Tópicos | Vila Olímpica

As criticas de um jornalista australiano, a organização dos jogos olímpicos do Rio-2016 vem repercutindo nas redes sociais brasileiras. Em coluna publicada no The Daily Telegraph, o australiano Richard Hinds é mais um a criticar as instalações da Vila Olímpica, assim como fizeram as delegações da Austrália, Suécia e Bielorrússia. No texto, o autor usa o termo Favela Olímpica para definir os locais onde os atletas dos países ficarão hospedados e compara o local às condições de vida dos brasileiros: “Para quem água encanada, esgotos e paredes são opcionais extras”.

O texto ainda contém comentários no mesmo nível a respeito do velódromo construído para os jogos, a segurança do Rio e surto de zika na cidade. “O Comitê Organizador me garantiu que, após aplicação de repelente de mosquitos, é perfeitamente seguro apreciar tudo o que esta bela cidade tem a oferecer. Também me garantiram que todos os atletas roubados e sequestrados por bandidos armados serão soltos a tempo de disputarem suas competições”, escreveu Richard.

##RECOMENDA##

As palavras do jornalista rapidamente repercutiram na internet brasileira e o termo ‘Favela Olímpica’ entrou nos trend topics do Twitter no país. Entre os brasileiros, alguns se posicionaram contra as declarações do australiano, mas muitos também aproveitaram para se juntar ao crítico e se declarar contra a organização dos Jogos. 

[@#galeria#@]

Ao ver a repercussão dos comentários na internet brasileira, o jornalista australiano se pronunciou por meio da sua conta na rede social para declarar que o texto tinha tom satírico e que adora o Brasil.

LeiaJá também

--> Aos poucos, australianos começam a ocupar a Vila Olímpica

--> Comitê Rio-2016 nega desistência sueca de entrar na Vila

--> Brasileiro está preocupado com organização do Rio-2016

--> Rio-2016 garante ter 'controle total' após polêmica

--> Planalto está 'preocupado' com problemas na Vila Olímpica

--> Paes rebate desconfiança em relação à Olimpíada

--> Vila Olímpica tem 600 novos trabalhadores em força tarefa

Apesar de o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, terem minimizado, em entrevista na última terça-feira (26), todos os problemas existentes na Vila Olímpica, o Palácio do Planalto está "muito preocupado" com todas as queixas de infraestrutura que estão sendo detectados no local de hospedagem dos atletas nos Jogos do Rio, com a segurança na área, assim como os prejuízos que estão trazendo para a imagem do País.

Há também preocupação com o fornecimento de energia. Além das inúmeras queixas que chegam ao Planalto, o próprio prefeito do Rio, Eduardo Paes, "pediu socorro" às autoridades palacianas, telefonando para alguns gabinetes do Planalto, em Brasília.

##RECOMENDA##

Eduardo Paes se disse "muito preocupado" tanto com estes problemas que estão ocorrendo nos apartamentos, como de roubos ocorridos no local, e chegou a falar até da necessidade de recursos para ajudar a Prefeitura do Rio a enfrentar os percalços de ultima hora. No dia 30 de junho, o presidente em exercício Michel Temer assinou Medida Provisória liberando R$ 2,9 bilhões para socorrer o estado do Rio.

O presidente Michel Temer está sendo informado dos problemas e das dificuldades de solucioná-los. O pedido de socorro deixou preocupados os ministros e assessores do Planalto, que estão pressionando o Comitê Olímpico Brasileiro a cumprirem com suas obrigações. Mas o discurso oficial é de "cooperação total" e "solidariedade".

Outro dado que deixou assessores do presidente "perplexos" e "chocados" foi a informação divulgada pelos Correios, nesta terça-feira, de que os serviços  entrega de encomendas Sedex 10, Sedex 12 e Sedex, nem malotes, ficarão suspensos entre 28 de julho e 18 de setembro deste ano, na cidade do Rio de Janeiro.

De acordo com um interlocutor do presidente, essa decisão da estatal, que está enfrentando graves problemas de caixa, é "no mínimo estranha". Avalia ainda que este é mais um fator de danos à imagem do País. "Tudo isso está respingando no governo federal", comentou outro assessor do Planalto, ao reconhecer como justas várias das queixas dos atletas das delegações. O governo está preocupado com o que chegou a chamar de "desorganização" de muitos quesitos e com os problemas de segurança na Vila Olímpica.

