Nuzman diz que revisão de custos não afetará Jogos
Orçado inicialmente em R$ 7 bilhões, os recursos do comitê vêm exclusivamente da iniciativa privada
O presidente do Comitê Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman, assegurou neste sábado, em Toronto, que a revisão de custos pela qual passa a entidade não irá prejudicar a realização dos Jogos Olímpicos do próximo ano. A entidade, que é a responsável por organizar os Jogos, vem fazendo cortes de gastos para tentar não estourar o orçamento.
Orçado inicialmente em R$ 7 bilhões, os recursos do comitê vêm exclusivamente da iniciativa privada. Mas, devido a fatores como a variação cambial e o momento da economia brasileira, esse valor já está estimado em R$ 7,4 bilhões, o que obriga a entidade a rever suas planilhas.
"É uma dinâmica que o Comitê Rio-2016 tem para poder ter equilibradas as suas finanças. Há necessidade em algumas áreas de aumento de recursos, e há outras em que um equacionamento tem que ser feito. E é isso que está sendo feito desde que nós ganhamos e será assim até os Jogos", minimizou Nuzman.
Para não aumentar o risco de enfrentar dificuldades financeiras, o comitê está mexendo no planejamento de algumas áreas, como alimentação e transporte. Membros do Comitê Olímpico Internacional, por exemplo, deverão ter alimentação semelhante à dos trabalhadores do Rio-2016. Apenas atletas terão comida diferenciada.
As mudanças, garante Nuzman, não afetarão a realização dos Jogos. "Isso é feito por todas as cidades. Todos os comitês organizadores fazem dessa maneira, assim como aqui em Toronto eles fizeram também. É uma dinâmica natural e não pode ser diferente, porque ninguém consegue em sete anos, quando ganha (o direito de sediar a Olimpíada), ter todos os seus elementos e números financeiros adequados."
As declarações do dirigente foram dadas ao lado de autoridades brasileiras durante uma entrevista coletiva concedida no centro de imprensa dos Jogos Pan-Americanos. O evento contou com as presenças do ministro do Esporte, George Hilton, do secretário estadual de Esporte do Rio, Marco Antônio Cabral, do presidente da Empresa Olímpica Municipal, Joaquim Monteiro de Carvalho, e do presidente interino da Autoridade Pública Olímpica, Marcelo Pedroso.