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A polícia da Grécia recuperou uma obra Picasso roubada em 2012 da Galeria Nacional de Atenas e prendeu um suspeito, anunciaram as autoridades.

O quadro "Cabeça de mulher" foi recuperado na zona rural de Keratea, 45 km ao sudeste de Atenas, informou a agência estatal ANA.

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A tela cubista de Picasso representa um busto de mulher e foi um presente do pintor espanhol ao povo grego em 1949, por sua resistência contra as forças nazistas. Tem uma dedicatória, escrita em francês, que afirma: "Para o povo grego, uma homenagem de Picasso".

No mesmo local foi encontrado outro quadro do holandês Piet Mondrian, do ano de 1905, que também havia sido roubado, de acordo com a agência.

Em janeiro de 2012, as duas obras, assim como um desenho em papel do artista italiano Guglielmo Caccia, conhecido como Il Moncalvo (1568-1625), que representa o êxtase de um santo, foram roubadas da Galeria, aproveitando as falhas nos sistemas de segurança do museu, que fica no centro de Atenas.

O roubo durou apenas sete minutos, tempo que dois homens levaram para retirar as obras das molduras.

Um relatório oficial concluiu que os sistemas de segurança não eram renovados desde 2000. Diversas áreas do museu não tinham câmeras de segurança e os alarmes não funcionavam de maneira correta.

Na noite do roubo, os ladrões provocaram o disparo dos alarmes diversas vezes, sem entrar no edifício, com o objetivo de despistar os seguranças. Eles entraram no museu apenas durante o amanhecer e foram surpreendidos por um guarda, que impediu que levassem um segundo quadro de Mondrian.

O crime aconteceu em plena crise econômica do país, marcada por muitas demissões. Meses depois, o museu de Olimpia também sofreu um grande roubo de antiguidades.

Dezenas de objetos valiosos foram roubados por dois homens de máscara e armados. Os bens foram encontrados meses depois, graças a um homem que tentou vender um anel de ouro de 3.000 anos para uma pessoa, mas sem saber que era um policial. Meses depois, sete homens foram condenados a penas que chegaram a sete anos de prisão.

A maison Dior retomou nesta quinta-feira (17) os desfiles abertos ao público, com uma apresentação ao som de fogos de artifício para lançar sua coleção cruise 2022 no Estádio Panatenaico, sede dos primeiros Jogos Olímpicos da era moderna.

Na presença de celebridades, como a atriz Catherine Deneuve, a modelo Cara Delevingne e a presidente da Grécia, Katerina Sakellaropoulou, a marca mostrou criações inspiradas na antiguidade e na vestimenta tradicional grega. "Tenho muito interesse pelo artesanato, é a minha paixão", disse à AFP a diretora criativa da Dior, Maria Grazia Chiuri.

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As coleções cruise são apresentadas entre as coleções primavera/verão e outono/inverno, e as casas francesas as lançam com frequência em outros países. O evento em Atenas mistura "o poder da tradição com a inventividade contemporânea", informou a Dior.

A túnica tradicionalmente usada pelas mulheres na Grécia antiga foi "uma inspiração chave" para as túnicas do desfile. A coleção, a maioria em preto, branco, cinza, dourado e azul, inclui peças esportivas e terninhos inspirados naqueles usados por Marlene Dietrich.

A Grécia espera com muita expectativa o retorno dos turistas, vitais para sua economia, a partir desta sexta-feira (14), após sete meses de confinamento.

"Deixamos para trás as nuvens negras do medo e da insegurança", proclamou o ministro grego do Turismo, Harry Theocharis, ao anunciar oficialmente a temporada de verão na quinta-feira à noite no Templo de Poseidon, perto de Atenas.

Ele também mencionou a "grande impaciência dos turistas estrangeiros" para aproveitar o sol e o mar no país.

Na área antiga de Creta, restaurantes e cafés finalizavam os preparativos.

Confinada desde 7 de novembro, a Grécia anunciou de um dia para o outro o fim de todas as restrições à circulação no país, tanto por terra como por mar, para o retorno dos turistas.

O governo acabou com o confinamento perimetral e as autorizações de saída por SMS, além dos controles policiais e multas.

Em toda a Grécia, os museus também reabrem as portas nesta sexta-feira. As áreas abertas dos restaurantes foram autorizadas a retomar as atividades no início de mês.

A única condição que persiste parra viajar na Grécia é estar vacinado ou apresentar teste negativo para covid.

O governo afirma que os exames de diagnóstico em larga escala e a vacinação permitirão que os turistas, assim como os gregos, viajem com total segurança.

Antes de autorizar o retorno do turismo, o governo grego iniciou uma campanha massiva de vacinação, especialmente nas ilhas.

"Todas as nossas ilhas estarão totalmente protegidas até o final de junho. Até agora, um terço delas já foram vacinadas", anunciou o ministro do Turismo.

No total, mais de 3,8 milhões de pessoas receberam pelo menos uma dose do imunizante em um país de 11 milhões de habitantes.

O retorno dos turistas a Creta, Mykonos e Santorini, entre outras ilhas idílicas, é vital para um país onde o turismo representava 25% da receita antes da pandemia.

O país abriu as fronteiras em meados de abril para as pessoas vacinadas, com o objetivo de iniciar a temporada turística antes de concorrentes como Espanha ou França.

Em Creta, o principal aeroporto da cidade espera 15 voos nesta sexta-feira e 24 no sábado, a maioria procedentes da Alemanha.