Com a necessidade de contratação "de última hora" de 600 bombeiros, eletricistas, encanadores e outros trabalhadores para consertar defeitos detectados não há um controle, como deveria, desses funcionários no local, abrindo brechas para todo tipo de problema, inclusive de segurança. Da mesma forma, o governo federal já foi informado que a empresa contratada para operar os detectores de metais e aparelhos de raio X ainda não conseguiu selecionar os funcionários suficientes para executar os trabalhos na Vila Olímpica.

Outra preocupação do Planalto é com a divulgação de informações sobre questões de segurança. O Palácio quer reavaliar a estratégia de informação de eventos porque considerou que a fórmula adotada pelo Ministério da Justiça para tratar da Operação Hashtag acabou gerando danos, com um efeito exatamente ao contrário do desejado, pelo nível de preocupação que levou para a população, ao invés de tranquilizá-la.

[@#galeria#@]

Depois de Austrália e Suécia, chegou à vez da delegação da Bielorússia demonstrar descontentamento com a Vila Olímpica dos jogos no Rio de Janeiro. Em publicação no site oficial do Comitê Olímpico do país, fotos dos quartos em que os atletas estão hospedados foram exibidas e ausência de água quente, sistema de esgoto e drenagem e pisos, janelas e escadas sujos foram os principais pontos reclamados pelos bielorrussos.

##RECOMENDA##

A delegação europeia também foi mais uma a demonstrar preocupação com o zika e, além das fotos dos quartos, publicou uma imagem da Vila recebendo dedetização contra os mosquitos. Contudo, ao contrário das delegações que já abandonaram o local, mostrou confiança quanto à promessa do comitê organizador de que ajustes serão feitos.

[@#video#@]

Em resposta as reclamações das delegações sobre a Vila Olímpica, a comissão organizadora dos jogos prometeu resolver todos os problemas, mas destacou que alguns dias ainda serão necessários para que os ajustes sejam feitos. “Nossa equipe irá trabalhar 24 horas por dia, até que os problemas sejam resolvidos. Infelizmente, esperamos que ainda vá demorar mais alguns dias. Os atletas que vêm para a aldeia, e cujos quartos ainda não estão prontos irão ser colocados em outros apartamentos. Pedimos desculpas por qualquer inconveniente que isso possa causar e agradecemos a compreensão dos comitês olímpicos nacionais neste momento”, disse em nota.

Dois dias após se negar a entrar na Vila dos Atletas por considerar seu edifício "inabitável", parte da delegação da Austrália começou a ocupar seu espaço no alojamento nesta terça-feira (26). O local passou por reformas desde o início da segunda-feira (25) e a expectativa é de que fique inteiramente pronto até quarta (27). Por enquanto, apenas os chefes de equipes do país estão chegando à vila. Os primeiros atletas deverão entrar na quarta-feira.

Na manhã desta terça, o diretor de comunicação da equipe australiana, Mike Tancred, circulava animado pela área internacional da Vila Olímpica. "Como brinquei, é como o hotel Hilton, porque do outro lado da minha varanda tem uma bonita piscina, é magnífico. É uma pena que algumas coisas no interior tiveram problemas. Estive em nove Olimpíadas, contando os Jogos de Inverno, e essa é provavelmente a melhor Vila que já estive", afirmou.

##RECOMENDA##

Tancred é o mesmo que, no último domingo, afirmara que a equipe australiana "precisava de encanadores, não de cangurus", ao responder a um comentário de gosto duvidoso do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB).

O australiano disse que os atletas que já estão no Brasil e se hospedaram em hotéis da região devem ir para a vila na quarta-feira. Outros competidores da Austrália desembarcam no Rio durante a madrugada. "Provavelmente teremos 100 atletas até amanhã (quarta)", disse Tancred.

A Vila Olímpica do Rio de Janeiro receberá mais 791 pessoas nesta terça-feira (26), sendo 200 atletas. Ao fim do dia, a expectativa é de que o alojamento dos Jogos Olímpicos conte com a presença de 2.391 integrantes - 600 atletas - de 129 países. Nove representantes dos saltos ornamentais da delegação brasileira darão entrada no local e se juntarão aos outros 61 integrantes de diferentes modalidades, como levantamento de peso, futebol feminino, hóquei sobre grama, entre outros.

O local tem sido alvo de reclamações dos estrangeiros. No domingo, a Austrália classificou o alojamento como "inabitável" e abandonou a Vila em busca de uma acomodação provisória. Na noite desta segunda-feira foi a vez de alguns membros da delegação sueca deixarem os apartamentos e seguirem de táxi para um condomínio próximo ao Parque Olímpico.

