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Com o fim dos Jogos do Rio-2016, o futuro de um dos mais icônicos estádios do futebol mundial volta a ser tema de incertezas. Palco das quatro cerimônias - de abertura e de encerramento da Olimpíada e da Paralimpíada - e da primeira medalha de ouro olímpica do Brasil, o Maracanã ficará sob a gestão do Comitê Rio-2016 até o dia 30 de outubro - existe a expectativa de uma improvável antecipação de 15 dias.

Depois, passará por novo processo licitatório, já que a concessionária que administra o estádio não quer seguir com o atual acordo e o governo do Estado do Rio de Janeiro descarta retomar o controle. Enquanto isso, Flamengo e Fluminense se esforçam para voltar a jogar no principal estádio do Rio.

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O governo fluminense solicitou à Fundação Getúlio Vargas (FGV) um estudo para viabilizar uma nova licitação, que deverá estar definida até março de 2017. Ao mesmo tempo, contudo, a Concessionária Maracanã desconversa e apenas informa que "mantém aberto o diálogo e as negociações com o Poder Concedente (Estado)" para seguir administrando o estádio.

Fato é que o consórcio que detém a concessão até 2048 não tem interesse em permanecer com o Maracanã nos atuais moldes. O contrato com a concessionária - formada pela empreiteira Odebrecht, que detém 95% dos ativos, e pela norte-americana AEG - sofreu alteração por parte do governo do Rio. O Consórcio Maracanã alega que a mudança do escopo do contrato é o maior motivo pelos sucessivos déficits que a operação do estádio vem provocando. O prejuízo ultrapassou R$ 170 milhões nos três primeiros anos, de acordo com o balanço financeiro da concessionária.

Em junho, o consórcio encaminhou ofício ao governo informando sobre a devolução da concessão, o que só será possível após a realização da nova licitação. O governo chegou a cogitar a transferência de outorga - Flamengo e Fluminense, em parceria com uma empresa, teriam interesse -, mas recuou devido ao risco de processos judiciais.

CLUBES - Enquanto paira a indefinição, Flamengo e Fluminense agem em duas frentes. A principal delas é voltar o quanto antes a atuar no Maracanã. Porém, a tendência é que só volte a ter jogo por lá em novembro. "A responsabilidade do Comitê Rio-2016 é devolver o Maracanã ao Estado, como ele estava, em 30 de outubro. Foram feitas uma série de modificações, questão de luz, som, alta tecnologia, fogos, para as cerimônias", declarou Carlos Arthur Nuzman, presidente do comitê. "Já tivemos o pedido dos clubes (para antecipar a devolução), mas o mais importante é que possamos entregar. Queremos atender aos clubes, mas garantir isso é impossível".

O maior problema é no gramado, que está sendo trocado após as cerimônias. A troca inclui a colocação de camadas - um metro de argila, 10 centímetros de pó de brita, 10 centímetros de brita para o sistema de drenagem e mais 30 centímetros de uma mistura de areia e matéria orgânica, onde ficará a grama. Todo o processo, incluindo o tempo para que o gramado fique em condições de uso, pode levar até 35 dias.

No longo prazo, tanto Flamengo quanto Fluminense querem seguir mandando seus jogos no Maracanã. Os dois clubes detêm acordos com a atual concessionária, mas a intenção deles é assumir o protagonismo na administração do estádio.

Um dia depois de os fiscais do Ministério do Trabalho visitarem a Vila Olímpica, as explicações da organização continuam sendo apresentadas. O Comitê Rio-2016 garante que os documentos exigidos foram entregues e que haverá uma nova reunião nesta quinta-feira (28). Mas o caso deve se prolongar nos próximos dias.

"Segundo me disseram, a gente tem dez dias para entregar todos os documentos. Não é muito preto no branco, alguns são contratados da Ilha Pura, alguns são contratados do Comitê, alguns são contratados da equipe de manutenção. Tem bastante conversa com eles para alinhar tudo", disse Mario Andrada, diretor de comunicação do Comitê Rio-2016.

