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Os atletas estão na Vila Olímpica e a mídia do mundo inteiro já chegou, mas para muitos no Japão há pouco o que comemorar um dia antes do início dos Jogos de Tóquio.

Não há torcedores estrangeiros nas ruas e os atletas são levados da vila até os locais de competição em uma bolha com a intenção de mantê-los a salvo, assim como o público japonês.

A maioria dos eventos acontecerá com portões fechados e apenas cerca de 900 pessoas deverão comparecer à cerimônia de abertura no Estádio Olímpico de Tóquio na sexta-feira, das quais apenas 150 japoneses.

Portanto, não é de se estranhar que muitos no Japão tenham que lutar para enxergar o espírito olímpico na contagem regressiva para esses Jogos que foram adiados pela pandemia.

"É completamente diferente dos outros Jogos (em 1964), quando a cidade inteira se cobriu de um espírito festivo", disse Michiko Fukui, de 80 anos, enquanto passeava pelo sofisticado bairro de Ginza nesta quinta-feira.

A cidade foi enfeitada com bandeiras e anúncios de Tóquio-2020, e mascotes futuristas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos estão em ônibus e prédios.

Mas, não há muito mais que faça pensar que alguns dos melhores atletas do mundo chegaram a Tóquio.

O aumento de casos de covid-19 fez com que todos os eventos públicos para assistir aos jogos fossem cancelados, e o estado de emergência significa que os bares e restaurantes devem fechar às 20h - horário de início da cerimônia de abertura - e não podem servir bebidas alcoólicas.

Seira Onuma é uma entre os milhares de japoneses que participaram en uma loteria para ganhar ingressos antes do adiamento dos Jogos, e agora ela nem tem certeza de que os assistirá pela televisão.

"Ganhei alguns ingressos para as finais de atletismo no Estádio Olímpico", disse a dona de casa de 29 anos à AFP.

"Fiquei decepcionada com a decisão de não ter público e agora também estou perdendo o interesse", acrescentou Seira na área de Koto, em Tóquio, perto da vila olímpica.

- 'Enfim vão começar' -

Satoshi Hori, morador do bairro de Koto, até se pergunta se suas duas filhas vão se lembrar desses Jogos no futuro, devido à falta de entusiasmo.

"Moro em Koto, onde há muitas instalações, mas não vejo entusiasmo entre meus vizinhos", disse este homem de 39 anos, que planeja assistir judô e beisebol na televisão.

"Espero que minhas filhas se lembrem dessas Olimpíadas de Tóquio no futuro. É tudo o que posso esperar", diz ele.

Mas outros estão tentando retomar o espírito olímpico, apesar das restrições, como Yumiko Nishimoto, que mora em Fukushima, onde os Jogos começaram esta semana com o softbol.

"Parece que está acontecendo", disse Nishimoto, que lidera um projeto comunitário para plantar 20.000 cerejeiras na região afetada pelo desastre de 2011.

"Você tem a sensação de que eles estão finalmente começando", acrescentou.

Os espectadores tampouco poderão assistir aos eventos nesta região, mas os estudantes locais planejaram executar um mini revezamento da chama olímpica na noite da cerimônia de abertura.

As pesquisas de opinião mostram que o público japonês ainda é amplamente contrário à realização dos Jogos neste ano, e a maioria preferia um adiamento ou cancelamento.

O morador de Koto Noboru Kashiwagi acredita que as Olimpíadas são a última das preocupações de seus vizinhos.

"Ninguém se importa com os Jogos", diz este senhor de 79 anos.

"Se as pessoas que moram perto das instalações olímpicas não estão interessadas, eu me pergunto se pessoas de outros lugares têm algum interesse", acrescenta.

"Sinto pelos atletas. Não é culpa deles", concluiu.

Um jogador tcheco de vôlei de praia que está na Vila Olímpica de Tóquio testou positivo para Covid-19, anunciou nesta segunda-feira (19) o Comitê Olímpico Tcheco (COV) em um comunicado.

Ondrej Perusic testou positivo no domingo (18), durante os exames diários organizados na Vila, informou o chefe da delegação olímpica tcheca Martin Doktor.

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"Não tem absolutamente nenhum sintoma. Analisamos tudo de maneira detalhada e, em particular, prestamos atenção nas medidas anti-transmissão na equipe", declarou.

