Tópicos | irregularidades trabalhistas

A Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho reconheceu a competência da Justiça do Trabalho para julgar ação envolvendo a cassação do selo de responsabilidade social “Empresa Compromissada”, concedido pelo governo federal e condicionado ao cumprimento dos direitos trabalhistas no setor sucroalcooleiro. Segundo o relator, o objeto do selo está relacionado às condições de trabalho no setor.

Selo

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A decisão se deu em recurso do Ministério Público do Trabalho (MPT) em ação civil pública ajuizada contra a Raizen Energia S.A. e a Raizen Araraquara Açúcar e Álcool Ltda. Na ação, o MPT explica que o Selo “Empresa Compromissada” foi criado em 2009 pelo governo federal, a partir de um "Compromisso Nacional para Aperfeiçoar as Condições de Trabalho na Cana-de-Açúcar", aberto à adesão espontânea das empresas do setor, em muitas das quais já tinham sido constatadas violações aos direitos  trabalhistas ou submissão de trabalhadores a condições degradantes, análogas às de escravo. 

As empresas do grupo Raizen obtiveram o selo em 2012. Para o MPT, ele não poderia ter sido concedido por não terem sido observadas as regras definidas pela União “e por não traduzir tal reconhecimento oficial a realidade das relações de trabalho existentes”.

O juízo da 2ª Vara do Trabalho de Araraquara e o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas-SP) consideraram a Justiça do Trabalho incompetente para julgar a questão, com o entendimento de que se trata de ato administrativo praticado pela União, cuja competência seria da Justiça Federal.

Segundo o TRT, o termo de compromisso não envolveu somente questões trabalhistas, mas também aspectos da responsabilidade social, firmados juntamente com uma “comissão de diálogo” que incluía a Secretaria-Geral da Presidência da República, a Casa Civil e os Ministérios da Agricultura, do Trabalho, da Educação, do Desenvolvimento Agrário, do Desenvolvimento Social e da Saúde.

Competência

A Procuradoria Regional do Trabalho e a União recorreram ao TST defendendo a competência dessa Justiça Especializada para examinar a questão. O relator do apelo, ministro Alexandre Agra Belmonte, ressaltou que o selo diz respeito às relações de trabalho do setor sucroalcooleiro e está estritamente ligado ao cumprimento dos direitos decorrentes dos contratos de trabalho na cana-de-açúcar, notadamente os relativos a segurança, higiene e saúde do trabalhador, entre outros referentes à melhoria das condições de trabalho. No seu entendimento, isso justifica a competência da Justiça do Trabalho.

Agra Belmonte assinalou o entendimento do Supremo Tribunal Federal, disposto na Súmula 736, de que “compete à Justiça do Trabalho julgar as ações que tenham como causa de pedir o descumprimento de normas trabalhistas relativas à segurança, higiene e saúde dos trabalhadores, como no caso.

Por maioria, vencido o ministro Alberto Bresciani, a Turma proveu o recurso e, reconhecendo a competência da Justiça do Trabalho, determinou o retorno dos autos ao Tribunal Regional para exame do mérito. 

*Do Tribunal Superior do Trabalho

Um dia depois de os fiscais do Ministério do Trabalho visitarem a Vila Olímpica, as explicações da organização continuam sendo apresentadas. O Comitê Rio-2016 garante que os documentos exigidos foram entregues e que haverá uma nova reunião nesta quinta-feira (28). Mas o caso deve se prolongar nos próximos dias.

"Segundo me disseram, a gente tem dez dias para entregar todos os documentos. Não é muito preto no branco, alguns são contratados da Ilha Pura, alguns são contratados do Comitê, alguns são contratados da equipe de manutenção. Tem bastante conversa com eles para alinhar tudo", disse Mario Andrada, diretor de comunicação do Comitê Rio-2016.

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Após denúncia, a fiscalização encontrou irregularidades nos vínculos empregatícios de cerca de 600 trabalhadores, contratados de última hora para corrigir problemas encontrados pelas delegações estrangeiras na Vila dos Atletas. Dos 31 edifícios do condomínio, 28 já passaram pelo pente-fino do Comitê Organizador.

Andrada diz que a promessa de concluir os reparos até esta quinta-feira será cumprida. "Hoje a gente entrega tudo e entra no modo de manutenção normal, que a gente mudou por causa da crise", afirmou.

O processo de reparo do dia a dia engloba, por exemplo, a troca de lâmpada queimada na varanda pedida pelos holandeses. Até o fim do dia, a Vila dos Atletas totalizará 3.578 moradores de 151 países.

Auxiliares de recepção e portaria do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) fizeram um protesto, na manhã desta terça-feira (17), no estacionamento do instituto. Segundo a Força Sindical de Pernambuco, o hospital apresenta diversas irregularidades trabalhistas.

Entre as irregularidades estariam o desvio de função, atraso no pagamento de salários e a retirada do adicional de insalubridade, além de intervalo para refeição e descanso semanal remunerado. A categoria ainda reivindica melhores condições de trabalho, como alimentação e higiene do local.

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De acordo com o sindicato, após o protesto, os funcionários se reuniram com a diretoria de recursos humanos do hospital. A direção teria se comprometido a analisar e solucionar os pontos de reivindicação da melhor maneira possível. Mais de 100 funcionários fazem parte da categoria de auxiliar de recepção e portaria do IMIP. 

Com informações da assessoria

O Ministério Público do Trabalho em Pernambuco (MPT-PE) realiza, nesta segunda-feira às 14h, uma audiência coletiva para discutir as condições de trabalho dos educadores físicos nas academias de ginástica de Caruaru, no Agreste. Em procedimento realizado pelo órgão, foram constatadas várias fraudes trabalhistas, sendo a maioria delas resultado de burla à legislação que trata do exercício profissional por pessoa devidamente habilitada. A audiência será realizada no auditório da Gerência Regional do Trabalho e Emprego (GRTE) de Caruaru.

As principais irregularidades trabalhistas são a descaracterização da relação de emprego, através de contratos de prestação de serviços e autônimos, e o desvirtuamento de estágio, utilizado como forma de baratear a mão de obra.

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Cerca de 100 academias da cidade foram convocadas para a audiência, além do Conselho Regional de Educação Física (CREF) da 12ª Região; responsável pela atividade nos estados de Pernambuco e Alagoas; o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE); a Vigilância Sanitária; e as faculdades que oferecem o curso de Educação Física na localidade: Faculdade Associação Caruaruense de Ensino Superior (ASCES) e Faculdade Vale do Ipojuca (UNIFAVIP).  

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