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Após denúncia, a fiscalização encontrou irregularidades nos vínculos empregatícios de cerca de 600 trabalhadores, contratados de última hora para corrigir problemas encontrados pelas delegações estrangeiras na Vila dos Atletas. Dos 31 edifícios do condomínio, 28 já passaram pelo pente-fino do Comitê Organizador.

Andrada diz que a promessa de concluir os reparos até esta quinta-feira será cumprida. "Hoje a gente entrega tudo e entra no modo de manutenção normal, que a gente mudou por causa da crise", afirmou.

O processo de reparo do dia a dia engloba, por exemplo, a troca de lâmpada queimada na varanda pedida pelos holandeses. Até o fim do dia, a Vila dos Atletas totalizará 3.578 moradores de 151 países.

O Comitê Rio-2016 negou que os atletas da delegação da Suécia tenham desistido de se hospedar na Vila dos Atletas, no Rio, na noite dessa segunda-feira (25). De acordo com os organizadores, um atleta da ginástica e outro da canoagem slalom pegaram o transporte oficial do Aeroporto do Galeão até a vila como carona por conta própria e, do local, seguiram de táxi até sua hospedagem provisória.

O comitê reitera que não estava prevista a entrada de qualquer membro da delegação sueca na Vila dos Atletas e enfatiza que os dois atletas não chegaram a ver os apartamentos. O time de futebol feminino, que deveria entrar no início da semana, adiou sua chegada por causa das reformas do alojamento.

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Foram contratados 630 novos funcionários para reparar os problemas encontrados na Vila dos Atletas. Encanadores, eletricistas e trabalhadores da área de limpeza são os responsáveis pela "força-tarefa" depois de a delegação da Austrália classificar a Vila Olímpica do Rio como "inabitável". As declarações da chefe da missão da Austrália nos Jogos do Rio, Kitty Chiller, e do prefeito Eduardo Paes geraram polêmica.

Pelo menos 15 edifícios da vila precisavam de intervenções, e a promessa é de que todos ficarão prontos até quinta. De acordo com o Comitê Rio-2016, 21 prédios já foram vistoriados e os dez restantes serão revisados nos próximos dias. Está prevista a chegada de mais 791 pessoas, sendo 200 atletas, na Vila Olímpica até o fim desta terça, totalizando 2.391 moradores.

Os organizadores dos Jogos Olímpicos do Rio enviaram um convite oficial para que a presidente afastada, Dilma Rousseff, esteja na abertura do evento, no dia 5 de agosto. O envio da carta, que foi mandada nesta segunda-feira, foi confirmada ao Estado pela direção do Comitê Rio-2016. Por enquanto, segundo os organizadores, Dilma não respondeu.

Além de Dilma, uma carta similar também foi enviada para todos os ex-presidentes brasileiros, incluindo Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Henrique Cardoso e Fernando Collor de Mello, além de José Sarney.

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Há duas semanas, o presidente interino, Michel Temer, indicou que não iria se opor ao convite feito a Dilma e aos demais nomes que ocuparam o cargo no Palácio do Planalto.

Temer, que irá também receber outros chefes de estado, terá a incumbência de declarar aberto os Jogos Olímpicos. Mas falará de seu camarote, sem descer até o gramado. O Comitê Olímpico Internacional (COI) também deixou claro que essa decisão de quem estaria na sala VIP do Maracanã na abertura, no dia 5 de agosto, caberia "aos brasileiros".

Mas o COI tem trabalhado muito bem com o governo de Dilma Rousseff e estamos trabalhando com a mesma cooperação e respeito com o presidente Michel Temer ", disse Thomas Bach, presidente do COI no final de junho ao ser questionado pelo Estadão.com.

"Isso mostra que os Jogos vão além da política e que é um projeto que unifica o país ", afirmou Bach naquela oportunidade. Eu ficaria feliz em ver Rousseff durante os Jogos", disse.