##RECOMENDA##

Até a madrugada desta terça-feira foram revisados 21 prédios - incluindo a residência da Austrália. A previsão dos organizadores é que as outras dez torres passem por uma inspeção até quinta-feira. Para resolver as pendências até o fim da semana, 600 novos funcionários foram contratados. Encanadores, eletricistas e trabalhadores da área de limpeza atuam em três turnos.

Os problemas estruturais da Vila Olímpica têm gerado repercussão em todo o mundo. "Procura-se encanador" foi a manchete do jornal esportivo espanhol "Marca" nesta terça-feira. O chefe da delegação espanhola, Cayetano Cornet, disse ao diário que nunca viu problema semelhante nas sete Olimpíadas que participou. Vazamentos de água e gás, sujeira e problemas de eletricidade estão entre as principais reclamações.

O gerente da delegação sueca nos Jogos Olímpicos Rio 2016, Peter Reinebo, disse que a Vila Olímpica do Rio não está pronta. Segundo publicou nesta terça-feira (26) o jornal sueco Expressen, o representante do país escandinavo afirmou que há problemas com água, eletricidade e esgoto nos alojamentos dos atletas.

No último domingo (24), jornais noticiaram que o time sueco de futebol feminino preferiu se hospedar em um hotel, em vez da Vila Olímpica. Hoje, outros atletas da Suécia embarcaram em táxis, com suas malas, e foram para hotéis.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

A delegação australiana já havia se recusado a ficar na Vila Olímpica justamente por problemas como os informados por Peter Reinebo. Nessa segunda (25), o Comitê Organizador Rio 2016 comprometeu-se a deixar a vila “impecável” até o próximo final de semana.

A Vila Olímpica, inaugurada oficialmente nesse domingo (24) e que já sofre com uma extensa lista de problemas de acabamento, estará 'impecável' até o fim da semana, garantiu a organização dos Jogos Olímpicos do Rio-2016. "Temos 630 pessoas trabalhando para consertar problemas da Vila Olímpica", declarou Mario Andrada, diretor de comunicação da Rio-2016, via Twitter. "Eles devem terminar a entrega impecável da Vila antes do fim de semana, provavelmente na quinta-feira", garantiu.

No domingo, durante a inauguração, a 'prefeita' da Vila, a ex-jogadora de basquete e medalhista olímpica Janeth Arcain, havia garantido que os problemas seriam resolvidos "em até 48 horas, no máximo".

##RECOMENDA##

A delegação da Austrália não aceitou se instalar na Vila no domingo devido a inúmeros problemas de encanamento que deixaram o local "inabitável", segundo a chefe da delegação, Kitty Chiller. Ele, porém, mantinha "esperança razoável" de que os atletas australianos poderiam ocupar a Vila na quarta-feira.

Outras delegações também encontraram problemas: um vazamento de água inundou o térreo do prédio do Brasil, o México também sofreu com problemas hidráulicos e a Itália contratou seus próprios funcionários para realizar o acabamento.

Dos cinco pisos reservados à Argentina, "dois são inabitáveis", declarou nesta segunda-feira o presidente do Comitê Olímpico do país, Gerardo Werthein, à imprensa do país, explicando que parte da delegação ficaria hospedada em apartamentos próximos à Vila. Cerca de 900 pessoas de 66 delegações já estão morando na Vila Olímpica, sendo 200 atletas, afirmou a organização dos Jogos.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, afirmou nesta segunda-feira (25) que já tinha conhecimento desde a última sexta-feira (22) das más condições do prédio da Vila Olímpica que abriga a delegação da Austrália. Ele disse que técnicos da prefeitura e da Companhia Municipal de Limpeza Urbana foram cedidos para ajudar a consertar os problemas nos apartamentos.

Paes reiterou que a responsabilidade pela conservação da Vila Olímpica é do Comitê Rio-2016, organizador da Olimpíada. Questionado sobre quem vai ressarcir os gastos das delegações estrangeiras que contrataram serviços particulares para os consertos, o prefeito disse que a pergunta deve ser feita ao comitê.

##RECOMENDA##

"O prédio da Austrália é, sem dúvida, o pior de todos. Na sexta-feira, eu soube dos problemas e profissionais da prefeitura já estão trabalhando para ajudar o comitê organizador. Lamento que tenha acontecido, mas as providências já estão sendo tomadas", afirmou o prefeito, ao chegar para a abertura de um seminário sobre esportes e negócios, no Museu do Amanhã

Sobre a declaração de que pensava em levar um canguru para a porta do prédio da Austrália, a fim de que os australianos "se sentissem em casa", Paes procurou ser mais amistoso: "A Austrália é um país maravilhoso, são todos muito bem-vindos". Paes lembrou que a Vila Olímpica está sob responsabilidade do comitê organizador "há mais de três meses".