No sábado, o COV informou que um membro da delegação testou positivo ao desembarcar em um dos aeroportos de Tóquio.

De acordo com um balanço divulgado nesta segunda-feira pelo comitê organizador dos Jogos Olímpicos, desde 1º de julho foram detectados 58 casos positivos de covid-19 em quase 20.000 pessoas (atletas, integrantes de comissões técnicas, dirigentes, jornalistas) que chegaram ao país.

No fim de semana, o comitê organizador anunciou os primeiros casos de covid na Vila Olímpica, um integrante da comissão técnica da seleção de futebol da África do Sul no sábado e depois dois jogadores da equipe no domingo.

O comitê informou nesta segunda-feira que 21 pessoas tiveram contato com os três que testaram positivo da África do Sul.

O comitê organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio informou neste sábado que registrou o primeiro teste positivo para covid-19 em um residente da Vila Olímpica. De acordo com a organização, a pessoa contaminada não é atleta, mas está "envolvida com os Jogos". A pessoa foi colocada em uma quarentena de 14 dias.

Também foi informado que não se trata de um cidadão japonês. Nenhuma outra informação foi revelada por questões de confidencialidade. "Na atual situação, temos que assumir a possibilidade de que surjam mais casos positivos", limitou-se a dizer Toshiro Muto, CEO do Jogos de Tóquio.

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A Olimpíada começa no próximo dia 20, conforme o horário de Brasília, com a realização dos primeiros eventos esportivos, mas a abertura está marcada para o dia 23. Durante a disputa das competições, a Vila Olímpica vai hospedar cerca de 11 mil atletas, além de milhares de pessoas responsáveis por outras funções nas delegações.

Ainda nesta semana, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, chegou a dizer que o risco de atletas transmitirem o coronavírus para japoneses ou outros residentes da Vila era "zero".

Segundo os organizadores, desde o dia 1º de julho, 45 pessoas envolvidas com o evento testaram positivo, mas o único caso dentro da Vila foi o registrado na última sexta. Entre as 45, 12 são listadas como "não residentes no Japão". Atletas e delegações que estão treinando em outros lugares do país, fora de Tóquio, não entram nessa contagem.

Neste sábado, a capital japonesa registrou 1.410 novos casos de covid-19, número mais alto registrado desde o dia 21 de janeiro, quando foram registrados 1.845 casos. A situação faz com que muitos japoneses sejam contrários a realização dos jogos - entre 50% e 80% dependendo de como a pergunta é feita nas pesquisas.

Questionado sobre a resistência de parte da população, Bach defendeu a realização. "Nós estamos cientes do ceticismo, obviamente, que muitas pessoas têm aqui no Japão", afirmou ele à imprensa. "Meu apelo ao povo japonês é que eles recebam bem esses atletas", completou o presidente do COI.

Devido às drásticas restrições contra a Covid-19, a Vila Olímpica dos Jogos de Tóquio (23 de julho a 8 de agosto), inaugurada oficialmente nesta terça-feira (13), é o único local de permanência dos atletas, além de seus locais de treinamento e de competição.

Saiba como pode ser um dia normal para um morador da Vila, concebida para acomodar 18.000 pessoas. Nela, os atletas poderão entrar apenas cinco dias antes de iniciarem suas provas e terão de deixá-la em até 48 horas após o término das mesmas.

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6h30

Despertador. Dormi bem, graças à cortina opaca da minha janela. Um detalhe importante, já que o sol nasce às 4h40 neste momento em Tóquio.

Quando descobri meu quarto de 9m2, fiquei surpreso com a estrutura de papelão reciclado da minha cama, mas é surpreendentemente sólida - pode suportar até 200 quilos.

As paredes internas do meu quarto também são feitas de papelão reciclado, pois são temporárias: a Vila será transformada em apartamentos de luxo após os Jogos. Enquanto isso, é melhor não ter vizinhos que ronquem...

7h

Entrego a um responsável da nossa delegação o teste de antígeno de saliva que eu mesmo fiz. Posteriormente, será enviado para uma operadora privada, como todos os testes dos moradores da Vila.

Em caso de resultado positivo, eles me pedirão para passar por um teste de PCR mais confiável. E, se continuar positivo, irei para a "clínica da febre", no coração da Vila.

Lá, os casos suspeitos passam por um terceiro teste e ficam isolados, aguardando o veredicto que pode levar à quarentena em um hotel, ou à internação. É realmente o lugar na Vila que eu quero evitar!

