Lisca critica e ironiza árbitros, FPF e presidente da Ceaf

Treinador do Náutico ainda não se conforma com o pênalti desmarcado na partida contra o Salgueiro

por Clauber Santana ter, 07/04/2015 - 19:10
Divulgação/Assessoria de imprensa do Náutico

Lisca entrou na sala de entrevista do CT Wilson Campos, nesta terça-feira (7), apontou e soltou a metralhadora de palavras, muitas vezes em tom de ironia. Na mira estava o presidente da FPF, Evandro Carvalho, o árbitro Nielson Nogueira Dias, o quarto árbitro Gleydson Leite e Salmo Valentim, presidente da Comissão Estadual de Arbitragem (Ceaf). O motivo das críticas ainda era o pênalti desmarcado na partida contra o Salgueiro.

“Eu queria parabenizar a Federação pelo fenômeno na arbitragem. Gleydson (Leite) conseguiu ver um lance que nem o árbitro viu. Eu recomendo à Fifa que contatem este cidadão, porque ele é um cyborg. Um fenômeno. Pernambuco não precisa chamar juízes de fora para apitar o jogo. Temos um fenômeno na arbitragem. Ele a cinquenta metros viu o que o juiz não viu. Eu até sugiro uma pauta à imprensa para falar sobre o ângulo de visão que este árbitro tem. Como ele conseguiu a olho nu ver o que você só consegue pela televisão?”, metralhou o treinador alvirrubro.

Lisca questionou a demora de Gleydson Leite em informar ao árbitro sobre o erro da marcação de pênalti. “Não existe replay. Deu 100 segundos e a confusão pegando, a convicção dele não veio. A bola estava na marca do cal. E aí ele sai, passa por mim, chama o árbitro e avisa, porque ele é uma máquina, um fenômeno, comunicou tudo o que aconteceu. Ele tem esse dom da síntese. É um grande profissional. Não precisa de chip na bola. Temos um árbitro em Pernambuco que vê tudo a 50 metros da bola. Eu estou feliz em trabalhar e ver um fenômeno ser criado”, disse.

O treinador seguiu criticando o quarteto de arbitragem e descartou a possibilidade de interferência de alguém que estivesse vendo o jogo pela TV. “Isso coloca o jogo sub judice. Mas eu tenho certeza que não houve isso, não acredito que houve interferência. Nós estamos diante de um fenômeno da arbitragem mundial. Até sugiro uma enquete: Será que houve interferência? Eu acredito que não houve. Acredito em Papai Noel, na Cuca, no Coelhinho da Páscoa e também nas pessoas”, ironizou

A súmula do árbitro Nielson Nogueira Dias também foi motivo de reclamações. “O árbitro fez a súmula e não colocou este fato. Será que teve amnésia? Na súmula diz que fui para cima do árbitro do nada, não é? Porque ele não colocou que estava rindo da minha cara? Isso me tocou muito também”, questionou o treinador.

Por fim, Lisca deixou para falar sobre o presidente da Comissão de Arbitragem de Pernambuco, Salmo Valentim. “Eu vi algumas entrevistas do Salmo Valentim. E ele falou que aqui em Pernambuco não tem critério, que cada situação tem de ser interpretada de uma maneira. Há uma variação de critério. Para mim foi uma surpresa. A FIFA quer unificar critérios, mas aqui em Pernambuco querem o contrário. Quero cumprimentar o Salmo, que está inovando na arbitragem pernambucana. Isso talvez explique o fenômeno que olhou para um lance e não para o outro”, finalizou o desabafo.

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