Desde 2016, o Sport perde treinador antes de abril acabar

Há seis anos, o treinador que começa o ano no Sport cai antes de terminar o mês de abril

por Geraldo de Fraga seg, 05/04/2021 - 20:33

A queda de Jair Ventura no Sport, nesta segunda-feira (5), escancarou uma rotina na Ilha do Retiro. Nos últimos anos, vem sendo comum a troca de treinadores no Leão, antes de acabar o mês de abril, mesmo que ele venha prestigiado do ano anterior. Jair Ventura, por exemplo, fez uma boa Série A em 2020, livrando o clube do rebaixamento quase certo. Com contrato renovado em março, a ideia era mantê-lo até o fim de 2021, mas foi demitido exatamente um mês depois.

Porém, a queda por conta de um mau início de temporada não é novidade na Ilha do Retiro. Ano passado, Guto Ferreira tinha vindo de um 2019 muito bom: foi campeão pernambucano e comandou o time na Série B, conquistando o acesso à primeira divisão. Mas começou 2020 mal das pernas e não resistiu è eliminação na primeira fase da Copa do Brasil, para o Brusque.

Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo

Em 2019, a história já tinha sido parecida, mas com um treinador contratado há bem menos tempo. Milton Cruz chegou ao Sport em dezembro de 2018, assim que Milton Bivar venceu as eleições e assumiu a presidência do clube. Só durou dois meses e sete jogos. No dia 18 de fevereiro, caiu após ser eliminado na primeira fase da Copa do Brasil, pela Tombense.

Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo

Nelsinho Baptista não foi uma demissão, mas entra na conta, porque foi precoce. O ano era 2018 e o cenário era de festa. O campeão da Copa do Brasil estava de volta, 10 anos depois. Mas a festa virou um enterro. No dia 24 de abril, o experiente treinador pulou do barco e saiu detonando a diretoria rubro-negra, falando até em atrasos salariais. Com Nelsinho, o Sport foi eliminado na segunda fase da Copa do Brasil, diante do Ferroviário-CE e, no Campeonato Pernambucano, saiu na semifinal para o Central. O técnico ainda iniciou a Série A, mas não conseguiu vencer nas duas primeiras rodadas.

Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo

A lista segue. Em 2017, Daniel Paulista foi efetivado como treinador. No ano anterior, como interino, havia conseguido livrar o time do rebaixamento. A temporada seguinte começou bem, Daniel classificou o Leão para a quarta fase da Copa do Brasil, para a segunda fase da Copa do Nordeste e para as semifinais do Pernambucano. Mesmo assim, caiu em março, pois a diretoria rubro-negra achou que o futebol do time estava fraco.

Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo

Para encerrar a lista, outro caso de um treinador que encerrou o ano com o clube na Série A, mas não aguentou o início da temporada seguinte. Paulo Roberto Falcão chegou à Ilha do Retiro em setembro de 2015 com a promessa de um trabalho a longo prazo. Só que, em 2016, foi tudo por água abaixo. Em abril, após ser eliminado pelo Campinense, na semifinal da Copa do Nordeste, o Rei de Roma foi dispensado.

Líbia Florentino/LeiaJáImagens

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