7h30

Antes de sair do quarto, coloco a máscara, obrigatória em toda Vila.

A caminho do refeitório, consulto o aplicativo para acompanhar ao vivo a taxa de ocupação dos espaços públicos da Vila.

O refeitório é muito grande, com 3.000 lugares sentados, distribuídos por dois pisos.

8h

No refeitório, posso tirar a máscara e colocá-la na mesa, que é cercada por uma tela de acrílico. As opções do menu são imensas, entre cozinha japonesa, "asiática", ou "mundial", pratos dietéticos, vegetarianos e sem glúten... Além disso, os valores nutricionais são indicados de forma sistemática.

9h

Vou me aquecer na grande academia da Vila, que tem 600 máquinas, incluindo esteiras, bicicletas ergométricas e aparelhos de musculação. Também há telas de acrílico aqui, e a máscara é obrigatória.

O pessoal limpa as máquinas com frequência, mas também é aconselhável passar o desinfetante você mesmo.

11h

Estou indo para o meu centro de treinamento, localizado em outra parte de Tóquio. Vou para o terminal de transporte da Vila, onde há ônibus que fazem a ligação com cada instalação olímpica.

17h

Antes de retornar, sigo para o "Vila Plaza", um complexo de madeira de estilo tradicional japonês ao lado da Vila. É um espaço de convivência de residentes.

Compro alguns souvenirs do Japão para minha família, que não pôde me acompanhar aos Jogos.

19h

O sol já está se pondo. Cansado, pego um dos 17 ônibus autônomos que circulam 24 horas por dia dentro da Vila para voltar ao meu prédio.

As poltronas são equipadas com revestimento antivírus, e há um operador humano a bordo para o caso de problemas.

20h

Após o jantar, vou para o centro de lazer da Vila. Os poucos videogames que existem já estão ocupados... Prefiro passear no parque, perto da água.

Comprei duas cervejas no "Vila Plaza" esta tarde, mas como é proibido beber álcool em grupos e em espaços públicos, isso não é uma boa ideia. Não quero correr o risco de ser desclassificado por descumprir as medidas sanitárias!

22h

Antes de dormir, mando mensagens para familiares e amigos que ficaram no meu país. Essa bolha é bem pesada, mas você tem que seguir as regras, esses Jogos são a oportunidade da minha vida.

Se alimentar uma Vila Olímpica é sempre uma missão trabalhosa, realizada por um 'exército' de chefs para preparar milhares de refeições para atletas de todo o mundo, nos Jogos Olímpicos de Tóquio (23 de julho a 8 de agosto), marcados pelo pandemia de Covid-19, o desafio ganha obstáculos adicionais.

Devido a medidas sanitárias rígidas, os atletas só podem se deslocar entre as instalações de treinamento e competição.

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A Vila Olímpica é, portanto, o único lugar onde podem comer e saborear a famosa culinária japonesa.

“É uma grande responsabilidade para nós”, admite Tsutomu Yamane, responsável pelos alimentos do Comitê Organizador Tóquio-2020.

“Queremos que provem (comida japonesa), mas é uma grande pressão”, disse à AFP.

O dispositivo será em grande escala: a Vila Olímpica, com capacidade para 18 mil pessoas, servirá até 48 mil refeições por dia em seus refeitórios e restaurantes, às vezes abertos dia e noite.

O maior tem capacidade para 3 mil pessoas, divididas em dois andares.

Para satisfazer os atletas que se hospedam na Vila, haverá cardápios variados e estão divididos em três tipos de cozinha: ocidental (ou "mundial"), japonesa e asiática. Essa última categoria inclui especialidades chinesas, indianas e vietnamitas.

Haverá refeições adequadas a todas as religiões e pessoas com restrições alimentares.

Pela primeira vez nas Olimpíadas, haverá uma seção de alimentos sem glúten.

- Ramen, sushi e okonomiyaki -

Os organizadores decidiram propor uma cozinha básica que ao mesmo tempo mostrasse a riqueza da culinária japonesa, explica Yamane.

Os 'gourmets' olímpicos também apreciarão pratos de ramen, com molho de soja ou caldo de missô.

Alguns poderão ficar desapontados, pois não encontrarão peixe cru por motivos sanitários. O arroz de sushi só será visto acompanhado de camarão, atum em lata, pepino ou ameixa salgada.

