Profissionais de segurança privada protestam no Recife
Categoria pede reajuste salarial de 20%. Patrões dizem que sindicato não tem competência de participar das negociações
Profissionais de segurança privada, transporte de valores e escolta armada de Pernambuco estão realizando um protesto na manhã desta quinta-feira (14) em frente à sede do Ministério Público do Trabalho (MPT), no bairro do Espinheiro, Zona Norte do Recife. A categoria reivindica reajuste salarial de 20%, reajuste no ticket alimentação e fim do assédio moral.
O movimento é liderado pelo Sindicato dos Trabalhadores Vigilantes Empregados de Empresas de Transporte de Valores e Escola Armada do Estado de Pernambuco (Sindfort-PE). O Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado de Pernambuco (Sindesp-PE), que responde pela classe patronal, acusa o Sindfort-PE de não ter legitimidade e se recusa a negociar.
De acordo com o Sindesp-PE, o Sindfort-PE é uma associação recente e ainda não possui status de sindicato. A categoria deveria, então, ser representada pelo Sindicato dos Vigilantes (Sindesv-PE). A classe patronal alega ainda que concedeu um reajuste salarial de 12% retroativo a 1° de março. “Este é um dos maiores reajustes até agora no Brasil para a categoria de transporte de valores e demais segmentos”, comenta o advogado dos patrões, Emanuel Correia.
O advogado do Sindesp-PE diz que o Sindfort-PE teria ficado revoltado por não participar das negociações salariais e começou a mobilizar paralisações. Na última segunda-feira (11), os profissionais fizeram um ato em frente à Preserve Segurança e Transporte de Valores e, na terça (12), protestou na sede da Prossegur. “As empresas, naturalmente, entraram com ações judiciais na Justiça do Trabalho”, explica Correia, relatando que veículos da companhia chegaram a ser destruídos durante os atos de protesto. As liminares foram concedidas determinando a garantia de que não haja obstrução de veículos circularem livremente, que trabalhadores não sejam coagidos a não ingressar nas bases e a possibilidade do acionamento da força policial. O sindicato também entrou com uma ação cautelar preparatória de abusividade do direito de greve.
O LeiaJá tentou entrar em contato com o Sindfort-PE mas não obteve resposta. O MPT ainda não se posicionou sobre o fato.