LeiaJá também

--> Vila dos Atletas é inaugurada com boicote australiano

O Comitê Olímpico Nacional da Itália (CONI) publicou ontem (24) em seu site que contratou eletricistas, encanadores e pedreiros para finalizar áreas incompletas no Edifício 20 da Vila Olímpica, ocupado por seus atletas desde ontem.

Os profissionais foram contratados com urgência para garantir que as condições de alojamento sejam "normais", diz o comunicado do CONI, que afirma que a equipe enfrentou situações de emergência imprevisíveis. "Peço aos atletas a máxima cooperação e compreensão", diz o chefe da missão da Itália, Carlo Mornati.

##RECOMENDA##

Ontem, na abertura da vila, o Comitê Olímpico da Austrália considerou as acomodações inabitáveis e se recusou a ocupá-las enquanto problemas não fossem resolvidos.

O comitê neozelandês afirma em seu site que não encontrou os apartamentos prontos na semana passada e também teve que trabalhar para concluí-los. "Nós estávamos decepcionados que a vila não estava tão pronta quanto deveria quando chegamos e não tem sido fácil", diz a nota, que afirma que os atletas do país se mudarão para o prédio hoje.

Prefeita da Vila Olímpica, a ex-atleta do basquete Janeth Arcain disse que os organizadores "têm a estrutura necessária para deixar tudo perfeito antes do início dos jogos". O presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, também destacou que o importante é que os reparos sejam feitos antes que comece a Olimpíada. "São ajustes que já estamos fazendo e serão resolvidos em pouco tempo. Toda Vila Olímpica, por sua magnitude, precisa de alguns retoques até que fique perfeita. O importante é que tudo será feito antes do início dos jogos, sem trazer nenhum transtorno aos atletas", disse, na abertura da vila.

O comitê Rio 2016 informou ainda que tem 600 profissionais disponíveis para fazer reparos na Vila Olímpica e que os comitês nacionais costumam contratar pessoas para preparar outras estruturas, como escritórios, em suas acomodações.

Segundo o comitê brasileiro, 900 pessoas de 66 comitês olímpicos nacionais já estão na vila dos atletas desde domingo. Entre eles, 200 atletas de 20 nacionalidades. A previsão para hoje é de que o número de comitês olímpicos nacionais suba para 115 até o final do dia, com a chegada de representantes de países como a Alemanha, Estados Unidos, Grécia e Polônia.

O Comitê Olímpico Nacional da Itália (Coni) publicou nesse domingo (24) em seu site que contratou eletricistas, encanadores e pedreiros para finalizar áreas incompletas no Edifício 20 da Vila Olímpica, ocupado por seus atletas desde ontem.

Os profissionais foram contratados com urgência para garantir que as condições de alojamento sejam "normais", diz o comunicado do CONI, que afirma que a equipe enfrentou situações de emergência imprevisíveis. "Peço aos atletas a máxima cooperação e compreensão", diz o chefe da missão da Itália, Carlo Mornati.

##RECOMENDA##

Ontem, na abertura da vila, o Comitê Olímpico da Austrália considerou as acomodações inabitáveis e se recusou a ocupá-las enquanto problemas não fossem resolvidos.

De acordo com a chefe da missão da Austrália, há problemas elétricos, de gás e de encanamento. "Os problemas incluem sanitários entupidos, vazamento em tubulações, fiação exposta, escadas escuras onde iluminação não foi instalada e pisos sujos que precisam de uma grande limpeza", diz o comunicado, que afirma que a Nova Zelândia e a Grã-Bretanha passam pelos mesmos problemas.

O comitê neozelandês afirma em seu site que não encontrou os apartamentos prontos na semana passada e também teve que trabalhar para concluí-los. "Nós estávamos decepcionados que a vila não estava tão pronta quanto deveria quando chegamos e não tem sido fácil", diz a nota, que afirma que os atletas do país se mudarão para o prédio hoje.

Prefeita da Vila Olímpica, a ex-atleta do basquete Janeth Arcain disse que os organizadores "têm a estrutura necessária para deixar tudo perfeito antes do início dos Jogos". O presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, também destacou que o importante é que os reparos sejam feitos antes que comece a Olimpíada. "São ajustes que já estamos fazendo e serão resolvidos em pouco tempo. Toda Vila Olímpica, por sua magnitude, precisa de alguns retoques até que fique perfeita. O importante é que tudo será feito antes do início dos Jogos, sem trazer nenhum transtorno aos atletas", disse ele na abertura da vila.