Com um processo de impeachment ainda correndo, dirigentes do COI admitem que torceram para que a decisão final sobre o mandato de Dilma pudesse ocorrer depois do evento no Brasil.

Os organizadores dos Jogos do Rio decidiram realizar novos cortes em serviços para impedir que o orçamento estoure e que o evento acumule déficit. Uma série de pedidos de federações esportivas e de comitês olímpicos está sendo rejeitada. Aluguel de carros, compra de impressoras, uso de serviços e até gasolina.

O jornal O Estado de S. Paulo revelou que o Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu antecipar o repasse de parte da verba que daria apenas em agosto para o Rio para ajudar os organizadores. Mas também houve uma decisão de cobrar do presidente Michel Temer de que o governo acelere a liberação de recursos para segurança e energia. O tema será debatido no dia 16 de junho, quando o presidente do COI, Thomas Bach, visitará Temer.

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O vice-presidente do COI, John Coates, indicou que os organizadores admitiram para a cúpula da entidade que existem "riscos" nos próximos dois meses em relação ao orçamento. Já em março, os brasileiros fizeram reduções de gastos de cerca de R$ 900 milhões na esperança de equilibrar as finanças.

Mas agora, o Comitê Rio-2016 está sendo obrigado a fazer mais cortes. Um dos itens que foi revisto é o uso de carros de golfe, que ficam à disposição em diversos locais das instalações. Pelo plano inicial seriam 450 carrinhos, usados por juízes, atletas, dirigentes e até para levar comida a certos locais. O total foi reduzido em 50%.

Outro corte se refere à compra de impressoras. No plano original, o COI e as federações esportivas haviam solicitado 3 mil máquinas para que fossem colocados nas instalações, hotéis e escritórios. Elas seriam usadas para imprimir súmulas de resultados, testes de doping e centenas de documentos. Mas o Comitê reduziu a compra para 1,9 mil impressoras.

Os organizadores também já começam a alertar as federações esportivas que dificilmente vão atender aos pedidos por novas instalações ou serviços. Para tentar equilibrar o orçamento, o Rio-2016 negociou ainda um patrocínio com a Ipiranga que, em troca de publicidade, irá arcar com a gasolina para 4 mil carros usados no evento. A economia para os organizadores será de R$ 60 milhões.

Por fim, há três meses, os organizadores decidiram reduzir o padrão dos banquetes para os dirigentes esportivos, harmonizando a comida em todos os níveis do evento. Isso significou o corte de bebidas importadas e produtos de luxo.

A Olimpíada do Rio sofreu um corte de R$ 900 milhões no orçamento, consequência da crise econômica do Brasil. Detalhes sobre a medida serão apresentados nesta quarta-feira aos membros do Comitê Olímpico Internacional (COI), em Lausanne. Os responsáveis brasileiros pelos Jogos vão mostrar que conseguiram equilibrar os gastos com a receita, mas tiveram de abrir mão de vários projetos. O corte nos investimentos irritaram dirigentes de várias modalidades que serão atingidas.

No total, R$ 7,4 bilhões serão gastos no Rio, sem contar as obras de infraestrutura da cidade. Para chegar a esse valor, porém, cerca de 12% dos custos inicialmente programados foram eliminados.

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Os principais cortes foram realizados em instalações esportivas e na eliminação de construções temporárias. Mas outras obras foram afetadas. O Metrô, por exemplo, vai operar apenas para levar os passageiros de Ipanema para a Barra, local dos Jogos, sem parar em todas as estações.

A quebra de promessas da Rio-2016 em comparação ao que estava nos planos em 2009 não foi bem recebida por organizações esportivas.

No Itaquerão, por exemplo, os cortes estão relacionados com as estruturas que seriam montadas exclusivamente para os dez jogos dos torneios de futebol. O hipismo também já deixou claro que quer garantias de que o evento, em Deodoro, não será afetado.