No total, 150 voos internacionais estão previstos para os aeroportos do país entre sexta-feira e sábado.

Mas o início da temporada sofreu um primeiro revés após a decisão do Reino Unido de manter a quarentena obrigatória no retorno da Grécia. A ilha de Kalymnos, muito apreciada pelos britânicos, segue confinada devido às elevadas taxas de infecção.

A Grécia registra diariamente mais de 2.000 casos de covid-19, a maioria em Atenas, e os hospitais continuam preocupados.

Quase 25% da população em ativa da Grécia vive do turismo. Mas na ilha de Kos, no Mar Egeu, os profissionais do setor esperam obter "metade da receita de 2019", afirmou George Segredos, dono de um bar na praia.

Com as restrições de viagens ainda em vigor na Europa, o setor hoteleiro espera chegadas significativas de turistas a partir do fim de junho ou início de julho.

Sentado em uma cadeira em frente ao dispensário de Elafonisos, Panagiotis Aronis, residente desta pequena ilha turística na ponta da península do Peloponeso, no sul da Grécia, espera sua vez de receber a segunda dose da vacina contra a covid-19.

A Grécia tem se esforçado para vacinar os habitantes de dezenas de pequenas ilhas nos mares Egeu (leste) e Jônico (oeste) antes de se concentrar nas maiores antes do início oficial da temporada turística, em meados de maio.

Uma van transportando centenas de doses da vacina em caixas especiais está estacionada em frente ao dispensário.

O veículo chegou na sexta-feira de manhã a bordo do ferry "Elafonisos", que liga a ilha ao porto vizinho de Pounta, na Grécia continental.

No final do dia, após terminar a vacinação no dispensário, ela se dirigiu a um lar de idosos para continuar sua tarefa.

- A vacina "escudo" -

A prefeita de Elafonisos, Efi Liarou, garante que "70% da população da ilha será vacinada até meados de maio, o que constitui uma espécie de escudo para os habitantes".

"É uma etapa muito importante que garante a abertura da temporada turística e passa uma mensagem de otimismo", frisa, satisfeita com a "identidade covid-free" da sua ilha de 18km2.

Elafonisos recebe 200.000 turistas anualmente, mas no ano passado foram poucos os visitantes devido à pandemia. A indústria do turismo sofreu um duro golpe.

"O ritmo de vacinação nas ilhas é rápido" porque o transporte das vacinas é complicado e a operação deve ser feita em pouco tempo, explica Marios Themistokleous, secretário-geral da Previdência Social, da ilha de Iraklia, no Egeu, onde viajou com a ministra da Saúde, Vassilis Kikilias, para fiscalizar o processo.

O país de 10,7 milhões de habitantes registrou quase 10.000 mortes desde o início da pandemia em março de 2020, a maioria delas nos últimos meses.

- "Um novo começo" -

Para se preparar para a temporada turística, da qual depende sua economia, como a maioria dos países do sul da Europa, a Grécia começou a abrir progressivamente escolas e comércios não essenciais em abril.

No dia 3 de maio, as áreas externas dos cafés e restaurantes vão reabrir.

A aviação civil suspendeu na última segunda-feira a quarentena obrigatória de sete dias - em vigor até então - para viajantes residentes permanentes de países membros da União Europeia, do espaço Schengen, Reino Unido, Estados Unidos, Israel, Sérvia e Emirados Árabes Unidos.

Os visitantes devem apresentar certificado de vacinação ou teste de coronavírus negativo de menos de 72 horas.

Centenas de pessoas em cidades do centro da Grécia tiveram que passar uma segunda noite consecutiva, de quinta (4) para esta sexta-feira (5), em tendas ou em seus carros, após um novo forte terremoto que atingiu a região de Larissa, sem causar vítimas até o momento.

"Felizmente, não tivemos vítimas aqui", afirmou à AFP Chryssoula Katsiouli, funcionária da prefeitura de Elasona, município próximo às cidades de Damasi, Mesochori, Amouri, Domeniko e Tirnavos, que foram afetadas pelo terremoto.

De magnitude 5,6 - de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) - e 5,9 - segundo o Observatório de Atenas -, o terremoto de quinta-feira à noite ocorreu no dia seguinte a um de 6,3 que deixou onze feridos.

Mais de 300 casas, principalmente construções antigas, hospitais, escolas e igrejas sofreram danos e centenas de tendas de campanha foram montadas no estádio Damasi para receber os desabrigados.

De acordo com Katsiouli, o terremoto de quinta-feira à noite desencadeou uma nova onda de pânico nos vilarejos localizados cerca de 250 km ao norte de Atenas, onde "novas tendas de campanha" estão sendo instaladas para atender às necessidades dos habitantes locais.

"Todos nós ficamos com muito medo. As pessoas saíram de suas casas novamente na quinta-feira à noite e muitas passaram a noite em seus veículos", contou.

O prefeito de Tessália, Konstantinos Agorastos, disse nesta sexta-feira na televisão pública Ert que não houve novos deslizamentos de terra após o segundo terremoto, mas que "a condição dos edifícios danificados na quarta-feira piorou".

"As pessoas têm medo de ir para casa ou para hotéis", declarou ele à imprensa, antes de participar de uma reunião em Larissa com autoridades da Defesa Civil e prefeitos da região.

