Presidente da Federação Equatoriana de Futebol renuncia
Trata-se de mais um dirigente destituído depois da investigação da Justiça norte-americana que estourou no ano passado
O grande escândalo de corrupção que estourou no futebol mundial em 2015 fez mais uma vítima nesta segunda-feira. O presidente da Federação Equatoriana de Futebol, Luis Chiriboga, renunciou ao cargo após ser acusado de participação em um esquema de lavagem de dinheiro. A decisão foi confirmada pelo advogado do dirigente, Carlos Machuca.
"Efetivamente, há uma renúncia assinada por Chiriboga, e isso será tratado amanhã (terça) no diretório da federação", declarou em entrevista à estação local Más Deportes. A federação ainda não se manifestou sobre o assunto.
Machuca explicou os supostos motivos que levaram Chiriboga a renunciar. "Há muita pressão neste processo, há muitas versões nas redes sociais, também há pressão da imprensa. E como advogados, consideramos que é preciso reduzir a pressão para o bem do futebol equatoriano."
Chiriboga atuou por 18 anos como presidente da federação e neste período teve como grande feito a classificação da seleção nacional para suas primeiras três Copas do Mundo. No entanto, foi considerado culpado de envolvimento em um escândalo de lavagem de dinheiro com outros três dirigentes da entidade. Por isso, está em prisão domiciliar desde dezembro.
Trata-se de mais um dirigente destituído depois da investigação da Justiça norte-americana que estourou no ano passado. Machuca, no entanto, fez questão de ressaltar que a renúncia de Chiriboga foi "voluntária" e considerou este passo "bom para o futebol, para a família, o processo e o entorno".
VENEZUELA - Também nesta segunda-feira, o Ministério da Justiça da Suíça revelou que o ex-presidente da Federação Venezuelana de Futebol, Rafael Esquivel, foi extraditado para os Estados Unidos. Lá, ele responderá às acusações de suborno, em meio ao escândalo investigado pela Justiça norte-americana.
De acordo com as autoridades suíças, policiais norte-americanos "escoltaram Esquivel em Zurique e o acompanharam em um voo a Nova York". O ex-dirigente venezuelano deverá comparecer a um tribunal no Brooklyn dentro de 24 horas para prestar esclarecimentos.