

Histórico

A Turquia anunciou na sexta-feira, 28, que abriria as fronteiras terrestres e marítimas para permitir a migração da população à Europa. A decisão reacendeu o medo de uma nova crise migratória semelhante à que abalou o Velho Continente em 2015.

O primeiro-ministro da Grécia, Kyriakos Mitsotakis, afirmou que não vai tolerar nenhuma entrada ilegal de imigrantes provenientes da Turquia em seu país. "Quero ser claro: não será tolerada nenhuma entrada ilegal", escreveu Kyriakos Mitsotakis no Twitter.

Antes, ele também afirmou que a Grécia tinha reforçado a segurança de suas fronteiras com a Turquia após a tentativa de centenas de pessoas cruzarem o posto fronteiriço de Kastanies. O chefe de gabinete grego e o ministro da Proteção ao Cidadão chegaram à região depois que o governo decidiu aplicar mais "severidade" no controle de fronteira.

Na crise migratória de 2015, a Grécia foi a principal porta de entrada na Europa para centenas de milhares de migrantes, principalmente da Síria, para escapar da guerra civil.

(Com agências internacionais)

O Ministério de Saúde da Grécia anunciou nesta quarta-feira o primeiro caso de infecção por coronavírus no país.

A vítima é uma mulher de 38 anos de Thessaloniki, a segunda cidade mais populosa da Grécia. A paciente, que havia viajado para o norte da Itália, está bem e em observação.

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A juíza Ekaterini Sakellaropoulou, de 63 anos, foi eleita nesta quarta-feira (22) presidente da República e se tornou a primeira mulher na história da Grécia a ocupar este cargo essencialmente simbólico.

A atual presidente do Conselho de Estado, principal tribunal grego para casos contencioso-administrativos, foi eleita em primeiro turno, por indicação do primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis, por 261 votos a favor, sobre um total de 300 deputados.

"Ekaterini Sakellaropoulou é eleita presidente da República", declarou o presidente do Parlamento, Costas Tassoulas.

Essa magistrada experiente, especialista em direito ambiental, prestará juramento em 13 de março, no mesmo dia em que termina o mandato de seu antecessor, o conservador Prokopis Pavlopoulos.

Ekaterini Sakellaropoulou é a candidata da "unidade" e do "progresso". Assim foi apresentada pelo chefe do governo conservador, que a elegeu para esse cargo porque sua figura transcende as divisões partidárias.

Após receber os mais de 200 votos exigidos pela Constituição, a nova presidente foi eleita para um mandato de cinco anos renovável pelos deputados do partido conservador no poder Nova Democracia, do Syriza, o partido de esquerda do ex-primeiro-ministro Alexis Tsipras, e do movimento de centro-esquerda Kinal.

Assim que seu nome apareceu entre os candidatos, em 15 de janeiro, a candidata obteve imediatamente o consenso geral em uma sociedade muito patriarcal, que está atrás de alguns países europeus em termos de paridade.

Sem ir mais longe, o primeiro-ministro que a propôs foi criticado por ter nomeado apenas duas mulheres ministras em seu governo.

Na Grécia, onde uma em cada cinco mulheres está desempregada, Sakellaropoulou abriu caminho quando se tornou a primeira mulher a liderar o tribunal administrativo mais importante do país em outubro de 2018, durante o governo do primeiro-ministro Alexis Tsipras.

"Sempre trabalhou firmemente pela justiça, pela proteção dos direitos individuais e pela neutralidade religiosa do Estado. Sua eleição recompensará os valores progressistas que sempre defendeu como juíza", elogiou Alexis Tsipras, agora líder da oposição de esquerda.

Formada em direito constitucional e ambiental em Atenas e Paris, essa juíza defendeu os direitos dos refugiados, minorias e liberdades civis. Mas se destacou, acima de tudo, nos casos de proteção ambiental, nos quais sempre se preocupou em preservar os investimentos em uma Grécia atingida por uma década de crise.

Assim, a magistrada foi criticada por ter defendido um polêmico projeto de investimento de uma empresa de mineração canadense no norte do país. Sem militância política, essa feminista, divorciada e mãe de um filho, passa a ocupar a chefia do Estado.