Um funcionário da assessoria de imprensa do corpo de bombeiros informou à AFP que "rochas caíram em Kalabaka perto de Meteors", um sítio geológico declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco, que compreende cerca de vinte mosteiros ortodoxos, 90 km a noroeste do epicentro do tremor.

O terremoto de quinta-feira ocorreu 5 km ao norte do epicentro do de quarta-feira, que foi localizado a 16 km de Elasona, segundo informou à imprensa o sismólogo grego Efthymis Lekkas, estimando que não se tratou de um tremor secundário, mas de um novo terremoto.

Vários tremores secundários entre 4,1 e 5,7 foram registrados após os dois terremotos que sacudiram a região.

Vários fotógrafos e um advogado acusaram, nesta terça-feira (2), na Grécia, a rede social Facebook de censura, por ter removido as fotos de uma manifestação a favor de um preso de extrema esquerda em greve de fome.

Cerca de 3.000 pessoas protestaram na segunda-feira em frente ao Parlamento de Atenas em solidariedade a Dimitris Kufodinas, que está em greve de fome desde janeiro e se encontra internado na UTI de um hospital.

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Kufodinas, de 63 anos, chefe do grupo "17-novembro", iniciou uma greve de fome para pedir sua transferência para uma prisão de Atenas, perto de sua família. Está preso há quase 18 anos e foi condenado à prisão perpétua pelo assassinato de 11 pessoas.

O Facebook considerou que as publicações relacionadas ao ativista "vão contra as normas relacionadas a indivíduos e organizações perigosas".

"O Facebook removeu minhas publicações por terem violado as normas da rede social", disse em sua página Tatiana Bolari, que trabalha para a agência de fotografias grega Eurokinissi.

"Sendo assim, esta manifestação NÃO aconteceu (...), eu NÃO ESTAVA, e ninguém estava", denunciou.

Lefteris Partsalis, um fotógrafo freelancer que trabalha para a CNN na Grécia, disse que a rede social não permitirá a transmissão ao vivo de vídeos por um mês após ter publicado fotos do mesmo protesto na segunda-feira.

"Milhares de pessoas se reuniram para protestar de forma pacífica", disse.

Outro fotógrafo, Marios Lolos, que trabalha para a agência chinesa Xinhua, também relatou que suas fotos foram censuradas.

O advogado de direitos humanos Thanassis Kampagiannis, que também participou da manifestação, disse que o Facebook também colocou restrições para sua conta.

A advogada de Kufodinas disse nesta terça-feira que seu cliente está "entre a vida e a morte, quase em coma".

As autoridades indicaram que deram ordens ao hospital para "tomar as medidas necessárias" e manter o detido com vida.

Em Atenas, na Grécia, as autoridades de saúde anunciaram que 70 unidades de terapia intensiva especializadas serão adicionadas aos hospitais de Atenas, visto que as altas taxas de hospitalização quase preencheram as disponíveis.

A área de Atenas, juntamente com várias outras em todo o país, está fechada até 8 de março, com a maioria das lojas sem funcionamento, escolas operando com ensino à distância e toque de recolher às 21h. Muitos especialistas discutem estender a medida por pelo menos mais uma semana.

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Neste domingo, as autoridades anunciaram 1.269 novos casos de Covid-19, juntamente com 36 mortes.

Com isso, o número de casos confirmados desde o início da pandemia chega a 191.100, com 6.504 mortes. Existem 391 pacientes em ventiladores em UTI, número próximo a um recorde.

*Com informações da Associated Press (AP)

Uma forte nevasca atingiu Atenas e outras regiões da Grécia nesta terça-feira (16) e cobriu de branco a Acrópole, sítio arqueológico e importante patrimônio mundial, e todo o centro da capital. A neve forçou a interrupção de serviços de transporte e até a vacinação contra a Covid-19.

A neve é comum na região de montanhas e no norte do país, mas raramente atinge a capital. Em 2019, uma outra nevasca do tipo chegou até Atenas. Nas sacadas de suas casas e nas ruas, atenienses se arriscavam com cuidado para registrar o momento.

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A frente fria atinge o país enquanto os moradores são mantidos em "lockdown" devido a um aumento recente no registro de infecções pelo novo coronavírus. As restrições, que passaram a vigorar no dia 11 de fevereiro e devem durar duas semanas, atingem escolas e o comércio, além de incluir um toque de recolher noturno.

O porta-voz dos bombeiros de Atenas, Vassilis Vathrakoyannis, disse a uma TV local que o serviço já havia recebido mais de 600 ligações. "A maior parte das chamadas se devem a árvores que caíram e pessoas que ficaram presas em seus veículos durante a nevasca", afirmou. "A vacinação foi suspensa, mas auxiliamos no transporte de equipes médicas e também de eletricistas para o conserto de redes de energia que foram danificadas", completou.

Apesar do clima congelante, a situação deve mudar radicalmente até o final da semana. A expectativa é que as temperaturas já cheguem aos 14ºC na quinta-feira, 18. (Fonte: Associated Press).

A Inglaterra voltou nesta quinta-feira (5) ao confinamento contra o coronavírus, uma medida que será aplicada na Grécia a partir de sábado para tentar frear a implacável segunda onda de uma pandemia que castiga toda a Europa e tampouco dá trégua nos Estados Unidos, país que registrou o recorde de 100.000 novos casos em apenas um dia.