Segundo o Comitê Rio 2016, 900 pessoas de 66 Comitês Olímpicos Nacionais estavam na Vila dos Atletas no domingo. Entre eles, estão 200 atletas de 20 nacionalidades.

Escolhida pelo Comitê Organizador dos Jogos Rio-2016 como prefeita da Vila dos Atletas, a ex-jogadora de basquete Janeth Arcain tenta minimizar o impacto da decisão da delegação da Austrália de não entrar na Vila Olímpica enquanto não são corrigidos uma série de problemas apontados. Na manhã desta segunda-feira (25), Janeth falou com a Rádio Estadão e só ouviu reclamações sobre questão hidráulicas.

"Teve alguns vazamentos, que às vezes acontecem em alguns apartamentos. Fora isso, eu não ouvi outro tipo de problema. Na área internacional as áreas comuns estão abrindo. O importante é frisar o seguinte: a partir do momento que tenhamos todos os atletas, tudo vai estar funcionando", garantiu.

##RECOMENDA##

Em entrevista coletiva no domingo à tarde, a chefe da delegação australiana nos Jogos Rio-2016, Kitty Chiller, disse que, em sua quinta Olimpíada, nunca viu um alojamento "nesse estágio de falta de preparo". Ela reclamou de vazamentos de água pelas paredes em locais próximos a fios expostos, o que faz com que os alojamentos da Vila Olímpica no Rio não sejam seguros para receber os atletas.

"Sentimos que o prédio não era seguro pela combinação de problemas ligados a eletricidade e vazamentos. Havia vazamentos significativos de água nos encanamentos. A água escorria das paredes e do chão próximo a fios e instalações elétricas. Água e eletricidade não são uma boa combinação", resumiu Kitty, medalhista em Sydney-2000 no pentatlo moderno.

Janeth disputou quatro Olimpíadas e diz que já viu problemas em outras Vilas Olímpicas - sem citar quais, nem onde. Para ela, o que está acontecendo no Rio é "normal". "Em uma construção nova, algumas coisas acabam acontecendo, por ser construção nova. A gente está resolvendo. Nenhuma Olimpíada deixou de ter uma vila com problemas. A nossa poderia ter passado em branco, mas não passou", comentou.

A ex-jogadora promete que até o meio da semana a Vila estará pronta. "São coisas simples. Daqui dois dias vai ser tudo ao contrário e vamos continuar recebendo elogios como estamos recebendo de outras delegações."

A Vila Olímpica que receberá os atletas nos Jogos do Rio abriu as portas oficialmente neste domingo (24), com uma primeira dor de cabeça para os organizadores: o boicote da Austrália por causa de problemas nos acabamentos da obra.

"Devido a diferentes problemas na vila, de gás, eletricidade e encanamento, decidi que nenhum integrante da equipe australiana será alojado no edifício que nos foi reservado", sentenciou Kitty Chiller, chefe da delegação australiana, em um comunicado. "Deveríamos ter entrado na Vila no dia 21 de julho, mas ficamos em hotéis próximos, porque a Vila simplesmente não está segura, nem pronta", enfatizou.

##RECOMENDA##

Entre os problemas apontados estão "vazamentos, banheiros inacabados, cabos à vista, escadas sem luz e pisos sujos, que requerem limpeza profunda". Chiller relatou que, em um teste realizado na noite de sábado, "a água estava correndo pelas paredes, havia um forte cheiro de gás em alguns apartamentos e até curto-circuitos em cabos elétricos".

A australiana garante que outras delegações, como a Grã-Bretanha, ou Nova Zelândia, encontraram problemas semelhantes. Em um tom mais diplomático, a delegação britânica, uma das primeiras a se mudar para a Vila desde a semana passada, informou que também "encontrou problemas de manutenção, o que acontece frequentemente em novas construções".

"Muitos dos nossos atletas serão recebidos primeiros no nosso campo de base de preparação, perto de Belo Horizonte, para a aclimatação e os primeiros treinos, explicou à AFP um porta-voz do 'Team GB'.

Até os membros do Time Brasil, que deveria instalar atletas de nove modalidades neste domingo, preferiram permanecer no hotel, até que reparos sejam feitos nos alojamentos. O Comitê Organizador rebateu as críticas ao alegar que se tratam apenas de "pequenos ajustes" e que esse tipo de problema acontece em todas as olimpíadas.