A seleção culinária também incluirá pratos locais famosos, como carne de boi japonês, tempuras de vegetais ou frutos do mar, mas também algumas especialidades japonesas ocidentais menos conhecidas, como okonomiyaki, uma espécie de omelete japonesa, ou takoyaki de polvo.

Os atletas também poderão degustar receitas da culinária familiar japonesa, propostas por moradores do país e selecionadas por meio de concurso. Será o caso, por exemplo, de Yoko Nishimura, mãe de 59 anos que, com o adiamento das Olimpíadas de 2020 para 2021, quase se esqueceu de ter participado do concurso.

“Quando me contataram para me dizer que havia sido eleita, não pude acreditar”, reconhece ela à AFP.

- Ingredientes de todo o Japão -

Yoko havia imaginado para o concurso um prato que levasse em conta o calor do verão japonês, com salmão grelhado, frango no vapor, edamame de soja e pasta de ameixa.

“Está cheio de coisas que fazem bem ao corpo”, explica. “O salmão está com a pele, cheia de nutrientes como o colágeno, e o edamame é rico em proteínas”, afirma.

Os ingredientes utilizados nas refeições provêm dos 47 departamentos japoneses, incluindo os atingidos pela tripla catástrofe (terremoto, tsunami, acidente nuclear) de 2011 em Fukushima, uma vez que estes Jogos têm sido apresentados como "os da reconstrução".

Vários países ainda restringem a importação de produtos alimentícios de Fukushima, mas o Japão garante que eles serão submetidos a controles mais elevados do que o normal e que não terão sinalização especial na Vila Olímpica.

A sombra da pandemia pairará inevitavelmente sobre cafés e restaurantes. Haverá um número reduzido de mesas e os atletas são convidados a não se demorar.

Apesar de todos os problemas causados pela pandemia, Yoko Nishimura espera que seu 'prato de verão' agrade aos participantes dos Jogos.

“Os atletas podem perder o apetite com o calor e os treinos rigorosos, mas também com a pressão de participar de um evento tão prestigioso”, afirma.

Em qualquer caso, ela espera que, graças à sua cozinha, eles possam "competir no seu melhor".

A 10 dias da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, a Vila Olímpica, que vai abrigar os mais de 10 mil atletas durante o evento, foi inaugurada oficialmente nesta terça-feira (13). No entanto, o momento que era para ser de festa, como em edições anteriores de Olimpíadas, foi de discrição e silêncio por conta do estado de emergência instalado na capital do Japão desde a véspera para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus.

Os primeiros atletas começaram a entrar no complexo de 44 hectares com 21 prédios, localizado no distrito de Harumi, em Tóquio, mas nem a imprensa pode acompanhar esse momento. Só foi possível ver uma grande quantidade de carros de polícia nos arredores do local.

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Algumas horas depois da inauguração, quem apareceu na Vila Olímpica foi o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), o alemão Thomas Bach, que elogiou Tóquio. O dirigente disse que é a cidade "mais bem preparada" de todos os tempos, apesar das circunstâncias complicadas da organização por causa da pandemia.

"Estamos sentados em um barco e remando juntos com força total na mesma direção", disse Bach ao se encontrar com Seiko Hashimoto, presidente do Comitê Organizador de Tóquio-2020, pela primeira vez pessoalmente desde a sua chegada ao Japão na última quinta-feira. "Nosso objetivo comum é um evento seguro para todos".

Os primeiros atletas brasileiros entrarão na Vila Olímpica somente a partir desta quinta-feira. Por enquanto, apenas o chefe de missão da equipe nacional, Marco Antônio La Porta, que também é vice-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), já adentrou o prédio reservado à delegação.

Além da Vila Olímpica, o centro de imprensa (MPC, na sigla em inglês), no centro de convenções internacional Tokyo Big Sight, foi também oficialmente inaugurado. Os organizadores esperam que até 2.500 membros da mídia usem as instalações 24 horas por dia. Devido à covid-19, o número de membros da imprensa viajando ao Japão para a Olimpíada e Paralimpíada também foi reduzido para 4.600, dos 8.400 inicialmente esperados.

A Vila Olímpica, que está em construção para os Jogos de Tóquio no ano que vem, poderá ser usada como hospital temporário na ajuda contra a pandemia do coronavírus. O anúncio foi feito, nesta sexta-feira, por Yuriko Koike, governador de Tóquio.