A princípio, durante quatro semanas, os 56 milhões de ingleses serão autorizados a sair de casa apenas para comprar comida, comparecer ao médico, praticar exercícios ou seguir até o trabalho, quando não for possível adotar o 'home office'.

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País mais afetado da Europa pela pandemia, o Reino Unido registra quase 48.000 mortes provocadas pela covid-19, com 492 vítimas fatais apenas na quarta-feira, o maior balanço diário desde maio.

Depois de resistir à ideia de um segundo confinamento nacional, o primeiro-ministro Boris Johnson anunciou no sábado passado que o Reino Unido seguiria os passos de países vizinhos, como França e Irlanda, com a esperança de poder permitir as reuniões das famílias durante o Natal.

Na Grécia, apesar de reconhecer uma "decisão difícil", o primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis anunciou que o país vai instaurar um novo confinamento a partir de sábado durante pelo menos três semanas.

Ao contrário do primeiro confinamento, Grécia, Inglaterra e os países europeus que decretam as restrições permitem, no entanto, que as escolas permaneçam abertas.

- Uma Europa entrincheirada -

Em todo o mundo, a pandemia de covid-19 provocou mais de 1,2 milhão de mortes desde que o escritório da OMS na China registrou o surgimento da doença em dezembro, de acordo com o balanço da AFP com base em números oficiais.

A pandemia provocou mais de 48,1 milhões de casos. Na quarta-feira foram registrados em todo o mundo 8.832 mortes e 551.429 contágios.

O rápido avanço da segunda onda transformou a Europa na região mais afetada do mundo, com 11,6 milhões de casos registrados até o momento.

Na semana passada o continente registrou a média de 277.000 novos casos por dia, o que representou mais da metade dos diagnósticos no mundo.

O aumento dos contágios acabou com as esperanças de uma rápida recuperação econômica na zona do euro, admitiu a Comissão Europeia.

O Produto Interno Bruto (PIB) da Eurozona cairá 7,8% este ano e a recuperação em 2021 será menos expressiva que o esperado: +4,2%, contra +6,1% da estimativa de julho.

Ao mesmo tempo, as restrições não param de aumentar no continente.

A Itália, ainda traumatizada com a primeira onda, adota a partir desta quinta-feira um toque de recolher entre 22H00 e 5H00, a princípio até 3 de dezembro. O país registra mais de 39.000 mortes e 750.000 contágios e tenta frear as infecções sem decretar um confinamento nacional.

Na Espanha, que supera 1,2 milhão de casos e registra quase 36.500 vítimas fatais, o governo é pressionado a seguir os outros países europeus e aplicar um confinamento domiciliar.

Em Portugal, mais de sete milhões de pessoas (70% da população) respeitam desde quarta-feira um confinamento de pelo menos duas semanas devido ao aumento preocupante de casos em um país relativamente preservado da pandemia na primeira onda.

Em Paris, confinada como o restante da França desde 30 de outubro, as autoridades municipais anunciaram novas restrições, que incluem o fechamento de algumas lojas que vendem bebidas alcoólicas e restaurantes que oferecem comida para viagem a partir das 22h00 "porque, em alguns casos, foram constatados abusos", explicou a prefeita Anne Hidalgo.

Em outros países da Europa, as imagens são similares: A Áustria adotou um toque de recolher noturno, a Polônia fechou bares e lojas, a Hungria retomou o estado de alerta e teme um colapso dos hospitais e na Suíça o exército foi colocado à disposição dos cantões para organizar hospitais ou transferências de pacientes.

- Recorde de contágios diários nos EUA -

Estados Unidos registraram 100.000 novas infecções em 24 horas, de acordo com os números divulgados na quarta-feira pela Universidade Johns Hopkins, o centro de referência no país, que também informou 1.112 mortes em apenas um dia.

Com 233.734 óbitos provocados pela covid-19, o país é o mais afetado pela pandemia, que foi um dos principais temas da disputa pela Casa Branca entre o presidente Donald Trump e seu rival democrata Joe Biden, que ainda não tem um vencedor.

Na América Latina, vários países flexibilizaram as restrições após uma aparente estabilização dos casos. Cuba, no entanto, registrou na quarta-feira 109 novos casos de covid-19, um recorde em sete meses de pandemia, número impulsionado por 36 casos "importados", de cubanos que retornaram recentemente ao país.

A pandemia também tem efeitos colaterais graves para vítimas de outras doenças, que observam o adiamento de seus tratamentos devido à concentração de recursos na luta contra o coronavírus.

Um estudo publicado pela revista médica britânica BMJ aponta que um mês de atraso no tratamento de um câncer aumenta entre 6% e 13% os riscos de morte para o paciente.

E adiar, por exemplo, em 12 semanas a cirurgia de um mulher com câncer de mama se traduz em 6.100 mortes adicionais em um ano nos Estados Unidos e 1.400 no Reino Unido.

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Pelo menos 62 pessoas morreram e mais de 900 ficaram feridas na Turquia após um terremoto atingir a costa do mar Egeu, na última sexta-feira (30), conforme informações atualizadas pelo serviço de emergência turco Afad neste domingo, 1º de novembro. "Sessenta e dois cidadãos perderam a vida. Dos 940 feridos, 722 já tiveram alta dos hospitais e 218 ainda estão em tratamento médico", informou em nota a Afad.

A esperança de encontrar sobreviventes era cada vez menor neste domingo, no oeste da Turquia, enquanto as equipes de emergência retiravam cada vez mais corpos dos escombros.

