Premier League tenta conter pandemia para manter o futebol

Surto da variante Ômicron está ameaçando a continuidade da competição na Terra da Rainha

sex, 17/12/2021 - 06:57
Pixabay Registro de uma bola no meio de um campo de futebol Pixabay

Um dos campeonatos com maior alvo de apostas futebol no planeta, a Premier League endureceu o protocolo contra COVID-19 e impôs testes de antígeno diários em jogadores de futebol e funcionários de clubes, bem como dois testes PCRs semanais.

A estratégia da liga, a mais competitiva do mundo, tem como intenção conter surtos da nova variante Ômicron, que tem se espalhado com força pela Europa. Há algum dias, o primeiro-ministro Boris Johnson anunciou 42 casos, que é o maior número desde o início da pandemia e o retorno do futebol.

O sinal de alerta foi ligado. Autoridades sanitárias temem que a situação saia do controle rapidamente e que, para além do futebol, outras atividades ao ar livre tenham de ser suspendidas por um período.

Clubes como Manchester United, Tottenham Hotspur, Brighton, Leicester City, Norwich City e Aston Villa anunciaram infecções entre funcionários dos clubes nos últimos dias.

O caso mais grave foi o do Tottenham, que teve de adiar os jogos contra o Rennes, da França, na Conference League, e o Brighton, na Premier League, depois de haver oito jogadores infectados pela nova variante.

O segundo jogo da Premier League a ser adiado foi Brentford x Manchester United, após um pequeno surto de jogadores que levou ao fechamento das instalações do time de Manchester por 24 horas. As autoridades futebolísticas e sanitárias ainda não tem um jeito certo para lidar com o problema, mas algumas coisas já foram definidas.

Os organizadores do campeonato voltaram a exigir dois testes de PCR semanais para jogadores e funcionários, como foi feito na temporada passada, além de um teste de antígeno diário.

Com o arrefecimento da pandemia há alguns meses, em decorrência da vacinação em massa, algumas medidas foram relaxadas. Os clubes estavam fazendo apenas dois testes de antígeno, enquanto os PCRs foram feitos apenas para confirmar os casos positivos.

Medidas relacionadas à distância social, tempo dentro de casa e uso da máscara também serão reforçadas. Isso, junto com a terceira dose da vacina, que já pode ser recebida por maiores de 18 anos no Reino Unido, que visa impedir a disseminação do vírus antes das datas festivas do Natal.

Quanto aos torcedores, nos estádios da Premier League, de acordo com as medidas do Governo, terão de apresentar passaporte de vacinação ou exame negativo para poder acompanhar as partidas.

Um dos exemplos a ser seguido é o do Wolverhampton Wanderers. Os Wolves, como são conhecidos, é o primeiro clube da Premier League a ter todos os seus jogadores vacinados contra o COVID-19, com o objetivo de que as terceiras doses sejam disponibilizadas até o final do ano.

O clube inglês não registrou nenhum caso positivo para a covid-19 nos últimos dias, apesar do aumento de infecções na Premier League. “Não temos nenhum caso, todos estão saudáveis neste momento. Temos seguido as regras, com máscara em locais fechados, por exemplo. Mas a decisão mais importante é que todos sejam vacinados”, afirmou Bruno Lage, treinador da equipe.

A Premier League revelou recentemente que 68% dos jogadores receberam as duas vacinas em outubro. No entanto, os clubes não conseguirão cumprir a meta do governo do Reino Unido de tomar a terceira dose antes do final do ano porque muitos jogadores não serão capazes de cumprir o requisito de espera de três meses entre a segunda e a terceira doses.

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