O enorme complexo habitacional da Baía de Tóquio, abrigará até 11 mil atletas olímpicos e 4,4 mil paraolímpicos, além de pessoal de apoio durante as duas semanas de Jogos em 2021, em seus 24 edifícios.

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Koike disse que a Vila Olímpica é "uma das opções" analisadas. "Mas ainda não foi definido. Estamos falando de vários lugares e avaliando cada possibilidade." Outra alternativa, disse Koike, é que o governo da cidade de Tóquio compre um hotel para hospitalizar pacientes no meio da pandemia.

Na quinta-feira, o Japão já havia relatado cerca de 3.300 casos de coronavírus e 74 mortes, segundo o ministro da Saúde. A capital japonesa relatou 97 novos casos nesta quinta, o que fez com que as autoridades procurassem mais leitos.

As 5.600 unidades da Vila Olímpica serão reformadas após os Jogos e vendidas. Quase mil delas estão atualmente à venda ou já foram vendidas. Espera-se que eles comecem a ser ocupados como área residencial a partir de 2023, e os preços dos apartamentos são anunciados entre US$ 500 mil (cerca de 2,6 milhões) e US$ 2 milhões (R$ 10,6 milhões).

A Vila Olímpica é um negócio conjunto entre dez empresas importantes do Japão e as autoridades de Tóquio.

Novas Daianes dos Santos, Diegos Hypólito, Jades Barbosa e Arthurs Zannetti podem surgir de Olinda a partir de agora. A Vila Olímpica, em Rio Doce, passa a oferecer aulas de ginástica artística, toda sexta, das 9h às 10h. As atividades são coordenadas pelo professor de educação física Adelmo Andrade.

Podem participar alunos a partir dos 6 anos. Os interessados devem se inscrever na própria Vila (av. Cel. Frederico Lundgren, 467), basta levar o comprovante de matrícula escolar, registro de nascimento, comprovante de residência e carteira de identidade do responsável (caso seja menor de idade).

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Na reta final das férias, acontece entre dias 22 a 31 de julho mais uma edição do projeto Férias na Vila. A iniciativa, que oferece atividades esportivas de forma gratuita aos jovens da cidade, será realizada de segunda a sexta-feira na Vila Olímpica de Rio Doce.

O projeto conta com a atuação de 12 profissionais de educação física, que ficarão à disposição do público. As atividades dentro do local são voltadas aos jovens de sete a 18 anos, entretanto, a Academia do Bairro será liberada para o público de todas as idades.

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O projeto acontece das 8h às 12h. Para participar, basta ir até local, localizado na avenida Brasil, 2196, na III Etapa do bairro. 

Por Gabriela Ribeiro

A Vila Olímpica de Rio Doce receberá em janeiro, sempre de segunda a sexta, das 8h às 11h, o evento Férias na Vila. Futsal, vôlei, basquete, handebol e futebol de campo e academia do bairro (ginástica aeróbica) serão as modalidades à disposição da população, gratuitamente.

As atividades são destinadas aos jovens de 7 a 18 anos, exceto a Academia do Bairro, que é liberada para todas as idades. A programação começa na segunda-feira (7), e segue até o dia 31.

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Dois especialistas em cada esporte irão acompanhar as respectivas modalidades para orientar as crianças e adolescentes. Para as Férias na Vila, não há necessidade de inscrição, é só chegar ao local e se divertir.

“As férias serão um aquecimento do que vamos realizar a partir de fevereiro. Teremos essas e outras modalidades oferecidas permanentemente para os jovens. As escolinhas vão ter acompanhamento de especialistas de cada esporte. No futebol, por exemplo, um dos professores será o técnico Nereu Pinheiro”, explicou o secretário executivo de esportes, Chiquinho.

 

Se a rivalidade entre Brasil e Argentina tem gerado até episódios de violência na Rio 2016, um casal de atletas mostrou um outro lado dessa relação entre nações. Yael Castiglione, levantadora da seleção argentina de vôlei, e o ex-jogador de volêi Marcus Eloe, brasileiro, se casaram numa cerimônia budista, no complexo religioso da Vila Olímpica, na Barra da Tijuca. 