A arquibancada flutuante na Lagoa Rodrigo de Freitas está definitivamente descartada. Para a Federação Internacional de Remo, que contava com os Jogos para garantir sua receita, o abandono do projeto significa também um importante prejuízo financeiro. Haverá espaço para apenas 6 mil espectadores, contra um plano original desenhado para 14 mil. Em Londres, a capacidade foi de 25 mil.

Christophe Rolland, presidente da Federação Internacional de Remo, já indicou que "entende" a crise no Brasil. Mas criticou o fato de a decisão ter sido tomada sem consultar o grupo. Segundo ele, a entidade teria opções a propor se tivesse sido informada antes.

Os responsáveis pelos esportes aquáticos também se mostraram irritados com o Rio. O Maria Lenk conta com três piscinas, mas o ideal seria ter uma a mais. As competições não devem ser afetadas. Mas o que preocupa é a agenda para os treinos de atletas de saltos, nado sincronizado e polo aquático.

PÃO DE QUEIJOS - Cortes ainda foram promovidos no tratamento que os dirigentes receberão. Coquetéis foram reduzidos e, no lugar de canapés de luxo, serão servidos pão de queijo e alternativas mais baratas.

No "ranking" das prioridades, os atletas ficaram em primeiro lugar, com a melhor e mais variada comida. Consultores foram contratados para orientar a forma de preparação para atletas muçulmanos, orientais e de todas as regiões do mundo. Mas os dirigentes terão de se contentar com a mesma refeição do restante da força de trabalho dos organizadores.

Nesta terça-feira, uma reunião preparatória já foi realizada entre os brasileiros e o COI, justamente para afinar o discurso para a apresentação desta quarta. Um das cobranças que o Rio-2016 sofrerá é nas obras do velódromo. Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB, vai admitir que estão atrasadas, mas que ainda há como recuperar o tempo perdido.

Outro ponto delicado será o do Metrô, considerado por membros do COI como "fundamental". "Sem metrô não teremos público no evento", alertou ao jornal O Estado de S. Paulo o vice-presidente do COI, Craig Reedie. "Não há opção. Essa obra precisa ocorrer", insistiu.

Prevista para custar R$ 1 bilhão, a obra da Linha 4 conseguiu apenas uma liberação de R$ 422 milhões do BNDES. O governo do Estado tentou pressionar a presidente Dilma Rousseff para acelerar os empréstimos. Mas os valores não teriam sido transferidos.

Hoje, ainda faltam 300 metros de túnel para serem cavados e muitas das estações estão atrasadas. O resultado é que o metrô não deve estar operando para a população até agosto e deve apenas servir aos Jogos Olímpicos, fazendo o trajeto entre Ipanema e Barra.

Para driblar o problema, a linha não vai parar em todas as seis estações previstas. Em seu site oficial, porém, os organizadores não informaram à população a mudança.

Para o Comitê Rio-2016, "mais importante do que o valor que foi cortado é o fato de que o Comitê tem um orçamento equilibrado e vai realizar os Jogos sem onerar a sociedade, pois não está recebendo nenhum centavo de dinheiro público".

ZIKA - Outro tema que será tratado na reunião desta quarta será o vírus zika, com o COI cobrando ações concretas dos organizadores. Mais, uma vez mais, a crise econômica deverá afetar os planos. As telas que serão instaladas nos quartos dos atletas na Vila Olímpica não serão gratuitas e cada delegação terá de arcar com os custos da compra e colocação. Nas áreas comuns, o Rio-2016 assumirá os custos.

O corte de gastos nos Jogos Olímpicos chegou também ao Itaquerão. O estádio, que receberá em agosto dez partidas dos torneios de futebol, terá as suas estruturas temporárias reduzidas. A previsão inicial era de que as obras de adaptação na arena custariam R$ 13 milhões, mas agora a organização está fazendo uma revisão no orçamento para diminuir esse valor.