- 'I feel Slovenia' -

"Respeitamos a decisão deles, é complicado se instalar enquanto os ajuste não são feitos, mas são ajustes internos e pequenos, que serão resolvidos dentro de alguns dias", assegurou Carlos Nuzman, que cumula as funções de presidente do Comitê Organizador Rio-2016 e do Comitê Olímpico do Brasil (COB).

"O mais importante é que esses problemas sejam resolvidos antes das competições, e serão resolvidos até 48 horas", prometeu por sua vez Janeth Arcain, ex-jogadora de basquete medalhista de prata nos Jogos de Atlanta-1996 e de bronze em Sydney-2000, nomeada "prefeita" da Vila dos Atletas.

Enquanto os organizadores estavam rebatendo as críticas, a poucos metros de lá, um operário retirava as letras do nome da Itália em um edifício nas cores da bandeira do país (verde, branco e vermelho) e mal se podia ouvir as palavras dos cartolas por causa do barulho das furadeiras.

A menos de duas semanas da cerimônia de abertura, marcada para o dia 5 de agosto, no Maracanã, a estrutura de 200 mil metros quadradas, com 31 prédios de 17 andares divididos em sete condomínios, já começa a viver o clima olímpico.

Apesar dos problemas, alguns dos cerca 10.500 atletas esperados já chegaram, como os japoneses, por exemplo.

Muitos países já 'customizaram' o espaço com decorações nas fachadas, como a França, que dividirá seu prédio com Suíça e Israel. O mais original é a Eslovênia, que exibiu a mensagem "I feel Slovenia" (Sinto a Eslovênia, em inglês), com as letras posicionadas para deixar aparecer "I feel love" (sinto amor).

No total, a 207 delegações, uma delas sendo formada por refugiados, serão alojadas no espaço localizado na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

A última dúvida era a presença ou não da Rússia, que acabou sendo liberada pelo COI neste domingo.

A delegação russa estará presente, mas caberá às Federações Internacionais decidir quantos atletas irão ao Rio. Todos terão que atender a critérios muito rígidos para provar que estão 'limpos', em meio às denúncias de doping sistemático e supervisionado pelo governo.

- Segurança máxima -

Os moradores da Vila serão beneficiados por todos os serviços de uma pequena cidade. Para a alimentação, foi instalado um refeitório imenso e também restaurantes menores.

Para outras necessidades, serão disponibilizadas nada menos 450.000 camisinhas.

Todos os quatros são equipados com sistemas repelentes eletrônicos para diminuir ainda mais o risco de infecção com o vírus Zika, que já é muito menor devido às condições climáticas do inverno carioca.

Como o mosquito não é o único inimigo, a segurança foi reforçada. A prisão de uma célula com dez brasileiros planejando um atentado, em meio ao clima de temor gerado por ataques terroristas em Nice, Kabul ou Istambul, trouxe à tona o fantasma dos Jogos de Munique-1972, quando um comando palestino sequestrou membros da delegação israelense, deixando 11 mortos.

O esquema de segurança dos Jogos começou a funcionar com sua força máxima neste domingo: com 85.000 homens mobilizados (47.000 policiais e 38.000 militares).

"Ajustaremos os procedimentos para ampliar a segurança, torná-la mais rígida e, evidentemente, cobrir qualquer lacuna ainda existente", prometeu o ministro da Defesa, Raul Jungmann, depois do atentado de Nice.

Terminada a edição de 2015 dos Jogos Pan-Americanos, realizados na cidade canadense de Toronto, está aberta a contagem regressiva para a próxima grande competição esportiva: as Olimpíadas de 2016. A disputa será realizada no Rio de Janeiro, a partir do dia 05 de agosto do ano que vem.

Ao todo, a disputa reunirá competidores de 28 modalidades, totalizando duas a mais que a edição de Londres, em 2012. Na edição brasileira, a primeira na América do Sul e a segunda na América Latina, estão inclusas também as disputas de rugby sevens (que conta com sete jogadores) e o golfe, ambas aprovadas durante 121ª Sessão do Comitê Olímpico Internacional.