O primeiro matrimônio dos Jogos Rio 2016 foi realizado no dia 11 de agosto, pelo reverendo Zenji Niö. "Foi um momento espiritual incrível e único nas nossas vidas. Só podemos agradecer", afirmou a argentina. Após o casamento, ela vem morar com Marcus, em Santos. Os dois estavam casados no civil desde junho deste ano.

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Amigo do casal desde os Jogos Pan-Americanos de 2015, no Canadá, o reverendo diz que o casal são a prova de que o amor é maior do que qualquer rivalidade. "Entre eles, há amor, espiritualidade e carinho. Não existe essa rivalidade que argentinos e brasileiros tanto falam. Isso é um legado que os Jogos Rio 2016 deixam para o mundo", disse Zenji Niö.

A Polícia Civil investiga mais um caso de suspeita de agressão de atleta contra camareiras da Vila Olímpica da Rio 2016. Segundo informações da Delegacia do Recreio dos Bandeirantes (42ª DP), o investigado é um atleta da delegação búlgara, cujo nome não foi divulgado.

Na versão de uma das camareiras, ela e suas colegas de trabalho estavam se dirigindo ao quarto do atleta para arrumá-lo quando ele saiu e começou a agredi-las.

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Nota da Polícia Civil diz que, “segundo a vítima, elas estavam se dirigindo ao quarto do atleta para realizar a arrumação quando ele saiu,  aplicou um golpe e depois agrediu as suas colegas de trabalho. Diligências estão em andamento para esclarecer os fatos”.

Paralelamente, dois boxeadores, um marroquino e outro namíbio, estão sendo investigados pela Polícia Civil por tentativa de estupro a camareiras da Vila Olímpica.

Episódios de furtos têm exposto insegurança na Vila Olímpica, na Barra da Tijuca. Na manhã deste sábado (13), o Comitê Olímpico divulgou o roubo de cerca de R$ 20 mil do quarto de um atleta. Após revistas, um funcionário foi identificado portando o valor específico e foi detido. Mais tarde, outro caso de furto.

Segundo a Polícia Civil, uma jogadora francesa de handebol teve 50 euros furtados e uma jovem de 20 anos foi presa em flagrante. A mulher irá responder em liberade pela acusação, depois de ter sido encaminhada ao Juizado do Torcedor.

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Em entrevista ao G1, o diretor de comunicação do Comitê Olímpico, Mário Andrada, confirmou um maior rigor com a fiscalização no local de hospedagem dos atletas. "A segurança foi aumentada na Vila Olímpica. A justiça está trabalhando e não temos informações sobre a frequência dos furtos em relação a outros Jogos", garantiu Andrada. 

O tenista argentino Juan Martin del Potro, que, neste domingo, vai enfrentar o número 1 do mundo, Novak Djokovic, ficou preso em um elevador da Vila Olímpica por uma queda de energia, e foi resgatado pela equipe de handebol.

"Assim começou seu dia @delpotrojuan dia: preso 40 minutos em um elevador da vila olímpica por uma queda de energia", relatou no Twitter o jornalista Jorge Viale, acompanhando a mensagem com uma foto do atleta sentado no chão do elevador.

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"Sem sinal de celular, ele foi resgatado por membros dos Gladiatores, a equipe argentina de handebol", acrescentou em outro tuíte.

Uma informação confirmada por um dos integrantes da equipe de handebol, Federico Pizarro, também através das redes sociais, com foto com o tenista.

"A luz caiu e alguém ficou preso, chegaram os gladiadores para resgatar @delpotrojuan".

A Vila Olímpica do Rio de Janeiro é uma cidade de moradores saudáveis, belos e felizes, onde passeiam pelas ruas astros como as irmãs Williams e Novak Djokovic, além de celebridades "intrusas", como François Hollande e Matteo Renzi.

Trinta e um edifícios de 17 andares integram o enorme complexo próximo à lagoa de Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro, que abriga a maior parte dos 11.000 atletas dos Jogos Olímpicos que começam nesta sexta-feira.

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A Vila tem um salão de beleza, uma agência dos correiros, ciclovias, ruas para a passagem de ônibus, um supermercado, um parque, fontes, uma pequena praia, uma lavanderia e um McDonald's, uma tentação para os atletas, que não pagam por seus lanches, e é o único estabelecimento que provoca longas filas.

"Aproveitam que é de graça e se fartam de comida. Pedem tanto que depois desperdiçam. É uma pena", afirmou à AFP Marina Pérez, uma atiradora equatoriana.