Entre os cortes já definidos, ficou decidido que o Comitê Rio-2016 não vai mais montar uma loja na aérea externa do estádio para vender produtos relacionados aos Jogos. A comercialização será feita na loja que já existente dentro do Itaquerão.

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"Tínhamos a expectativa de levantar uma tenda lá fora, mas o Corinthians acabou de inaugurar uma loja, então vamos buscar uma forma de operar junto com eles e fazer uma parceira para adaptar nossos produtos dentro das instalações do estádio", disse ao jornal O Estado de S. Paulo o diretor executivo de operações do Comitê Rio-2016, Rodrigo Tostes.

Outras mudanças em relação ao projeto inicial apresentado no ano passado são os equipamentos de controle de acesso do público e as áreas para autoridades e convidados.

"Estamos trabalhando para não mexer no que não é necessário. Vamos, por exemplo, usar toda a estrutura de raio X do estádio e fazer o receptivo dentro da própria estrutura do Corinthians", disse Tostes.

As estruturas provisórias consideradas mais caras e que estão mantidas são as usados para transmissão de televisão. Em jogos do Corinthians, o Itaquerão recebe, em média, 400 jornalistas. Na Olimpíada, esse número será pelo menos o triplo.

"Precisaremos fazer algumas adaptações em função do nível de serviço que é requerido pela imprensa e, especialmente, as emissoras de TV. Alguns portões que hoje são usados pelos torcedores deverão ser fechados e dedicados exclusivamente para atender aos profissionais de mídia", disse Tostes.

O Comitê Rio-2016 vai assumir a gestão do Itaquerão em julho para iniciar a instalação das estruturas provisórias que serão usadas nos Jogos Olímpicos. As partidas serão realizadas no local entre os dias 3 e 19 de agosto. O sorteio dos confrontos será em abril.

As obras de adaptação no estádio serão pagas por patrocinadores dos Jogos. Como contrapartida, as empresas ganharão espaços publicitários nas vias da cidade. A exibição das marcas dos patrocinadores da Olimpíada será feita através de projeções luminosas em 20 locais públicos entre os dias 20 de julho e 20 de agosto.

REDUÇÃO - O Itaquerão não é único palco dos Jogos a sofrer com o corte de despesas. O Comitê Rio-2016 já anunciou que não será mais construída a arquibancada flutuante prevista inicialmente para as provas de remo, na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio, e diminuiu a quantidade de voluntários de 70 mil para 50 mil pessoas.

A queda de parte do teto do Itaquerão, ocorrida na semana passada e tornada pública na última terça-feira, não preocupa o Comitê Rio-2016, que a partir de julho passará a gerenciar o estádio para os Jogos Olímpicos. A arena de Itaquera sediará dez jogos de futebol da Olimpíada do Rio, em agosto.

"Não nos preocupa, é um estádio novo. Acreditamos que tenha sido um incidente isolado", afirmou à reportagem o diretor de Comunicação do Comitê Rio-2016, Mario Andrada. A mesma avaliação da entidade se estende às arenas das demais sedes - Manaus, Belo Horizonte, Brasília e Salvador, além do Rio -, mesmo nos estádios que vem sendo pouco utilizados.

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O incidente na arena do Corinthians aconteceu no nível 5 do setor Oeste. O local serve de acesso aos torcedores para o setor vip. No momento da queda, não havia nenhuma pessoa no local e, segundo o clube, não houve feridos.

Ainda segundo a assessoria de imprensa do Corinthians, o setor não precisará ser interditado e receberá torcedores normalmente no próximo jogo da equipe no local, sábado, às 21 horas, contra Oeste, pela sétima rodada do Campeonato Paulista.

Para esse jogo, não há mais ingressos para os setores mais baratos do estádio: Norte, Sul e Leste Inferior. As vendas para o setor Oeste, local do acidente, continuam abertas. A previsão é de público superior a 25 mil pessoas no próximo sábado.