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Em Bayrakli, as equipes de resgate prosseguem com as buscas por sobreviventes entre os escombros de vários edifícios que desabaram na sexta-feira.

Durante a noite, um homem de 70 anos foi encontrado com vida, depois de passar 33 horas sepultado sob os blocos de cimento. Ele foi hospitalizado, segundo o ministro da Saúde.

O abalo foi tão forte que foi sentido em Istambul e Atenas, na Grécia. Além disso, provocou um mini-tsunami que inundou as ruas de Seferihisar, cidade turca próxima do epicentro, e afetou as costas de Samos. O terremoto também provocou as mortes de dois adolescentes na Grécia.

Área mais devastada

Área mais devastada pelo tremor, Bayrakli é um distrito de 300 mil habitantes que registrou um importante desenvolvimento demográfico nos últimos anos. Segundo a Afad, 17 edifícios desabaram nesta cidade e as buscas continuam em oito imóveis.

Em alguns momentos, as equipes de resgate pedem silêncio para tentar ouvir eventuais pedidos de socorro.

Exaustos, muitos moradores da cidade passaram a segunda noite consecutiva em barracas montadas nas ruas por medo de tremores secundários.

Esta foi a segunda vez no ano que a Turquia, país atravessado por várias falhas sísmicas, sofreu um terremoto.

Diante da nova catástrofe, Turquia e Grécia deixaram de lado as tensões diplomáticas e anunciaram a disposição para uma colaboração e ajuda mútua.

*COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A Turquia registrou um forte terremoto de magnitude 7 na escala Richter, que provocou o desabamento de vários prédios, deixando quatro mortos e vários feridos - informaram o Instituto Geofísico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) e a imprensa local.

Segundo as autoridades turcas, o terremoto teria sido de magnitude 6,6. O USGS informa que teria alcançado em torno de dez quilômetros de profundidade.

"Quatro dos nossos concidadãos perderam a vida no terremoto (...) No total, 120 dos nossos concidadãos ficaram feridos", declarou o ministro turco da Saúde, Fahrettin Koca, no Twitter.

Sentido em Istambul e em Atenas, o sismo ocorreu no mar Egeu, ao sudoeste de Izmir, terceira cidade da Turquia, e perto da ilha grega de Samos.

"Neste momento, recebemos informações, segundo as quais seis imóveis desabaram em Bornova e Bayrakli", na província de Izmir, anunciou o ministro turco do Interior, Suleyman Soylu, no Twitter.

"Alguns dos nossos concidadãos estão sob os escombros", acrescentou o ministro do Meio Ambiente, Murat Kurum, que relatou a queda de cinco edifícios.

As emissoras de televisão do país mostravam imagens de grandes nuvens de poeira, enquanto a população corria para as ruas, em pânico.

Em Bornova, socorristas, moradores e policiais tentavam abrir passagem entre os escombros e um prédio residencial de sete andares, com a ajuda de motoserras, segundo as imagens da emissora pública TRT. De tempos em tempos, os socorristas pediam silêncio para localizar sobreviventes.

Uma jovem foi retirada dos escombros de um prédio desabado, segundo a rede CNN-Türk.

A elevação no nível do mar inundou as ruas de Seferihisar, cidade turca situada perto do epicentro do sismo, relatou a imprensa local.

O governador de Istambul, Ali Yerlikaya, disse que, até o momento, não há informações sobre danos na capital econômica do país.

"Todas as nossas instituições começaram a se deslocar para o local para iniciar os esforços necessários", declarou o presidente Recep Tayyip Erdogan no Twitter.

Minitsunami na Grécia

Sinal de sua potência, o sismo causou um "minitsunami" e danos materiais na ilha grega de Samos, no mar Egeu, após um forte sismo de magnitude 6,7, noticiou a televisão pública grega Ert.

De acordo com a Chancelaria turca, os ministros das Relações Exteriores de Grécia e Turquia "destacaram que estão prontos para, em caso de necessidade, se ajudar e apoiar mutuamente".

"Foi o caos, nunca vivemos isso (...) Até agora não temos vítimas. Alguns prédios foram danificados, uma igreja em particular", situada no porto de Karlovassi, declarou à Ert o vice-prefeito de Samos, Giorgos Dionysiou.

O sismo aconteceu frente à costa desta ilha, perto da cidade turca de Izmir. Segundo imagens divulgadas pela Ert, muros de casas foram derrubados, e inundações no porto de Samos, registradas.

Sentido fortemente em Samos, mas também na ilha de Creta e em Atenas, o sismo, de duração prolongada, "foi registrado às 8h51 (horário de Brasília), e seu epicentro se situou a 19 km de Samos e a 2 km de profundidade", segundo o último comunicado do Observatório grego de Sismologia.

A Defesa Civil grega advertiu a população de Samos para permanecer "ao ar livre e longe dos prédios", assim como a "se afastar da costa" da ilha.

A Grécia se encontra sobre importantes falhas geológicas, e os terremotos são frequentes, sobretudo, no mar, e não costuma provocar mortos.

Assim como a Grécia, a Turquia se situa em uma das zonas sísmicas mais ativas do mundo. Em 1999, um terremoto de magnitude 7,4 sacudiu o noroeste do país, deixando mais de 17.000 mortos - mil somente em Istambul.

