Gobbi defende punição de torcedores envolvidos em briga

qua, 28/08/2013 - 20:20

Um dia depois do Corinthians ter divulgado nota oficial para "lamentar profundamente" a briga envolvendo corintianos e vascaínos em Brasília e "deixar claro que é totalmente a favor da punição exemplar de todos os responsáveis pelo ocorrido", o presidente do clube, Mário Gobbi, soltou um comunicado para também comentar o caso. Ele defendeu punição aos envolvidos, mas eximiu o clube de responsabilidade.

No último domingo, corintianos partiram para briga com vascaínos nas arquibancadas do Estádio Mané Garrincha, em Brasília, durante o jogo entre os dois times pelo Brasileirão. Entre os envolvidos na confusão estavam dois torcedores do Corinthians que ficaram presos em Oruro, na Bolívia, depois da morte do jovem Kevin Espada: Cleuter Barreto Barros e Leandro Silva de Oliveira, ambos integrantes da organizada Gaviões da Fiel.

Mário Gobbi atuou junto ao governo brasileiro para tentar a conseguir a liberação dos 12 corintianos que ficaram presos em Oruro. Também chegou a dedicar os títulos conquistados pelo Corinthians no Paulistão e na Recopa Sul-Americana a esse grupo de torcedores na Bolívia. Agora, ele resolveu se manifestar pessoalmente sobre a confusão no jogo de domingo em Brasília, justificando que "muitos têm me pedido uma posição" nesse caso.

Na nota, o presidente do Corinthians disse ser "favorável a punição de todos os culpados pelo ocorrido, sejam eles torcedores de qualquer time, vinculados ou não às torcidas organizadas". Lembrou também que "defendi, sim, os 12 torcedores de Oruro, já que contra eles naquele episódio específico não havia prova que justificasse suas prisões", mas ressaltou que "nunca disse que aqueles 12 torcedores teriam salvo conduto ou que jamais estariam envolvidos em problemas futuros. Se agora o estão, que pese sobre eles a lei, a mesma lei que os tornou livres anteriormente".

Ele também afirmou que "essa questão de investigar, identificar e punir os culpados não é obrigação do Corinthians ou de qualquer outro clube, ou entidade esportiva. Cabe tão somente aos poderes do Estado". E, por fim, Gobbi pediu um "debate sério" sobre a violência no futebol. "Já vimos o fim das bandeiras, a extinção de torcidas, jogos com portões fechados, jogos em praças distantes e nada disso resolveu o problema da violência", avaliou.

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