Os Jogos Olímpicos deste ano já têm a presença assegurada de pelo menos 2,75 milhões de brasileiros. Esse é o número de ingressos já vendidos para a Olimpíada, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira pelo Comitê Rio-2016. Em contrapartida, a Paralimpíada, que acontece em setembro, está com os ingressos encalhados - apenas 330 mil foram comercializados até o momento.

Os 2,75 milhões de bilhetes vendidos representam 74% da meta de arrecadação prevista pelo Rio-2016 com ingressos. O número é aproximadamente a metade do total destinado aos brasileiros. "Ingressos deixou de ser problema, mas 100% (do valor esperado) seria melhor", afirmou Mário Andrada, diretor de Comunicação do comitê.

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Futebol, basquete, vôlei, atletismo e handebol são as modalidades mais procuradas. Rio de Janeiro, São Paulo, Distrito Federal, Minas Gerais e Bahia são os estados de onde partiram mais pedidos.

Algumas das sessões mais procuradas ainda têm tíquetes disponíveis. É o caso da Cerimônia de Encerramento da Olimpíada, da decisão do basquete feminino, das quartas de final do basquete masculino e da disputa do ouro no futebol feminino. E há ainda muitos bilhetes para as preliminares de basquete masculino, alguns dos quais custando R$ 50. "Vale lembrar que o dream team (seleção americana de basquete masculino), para ganhar o ouro, também tem que jogar as preliminares. É uma chance de ter acesso a alguns dos maiores atletas do mundo", ponderou Andrada.

Na outra ponta, os ingressos dos Jogos Paralímpicos estão encalhados. Do total de três milhões de bilhetes, apenas 330 mil foram vendidos, número que representa 11% dos tíquetes disponíveis. "Estamos abaixo da expectativa", reconheceu Mario Andrada. Atletismo, natação, Cerimônia de Abertura, basquete em cadeira de rodas e vôlei sentado são os eventos mais procurados.

O presidente do Comitê Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman, assegurou neste sábado, em Toronto, que a revisão de custos pela qual passa a entidade não irá prejudicar a realização dos Jogos Olímpicos do próximo ano. A entidade, que é a responsável por organizar os Jogos, vem fazendo cortes de gastos para tentar não estourar o orçamento.

Orçado inicialmente em R$ 7 bilhões, os recursos do comitê vêm exclusivamente da iniciativa privada. Mas, devido a fatores como a variação cambial e o momento da economia brasileira, esse valor já está estimado em R$ 7,4 bilhões, o que obriga a entidade a rever suas planilhas.

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"É uma dinâmica que o Comitê Rio-2016 tem para poder ter equilibradas as suas finanças. Há necessidade em algumas áreas de aumento de recursos, e há outras em que um equacionamento tem que ser feito. E é isso que está sendo feito desde que nós ganhamos e será assim até os Jogos", minimizou Nuzman.

Para não aumentar o risco de enfrentar dificuldades financeiras, o comitê está mexendo no planejamento de algumas áreas, como alimentação e transporte. Membros do Comitê Olímpico Internacional, por exemplo, deverão ter alimentação semelhante à dos trabalhadores do Rio-2016. Apenas atletas terão comida diferenciada.

As mudanças, garante Nuzman, não afetarão a realização dos Jogos. "Isso é feito por todas as cidades. Todos os comitês organizadores fazem dessa maneira, assim como aqui em Toronto eles fizeram também. É uma dinâmica natural e não pode ser diferente, porque ninguém consegue em sete anos, quando ganha (o direito de sediar a Olimpíada), ter todos os seus elementos e números financeiros adequados."

As declarações do dirigente foram dadas ao lado de autoridades brasileiras durante uma entrevista coletiva concedida no centro de imprensa dos Jogos Pan-Americanos. O evento contou com as presenças do ministro do Esporte, George Hilton, do secretário estadual de Esporte do Rio, Marco Antônio Cabral, do presidente da Empresa Olímpica Municipal, Joaquim Monteiro de Carvalho, e do presidente interino da Autoridade Pública Olímpica, Marcelo Pedroso.

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