Em 2011, um sismo de 7,1 na província de Van matou 600 pessoas. Em janeiro passado, uma outra ocorrência, de magnitude 6,7, deixou em torno de 40 mortos na província de Elazig, no leste do país.

Um forte terremoto de magnitude 6,6 na escala Richter sacudiu o oeste da Turquia nesta sexta-feira (30) e causou o colapso de vários prédios, relatou o Núcleo de Gestão de Desastres e Emergências da Turquia e a mídia turca. O tremor, que foi sentido em Istambul e Atenas, ocorreu no Mar Egeu, a sudoeste de Izmir, a terceira maior cidade da Turquia, e perto da ilha grega de Samos.

O epicentro ficava a cerca de 17 km da costa da província de Izmir, a uma profundidade de 16 km. O terremoto foi sentido ao longo da costa do Mar Egeu da Turquia e na região noroeste de Mármara, informou a mídia. O ministro do Interior turco, Suleyman Soylu, disse no Twitter que seis prédios desabaram em dois distritos da Província. Ele disse, ainda, que não houve relatos de vítimas de seis outras Províncias onde o terremoto foi sentido, mas afirmou que havia pequenas rachaduras em alguns edifícios.

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Não há informações sobre vítimas fatais, de acordo com os jornais gregos, que citam autoridades locais. Residentes da ilha grega de Samos, que tem uma população de cerca de 45 mil habitantes, foram aconselhados a ficar longe das áreas costeiras. "Foi um terremoto muito grande, é difícil ter um maior", disse Eftyhmios Lekkas, chefe da organização grega para o planejamento antissísmico, à TV grega Skai.

A Grécia se encontra situada sobre importantes falhas geológicas e os terremotos são frequentes, sobretudo, no mar, e não costuma provocar mortos. De acordo com relato da AFP, aconteceu um mini-tsunami e foram registrados danos materiais na ilha de Samos. (Com agências internacionais).

Uma decisão do Tribunal Penal de Atenas, na Grécia, declarou o partido neonazista Aurora Dourada uma organização criminosa. Na ação, que incluía 18 membros da legenda, 68 pessoas ligadas a grupos de extrema-direita foram consideradas culpadas de violência contra estrangeiros e pelo homicídio de Pavlos Fyssas, músico e militante de esquerda, em 2015.

Na parte externa da corte, 15 mil pessoas se concentraram para aguardar a sentença do tribunal. Os grupos antifascistas manifestavam o repúdio à violência do partido por meio de cartazes com dizeres como "O fascismo não é uma opinião, é um crime" e "Eles não são inocentes".

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Com o veredicto, o fundador e líder do partido, Nikos Michaloliakos, 62 anos, foi declarado culpado de "comandar uma organização criminosa". Um dos acusados de envolvimento no assassinato do artista, Yorgos Roupakias, confessou a participação no crime e o colegiado pode condená-lo à pena de prisão perpétua. Outros quadros importantes do grupo neonazista vão ficar na cadeia pelos próximos 15 anos.

O partido Aurora Dourada foi fundado na década de 1980 e ganhou notoriedade com a recessão e a crise da economia na Grécia, em 2012. O partido chegou ao parlamento do país com 20 deputados e, em 2015, elegia a maior quantidade de representantes como a terceira bancada da casa. No entanto, após as denúncias de violência, a organização neonazista não teve membros eleitos no pleito de 2019.

O ministério da Migração da Grécia informou que quase 800 dos 12.000 migrantes que estavam no campo incendiado de Moria se estabeleceram em um novo centro temporário, construído em caráter de urgência pelas autoridades na ilha de Lesbos.

No grupo, 21 testaram positivo para o novo coronavírus, de acordo com os dados divulgados na segunda-feira (14) à noite pelo ministério.

Durante a madrugada de 8 para 9 de setembro, o campo de migrantes de Moria, o maior da Europa e inaugurado há cinco anos, no auge da crise migratória, foi completamente destruído pelas chamas, o que deixou 12.000 pessoas desabrigadas.

A maioria continua dormindo nas ruas, nos campos agrícolas ou em edifícios abandonados. Estas pessoas se recusam a seguir para o novo campo instalado perto das ruínas de Moria - temem não poder sair da ilha.

Mas quase 800 pessoas, de acordo com o governo grego, entraram no campo temporário, fechado à imprensa, apesar do calor e da falta de duchas e colchões, segundo os depoimentos ouvidos pela AFP.

Alguns migrantes temem a animosidade dos habitantes da ilha, muitos deles contrários à permanência dos refugiados em Lesbos. Os incidentes entre solicitantes de asilo e residentes, incluindo partidários da extrema-direita, são frequentes desde o ano passado.

O prefeito de Egeo do Norte, Kostas Mountzouris, um dos maiores opositores ao plano do governo de estabelecer um campo fechado na ilha para substituir Moria, pediu a empresários e trabalhadores que protestem nesta terça-feira para pedir "a retirada dos migrantes da ilha por barco".

Dois navios da Marinha da Grécia seguiam nesta quinta-feira (10) para a ilha de Lesbos para ajudar os migrantes do campo de Moria, o maior e mais insalubre do país, que foi devastado por dois incêndios que deixaram milhares de pessoas desabrigadas.

A Proteção Civil declarou "estado de emergência" em Lesbos, ilha do Mar Egeu com 85.000 habitantes. Esta é a principal porta de entrada para os migrantes na Grécia por sua proximidade da Turquia.