"Acredito que frequentam muito porque as competições ainda não começaram, talvez estejam aproveitando o momento", disse o venezuelano Jesús Liranzo, atleta dos saltos ornamentais.

- Sorrisos e flertes -

Homens e mulheres de físico invejável trocam olhares, palavras e sorrisos. As lendas olímpicas mencionam noites intermináveis, mas Marina Pérez diz que até o momento o local está tranquilo.

Liranzo afirma que "há muitas mulheres lindas de todos os países".

"Atleta. Garotas me liguem", afirma uma mensagem que inclui um número de telefone.

Outras frases similares são observadas no muro "deixem sua mensagem para o Brasil", que virou um espaço para sugestões de encontros, lemas políticos e algumas ofensas.

O astro francês do judô Teddy Riner, invicto há seis anos na categoria acima de 100 kg, que busca no Rio sua segunda medalha de ouro, aparece de repente diante das irmãs Williams, as tenistas americanas, e pede uma foto com elas.

Venus Williams pergunta então em que esporte ele compete. Riner responde: "Eu no judô. E você?", com uma piscada de olho.

A nadadora Jamila Lunkuse troca com Serena Williams um pin de Uganda por um dos Estados Unidos.

"Eu pensei que ela nem iria parar", disse Lunkuse, empolgada depois de encontrar uma grande estrela do esporte mundial.

- "É outro mundo" -

O grande velocista jamaicano Usain Bolt chegou na quarta-feira à Vila, mas não foi visto em seus primeiros momentos no local. Os tenistas Rafael Nadal e Novak Djokovic já estavam no complexo há alguns dias, enquanto o astro do basquete argentino Manu Ginóbili caminhava na tarde de quinta-feira ao lado dos colegas de equipe.

O presidente francês François Hollande, o primeiro-ministro italiano Matteo Renzi e a vice-primeira-ministra chinesa Liu Yan Dong visitaram os atletas de seus países.

Os desportistas parecem satisfeitos com o alojamento. Os problemas denunciados na semana passada pela delegação australiana ficaram para trás - fios soltos, banheiros bloqueados, goteiras.

"É outro mundo, muito grande, muito bonito, há muita variedade de comida. A única coisa que falta é conhecer o centro de entretenimento", explica o venezuelano Liranzo.

A Vila Olímpica tem quadras de tênis, de futebol de salão e aparelhos de ginástica distribuídos pelo parque que ocupa a área central, caso alguém deseje praticar mais esportes depois de treinar por 10 horas. E, embora não pareça provável, estavam ocupados.

O boxeador marroquino Hassan Saada foi preso nesta sexta-feira, dia da cerimônia de abertura dos Jogos Rio-2016, acusado pelo estupro de duas camareiras brasileiras na Vila Olímpica.

"No dia 3, o atleta teria estuprado duas camareiras brasileiras que trabalhavam na Vila dos Atletas", informou a Polícia Civil.

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"Com base nas provas colhidas durante a investigação, o delegado de polícia Eduardo Ozório representou pela decretação da prisão temporária do atleta e o Juizado do Torcedor e dos Grandes Eventos deferiu a medida, pelo prazo de 15 dias", afirma um comunicado divulgado pela polícia.

A segurança na Vila Olímpica do Rio-2016 foi reforçada após o roubo de um computador e de camisas da delegação da Austrália durante a evacuação de um prédio por um princípio de incêndio.

A chefe da delegação australiana, Kitty Chiller, afirmou à imprensa que o roubo aconteceu quando o prédio foi evacuado por um pequeno incêndio na sexta-feira (29). "Havia um computador portátil que foi roubado de um dos nossos funcionários do ciclismo no quinto andar. Nosso equipamento de TI em nossa base de operações também foi revirado, mas nada foi roubado", disse Chiller.

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Ela afirmou ainda que durante a evacuação do prédio observou três bombeiros aparentemente roubando camisas da equipe australiana. "Pensei que talvez eles tivessem ajudado a retirar as pessoas e presenteamos as camisas. Parece não ter sido o que aconteceu", disse Chiller, sem saber quanto material foi roubado. "Sim, isto é preocupante", completou.

Depois do incêndio, Chiller disse que os organizadores do Rio-2016 reforçaram a segurança em toda a Vila Olímpica. "Rio-2016 contratou uma força de segurança privada e agora temos segurança privada".