Chefe de Estado e das Forças Armadas, o presidente têm funções bastante simbólicas na Grécia. Segundo a Constituição, pode declarar guerra, mas sempre sob a supervisão do governo.

"Esta nomeação é uma conquista estratégica e significativa que abrirá novas perspectivas para o futuro", considerou o editorialista Elias Maglinis no jornal conservador Kathimerini.

A Grécia exigiu, nesta sexta-feira (17), a anulação de um acordo turco-líbio sobre a divisão das águas no Mediterrâneo, ao receber seu aliado, o marechal Khalifa Haftar, homem forte do leste da Líbia que se opõe ao governo de Trípoli, a dois dias da Conferência de Paz de Berlim.

Atenas não foi convidada para a Conferência de Berlim, que pretende lançar um processo de paz na Líbia sob o patrocínio da ONU. Anunciou, contudo, que vetará na União Europeia (UE) qualquer pacto de paz na Líbia, se não forem anulados os acordos Ancara-Trípoli.

"A Europa tem uma posição comum e reconhece que este acordo é nulo e sem efeito", declarou o ministro grego dos Assuntos Exteriores, Nikos Dendias, após se reunir com o marechal Haftar.

A Grécia se opõe aos acordos firmados em 27 de novembro pelo chefe do Governo de União Nacional (GNA, reconhecido pela ONU), Fayez Al Sarraj, e pelo presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, principal apoio de Sarraj frente ao marechal Haftar.

Estes acordos permitem à Turquia defender seus direitos sobre vastas zonas do Mediterrâneo oriental. Segundo o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, seu país começará "o quanto antes" a fazer prospecções nessas disputadas áreas ricas em hidrocarbonetos.

"A Grécia não participa da Conferência de Berlim. Esperamos que a Alemanha seja a guardiã da posição europeia sobre a Líbia", frisou.

Em um comunicado conjunto publicado há uma semana, Chipre, Egito, França e Grécia consideraram estes acordos "nulos".

Haftar chegou na quinta à noite a Atenas, em um avião particular. Conforme fontes ligadas à visita, será recebido pelo premiê Kyriakos Mitsotakis.

- Trégua -

Dotada das maiores reservas de petróleo na África, a Líbia é palco da violência e das lutas de poder desde a queda e a morte do ditador Muamar Khadafi em 2011, após uma revolta popular e uma intervenção militar liderada por França, Grã-Bretanha e Estados Unidos.

As forças do marechal Haftar iniciaram em abril de 2019 uma ofensiva para derrubar as autoridades de Trípoli. Mais de 280 civis morreram nos confrontos, assim como mais de 2.000 combatentes, segundo a ONU. Cerca de 146.000 líbios fugiram dos combates.

Ancara apoia militarmente o governo de Sarraj. Erdogan já anunciou o envio de tropas para a Líbia, com o objetivo de ajudar o GNA a conter as forças de Haftar. Este último conta com o apoio dos Emirados Árabes Unidos e do Egito, dois adversários da Turquia.

Ontem, a assessoria de Sarraj confirmou que ele participará da conferência internacional em Berlim. Em Benghazi, o marechal recebeu o ministro alemão das Relações Exteriores, Heiko Maas.

Haftar "prometeu respeitar o cessar-fogo" e "claramente indicou que quer contribuir para o sucesso da conferência de Berlim e, em princípio, está disposto a participar" dela, tuitou o chefe da diplomacia alemã, após o encontro.

Vários países estarão representados em Berlim, entre eles Rússia, Turquia, Estados Unidos, China, Itália e França.

Grécia, Chipre e Israel devem assinar, nesta quinta-feira (2), um acordo sobre o gasoduto EastMed, um grande projeto para o Mediterrâneo oriental, onde a exploração de hidrocarbonetos continua a alimentar as tensões com a Turquia.

Após as reuniões previstas entre o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, o presidente cipriota Nicos Anastasiades e o primeiro-ministro grego Kyriakos Mitsotakis, os três líderes assinarão solenemente em Atenas este acordo "interestatal" às 16h30 GMT (13h30, horário de Brasília).

O objetivo é fazer desses três países um elo importante na cadeia de suprimento de energia da Europa, mas também mostrar sua determinação contra as reivindicações de Ancara, que cobiça os depósitos energéticos da região.