O campo abrigava 12.700 demandantes de asilo, número quatro vezes acima de sua capacidade. Entre os migrantes estão 4.000 menores de idade.

"Ao menos 3.500 migrantes estão desabrigados e adotamos medidas de urgência para estas pessoas: os mais vulneráveis, quase 1.000, serão abrigados em uma balsa que chegará ao porto de Mitilene", anunciou o ministro da Migração, Notis Mitarachi.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, expressou "profunda tristeza" e destacou que a UE está "disposta a ajudar". A Comissão anunciou que assume a responsabilidade pela transferência imediata de 400 crianças e adolescentes para a Grécia continental.

A Alemanha, que exerce a presidência semestral da União Europeia, pediu aos países do bloco que recebam os migrantes do campo. Milhares de pessoas protestaram na quarta-feira em várias cidades do país para exigir que o governo ajude os migrantes.

A Áustria não parece concordar com a ideia. "Se esvaziarmos o campo de Moria, o locai vai lotar de novo imediatamente", disse o ministro das Relações Exteriores, Alexander Schallenberg. Viena deve propor uma ajuda de um milhão de euros, por exemplo, para a compra de "barracas e mantas" na Grécia, completou.

A França afirmou que está disposta a "participar na solidariedade".

"Não temos informações sobre vítimas, feridos ou desaparecidos", afirmou o ministro da Migração da Grécia, que elogiou a "rápida intervenção" dos bombeiros e da polícia.

Vítimas do pânico, milhares de homens, mulheres e crianças fugiram das chamas.

"O que vamos fazer agora? Para onde vamos?", perguntou Mahmut, do Afeganistão. A seu lado, a compatriota Aisha procurava os filhos: "Dois filhos estão ali, mas não sei onde estão os outros".

Cornille Ndama, uma congolesa, também fugiu de Moria durante a noite. "Perdemos tudo. Não tenho nada, nada aqui e não sabemos onde vamos dormir.

Um novo incêndio foi registrado na quarta-feira à noite em uma parte do campo de migrantes que não havia sido atingida pelas chamas de terça-feira.

O primeiro caso de coronavírus foi detectado em Moria na semana passada e o campo foi imediatamente colocado em isolamento por quinze dias.

Segundo Mitarachi, os requerentes de asilo começaram o incêndio. "Vários focos de incêndio foram relatados na noite de quarta-feira (...) Os incidentes em Moria foram iniciados por requerentes de asilo devido à quarentena imposta", frisou.

Pouco antes, o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, expressou sua "tristeza pelos incidentes" e sugeriu que o desastre pode ter ocorrido devido às "reações violentas contra os controles de saúde.

Uma operação de resgate de grande escala acontecia no campo de migrantes de Moria, na ilha grega de Lesbos, onde vários incêndios foram registrados na madrugada desta quarta-feira (9).

De acordo com os bombeiros, "incêndios espalhados nos prados ao redor do campo, mas também dentro da estrutura" mobilizam 25 bombeiros e 10 veículos para evacuar o campo mais insalubre da Europa, que abriga quase 12.700 demandantes de asilo - quatro vezes acima de sua capacidade.

Os bombeiros afirmaram que no momento "não há vítimas, e sim algumas pessoas levemente feridas, com problemas respiratórios provocados pela fumaça".

Um fotógrafo da AFP constatou que "quase todo o local está em chamas, tanto o interior como as barracas do lado de fora".

Quase 500 migrantes estão na rodovia que segue até o porto de Mitilene, mas permanecem bloqueados pelas forças de segurança. Outros buscaram refúgio nas colinas próximas ao campo.

"A ilha de Lesbos está declarada em estado de emergência", anunciou o porta-voz do governo grego, Stelios Petsas.

Uma reunião do governo, com o primeiro-ministro e o comandante do Estado-Maior, acontecerá nesta quarta-feira para "examinar a situação em Moria e as medidas que serão adotadas", informou o porta-voz.

De acordo com o site de notícias Lesvospost, mais de 3.000 barracas, milhares de contêineres, escritórios administrativos e uma clínica dentro do acampamento foram atingidas pelas chamas.

O presidente do sindicato dos bombeiros de Lesbos, Yorgos Ntinos, afirmou que o campo "está 99% incendiado e o fogo continua".

A 'Stand by Me Lesvos', organização de moradores locais e refugiados, alertou no Twitter: "Tudo está queimando, as pessoas estão fugindo".

"Algumas testemunhas afirmam que alguns moradores bloqueiam a passagem (de refugiados) na localidade vizinha", acrescentou.

De acordo com agência de notícias ANA, os incêndios teriam começado após uma revolta de alguns solicitantes de asilo que seriam colocados em isolamento depois que testaram positivo para o coronavírus ou entraram em contato com uma pessoa infectada.

Os bombeiros afirmaram que alguns grupos de refugiados impediram a entrada das unidades e que a polícia teve que atuar para permitir a continuidade do resgate.

Na semana passada, as autoridades detectaram o primeiro caso de coronavírus no campo de Moria e colocaram o local em quarentena.

Após 2.000 exames, 35 pessoas testaram positivo para covid-19 em Moria.

"Apenas uma pessoa apresentou sintomas, as outras 34 estão assintomáticas", afirmou o ministério das Migrações. "As 35 pessoas foram transferidas para um espaço previsto para o isolamento".

"Com o incêndio, todos dispersaram e os casos positivos se misturaram com os outros", disse uma fonte policial em Lesbos.