A delegação da Austrália não está dando sorte mesmo em seu local de hospedagem na Vila dos Atletas. Na tarde desta sexta-feira (29), um princípio de incêndio no prédio onde a equipe está hospedada obrigou toda a delegação a evacuar o edifício. Três caminhões do Corpo de Bombeiros foram acionados. O incidente logo foi resolvido e ninguém se feriu.

Segundo o Comitê Rio-2016, os bombeiros informaram que uma guimba de cigarro foi deixada sobre um papelão no subsolo do prédio, o que iniciou as chamas. A fumaça começou a se espalhar pelas escadas e, por isso, o prédio foi evacuado. Às 17h30 desta sexta, os bombeiros ainda estavam no local, mas o prédio já foi liberado.

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A equipe australiana vem enfrentando problemas na Vila dos Atletas desde que o local foi oficialmente aberto, no domingo passado. Na ocasião, a delegação se negou a entrar no prédio por considerá-lo "inabitável", o que gerou a primeira grande crise dos Jogos do Rio-2016.

A organização dos Jogos reconheceu o problema e contratou uma força-tarefa para resolver as pendências do prédio, que iam desde problemas de gás e eletricidade até à falta de vasos sanitários. A equipe só começou a ocupar o prédio na quarta-feira.

Um dia depois de os fiscais do Ministério do Trabalho visitarem a Vila Olímpica, as explicações da organização continuam sendo apresentadas. O Comitê Rio-2016 garante que os documentos exigidos foram entregues e que haverá uma nova reunião nesta quinta-feira (28). Mas o caso deve se prolongar nos próximos dias.

"Segundo me disseram, a gente tem dez dias para entregar todos os documentos. Não é muito preto no branco, alguns são contratados da Ilha Pura, alguns são contratados do Comitê, alguns são contratados da equipe de manutenção. Tem bastante conversa com eles para alinhar tudo", disse Mario Andrada, diretor de comunicação do Comitê Rio-2016.

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Após denúncia, a fiscalização encontrou irregularidades nos vínculos empregatícios de cerca de 600 trabalhadores, contratados de última hora para corrigir problemas encontrados pelas delegações estrangeiras na Vila dos Atletas. Dos 31 edifícios do condomínio, 28 já passaram pelo pente-fino do Comitê Organizador.

Andrada diz que a promessa de concluir os reparos até esta quinta-feira será cumprida. "Hoje a gente entrega tudo e entra no modo de manutenção normal, que a gente mudou por causa da crise", afirmou.

O processo de reparo do dia a dia engloba, por exemplo, a troca de lâmpada queimada na varanda pedida pelos holandeses. Até o fim do dia, a Vila dos Atletas totalizará 3.578 moradores de 151 países.

O encontro do prefeito do Rio, Eduardo Paes, com a chefe da delegação da Austrália, Kitty Chiller, na Vila Olímpica, nesta quarta-feira (27), para selar a paz entre os países, foi marcado por algumas gafes. O compromisso estava marcado para as 13 horas, mas os australianos tiveram de aguardar 25 minutos pela chegada do prefeito. O atraso foi observado por um dos chefes da equipe em conversa informal.

Os atletas, na maioria do hóquei sobre grama, aproveitaram a espera para tirar fotos. Parte do grupo estava sentado em um palco destinado para "pocket shows" na zona internacional da Vila quando foi surpreendida por uma ventania. As lonas da lateral da estrutura começaram a voar em direção aos atletas.

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O problema se repetiu assim que o prefeito começou a discursar, o que levou Paes a dizer em inglês: "Espero que não caia." E completou em português: "Eu ficaria muito feliz se alguém segurasse isso." Ninguém segurou, mas o vento deu uma trégua.

Uma frase do discurso de Paes também não passou despercebida. Em inglês, o prefeito declarou: "Sei que vocês têm um diferente nível de civilização." As palavras foram ditas pouco antes de o prefeito pedir desculpas pela confusão com os australianos.

PRESENTE - O prefeito saiu rapidamente para participar de um evento com o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, no centro da cidade. Antes de deixar o local, ele perguntou para os assessores onde estava o canguru de pelúcia que ganhara de presente dos australianos. Ao Estadão.com, contou o destino do símbolo de reconciliação: "Vou dar para minha filha."

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