Réus são condenados pela morte do médico Artur Eugênio

Cláudio Amaro Gomes Júnior pegou uma pena de 34 anos e quatro meses, e Lyferson Barbosa da Silva, uma pena de 26 anos e quatro meses

por Jorge Cosme seg, 26/09/2016 - 08:06
Reprodução/Facebook Julgamento entrou pela madrugada desta segunda-feira (26) Reprodução/Facebook

Após pouco mais de cinco dias de julgamento, os réus Cláudio Amaro Gomes Júnior e Lyferson Barbosa da Silva foram condenados pela morte do médico Artur Eugênio de Azevedo. A sentença foi proferida pela juíza Inês Maria de Albuquerque Alves por volta das 3h35 desta segunda-feira (26).

Cláudio Amaro Gomes Júnior foi condenado a 34 anos e quatro meses. Foram 26 anos por homicídio qualificado consumado, por motivo torpe por “vingança” e recurso que impossibilitou a defesa da vítima; seis anos por furto qualificado mediante fraude; quatro meses por comunicação falsa de crime; e dois anos por dano qualificado pelo uso de substância inflamável. 

Já Lyferson Barbosa da Silva foi condenado a 26 anos e quatro meses de reclusão em regime fechado, sendo: 24 anos por homicídio qualificado consumado, por motivo torpe por “promessa de recompensa” e recurso que impossibilitou a defesa da vítima; e dois anos e quatro meses por dano qualificado pelo uso de substância inflamável. 

A defesa dos dois réus decidiu recorrer da decisão. Ambos foram encaminhados as penitenciárias onde já se encontravam presos.

O julgamento de Cláudio Júnior e Lyferson Barbosa teve início na quarta-feira (21). Ao longo dos dias, foram realizados quatro depoimentos presenciais e apresentados 22 depoimentos gravados de testemunhas, além de questionamentos a três peritos. Os réus também foram interrogados. O quinto dia de júri, no domingo (25), começou com os debates entre a acusação e defesa por volta das 10h e entrou pela madrugada.

Já nesta madrugada, o Conselho de Sentença, formado por uma mulher e seis homens, se reuniu em sala reservada para análise de 27 quesitos, por exemplo: autoria do crime, materialidade, participação, qualificação, aumento de pena e teses debatidas por cada parte em plenário. Segundo o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), esta reunião durou aproximadamente uma hora. Com base na decisão dos jurados, a juíza fez a pronuncia da sentença em plenário. O julgamento foi oficialmente encerrado às 4h30. 

Caso – O médico Artur Eugênio de Azevedo, de 35 anos, foi assassinado no dia 12 de maio de 2014. O corpo do cirurgião foi encontrado na BR-101, no bairro de Comporta, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife. Segundo as investigações, o mandante do crime seria o médico Cláudio Amaro Gomes, pai de Cláudio Amaro Gomes Júnior, devido à desentendimentos com Artur, inveja profissional e perdas financeiras devido a ações tomadas pela vítima, como o fim da sociedade e a composição da própria equipe cirúrgica. 

O pai teria contado com a ajuda de Cláudio Júnior para executar o plano de homicídio. Cláudio Júnior teria pago Jailson Duarte César para contratar os executores Lyferson Barbosa da Silva e Flávio Braz.

Acusados – O réu Flávio Braz morreu numa troca de tiros com a Polícia Militar no dia 8 de fevereiro de 2015. Os acusados Cláudio Amaro Gomes e Jailson Duarte César recorreram da decisão de pronúncia, o que fez com que não participassem desse julgamento. O recurso já foi julgado e recusado, sendo assim, os dois acusados restantes também serão julgados por júri popular. A defesa dos réus ainda pode recorrer da decisão.

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