O governo adotou medidas de restrição no campo, que não foram eliminadas, apesar das críticas das ONGs de defesa dos direitos humanos, que consideram as medidas "discriminatórias" porque em maio o confinamento chegou ao fim no país.

As organizações criticam o campo de Moria por sua falta de higiene e superlotação. Também defendem a transferência dos demandantes de asilo mais vulneráveis.

Os distúrbios e confrontos são quase diários. De janeiro a agosto, cinco pessoas foram esfaqueadas em mais de 15 ataques.

Em março, uma menina morreu em um contêiner queimado. Em setembro de 2019, duas pessoas faleceram em um incêndio.

A Turquia acusou, nesta segunda-feira (31), a Grécia de atos de "pirataria" ao tentar "armar" uma ilha desmilitarizada localizada perto do litoral turco, cujo status alimenta as tensões atuais no Mediterrâneo Oriental.

Em um contexto de escalada entre Turquia e Grécia, a divulgação de fotos da AFP na semana passada que mostram militares gregos chegando à ilha grega de Kastellorizo, a dois km do litoral turco, gerou indignação em Ancara.

"As iniciativas gregas para armar Meis [nome turco de Kastellorizo] são um novo exemplo de pirataria", disse hoje Omer Celik, o porta-voz do partido conservador islâmico AKP, do presidente Recep Tayyip Erdogan.

"Levar armas para o litoral turco é um absurdo", escreveu no Twitter.

No domingo, o Ministério das Relações Exteriores turco chamou a chegada de militares gregos em Kastellorizo de "provocação" e denunciou a violação de seu status de ilha desmilitarizada, estabelecido por um tratado de 1947.

"Rejeitamos as tentativas ilegítimas para modificar o status desta ilha", declarou o ministério em um comunicado.

Na sexta-feira, a AFP publicou algumas fotos mostrando a chegada de militares gregos armados em Kastellorizo, imagens que foram amplamente divulgadas pela mídia turca.

Segundo uma autoridade grega, vários militares já estavam presentes na ilha antes dessa data e a chegada de soldados na sexta-feira faz parte de uma rotação de militares.

A ilha de Kastellorizo é um dos principais pontos de discórdia entre Turquia e Grécia em sua disputa pela distribuição das imensas reservas de gás descobertas nos últimos anos no Mediterrâneo Oriental.

Atenas afirma ter o direito de explorar os recursos naturais ao redor desta ilha. Mas Ancara nega e considera que isso deixaria a Turquia sem dezenas de milhares de km2 de mar e a "prenderia no interior de seu litoral".

Um grande incêndio devastou uma área próxima ao sítio grego de Micenas, no sudeste da Grécia continental, neste domingo (30), e forçou os visitantes a evacuarem as ruínas da Idade do Bronze.

Segundo a imprensa grega, o incêndio começou perto do túmulo de Agamenon, o rei de Micenas, morto durante a Guerra de Troia.

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As chamas se aproximaram das ruínas, mas a Brigada Anti-Incêndio informou que o museu do local não foi ameaçado.

O incêndio passou "por uma área do sítio arqueológico e queimou algumas ervas secas sem representar uma ameaça para o museu", relatou o comandante da Brigada Anti-Incêndio da região sul do Peloponeso, Thanassis Koliviras, em declarações à agência Athens News.

Para conter o fogo, os bombeiros contaram com o suporte de dois helicópteros e de quatro aviões.

Em um comunicado, o Ministério da Cultura disse que, segundo as primeiras informações, "o incêndio não causou danos às antiguidades", e que, mais adiante, "uma equipe de especialistas avaliará as consequências".

Micenas foi um dos principais centros da civilização humana no Mediterrâneo durante o segundo milênio antes da nossa era.

Todos os anos, a Grécia sofre vários incêndios no verão, devido às fortes rajadas de vento e a temperaturas que passam de 30ºC.

O total de casos confirmados de coronavírus na Grécia atingiu a marca de 10.134, segundo informaram as autoridades de saúde do país neste domingo. Do total, mais da metade - 5.657 - foi registrada apenas em agosto.

O total de mortes atingiu 262, das quais 56 ocorreram apenas neste mês. Nas últimas 24 horas, foram confirmados 157 novos casos, dos quais 41 são de origem internacional. O país também registrou dois óbitos.

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O governo grego vai decidir na terça-feira (1º), uma data para a reabertura das escolas. Ele vai escolher entre o dia 7 de setembro ou a segunda-feira imediatamente posterior, dia 14. O uso de máscaras será obrigatório, mas a regra enfrenta resistência de alguns pais.

Uma garota de quatro anos que flutuava em uma boia de unicórnio foi resgatada na costa da Grécia após ser levada pela correnteza, segundo o jornal local Greek City Times. A criança havia sido arrastada em um momento de desatenção dos pais. 

O caso ocorreu na segunda-feira (24). A família acionou as autoridades após não visualizar a menina. O capitão de uma balsa foi alertado para auxiliar nas buscas.

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A criança foi encontrada pelo capitão da balsa a cerca de 500 metros da costa. O capitão se aproximou lentamente e conseguiu fazer o resgate dela e do unicórnio inflável. 

A menina estava bastante assustada. Segundo o capitão, ela não falava e começou a chorar ao ver a embarcação. A equipe da balsa passou a fazer caretas e piadas para acalmá-la antes do reencontro com os pais.

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