Ao partir de Israel esta manhã com o ministro da Energia, Yuval Steinitz, Benjamin Netanyahu disse em comunicado que "a aliança dos três países é de enorme importância para o futuro da energia de Israel e ara estabilidade na região".

Por sua vez, o ministro grego da Energia e do Meio Ambiente, Kostis Hatzidakis, afirmou no canal de televisão grego Antena que o gasoduto é "um projeto de paz e cooperação no Mediterrâneo oriental (...) apesar das ameaças turcas".

Com 1.872 km de extensão, o EastMed deve permitir o transporte de entre 9 e 11 bilhões de metros cúbicos de gás natural por ano a partir das reservas offshore ao largo do Chipre e de Israel para a Grécia, bem como à Itália e outros países do sudeste da Europa, graças aos gasodutos Poseïdon e IGB.

Um pré-acordo será assinado à tarde no ministério do Meio Ambiente e da Energia da Grécia entre a Depa e o consórcio israelense-americano Energean Oil&Gas, que explora o importante campo de gás Leviathan em Israel.

Para Atenas e Nicósia, "a aceleração dos procedimentos relativos ao projeto EastMed é um meio de Atenas contrariar as tentativas da vizinha Turquia de impedir o projeto", comentou o jornal grego Kathimerini na quarta-feira.

As reservas de gás e petróleo ao largo do Chipre provocaram uma disputa com a Turquia, cujo exército ocupa o terço norte deste país membro da UE.

Chipre assinou seu primeiro acordo de exploração de gás no início de novembro com um consórcio de empresas Shell, American Noble e Delek.

Mas Ancara, que desafia o direito do Chipre de explorar os recursos energéticos, multiplicou os atos de força nos últimos meses, enviando navios de perfuração para a Zona Econômica Exclusiva de Chipre (ZEE), apesar dos avisos de Washington e da UE.

O presidente grego Prokopis Pavlopoulos assinou um certificado de naturalização honorário para o ator americano Tom Hanks, "um apaixonado pela Grécia", anunciou a agência de notícias grega ANA.

O ator americano Tom Hanks é casado com Rita Wilson, atriz, cantora e produtora de origem grega.

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Rita Wilson produziu o filme "Casamento Grego" (2002), uma comédia que retrata uma família de imigrantes gregos nos subúrbios de Chicago muito apegada às suas origens e tradições.

Tom Hanks e Rita Wilson possuem uma casa de férias na ilha grega de Antiparos, onde passam todos os verões e costumam compartilhar fotos de suas escapadas paradisíacas pela Grécia nas redes sociais.

Tom Hanks, de 63 anos, é um ator de sucesso, um dos mais bem pagos de Hollywood, que já recebeu o Oscar de Melhor Ator duas vezes pelos filmes "Filadélfia" (1993) e "Forrest Gump" (1994).

Em 2016, Tom Hanks foi nomeado cavaleiro da Ordem Nacional da Legião de Honra pelo presidente da República francesa François Hollande e o presidente dos Estados Unidos Barack Obama lhe concedeu a Medalha Presidencial da Liberdade.

Dois refugiados, um iraquiano e outro afegão, enforcaram-se no norte da Grécia, anunciou nesta quinta-feira a ONG Fórum Grego de Refugiados.

“Temos notícias terríveis (...), dois jovens cometeram suicídio ontem e hoje”, em Mouries, norte da Grécia e perto da fronteira com a República da Macedônia do Norte, informou a ONG em comunicado.

Segundo o Fórum Grego de Refugiados, os dois homens estavam alojados em um hotel que abriga entre 350 e 400 solicitantes de asilo.

O primeiro suicida, um afegão de 32 ou 33 anos e pai de dois filhos, foi encontrado quarta-feira perto de uma ponte não muito longe do prédio onde estava hospedado.

O segundo, um jovem iraquiano, na casa dos trinta, foi encontrado pendurado nesta quinta-feira em um corredor do hotel.

A ONG “Médicos Sem Fronteiras” denunciou no final de novembro um número crescente de crianças refugiadas que haviam cometido tentativas de suicídio em campos sórdidos de refugiados.