##RECOMENDA##

Faltando pouco mais de um ano para o Rio de Janeiro receber a principal competição esportiva do planeta, a Vila Olímpica que está sendo montada para receber os atletas entra na fase final para conclusão. Ao todo, 85% da obra está pronta. Confira os detalhes no vídeo a seguir:

[@#video#@]

A Polícia Civil do Rio investiga quem são os criminosos que aparecem exibindo fuzis em uma piscina da Vila Olímpica Félix Mielli Venerando, em Honório Gurgel, na zona norte do Rio. Uma foto obtida por agentes da 39ª DP (Pavuna) e divulgada pelo jornal Extra mostra três criminosos submersos segurando fuzis fora d'água.

De acordo com investigadores, a foto foi feita há uma semana e mostra traficantes que seriam do Complexo da Pedreira e teriam tomado a comunidade de Proença Rosa há duas semanas. Os agentes tiveram acesso a uma gravação de áudio em que um homem, identificado pela polícia como Celso Pinheiro Pimenta, o Playboy, que seria chefe do tráfico no Morro da Pedreira, cita a vila olímpica e desafia a facção rival. "Adorei a piscina, esculachou. Se ligou? Maior complexão, tá tudo dominado. E outra coisa: pode vir com bondão de onde for. Vai trocar tiro com nós a noite toda."

##RECOMENDA##

A vila olímpica invadida pelos criminosos foi inaugurada em 2012 pela Secretaria Municipal de Esportes e Lazer. De acordo com a prefeitura, o local estava fechado no momento da invasão e as atividades "foram normalizadas".

Os Atletas e dirigentes brasileiros receberam as boas-vindas oficiais de Londres, na manhã desta segunda-feira (23), na Zona Internacional da Vila Olímpica. A cerimônia de hasteamento da bandeira do Brasil, que contou com uma performance da trupe do National Youth Theatre, emocionou a todos.

O evento trouxe mensagens de incentivo para os atletas que paticiparão dos Jogos. A cerimônia contou com a presença do presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, e do embaixador do Brasil em Londres, Roberto Jaguaribe de Gomes Mattos. "Foi uma cerimônia fantástica. Serviu como uma bela prévia do como serão os Jogos Olímpicos de Londres", disse Nuzman.

##RECOMENDA##

O responsável pelo hasteamento da bandeira foi o chefe de missão do Brasil em Londres, Bernard Rajzman. Logo em seguida, o hino brasileiro soou pela primeira vez em Londres. “Os britânicos têm mais é que aproveitar essa oportunidade incrível que é sediar as Olimpíadas para fazer uma grande festa. Esta cerimônia mostra o tamanho da felicidade deles em nos receber”, disse o cavaleiro Rodrigo Pessoa, que foi encarregado de carregar a bandeira do Brasil na cerimônia.

Atletas brasileiros da equipe de boxe e atletismo acompanharam na manhã desta segunda-feira (23), no Estádio de Atletismo do Complexo Esportivo do Crystal Palace, junto com centenas de ingleses, a passagem da tocha olímpica. Carregada pelo atleta inglês Marlon Devonish, medalha de ouro em Atenas 2004, o momento emocionou todos os presentes.

Para Keila Costa, que está em sua terceira Olimpíada, ver a tocha de perto a fez entrar no clima dos Jogos e aumentou a vontade de brigar por medalha. “Foi um momento lindo. As famílias desceram para a pista de atletismo e vi as crianças brincando e saltando na caixa de saltos. Comecei muito nova, ver esta cena me fez voltar no tempo”, confessou Keila, cuja especialidade é o salto triplo.

##RECOMENDA##

Bruno Lins, medalha de ouro no revezamento 4x100m no Pan-americano de Guadalajara, também não escondeu a sentimento que o momento despertou. “Estou vivendo um momento único aqui em Londres. E sei que todo o meu sacrifício será válido”, enfatizou o atleta.

Especialista nos 200m, Bruno acredita que na prova de revezamento 4x100m o Brasil tem chances de medalha. “Temos muita chance, mas para fazer as coisas acontecerem, temos que dar o nosso melhor na prova. Aquele algo a mais que pode fazer a diferença”, finalizou.

Os atletas participaram da cerimônia e posaram para fotos ao lado de Devonish e da tocha. O britânico falou sobre sua experiência como atleta olímpico. “Sei que todos passarão por experiências extraordinárias aqui. Nós, britânicos, adoramos esportes. As pessoas vão ver ótimas performances e os atletas vão dar o seu melhor, será uma ótima experiência”, finalizou.

A visita que a seleção brasileira faria à Vila Olímpica neste sábado ficou para domingo. Segundo o Chefe da Missão Brasileira nos Jogos de Londres, Bernard Rajzman, a decisão foi tomada por causa da viagem da equipe para Middlesbrough, onde os brasileiros derrotaram a Grã-Bretanha por 2 a 0, no último amistoso antes do início da Olimpíada.

