Rogério Caboclo é denunciado novamente por assédio sexual

Mais uma denúncia contra o cartola foi protocolada na CBF, na última quarta (18). Ex-funcionária da entidade acusa o cartola de agressões físicas, psicológicas e sexuais

por Paula Brasileiro sab, 21/08/2021 - 09:08
Lucas Figueiredo/CBF Afasto de suas funções, Caboclo nega as acusações. Lucas Figueiredo/CBF

Mais uma ex-funcionária da CBF apresentou denúncia de assédio moral e sexual contra o presidente da instituição, Rogério Caboclo. Em um documento de seis páginas, a denunciante relata situações de violência psicológica, sexual e física que teria sofrido por parte do cartola. Caboclo está afastado de suas funções, desde o mês de junho, por outras denúncias do mesmo teor. 

A nova denúncia chegou à CBF na última quarta (18), anexada a uma notificação extrajudicial de natureza trabalhista. O documento cita casos ocorridos entre 2017 e 2019, ano em que a funcionária pediu desligamento da instituição. 

Segundo o Globo Esporte, a ex-funcionária relata ter sido agredida por Rogério em diversas situações, além de ter recebido convites para viagens, propostas em dinheiro para falar sobre sexo ao telefone com ele, e até pedido de casamento. “O Rogério me expôs inúmeras vezes. Começou com jantares profissionais, em reuniões ele tentava me abraçar e me beijar, entre outras tentativas de me agarrar à força. Foram muitas ocasiões. Ele não aceitava não como resposta”, disse.

Ela também mencionou uma ocasião, ocorrida no apartamento do cartola, em que ele teria tentado beijá-la à força, com puxões de cabelo: “ Ele então me pegou pelo pescoço contra [a] parede e forçou a sua mão entre as minhas pernas, tentando ao mesmo tempo enfiar a mão dentro da minha calcinha. Tentei revidar empurrando com o cotovelo e ele fez mais força no meu pescoço. Ele me largou por sorte a comida que ele havia pedido chegou”.

Afastado das funções por denúncias semelhantes feitas anteriormente, Rogério Caboclo continua negando as acusações. Em nota enviada ao GE, a defesa do presidente diz que a denunciante teria sido corrompida por outros dirigentes da CBF na tentativa de incriminar o cartola. No total já são três mulheres que afirmam ter sido assediadas por Caboclo. Além das duas que já fizeram denúncias formais, uma ex-funcionária da entidade declarou ao Ministério Público que sofreu assédio – mas ela não quis formalizar denúncia. 

 

 

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