O governo grego anunciou nesta quarta-feira (20) que irá fechar num futuro próximo os três maiores campos de imigrantes nas ilhas de Lesbos, Samos e Chios, no Mar Egeu.

Esses três campos superlotados serão substituídos por estruturas fechadas de 5.000 vagas cada, construídas nas três ilhas próximas à Turquia, que recentemente viram um aumento nas chegadas de imigrantes.

Essas estruturas triplicarão a capacidade de recepção, que, no entanto, permanecerá insuficiente.

"Descongestionar as ilhas é a prioridade neste momento", disse o coordenador especial do governo para os migrantes, Alkiviadis Stefanis, em entrevista coletiva.

Os três campos superlotados de Lesbos, Samos e Chios têm uma capacidade total de 4.500 pessoas, mas agora abrigam mais de 27.000.

Os campos serão fechados em uma data que não foi especificada.

As novas estruturas serão fechadas, para que os futuros ocupantes não possam circular livremente nas ilhas enquanto as autoridades estudam seu pedido de asilo.

No caso de resposta positiva, serão enviados para outras áreas da Grécia. No caso de resposta negativa, enviados à Turquia.

Dois outros campos, o de Kos e o de Leros, serão reformados e ampliados, disseram as autoridades.

O governo do primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis começou a transferir centenas de requerentes de asilo das ilhas para o continente, com o objetivo de realocar cerca de 20.000 até o final de 2019.

O ministério da Proteção do Cidadão anunciou que 40.000 pessoas chegaram à Grécia nos últimos quatro meses.

Somente no último final de semana, 1.350 pessoas chegaram às ilhas do Mar Egeu, anunciou a Guarda Costeira grega.

A polícia da Grécia encontrou nessa segunda-feira (4) 41 migrantes escondidos em um caminhão frigorífico no norte do país durante uma blitz de rotina.

Algumas pessoas apresentavam problemas respiratórios em razão do ambiente sufocante. Segundo os policiais, o fato de o sistema de refrigeração não estar ligado, pois a temperatura poderia atingir -25ºC, evitou uma tragédia.

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Os imigrantes, de origem afegã, eram na maioria homens de 20 e 30 anos, embora um pequeno grupo de menores de idade também viajasse no caminhão, que havia cruzado a fronteira com a Turquia. (Com agências internacionais)

As autoridades gregas disseram neste sábado que, no total, cinco navios, incluindo um grego, são suspeitos da mancha de óleo que polui mais de 2.000 km de litoral no Nordeste do Brasil, após inspeções das autoridades brasileiras.

"Investigações realizadas no Brasil mostraram que cinco navios de diferentes países são suspeitos, incluindo um grego", disse à AFP um chefe da assessoria de imprensa da polícia portuária grega, subordinada ao Ministério da Marinha Mercante.

A fonte, que solicitou o anonimato, não forneceu os nomes dos navios ou a quais empresas pertencem.

Ele apenas enfatizou que "as autoridades gregas realizarão verificações escrupulosas se esses navios atracarem em um porto do país", sem fornecer mais informações sobre o assunto.

Na sexta-feira, as autoridades brasileiras anunciaram que o "Bouboulina", um navio-tanque de bandeira grega, era o "principal suspeito" dessa mancha negra.

Segundo uma porta-voz do Ministério da Justiça brasileiro, a empresa proprietária do navio é a Delta Tankers e está sediada em Atenas.

A origem da mancha de óleo, que surgiu em julho, era um mistério há semanas.

O Ministério da Defesa, a Marinha e a Polícia Federal brasileiros explicaram, em uma declaração conjunta, que identificaram, graças a dados de satélite, um navio de bandeira grega que estava transportando petróleo bruto de um terminal de petróleo na Venezuela e estava indo para a África do Sul .

O site G1 acompanhou a jornada do navio grego "Bouboulina", atualmente na África do Sul: depois de ficar nos Estados Unidos por quatro dias devido a problemas técnicos, ele reabasteceu na Venezuela antes de continuar para a Malásia e depois para a África do Sul.

Por seu lado, a polícia portuária grega indicou que os cinco navios suspeitos "deixaram o Brasil", mas não especificaram seu destino.

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