Rajzman e os dirigentes da CBF concluíram que a delegação chegará muito tarde a Saint Albans, cidade próxima a Londres onde o time brasileiro está concentrado, e que por isso era conveniente adiar a visita.

##RECOMENDA##

Andrés Sanchez, diretor de seleções da CBF, acredita que visitar a Vila Olímpica será importante para a seleção sentir pelo menos um pouco do clima dos Jogos. Como o torneio de futebol é disputado quase totalmente fora de Londres (o Brasil, por exemplo, certamente não jogará na capital inglesa antes das semifinais), os jogadores se sentem um tanto excluídos da festa.

Neymar é um dos integrantes da seleção que mais deseja conhecer a Vila. Nesta semana, ele disse em uma entrevista coletiva que estar lá é um de seus sonhos e que não vê a hora de ter a oportunidade de visitá-la.

Por Arytânia Correia

Durante as Olimpíadas, Londres receberá, além dos turistas, mais de 16 mil pessoas, entre organizadores, equipe técnica e atletas. Serão 17 dias de muita competição e cuidados dobrados. Mas além dos jogos, a Vila Olímpica oferece outras possibilidades de distração.

##RECOMENDA##

Os esportistas chegam focados na competição, mas o excesso de treino e jogos desgasta os atletas, que buscam alternativas para relaxar. Os treinadores, então, observam tudo com cuidado para que não se perca a concentração no evento.

Os primeiros cuidados são com a alimentação, para que atletas não ganhem peso e isso atrapalhe o bom desempenho. O restaurante da Vila, segundo a organização do evento, terá variedades gastronômicas de todo o mundo, para garantir uma boa alimentação às equipes. Além do restaurante há também lanchonetes, inclusive uma famosa rede de fast food, que é patrocinadora do mundial. É preciso citar, também, baladas, bares, cinemas e espaços de lazer com mesas de pebolim, sinuca entre outras opções de entretenimento.

Pensando nessas possibilidades, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) alugou o complexo esportivo Crystal Palace, local que irá receber a maior parte da delegação do País. As instalações incluem centro médico, hotel, local de treinamentos para a maioria das modalidades e o restaurante com uma chef brasileira. Tudo para dar melhores condições de estadia aos atletas nacionais.

Londres- Bernard Rajzman, chefe da missão brasileira nos jogos olímpicos de Londres 2012, desembarca nessa terça-feira (10), na capital da Inglaterra, para organizar a preparação da abertura da Vila Olímpica , onde toda a delegação do time Brasil ficará durante as Olimpiadas. Bernard vem acompanhado de mais 14 integrantes e juntos também finalizarão os últimos preparativos para a abertura oficial do Centro de Treinamento Crystal Palace, exclusivo da delegação verde-amarela na capital Londrina.

O chefe da delegação também realizará a inscrição oficial de todos os atletas na próxima quinta-feira (12) no comitê Organizador dos Jogos Olimpicos de Londres 2012. “A chegada da Missão Brasileira em Londres é um momento importantíssimo. Além da inscrição oficial dos atletas, deixaremos tudo pronto para a entrada deles na Vila Olímpica e no CT Crystal Palace. O COB realizou um planejamento complexo justamente para que os atletas possam chegar a Londres com tranquilidade e conforto. Ofereceremos as melhores condições para que os atletas tenham como única preocupação treinar, descansar e competir”, disse Bernard Rajzman, o ex-jogador de vôlei medalhista de prata nos jogos de Los Angeles, em 1984. “Alguns integrantes do COB já estão em Londres desde o dia 26 de junho, cuidando de toda a logística de chegada de equipamentos e materiais que serão utilizados pelo Time Brasil”, completou.

##RECOMENDA##

A abertura oficial da Vila Olímpica ocorre no próximo dia 16 de julho. Os edifícios do Brasil serão o N14 A, B e D. São 42 apartamentos, sendo 134 duplos e 16 singles para, 259 atletas que formam a delegação. A primeira atleta a se acomodar nos apartamentos será a integrante mais jovem da delegação, Ana Sátila, da canoagem Slalom.

A equipe de natação vai inaugurar o Crystal Palace também na próxima segunda e realizará os últimos treinos no centro antes se mudar para a vila. O CT também estará à disposição de outros esportes e oferece uma estrutura inédita para o Brasil e completa para os atletas que preferem se afastar um pouco da agitação da Vila Olímpica e se concentrar melhor para as competições.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando